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DIÁRIO DE BORDO

ESTRADA REAL
EXPEDIÇÃO GEOTRILHAS/RN NA ESTRADA REAL - 16 a 26 de novembro de 2012


5º Dia - ITAMBÉ DO MATO DENTRO - CÓRREGOS/MG
 
 O quinto dia da Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real tinha como destino inicial a cidade de Conceição do Mato Dentro. Porém, após sugestão do guia César e consenso de todo o grupo, o destino passou a ser o distrito de Córregos, por se tratar de um pequeno lugarejo onde o tempo parece que parou na época colonial. Então, a estratégia seria caminhar 16 Km partindo de Itambé do Mato Dentro, onde posteriormente o grupo seria resgatado pela van que faria a condução até Conceição do Mato Dentro, passando por Morro Pilar. 

Neste sentido, tomamos o nosso café da manhã e partimos aproveitando a  névoa que caia em Itambé do Mato Dentro. Logo na nossa partida, uma cadela resolveu fazer parte do grupo, fazendo companhia aos geotrilheiros. Na medida que íamos caminhando, o sol começou a aparecer com uma intensidade ainda não vista durante a Expedição. O calor começou a incomodar, principalmente quando o grupo saiu de uma região de mata virgem e pegou um grande descampado, tendo o pico do Itacolomi a sua frente. 

Seguimos adiante, passando por algumas grandes propriedades rurais em meio as serras. Não havendo sobra de ninguém a frente, o papel do carro de apoio de fundamental importância para completarmos o percurso. Pois era a nossa única fonte de hidratação com água e frutas. Após cerca de quatro horas de caminhada, o silêncio de nossa caminhada foi quebrado pelas maquinas que trabalhavam na pavimentação da estrada. Isso era um sinal que faltava muito pouco para o local do resgate. Depois de inúmeras descidas e subidas sinuosas e íngremes, finalmente atingimos o último ponto para, às 15h:00, sermos enfim resgatados pelo carro de apoio. 

Embarcamos com destino à Morro do Pilar, situada na Zona Metalúrgica do Estado de Minas Gerais e apresenta um aspecto montanhoso em seu território. Esse último aspecto foi conferido na medida que subíamos a serra com destino a Conceição do Mato Dentro, onde por muita vezes a van deslizava seus pneus por falta de tração. Contudo, numa das últimas ladeiras, a van não conseguiu subir. Ficando atolada. Era a emoção que faltava, pois a luz do dia vinha acabando. Após inúmeras tentativas, e com a ajuda de um motociclista que passava no momento, finalmente conseguimos tirar o veículo e seguir viagem. 

Chegamos à Conceição do Mato Dentro por volta das 17h. O município foi um dos primeiros centros urbanos do Estado e viveu intensamente o ciclo do ouro e possui várias igrejas barrocas e casarios coloniais que remota as origens de MG. A mineração também é bastante presente no local, com uma grande movimentação das empresas do ramo. Realizamos uma rápida parada para comer um lanche, antes de seguir para Córregos. Já era noite quando enfrentamos a estrada de terra que levava a Córregos. Tínhamos que dividir a estrada com um caminhão que levava suprimentos para o distrito. O que fez com que chegássemos por volta das 20h:00 no local. Fundado por bandeirantes em 1702, o velho povoado de Nossa Senhora Aparecida de Córregos é considerado o mais antigo do município, servindo como núcleo de mineração do ouro e do diamante no início de sua formação. Situado num vale, seu casario, tipicamente colonial é distribuído em uma pequena praça e algumas ruas. São casas térreas e algumas assobradas, simples e antigas. Destaca-se o sobrado da Praça Matriz. Sem dúvida tinha ares de cidade fantasma, mas a sua beleza rústica nos chamava bastante a atenção. 

Enfim, chegamos a uma pousada bastante aconchegante, que no momento não faço lembrança do nome. Foi o momento de descarregar as bagagens e fazer uma refeição dupla que valesse pelo almoço e jantar. Depois da refeição, não restou nada a fazer, se não descansar para o dia seguinte.



Raio-X


Nível de Dificuldade – Grande

Localização da Trilha – Boa

Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim

Apoio Logístico – Bom



Recomendações necessárias para trilhar



- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.
 

Contatos para realização de trilha


Magrelas’s

Fone: (31) 8422-4425



Primotur

Fone: (31) 3213-9839



Trilhando Minas

Fone: (31) 9811-2855

Realização
 


6º Dia - CÓRREGOS - SERRO/MG


O sexto dia da nossa expedição a Estrada Real não poderia ter iniciado melhor. Logo pela manhã, uma densa névoa tomou conta do distrito de Córregos. Fazendo com que o lugar ficasse parecendo mais ainda com uma cidade fantasma. Os antigos casarões iam se revelando na medida em que a névoa ficava menos densa. Isso nos deu mais motivação para seguir em frente. E logo após o café, preparamos as mochilas para os 10 Km até  o distrito de Santo Antônio do Norte. 

Seguindo a pé pela estrada, os cachorros de Córregos vinham saudar a nossa partida, enquanto a sinfonia de um velho carro de boi soava suas notas estrada a fora. Por uma região repleta de fazenda de gado, o grupo se deliciava com algumas jabuticabas que apareciam pelo caminho. Algumas paisagens ao fundo nos lembrava uma moldura de quadro que tínhamos a impressão de ter visto decorando alguma sala de estar. Com um bom bate papo entre os geotrilheiros, ganhávamos mais alguns quilômetros a frente. A tranquilidade foi quebrada quando um touro bravo apareceu em nosso caminho. Obstruindo a nossa passagem, mas logo a situação foi resolvida quando as habilidades de vaqueiro do grupo apareceram. 

Já passavam das 11h:00 quando chegamos a Santo Antônio do Norte, situada e um grande vale que resguarda características do período colonial. O lugar apresenta uma arquitetura composta por sucessões de casas baixas, de taipa caiadas de branco. A formação do antigo arraial de Tapera (Santo Antônio do Norte) remonta ao século XVIII e seus primeiros habitantes se empregaram na mineração do ouro e mais tarde à fabricação de tecidos e chapéus de algodão como alternativa de sobrevivência econômica. Encontramos uma casa de família que serve refeições e que seria o local do almoço do grupo. A típica comida mineira estava mais uma vez posta na mesa para a alegria dos geotrilheiros. 

Após o almoço, teríamos mais um grande desafio pela frente. Além do sol bastante quente, teríamos uma caminhada de 14 Km até Itapanhoacanga. Com o agravante da van não poder acompanhar devido a sinuosidade das longas subidas do percurso. Porém, o sacrifício seria recompensando com o trecho mais belo da Estrada Real, segundo os moradores da região. Neste momento, apenas quatro participantes decidiram enfrentar o desafio que começou por volta das 13h:00. 

O primeiro trecho era composto por um antigo caminho de mata fechada com muitas subidas. O calor era escaldante, mas os geotrilheiros conseguiram superar. Seguimos a frente pelo que seria um grande descampado no alto da serra, que nos revelou uma linda paisagem de Santo Antônio do Norte e região. Realmente muito bonito. Mais a frente, nos deparamos com imensas formações rochosas que rebatiam em forma de eco os sons emanados de nossas bocas. Pelos caminhos, algumas criações de gado e poucas propriedades rurais. Então, como tudo que sobe  tem de descer, iniciamos a descida da serra pela estrada, dividindo-a constantemente com uma solitária Kombi que fazia o transporte escolar das crianças que residem na Zona Rural. Ao longe conseguimos ver a cidade de Itapanhoacanga, mas ainda restava uma boa quilometragem a percorrer. 

Alguns quilômetros a frente, uma cachoeira surgiu no meio do caminho para nos refrescar. Após um rápido banho, seguimos destino rumo a cidade e cerca de mais uma hora de caminhada, encontramos o César que já nos esperava. Enquanto os quatro sobreviventes descarregavam suas mochilas, uma simpática senhora nos convidou para tomar um suco em sua residência. Mostrando uma hospitalidade ímpar. Numa boa prosa com suco e café, conversamos bastante sobre a “senhora” experiência de trilhar a Estrada Real num papo bastante descontraído. Despedimos-nos de nossa anfitriã e seguimos pela MG 10, passando por Alvorada de Minas, até chegar na cidade de Serro, onde ficamos hospedados na Pousada Mariana. Estabelecida num antigo casarão da cidade. Bem em frente, estava o restaurante Rancho Serrano, onde seria o local do jantar e encerramento do dia com uma bela refeição mineira.

Belo trecho do Caminho dos Diamantes corta altas escarpas do Espinhaço e desemboca no pequeno vilarejo de Itapanhoacanga. Lá a população local conserva monumentos religiosos e ricas manifestações culturais. Itapanhoacanga é distrito de Alvorada de Minas.


Raio-X


Nível de Dificuldade – Grande

Localização da Trilha – Regular

Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim

Apoio Logístico – Bom



Recomendações necessárias para trilhar



- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.



Onde Comer 



Restaurante Rancho Serrano

Fone: (38) 3541-2095



Onde Ficar



Pousada Mariana

Fone: (38) 3541-1569



Contatos para realização de trilha



Magrelas’s

Fone: (31) 8422-4425



Primotur

Fone: (31) 3213-9839



Trilhando Minas

Fone: (31) 9811-2855

Realização
 


7º Dia - SERRO - MILHO VERDE/MG

O sétimo dia da Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real iniciou com um belo café da manhã na Pousada Mariana, onde foi possível saborearmos o famosos queijo do serro juntamente com o cardápio mineiro que nos acompanhava durante todas as manhã. Antes da saída para conhecer a cidade, conferimos o pequeno museu da pousada, a qual possuía algumas peças interessantes. 

Pegando o rumo das ruas de Serro, logo nos chamou a atenção do rústico calçamento do lugar, composto por várias pedras encaixadas umas nas outras. Isso também remete ao grande acervo histórico-arquitetônico representado pelos belos monumentos religiosos e notável conjunto de sobrados e da importante riqueza cultural traduzidas nas tradições folclóricas e festas religiosas. Fundada em 1938, foi a primeira cidade brasileira a ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e ainda conserva sua vasta bagagem cultural. A antiga Vila do Príncipe possui um acervo de arquitetura religiosa colonial inigualável no que diz respeito a alta qualidade das ornamentações internas dos templos, sobretudo em pintura em perspectivas dos forros. E foi exatamente atrás disso que iniciamos o nosso city tour pela cidade. 

A primeira parada foi a Igreja de Santa Rita, que apresenta uma beleza interna sem descrição, com perfeição nos inúmeros detalhes das artes sacras. Seguimos pelo Centro Histórico para conferir o artesanato local, antes de visitarmos o Museu Casa dos Otoni onde abriga interessante acervo histórico, composto de móveis antigos, painéis, mapas, fotografias, pinturas, lampiões, objetos do cotidiano e uma sala de exposição com restos da antiga Igreja da Purificação. Ao entramos no museu nos deparamos com várias obras sacras de estimado valor e constantemente vigiadas. Os demais objetos da família de Teófilo Otoni possuem um bom estado de conservação, fazendo com que casa pareça esta ainda sendo habitada pela família. A vista do alto do sobrado vislumbra todo centro histórico do Serro. E o verde jardim do museu, é um convite para um relaxamento ao som das águas que passam em seu interior. Continuamos o nosso passeio, agora com regressando para a pousada, mas antes passando pela cooperativa do Serro para comprar alguns queijos. 

Saindo do Serro nos dirigimos no translado para o distrito de Milho Verde, passando por Três Barras. Chegamos ao pequeno distrito, e logo a exuberância do patrimônio natural era perceptível. Milho Verde é conhecido como a terra natal da famosa Chica da Silva. A nossa recepção no lugar, que mais parece com um vilarejo, foi feita pelo proprietário da Pousada Morais, Seu Morais, que nos recebeu com muita simpatia. Num ambiente bastante gostoso, passamos o resto da manhã descansando para a última parte de nossa viagem que seria feita no dia seguinte. Após o almoço típico mineiro servido na pousada e uma prosa bastante animada com o Seu Morais, o grupo se dividiu em busca de conhecer Milho Verde. O artesanato local foi a primeira parada. Porém, não encontramos muita coisa. Na parte da tarde, o grupo foi conhecer as duas cachoeiras da região. A Lajeado e a Moinho. Esta última se destacando pelo moinho de pedra sabão no alto, que ao chegarmos, o proprietário estava moedo o milho para fabricar o fubá. Não perdemos tempo, e encomendamos alguns quilos para levarmos conosco de volta para o Rio Grande do Norte. 

Após um “senhor” banho nas águas geladas da cachoeira do moinho, retornamos para a pousada para o jantar, indo logo em seguida, na casa de índia Cida, que as garotas do grupo haviam conhecido. Cida trabalha com vários produtos naturais, como licores, farinha, conservas, sucos e cachaça. Depois de uma conversa bastante animada, retornamos por volta das 22h:00 para finalizar o sétimo dia de nossa expedição.

Raio-X


Nível de Dificuldade – Baixa

Localização da Trilha – Ótima

Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim

Apoio Logístico – Ótimo



Recomendações necessárias para trilhar



- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.



Onde Comer 



Restaurante Morais

Fone: (38) 3541-4014



Onde Ficar



Pousada Morais

Fone: (38) 3541-4014



Contatos para realização de trilha



Magrelas’s

Fone: (31) 8422-4425



Primotur

Fone: (31) 3213-9839



Trilhando Minas

Fone: (31) 9811-2855

Realização 


8º Dia - MILHO VERDE - DIAMANTINA/MG

Chegamos ao oitavo dia da Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real. Neste dia, teríamos que caminhar 24 Km até as proximidades de Diamantina. Ponto final da nossa aventura. Então era necessário sair logo cedo de Milho Verde para não perdemos tempo. Após o café, nos despedimos do Seu Morais e da Cida, que havia indo se despedir de nós. 

Seguimos adiante enfrentado as primeiras ladeiras logo surgiu uma cena inusitada para todos nós. Uma tropa vinha chegando a Milho Verde. Tá certo que não era como as famosas e tão comentada tropas da antiga Estrada Real, mas já valeu a pena pelo fato de não termos ainda presenciado tão acontecimento. 

Duas horas de caminha depois atingirmos a cidade de São Gonçalo do Rio das Pedras. Um lugar bastante tranquilo com uma rica vegetação e recantos arborizados e um conjunto arquitetônico típico do período colonial mineiro. A essa altura, César já havia seguido destino para abrir caminho a frente. Seguimos por um desvio que nos levaria rapidamente ao distrito de Vau. O penúltimo ponto antes de Diamantina. 



Durante o percurso de muito verde, foi possível avistarmos algumas cachoeiras ao fundo que nos convidava para um bom mergulho, mas que infelizmente, iria atrasar a nossa chegada. Após uma grande descida, avistamos o distrito de Vau. Atravessamos a ponte do rio Jequitinhonha e finalmente chegamos a Vau. povoado que iniciou o desenvolvimento, ainda no século XVIII, com a atividade do garimpo de ouro e diamante à beira da Estrada Real, que levava as riquezas de Minas até Paraty. Em meio as construções antigas, encontramos um ponto de apoio chamado de Vila Real, que recebe os turistas durante sua passagem pela Estrada Real. Para a nossa surpresa, César havia deixado alguns suprimentos para reabastecermos. 

Após o lanche e descansarmos um pouco, seguimos adiante rumo a Diamantina. E logo na nossa na primeira curva, um carro parou ao nosso lado para informar que a van estava com problemas logo adiante. Seguimos em frente tentando achar a o nosso carro de apoio que necessitaria de apoio. Então, após mais duas horas de caminhada, a van foi que nos encontrou e o César havia explicado que realmente estava atolado por causa do dito carro da má notícia. Contudo conseguiu retirar o veículo do atoleiro. Continuando a caminhada subindo a serra, passando por varias propriedades rurais, chegamos a um vasto descampado, por onde caminhamos mais duas horas, vendo uma enorme precipitação pluviométrica se formar a nossa frente. 

Finalmente, após uma fazenda, encontramos a van, que nos esperava ao lado de uma cachoeira próximo a estrada. Tomamos um rápido banho e seguimos serra acima com destino a Diamantina. Escapando de vários atoleiros, avistávamos a cidade no alto da serra. E ao passamos pela região periférica da cidade, chegamos finalmente ao centro de Diamantina. Porém, faltava caminha 500 metros para atingir o marco zero da Estrada Real. 

Seguimos os marcos restantes, e para a nossa surpresa, até de forma desagradável, o marco zero estava estrategicamente colocado em frente a uma pousada. Não tendo nenhum sentido histórico. Foi realmente lastimável para todos nós, na medida em que Diamantina possuía locais de grande relevância histórica, onde o marco estaria melhor situado. Lamentações a parte, só nos restou procurar um restaurante para almoçar. Logo encontramos o Restaurante Santiago, que no avanço da hora, só estava servido prato feito. 
Terminado o almoço, seguimos para a Pousada Serrana onde seria o local de nossa hospedagem. Após descarregar toda a bagagem e começar a organiza-la para voltar a Belo Horizonte no dia seguinte, um banho relaxante foi bem merecedor após a o longo percurso do dia. A noite, o guia César levou o grupo para comer numa churrascaria fora da cidade. Após saborear uma comida mais light o grupo regressou para a pousada, finalizando o último dia de caminhadas na Estrada Real. 


Raio-X


Nível de Dificuldade – Alta

Localização da Trilha – Boa

Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim

Apoio Logístico – Ótimo



Recomendações necessárias para trilhar



- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.



Onde Comer 



Restaurante Santiago

Fone: (38) 3531-3407



Onde Ficar



Pousada Serrana

Fone: (38) 3531-3859



Contatos para realização de trilha



Magrelas’s

Fone: (31) 8422-4425



Primotur

Fone: (31) 3213-9839



Trilhando Minas

Fone: (31) 9811-2855

Realização


9º Dia - DIAMANTINA - BELO HORIZONTE/MG

O último dia da Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real foi bastante cultural para o grupo. Após o café da manhã servido na pousada, foi organizado um City Tour pelas ruas de Diamantina, com ênfase na sua rica história. Com quase três séculos de fundação, passando de povoado a arraial até chegar a município, Diamantina é uma cidade rica em história e tradições. Possui um patrimônio arquitetônico, cultural e natural rico e preservado. Sua formação está intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. Por volta de 1938, o conjunto arquitetônico do Centro Histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e, no final da década de 90, veio o reconhecimento mundial: Diamantina recebe da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. 

O primeiro ponto turístico apresentado pelo guia César foi a Casa da Glória (uma integração de duas edificações dos séculos XVIII e XIX ligadas por um passadiço, que já abrigou o colégio das irmãs vicentinas e hoje é sede do Instituto Casa da Glória, da UFMG). O guia contou que em havia certa superstição por partes do homens da cidade, que não gostavam de passar por aquela rua, por julgar que passar embaixo das freira poderia dar azar. Logo em seguida, foi visitada a Casa de Juscelino Kubitschek. Um grande ícone da política nacional, filho de Diamantina. Na casa-museu encontra-se vários objetos que retratam a história de JK. Sem dúvida foi um dos melhores lugares visitados durante a nossa Expedição. A próxima atração foi a Casa de Chica da Silva, que era a residência da ex-escrava que conseguiu mudar a torre da igreja por atrapalhar o seu sono. A casa possui uma linda arquitetura com destaque para seu jardim. Ainda passamos pelas igrejas do Bonfim e Nossa Senhora do Carmo, antes de seguirmos para uma rua estreita próximo ao Mercado Velho para comprarmos algumas lembranças da viagem. Numa casa especializada em cachaça mineira e queijo, o grupo fechou bons negócios. Finalizando o passeio em Diamantina, o grupo almoçou no restaurante Apocalipse Massas e Grelhados. Um ambiente bastante agradável com vários pratos da gastronomia mineira e internacional. 

Regressando a pousada, era hora de arrumar as malas e seguir viagem de volta para Belo Horizonte. Seguindo pelas BRs 259 e 040, deixamos a região da serra do Espinhaço sob forte chuva, até chegar em Belo Horizonte por volta das 17h:00. O grupo foi deixado no Hotel Ibis-Formula 1, onde iria pernoita pela última vez em Minas Gerais antes do retorno para Natal/RN. 

Mas antes, o grupo se reuniu com o guia César e sua companheira no Shopping DiamondMall para um rápido jantar de confraternização para avaliar a expedição. Ao final foi entregue um presente para o César e outro para o Merlin que ficou de ser entregue pelo César. 

Com a certeza de ter feito mais um amigo, os geotrilheiros retornaram para o hotel e ao amanhecer, fizeram uma rápida visita para conhecer o Mercado Central de Belo Horizonte, antes de seguir para o Aeroporto de Confins e embarcarem de volta para Natal/RN. 

No geral, a Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real nos proporcionou uma aventura inesquecível, graças a superação diária das distâncias a serem percorridas, as paisagens inigualáveis vistas e a interação com o povo mineiro do interior, que sempre nos acolheu muito bem por onde passamos. Um exemplo de hospitalidade a ser seguido por todos.


Raio-X


Nível de Dificuldade – Baixa

Localização da Trilha – Ótima

Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo

Apoio Logístico – Ótimo



Recomendações necessárias para trilhar



- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.



Onde Comer 



Restaurante Apocalipse Massa e Grelhados

Fone: (38) 3531-3242



Onde Ficar



Hotel Ibis-Formula 1

Fone: (31) 2111-1500



Contatos para realização de trilha



Magrelas’s

Fone: (31) 8422-4425



Primotur

Fone: (31) 3213-9839



Trilhando Minas
Fone: (31) 9811-2855

Realização 


CANINDÉ/CE
Caminhos da Fé - Trilha de São Francisco das Chagas - 09, 10 e 11 de novembro de 2012


A viagem com destino a Canindé/CE foi planejada para durar três dias, sendo compreendida no período de 09 a 11 de novembro. Partindo de Natal/RN nas primeiras horas do dia, o grupo composto por sete geotrilheiros seguiram pela BR-304 até atingir a cidade de Arati/CE, quando por um erro de navegação o comboio tomou a direção contraria para Russas/CE. O erro custou um desvio de aproximadamente 170 Km da rota inicial, até chegar a Quixadá/CE e retornar o caminhos certo. O que compensou o erro foi a paisagem próxima de Quixadá/CE, que nos rendeu ótimas fotos e um almoço já bem avançado da hora habitual. A estrada também contribuía para tentarmos ganhar tempo. Porém, ao chegarmos na BR-020 o asfalto não colaborou conosco, fazendo com que atrasássemos mais um pouco. Finalmente, por volta das 19h:00 avistamos a estátua de São Francisco das Chagas. O que denunciava a proximidade de Canindé. 

Às 19h:30 entramos na cidade de Canindé, onde foi possível, mesmo com o avanço da hora, percebemos como o Turismo Religioso movimenta a cidade, com suas bancas e comércios. Faltando 15 minutos para as 20h:00, chegamos ao Hotel Jardim Canindé, escolhido para ser o local de nossa hospedagem. Após uma viagem cansativa nada melhor que um bom banho para recarregara as energias necessárias para um breve reconhecimento na cidade para buscar um bom lugar para comer. Caminhamos pelo largo da Basílica de São Francisco das Chagas, onde as luzes davam um lindo efeito na construção. Seguimos por uma rua estreia que nos chamou a atenção devido a grande concentração de bancas que comercializavam artigos religiosos. O movimento ainda era bastante intenso devido a rua também concentrar inúmeras pousadas destinadas aos romeiros. Caminhando mais um pouco chegamos ao Restaurante Aquarius que seria o lugar escolhido para o jantar. Ao som da boa música do cantor Carlos Alberto, que nos recepcionou dedicando uma música, o grupo tomou alguns drinks antes do jantar e jogou conversa fora a respeito da viagem. Às 23h:00 o grupo retornou ao hotel para encerrar a o primeiro dia em Canindé.


Na manhã seguinte, após o café da manhã no hotel, recebemos a nossa guia Karini. Uma jovem estagiária do hotel com bastante comprometimento e dedicação no que faz. Acima de tudo, uma conhecedora assídua da história de Canindé. Após as devidas apresentações, Karine conduziu o grupo pelas num city tour pelas ruas de Canindé. A nossa primeira parada foi o Hospital São Francisco de Canindé, que funciona como uma santa casa de misericórdia. Através de donativos. Em, seguida fomos até o zoológico local, que possui vários animais da fauna nordestina, como também de outros lugares, como urso e leão que foram resgatados de circos que fecharam as portas. Seguindo, o nosso city tour, uma coisa nos chamou a atenção. Muitas pessoas estavam vestidas com a famosa batina de São Francisco, demonstrando a fé no santo. Cantorias vinham de todos os lados, sejam elas acompanhadas ou não de instrumentos musicais. 

Chegamos finalmente ao Museu de São Francisco, onde conta um pouco da história de Canindé, como também da religiosidade do lugar, com os mais chamativos votos em busca de uma graça. Logo em seguida, caminhamos para a grande Praça dos Romeiros. Local destinados para celebrados de missas, que facilmente pode receber mais de 20 mil pessoas. Da praça seguimos para visitar as igrejas de Canindé. 

A primeira foi a Igreja do Cristo Rei, localizada num dos pontos mais altos da cidade. Na igreja foi possível observamos a beleza arquitetônica do lugar, bem como, realizarmos nossas primeiras orações. Terminada a visita, seguimos na direção contrária da Via Sacra, passando pelos conventos de  Santo Antônio até chegar na Igreja das Dores, onde mais uma vez o grupo realizou algumas orações. Durante esse trajeto, foi possível encontramos algumas pessoas pagando suas promessas. 

Seguimos adiante até Basílica de São Francisco São Francisco das Chagas. Uma imensa construção que reúne um grande complexo religioso ao seu redor. A beleza interna da basílica era composta de varias obras sagras caracterizada pelo perfeccionismo dos detalhes. O altar era bastante disputado pelos romeiros que entravam na basílica. Depois de muita espera, o grupo conseguiu tirar uma foto no lugar. Após a fotografia, seguimos para o museu dos milagres, onde os romeiros deixam objetos relacionados aos seus votos. São inúmeras miniaturas de casas, partes do corpo humano, roupas em geral e principalmente as batinas de São Francisco. Mais adentro, varias cabines de confecionatos tinham imensas filas em suas portas. A loja dentro do museu comercializava vários objetos ligados a religiosidade. 

Seguimos para a Gruta da Praça da Santa Missa, de onde brotava água benta. No local ainda existe um lugar destinado para acender velas e um imensa praça que comporta os romeiros que ficam de fora da basílica nos horários das missas. Já passavam das 13h:00, quando o grupo resolveu almoçar. Na ocasião, os geotrilheiros comeram nos típicos restaurantes dos romeiros. Lugares simples que ficam por trás da basílica, mas que oferecem uma boa comida no estilo “prato feito”. Terminado o almoço, o grupo fez algumas compras antes de seguir para ao hotel, de onde partimos para a comunidade de Madeira Cortada. Na companhia da guia Karine e do proprietário do Hotel Jardim, seguimos para um sítio na Zona Rural. Local que em breve será um refugio para os clientes do Hotel Jardim que desejarem uma hospedagem numa típica pousada rural. 

Terminada a visita técnica, seguimos novamente para a cidade, onde fomos conhecer a estatua de 30 metros de São Francisco das Chagas. Local de visita obrigatória para aqueles que visitam Canindé. Retornando para o hotel, seguimos duas horas de pois para o Restaurante Aquarius, para avaliação da visita ao município e para saborear uma gostosa refeição ao som de Carlos Alberto, que no final nos brindou com um CD. Terminado o jantar, regressamos para o hotel, onde encerramos o último dia da visita a Canindé.


Ao amanhecer, alguns geotrilheiros foram para a primeira missa dominical do santuário, voltado logo em seguida para o café da manhã e arrumação das malas, pois chegava a hora de retornar para o Rio Grande do Norte. Nos despedimos da guia Karine e ouvindo Carlos Alberto no som do carro, seguimos com destino a Fortaleza/CE para então seguir pela CE-040 até Tibau/RN, onde o grupo realizou o almoço e seguindo logo após com destino a Natal/RN.



Raio-X
 
Nível de Dificuldade –Leve

Localização da Trilha – Ótima

Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo

Apoio Logístico – Ótimo


Recomendações necessárias para trilhar


- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.


Onde Comer 


Aquarius Chopperia & Sushi Bar.


Onde Ficar


Hotel Jardim Canindé

Fone: (85) 3343-0682 


Contatos para realização de trilha


Karine Coelho

Fone: (85) 9787-8325 / 87164-4058

Realização 




MACAU/RN
Trilha da Ponta do Tubarão - Diogo Lopes - 29 e 30 de setembro de 2012.

A trilha da Ponta do Tubarão ocorreu nos dias 29 e 30 de setembro e contou com a participação de seis geotrilheiros que puderam conferir as belezas naturais de um paraíso localizado na Costa Branca do Rio Grande do Norte. 

A nossa viagem teve inicio pela BR - 406 com uma  rápida parada para o café da manhã em João Câmara, onde tivemos a grata satisfação de encontrarmos com a nossa companheira Daniela Cândido, que vinha de compromissos profissionais de Macau. Após uma boa conversa e um café da manhã bem reforçado, seguimos adiante rumo a Guamaré, de onde pegaríamos uma estrada secundária rumo à praia de Diogo Lopes. 

Durante o percurso, nos chamou bastante a atenção a quantidade de usinas eólicas presentes nesta região, devido ao potencial eólico da região. Chegando a Diogo Lopes, nos deparamos com um lugar pacato caracterizado por uma paisagem composta do bioma de mangue numa transição com a caatinga, sendo contrastada pela presença do progresso com as usinas eólicas no horizonte, e inúmeras plataformas de extração de petróleo em alto mar. 

Ao fazermos um rápido reconhecimento no local, seguimos para o Centro Ama-Goa. Um lugar mais conhecido na região como “Rancho”, onde seria a nossa base de apoio durante a nossa visita. O lugar foi construído pela Petrobras, numa forma de compensação social em virtude da presença da empresa na localidade. O “Rancho” é um espaço destinado à manifestação da cultural, estabelecimento de ensino da educação ambiental e sustentabilidade, além de possuir um restaurante social onde são empregados pessoas da comunidade. 

Após devidamente alojados, seguimos para o povoado onde estava acontecendo a tradicional regata organizada pela Petrobras, que envolve os pescadores da comunidade. A competição é bastante prestigiada pelos pescadores com grande presença nas varias regatas que envolvem desde barcos de brinquedos, e embarcações dos mais variados tamanhos.


Seguimos para a casa do Itá, líder comunitário que gerencia a sustentabilidade turística do local. Ingá nos recebeu para uma rápida conversa, para passar as informações referentes ao nosso roteiro. Retornamos para o “Rancho”, onde o grupo aproveitou o avanço da hora para almoçar uma refeição à base de peixe e frutos do mar, com uma linda paisagem ao fundo.


Terminado o almoço, seguimos para o píer em frente à capela, onde conhecemos o nosso guia Adailton, que ficou encarregado nosso guiamento durante os dois dias de atividade. A nossa primeira atividade foi uma trilha aquática utilizando um barco pesqueiro, que nos conduziu por entre os mangues, onde Adailton nos apresentava as características dos mangues presentes na área. Em meio à embarcações que chegavam da regata, fomos até uma ilha formada pela areia trazida pela maré, que os pescadores utilizam para provir o seu lazer. 

No local existe vários palhoções destinados a abrigar aqueles que procuram o lugar para lazer ou pesca. Seguimos adiante até um braço de mangue onde foi possível ver a transição da caatinga para o mangue, com a presença de alguns espécimes característicos como a mandacaru em meio ao mangue preto.

Retornamos ao píer de onde seguimos para as dunas dos Americanos, em que foi nos chamou a atenção a presença da transição da caatinga com a restinga. No alto das dunas do Americanos, foi possível observarmos toda a Diogo Lopes, bem como os parques eólicos e as plataformas em alto mar. Porém, estava guardado a melhor parte para o final da tarde, com o por do sol do alto das dunas. Vagarosamente, o “astro rei” descia rumo a Oeste, numa combinação de cores avermelhadas com o branco das dunas, até desaparecer. 

O espetáculo ficou ainda mais belo quando a Leste, sai timidamente a Lua Cheia, que completava o jogo de luzes do Parque Eólico e das plataformas, tendo ainda a refinaria Clara Camarão bem ao longe respondendo com suas luzes em Guamaré.

 Ao final do espetáculo, regressamos novamente para o “Rancho” onde nos aguardava um delicioso jantar com frutos do mar e carne de sol, num misto de sertão e mar, antes de conhecermos o nosso parceiro Walfran, que viabilizou as nossas atividades em Diogo Lopes. Valfran também é líder comunitário, atuante no Movimento Escoteiro da região, que gerencia as atividades do “Rancho”. Após debatermos sobre as atividades proporcionadas ao grupo, e a respeito do funcionamento e gerenciamento da área de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável , finalizando o primeiro dia de atividades.

Na manhã seguinte, o grupo acordou logo cedo para um café-da-manhã bem reforçado para encarar a trilha preparada pelo Adailton. Seguimos de carro até as proximidades do ginásio da comunidade de Barreiras, onde após um alongamento, iniciamos uma caminhada por uma área de caatinga, passando por poços desativados de petróleo, até chegar na beira da praia.


Ao chegarmos no local, o grupo se deparou com um grande aerogerador ao longe, decidimos conhecer. Seguimos adiante, passando por um campo de exploração de petróleo ativo, em que os cavalos mecânicos extraiam o mineral e queimavam o excesso de gás em suas torres. Passando por uma área com pequenas piscinas naturais formadas pela ação das águas, encontramos alguns espécimes de siris que faziam as festa de umas poucas famílias que estavam na praia deserta. 

Após transpormos um paredão repleto de ostras, finalmente chegamos ao aerogerador que nos impressionou pelo tamanho. Segundo Adailton, o aerogerador é responsável pelo fornecimento de energia as duas bases da Petrobras que estão localizadas a beira-mar. Regressamos por um estradão com um grande salina ao fundo, até chegarmos no marco demarcatório da reserva de desenvolvimento sustentável, de onde seguimos adiante pela praia, passando por paisagens compostas de falésias, pequenas ilhas de mangues e os barcos pesqueiros que se encontravam ancorados na beira da praia. 

Finalizamos cerca de 16 km de caminhada com uma parada em uma casa para nos refrescarmos com alguns dindins , até de retornamos para o “Rancho”. Após o almoço, seguimos para a comunidade de Diogo Lopes, para adquiri algumas peças de artesanato e conferir o final da regata, além de fazer a distribuição de balas e bonés para a comunidade.



Nos despedimos de nosso guia Adailton e regressamos para Natal levando consigo ótimas recordações e a experiência de que é capaz criar uma área sustentável, onde todos podem provir de seu sustento sem comprometer as gerações futuras.       

Raio-X


Nível de Dificuldade –Média
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros.

Onde Comer 
Centro Ama-Goa (Rancho).
Fone: (84) 3521-9063 ou 8834-6804
Onde Ficar
Pousada do Élio
Fone: (84) 3521-9130 / 9130-1272 / 9963-1504 / 8742-1583
Contatos para realização de trilha
Itá
Fone: (84) 3521-9167 / 3521-9082 / 9982-3492


Realização

   
 
ESPÍRITO SANTO/RN
Trilha da Reforma Agrária - 02 de setembro de 2012.

A trilha da Reforma Agrária ocorreu no dia 02 de setembro e contou com a participação de 14 geotrilheiros. Por volta das 08h:30 o grupo chegou até a praça matriz de Espírito Santo, onde foi feito o primeiro registro da nossa visita em frente a Igreja Matriz. Logo em seguida, o grupo seguiu para um rápido café no centro comercial da cidade, antes de encontrarmos o nosso guia Chicão, que infelizmente não pode nos acompanhar. Em seu lugar, a assentada Patrícia assumiu as funções de guia do grupo, levando-nos para conhecer os dois assentamento que seriam visitados. Seguindo para a zona rural do município, chegamos até o Assentamento Mata Verde, onde fomos recebidos pelo assentado Elias, que faria a condução do grupo pela APA Piquiri-Una, em busca da famosa gameleira centenária, que possui cerca de 10 altura e um diâmetro que é necessário 12 pessoas para abraçá-la.

Percorrendo cerca de 3 km por um estradão, chegamos a entrada da reserva, onde em seguida entramos mato adentro por veredas muito fechadas repletas espécies de plantas conhecida como tiririca e taboca. Essas plantas possuem uma folha bastante afiada, que facilmente corta a pele humana.

Em busca de uma melhor passagem para encontramos a tão falada gameleira, ficamos boa parte da manhã circulando por dentro da APA, mas não conseguimos encontrar um melhor caminho para chegar ao nosso objetivo. Segundo Elias,  a falta de comunicação dos parceiros locais com a assentamento, fez com que a nossa chegada a gameleira fosse possível, devido a não abertura de “picada” nas trilhas da APA. 

Dessa maneira, o grupo decidiu abortar a missão, e retornar para o assentamento. Porém, por um outro percurso misto de tabuleiro e mata com nascente, repleto de bromélias. A vegetação em nossa volta nos chamava a atenção devido ao porte das arvores e dos mandacarus que encontramos pelo caminho. Após uma caminhada de mais 4 Km em mata fechada, saímos por trás de um roçado de batata, de onde seguimos para o assentamento. Chegando ao local, o grupo promoveu uma ação social com a distribuição de kits escolares e de higiene bucal, que contribuiu para alegria das crianças do assentamento.

Terminada a nossa visita ao Assentamento Mata Verde seguimos para o Assentamento Timbó, onde fomos conhecer a cachoeira do Sabiá a única cachoeira da região Agreste que possui água perene. Percorrendo uma pequena trilha, passamos por uma área de dendês e uma pequena mata fechada até chegar ao local da cachoeira. No lugar, uma queda d’água com cerca de 8 metros jorrava uma água cristalina que refrescou os geotrilheiros após a dura caminhada pela mata. 


Retornando para a cidade, o grupo se reuniu no restaurante J.J. para almoçar e para prestamos uma homenagem ao aniversariante do dia, o geotrilheiro Pedro Júnior que ficava uma trilha mais velho. Com uma festa de aniversário com direito a chapéu e língua de sogra, mamãe Lala expressou o seu sentimento materno ao falar do filho que trás tanto orgulho. Com o primeiro pedaço de bolo entregue a mãe, o aniversario do Pedro Júnior continuou até o entardecer, quando retornamos para Natal, finalizando as atividades programadas para o dia.


Raio-X

Nível de Dificuldade – Leve
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros.

Onde Comer 
Bar e Restaurante J.J.

Fone: (84) 9158-2728

Contatos para realização de trilha
Patrícia
Fone: (84) 9162-5378

Realização

 
 

CORONEL EZEQUIEL/RN
Trilha do Coronel - 19 de agosto de 2012

A atividade denominada de “Trilha do Coronel” contemplou uma visita ao município de Coronel Ezequiel/RN no dia 19 de agosto, e contou com a participação de 15 geotrilheiros. Após o deslocamento de Natal pela BR-226, com uma pequena parada em Tangará para saborear o tradicional pastel do município, seguimos até Santa Cruz de onde tomamos a RNs-129 e 023, até atingir Coronel Ezequiel. Ao chegarmos na praça José Pedro de Farias, o guia Roovestre Lopes já nos aguardava, juntamente com seus auxiliares. 

Trilha em meio a caatinga

O início da atividade começou com uma visita ao centro da cidade, onde foram mostrados com a igreja matriz e a “rua velha”.  Na oportunidade, o grupo conheceu a história do município, desde a antiga fazenda de gado aos dias atuais. Logo em seguida, os geotrilheiros seguiram em trilha para a cachoeira do Miguel, próximo a cidade, trilhando pelo leito do rio seco. Infelizmente, devido à forte seca que atinge o Rio Grande do Norte neste período, o local estava seco, porém, a beleza dos lajedos também nos chamou a atenção, de modo que foi um prato cheio para os profissionais da geografia que estavam compondo o grupo.


De volta a trilha após banho
Em seguida, o grupo embarcou num pau-de-arara cedido gentilmente pela prefeitura local, em que fizeram deslocamento para a capela de Humberto, onde o grupo aproveitou para tirar várias fotos da paisagem formada ao fundo. De lá, mais uma vez em trilha, o grupo seguiu por três quilômetros até para a localiza de conhecida como Olho D’água dos Galegos, onde puderam tomar um refrescante banho no açude local. Renovadas as energias, o grupo seguiu na sequencia para o sítio Tábua, onde conheceram o Projeto Mandala desenvolvido na localidade. Se tratava da utilização da Mandala dentro da permacultura, ou seja, apenas a forma de fazer cultivos em círculos em que existe um reservatório de água no centro da cultura, que neste caso, se tratava de banana.

Projeto Mandala
Após a visita ao Projeto Mandala, o grupo realizou o almoço na cidade, para na seqüência seguir de volta para Natal, levando consigo ótimas recordações de Coronel Ezequiel, e a esperança de regressarem ao município no período de chuvas, para conferirem as belas cachoeiras da região.     

 

Raio-X

Nível de Dificuldade – Leve
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros.
Onde Comer

Fone: (84)

Contatos para realização de trilha
Roovestre Lopes
Fone: (84) 8742-1171
Realização
FAGUNDES/PB
Travessia da Serra do Bodopitá - 28 e 29 de julho de 2012.

A visita ao município de Fagundes/PB ocorreu nos dias 28 e 29 de julho, contando com a participação de 14 geotrilheiros atraídos pelos desafios da serra do Bodopitá. Após partirmos de Natal/RN nas primeiras horas da manhã do dia 28 de julho, o grupo chegou a Fagundes por volta das 10h:30. Logo no acesso ao município, antes mesmo de chegar nas proximidades de Galante/PB, notamos como era bela paisagem que compunha as formações rochosas da serra do Bodopitá que viriam a ser exploradas por nós, sendo o maior objetivo de nossa visita.

Ao chegarmos em Fagundes, o clima ameno nos dava as boas vindas ao pequeno município, que atrai várias pessoas motivadas pela fé em Santo Antônio, sendo a justificativa de ser considerada a cidade da fé, conforme a placa indicativa na entrada da cidade.

Guia Aramy Fablício
Seguimos com destino a zona rural e após pedir algumas informações aos populares locais, chegamos a Caverna Bar para conhecer uma das maiores figuras que encontramos durante todo este tempo de projeto Geotrilhas/RN. Everaldo Fablício, ou simplimente Aramy como é conhecido na região pelo seu ativismo envolvendo as causas ambientais no município e na Paraíba. O que redeu-lhe reconhecimento de algumas entidades envolvidas com o Meio Ambiente, além do apresentador Rasmussen, que quando sempre vem gravar na região, tem Aramy como guia oficial. Com todas essas credenciais, não haveria ninguém mais qualificado para fazer a condução do nosso grupo nos dois dias de atividades em Fagundes.

Após as devidas apresentações, o grupo montou acampamento dentro do sítio do Caverna Bar. As barracas do Geotrilhas/RN se misturaram entre as fruteiras do terreno, e a um belo jipe da II Guerra Mundial, de propriedade do Aramy. Terminada a montagem do acampamento, foi servido o almoço pela equipe que auxiliava o nosso anfitriaão, tendo como pratos do dia, a traira e a galinha de capoeira, mas o que chamou bastante atenção dos geotrilheiros, foi sem dúvida o exótico suco de manga verde servido, que recebeu a aprovação do grupo. 

Início da trilha
Ao término do almoço, o grupo partiu para a primeira trilha do final de semana, com destino a Pedra de Santo Antônio. Seguimos por uma trilha por trás do Caverna Bar, conhecendo o projeto Saco de Leite não é lixo desenvolvido por Aramy, que aproveita os sacos descartados do Programa do Leite, para fazer mudas de árvores típicas da região, sendo utilizadas no reflorestamento das áreas. Subimos por um imenso paredão de rocha, onde Aramy demostrava todo o seu conhecimento a respeito da fauna e flora da região. 

Trilha
Seguindo adiante por pequenas propriedades rurais repletas de fruteiras, chegamos ao açude público de Fagundes. Um reservatório de água encravado ao lado de uma imensa mata e ao pé de uma serra, onde as hortas orgânicas chamavam a nossa atenção. Passamos por uma pequena caverna, até chegarmos a uma propriedade de criação de abelhas uruçu, em que o grupo conheceu a cultura. Ainda seguido por dentro dos sítios, conhecemos outro projeto do Aramy denominado de Bica, que aproveita restos de placas galvanizadas para fabricar placas de proibição de caça, que estão sendo adotadas pelos proprietários das terras, que estão ajudando na preservação da fauna local. 

Pedra de Santo Antônio
Após duas horas de caminhada, chegamos a Pedra de Santo Antônio, onde encontramos no santuário uma bela paisagem estonteante dos municípios circunvizinhos a Fagundes, e do início do Estado de Pernambuco ao fundo. O local foi cenário para várias fotografias tiradas pelos geotrilheiros. Porém, a maior atração do local, ficou por conta da enorme rocha com a fenda no meio (a Pedra de Santo Antônio), onde a crença popular acredita que passando por três vezes por dentro dela, a pessoa conseguirá um casamento. Essa tradição atrai inúmeras pessoas durante os festejos do santo comemorado no mês de junho. Seguimos adiante por cima da serra, onde nos foram relevadas lindas paisagens da região, nos inúmeros mirantes naturais da serra. 

Mirante
Já ao entardecer, passando por lugares repletos de bromélias, chegamos ao último mirante próximo a uma rocha que lembrava uma mão fechada, onde a noite e a lua chegavam gradativamente, deixando o visual esplêndido. Retornamos ao Caverna Bar por volta das 18h:30, quando ainda restou tempo para um banho em uma bica natural “olheiro” antes do jantar.

 


Com a temperatura caindo, e uma boa conversa, logo o convite para tomar um bom vinho chegou. Aos cuidados dos companheiros Rejânia e Zilmar, foram servidos uma boa variedade de vinhos acompanhados por petiscos. Ao final da rodada enóloga, o grupo se recolheu a suas barracas para o descansar e finalizar o primeiro dia de atividades.

Com a saída dos primeiros raios do dia, os geotrilheiros acordaram para um café da manhã reforçado no Caverna Bar, para enfrentar a trilha da Pedra do Urubu. Com o deslocamento feito por um pau-de-arara, chegamos ao outro extremo da zona rural do município, onde iniciamos a subida da serra. No primeiro momento, passamos por uma região de brejo com muita lama, que redeu alguns escorregões, até chegarmos ao pé da serra, iniciando a subida. 

Embarque em Pau-de-Arara
Num percurso repleto de jaqueiras, foi inevitável uma parada para degustarmos o fruto, antes de encarar o restante da subida. A medida que subíamos a serra, era possível observarmos o município de Campina Grande ao fundo, denunciado pelos seus prédios que a cada dia vem se tornando cada vez mais altos. Chegamos no primeiro estagio do alto da Pedra do Urubu, onde num local onde se encontrava uma antena de telefonia, o grupo aproveitou o mirante para algumas fotos e um lanche rápido. A Leste, era perceptível uma chuva que vinha na nosso direção, obrigando a adiantarmos a escalada. Com a precipitação pluviométrica já em andamento, de uma hora para outra um denso nevoeiro tomou conta do alto da serra, deixando a paisagem nunca antes vista por nós. A nossa frente, um imenso abismo era encoberto pelas nuvens que cercavam o local. 

Nevoeiro tomando conta da serra.
Foram cerca de 40 minutos até que finalmente a chuva parou e o nevoeiro revelou a paisagem da região, num lindo quadro retratando a zona rural de Fagundes. Devido a chuva, o grupo resolveu abortar a entrada a caverna que atravessa a serra, por causa da rocha esta bastante molhada, o que poderia ocasionar algum acidente. Iniciamos a descida da serra, onde saímos em um roçado de milho, de onde partimos em trilha, passando por vários sítios. Inclusive a propriedade na qual Aramy passou toda a sua infância, e outros que os próprios moradores foram nos saudar 

Vista do alto da Pedra do Urubu.
Após duas horas de caminhada, chegamos ao Caverna Bar para o almoço, e logo em realizar o plantio simbólico de várias mudas de arvores, que serviram para neutralizar a emissão de carbono ocasionada pelo deslocamento do grupo entre Natal/Fagundes/Natal. No final, ainda restou tempo para Aramy nos mostrar um procedimento veterinário, no qual ele iria retirara um imobilização da perna de um carcará, que havia sido quebrada por algum caçador. Segundo Aramy, a ave não teria mais condições de voltar ao seu ambiente natural, e que após o termino do tratamento, será encaminhado para uma entidade ligada a animais em João Pessoa, que ficará responsável pelo animal.
 
Carcará em reabilitação
Finalizamos a visita ao município de Fagundes, nos despedindo do Aramy e desejando sucesso em sua batalha pelo meio ambiente, além de parabenizá-lo pelo excelente trabalho como guia. Partimos com destino a Natal por voltas das 16h:00, com uma imensa satisfação pelo ótimo final de semana em Fagundes, e pelas belezas que nos foram reveladas.

Raio-X

Nível de Dificuldade –Médio
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Regular
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Levar capa de chuva;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros.

Onde Ficar
Fone: (83) 8868-7218
Caverna Bar
Onde comer
Caverna Bar 
Fone: (83) 8868-7218

Contatos para realização de trilha
Aramy Fablício
Fone: (83) 8868-7218


Realização

 

DONA INÊS/PB
Arraiá do Chafurdo 2012 - 16 e 17 de junho de 2012


Geotrilhas/RN no Arraiá do Chafurdo 2012
Após um ano da realização da Trilha Rural de Dona Inês, o Projeto Geotroilhas/RN retornou nos dias 16 e 17 de junho ao Assentamento Tanques para desta vez organizar o primeiro Arraiá do Chafurdo. 

O evento contou com a participação de oito geotrilheiros que levaram para o município paraibano muita alegria, animação e principalmente solidariedade aos assentados do Tanques.  Numa ação conjunta envolvendo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, na pessoa do secretário, Mariano Ferreira; a CandyPop (industria de balas, caramelos e pirulitos); DN Bijoux e do Grupo Escoteiro do Mar Artífices Náuticos, o Geotrilhas/RN proporcionou uma festa junina baseada nas antigas tradições juninas, relembrando o São João esquecido por muitos há anos.

Brincadeira da pescaria
Durante o arraiá, que teve início logo nas primeiras horas da tarde, as crianças do assentamento tiveram a chance de participarem de várias brincadeiras, antes esquecidas pelo tempo, como pescaria, quebra panela, cavalhada e o pau de sebo. Todas as brincadeiras tiveram prêmios para os vencedores, como doces, brinquedos e troféus. As brincadeiras juninas foram cercadas de muita emoção, de modo que as crianças tiveram a oportunidade de brincarem pela primeira vez estes tipos de brincadeiras, e principalmente pelos geotrilheiros e assentados, que reviveram os antigos jogos que fizeram parte de suas infâncias.

Premiação do Concurso de Cordel
Na parte da noite, o arraiá contou com a presença de muita gente bonita, onde puderam participar dos concursos culturais de aboio, cordel, culinário (escolha do melhor arroz doce, bolo de macaxeira, canjica e pamonha), que premiou com troféus e presentes os melhores do Tanques. Ainda durante os festejos da noite, houve quadrilha improvisada, com direito a casamento matuto, em que as meninas do assentamento concorreram a bijuterias, no concurso de melhor caracterização junina.


Quadrilha junina anima a noite
O restante da noite do Arraiá do Chafurdo ficou com a animação dos competentes músicos do Trio Paraibano, que tocou os grandes sucessos do forró pé de serra, e suas próprias composições que homenageia a bela Dona Inês.

No geral, o Arraiá do Chafurdo conseguiu unir o espirito aventureiro e  solidário do Projeto Geotrilhas/RN em prol de mais de 200 pessoas que compareceram ao Assentamento Tanques, com uma festa junina centrada nas tradições nordestinas e na cultura dos destemidos  vaqueiros. 

Queremos agradecendo aos nossos parceiros (Candy Pop, DN Bijoux, Grupo Escoteiro do Mar Artífices Náuticos e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Dona Inês), além dos amigos Cristiano Lourenço, Mariano Ferreira, Nilton Gomes, Rosangela Santos, Seu Geraldo e família e todos os assentados do Tanques, que de alguma forma contribuiram para o sucesso de nosso evento.

Finalizamos esta matéria com os versos do nosso secretário e cordelista, Mariano Ferreira, onde em suas talentosas estrófes, descreve o Arraiá do Chafurdo de acordo com a cultura cordelista. 

Geotrilhas promoveu
Arraíá para os Assentados
dia 17 de junho
ninguém ficava parado
com um forró-pé-serra
prestigiando nossa terra
e todos homenageados...

As criança receberam
lembrancinhas de São João
ficaram muito animadas
com tanta premiação
além disso o Geotrilhas
improvisou uma quadrilha
foi grande a animação...

Houve concurso de Cordel
José de Jorge o ganhador
na base do improviso
aos presentes encantou
com a história de um menino
vítima de um assassino
que impiedosamente o matou...

E concurso de aboio
os vaqueiros improvisando
Tarciso e Luiz Birro
Paulo Teles e Luciano
mas quem ganhou o troféu
para ele tiro o chapéu
Nilton Gomes foi soberano...

Além da animação
comida não pode faltar
teve festival gastronômico
com a receita do lugar
Jalma Birro, a ganhadora
que além de professora
mostrou dote em cozinhar.

Pedro e Lala, contamina
é um casal alegria
Lázaro Freire, alí de lado
mas é ele que gerencia
mantém todos os contatos
é um administrador de fato
turismólogo pela academia...

A noite foi só alegria
mostrando que o São João
é a maior festa popular
que existe nesse sertão
no litoral e agreste
onde o cabra da peste
mantém sua devoção...

O Trio Paraibano
cantando nosso nordeste
ico grande sanfoneiro
no zabumba, Cloves investe 
Com Cida improvisando
a quadrilha comandando
era só fazer um teste...

Para alavancar o turismo,
Meio ambiente e cultura
Não tem faltado apoio
Por parte da prefeitura
Consolidando o destino
O prefeito Antonio Justino
Vem cumprindo sua jura.
Agradecemos ao Geotrilhas.



VERA CRUZ/RN
Geotrilhas/RN na Rota da Farinha - 20 de maio de 2012.
Geotrilheiros e o guia Edilson Borges acompanhado do seu irmão
A visita ao município de Vera Cruz ocorreu no dia vinte de maio, contando com a participação de oito geotrilheiros, mais cinco integrantes da equipe de jornalismo do programa Tela Rural, produzido pela TV UFRN, que acompanhou o grupo para registrar a nossa atividade em Vera Cruz. 

Equipe do Tela Rural em entrevista
Ao iniciarmos o percurso entre Natal e Vera Cruz, acompanhamos a mudança da paisagem de forma transitiva do urbano para o rural, até que quando atingirmos o distrito do Cobé, o rural já dominava a paisagem, com suas áreas de cultivo irrigado e suas casas de farinha. A nossa primeira parada foi na residência dos pais do nosso guia, o Sr. Edilson Borges, que nasceu e se criou no distrito, onde além de guia nas horas vagas, também é professor de português na comunidade. Em sua companhia, estava a secretária de educação e cultura do município, a Srª Maria de Fátima Viegas Gomes, que também nos recepcionou e acompanhou o grupo durante a visita.


Na residência de família Borges, o grupo teve a oportunidade de conhecer uma criação de abelhas uruçu, que na região é muito conhecida pelo mel de propriedades medicinas. Na presença do pai e irmão do Sr. Edilson, os geotrilheiros receberam algumas informações sobre a atividade da apicultura, como também, tiveram a chance de colherem o mel, e posteriormente provar o delicioso produto. Ainda na propriedade da família Borges, fomos até o local destinado a criação de suínos, e um outro onde são criados algumas cutias em cativeiro.

Geotrilheira na roça

Seguimos adiante até o local de cultivo irrigado, onde conhecemos as culturas de milho, feijão e batata, além da tradicional cultura da mandioca. Neste momento, o Sr, Edilson falou sobre como a agricultura irrigada vem se tornando um ótimo negócio no município,na medida em que aproveita o grande potencial do lençol freático disponível no subsolo do Cobé.



Casa de Farinha dos Anjos
Após a visita nas áreas de cultivo irrigado, seguimos em frente para conhecer uma casa de farinha local. Na Casa de Farinha dos Anjos, fomos recebidos pelo proprietário, Sr. Jânio dos Anjos, que abriu as portas de seu empreendimento considerado modelo de empreendedorismo pelo SEBRAE RN, por atender todas as normas do mercado consumidor, Conhecemos todo o processo de fabricação da famosa farinha do Cobé, desde a raspagem da mandioca até o empacotamento. O Sr. Jânio ainda falou sobre a história da casa de farinha, que passou de uma pequena fabricação artesanal, para uma industria de pequeno porte, que abastece o mercado natalense e outras praças comerciais do estado. Um outro fator de destaque na Casa de Farinha dos Anjos é a reutilização da “manipueira” (liquido da mandioca produzido durante o processo de produção), que antes era descartado no meio ambiente, que agora é utilizado como fertilizante na própria roça de mandioca.

Visita ao Gulandim
Seguirmos adiante com destino a uma pequena área de preservação ambiental, conhecida como Gulandim. Neste local existe uma área de mata e vários olhos d’águas, que formam um pequeno riacho assoreado devido, devido ao desmatamento desgovernado da área. Para o Sr. Edilson, o Gulandim representa uma resistência das lembranças dos antigos moradores do Cobé, onde em tempos passados, era o local de lazer das crianças, como também, considerado o principal ponto que atraiu a povoação no distrito, que infelizmente nos dias atuais esta sendo degradado pela atividade da pecuária, e sua vegetação vem sendo esconderijo para usuários de drogas.

Grupo reunido com o Pastoril de Vera Cruz
É no Gulandim que o grupo se despede do Sr, Edilson e seguimos como a Srª Fátima rumo a sede do município de Vera Cruz, onde acompanhamos na sede do Pró-Jovem local, uma apresentação do Pastoril de Vera Cruz, formado por crianças da rede pública d ensino do município. Numa apresentação com cerca de quarenta minutos, conferimos o talento dos jovens artistas, tendo a oportunidade de presenciarmos esta apresentação artística, antes esquecida, que foi apenas deslumbrada por nossos pais e avós. Sem dúvida, foi um momento de emoção ímpar, demonstrado nas palavras do companheiro Robson do Carmo, que externou seus sentimentos aos lembrar dos relatos de sua mãe sobre a cultura do pastoril.

Geotrilhas/RN em frente ao Projeto Mulheres de Fibra
Após várias fotos com o elenco do Pastoril de Vera Cruz, seguimos para o Projeto Mulheres de Fibra para conferir o trabalho das cooperadas com a fibra da palha do coqueiro. Lá encontramos as mulheres trabalhando o seu lindo artesanato, ao mesmo tempo em que explicavam como é feito o processo de fabricação das peças. Estavam em exposição várias peças, que foram adquiridas com muito gosto pelos geotrilheiros.

Grupo reunido ao final da visita
Para finalizar a nossa visita a Vera Cruz, seguimos para a Fazenda Uruçu, onde na Casa Grande, foi oferecido um delicioso almoço regional ao grupo, com direito a um passeio pela propriedade, que conserva os traços originais da arquitetura do início do século passado.
Na sombra de uma mangueira, o grupo se despediu de todos os nossos anfitriões, e seguimos novamente para Natal, com ótimas lembranças que nos fizeram regressar ao tempo em que éramos crianças, e passávamos as férias nos sítios de nossos avós no interior, na época que a roça se mostrava uma ótima opção de lazer, descanso e cultura, que reencontramos neste momento em Vera Cruz.     

Raio-X

Nível de Dificuldade – Baixo
Localização da Trilha – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo

Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Fazenda Uruçu
Fone: (84) 9908-7041 ou (84) 8833-2510 – Dona Luzimar

Onder ficar
Fazenda Uruçu
Fone: (84) 9908-7041 ou (84) 8833-2510 – Dona Luzimar

Contatos para realização de trilha
Fone: (84) 8859- 3442 – Edilson Borges



NÍSIA FLORESTA/RN 
Geotrilhas/RN 4 X 4 Off Road - Trilha das 7 Lagoas - 29 de abril de 2012. 


A Trilha das 7 Lagoas ocorreu no dia 29/04 reunindo dezessete “geotrilheiros” num tipo de atividade totalmente atípica das quais estávamos acostumados a realizarmos. Desta vez, trocamos o trekking habitual do grupo, por uma experiência em trilha com o uso de quadriciclo, devido as circunstâncias entroncadas no local da atividade, que apresentava uma certa inóspidade por causa do período de seca no qual passa o Rio Grande do Norte. Obrigando a utilização dos veículos pela distância a ser percorrida e devido a inexistência de vegetação de grande porte capaz de amenizar o cansaço do grupo.

Sendo assim, seguimos para a comunidade do Pium em Nísia Floresta, onde encontramos com o nosso parceiro para esta atividade. Ao chegarmos na sede da empresa Real Adventure, já estava a nossa espera o Paulinho (proprietário) e sua equipe formada pela Valesca (secretaria), Quirino (instrutor) e Camachinho (mecânico), que de uma forma simpática acolheram o grupo na chegada, e logo em seguida iniciaram o briefing com as instruções necessárias para que os “geotrilheiros” pudessem assumir as máquinas.  Na ocasião foram utilizados quadriciclos Honda TRX 420 cc, Traxx Montez 250 cc e Yamaha Raptor 350 cc.

Após as devidas instruções, o grupo partir em comboio da sede da empresa rumo ao primeiro ponto a ser visitado, e também local da nossa ação social. Chegamos à entidade Nova Aliança, onde conhecemos o trabalho de recuperação de dependentes químicos que esta instituição promove. Fomos recebidos pelos próprios internos, que contaram um pouco de suas experiências de vida e da luta para se livrar do vício das drogas. Ao final da visita, o grupo adquiriu junto aos internos, produtos de limpeza os quais eles mesmo fabricam para custearem seu tratamento. Os vinte e seis litros de detergentes serão encaminhados para a Associação dos País e Amigos dos Altistas, para também auxiliar na manutenção do espaço.

Seguindo, o grupo passou por áreas com presença de restinga e dunas, bem como locais de predominância de vegetação de tabuleiro, até chegar as lagoas azul, do bonfim, do peixe, amarela e da juventude, onde o grupo parou para se refrescar, para continuar a trilha por meio de coqueiros, passando pelos arredores da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, até atingir a Casa de Pedra da Colônia de Pium. Datada de 1570 e localizada a margem direita do rio Pirangi. Uma construção atribuída aos holandeses, que se utilizavam de rochas trazidas da praia de Pirangi, para junto com banha de baleia, erguer a construção bastante atípica do local.

Neste momento, o grupo pousou para diversas fotos, antes de seguir para o Bar e Restaurante da Curva, o local do almoço, onde foi dada por encerradas as atividades do dia.

Raio-X
Nível de Dificuldade – Baixo
Localização da Trilha – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar na mochila apenas o necessário.

Onder Comer
Bar e Restaurante da Curva
Fone: (84) 9152-1403 ou (84) 8709-7475

Contatos para realização de trilha
Real Adventure
Fone: (84) 3237-0151 ou (84) 8712-4474

Apoio 

MARTINS E PORTALEGRE/RN
Desafio do Carteiro - 31 de março de 2012.


Grupo reunido para o início do Desafio do Carteiro
A viagem a Região do Alto Oeste Potiguar ocorreu no último dia 31 de março, onde o grupo partiu do município de Parnamirim em três veículos rumo à reta Tabajara em Macaíba, seguindo pela BR-226 com destino ao Trairi e Seridó, com uma rápida parada para tomar café da manhã em Tangará. Ao chegarmos ao município de Currais Novos  pegamos a estrada de Florânia para subirmos, e ao mesmo tempo contemplarmos a beleza da serra de Santana, até atingirmos o município de Triunfo Potiguar. 

Já na Região do Médio Oeste. Passamos pelos municípios de Campo Grande, Caraúbas, Olho d’água dos Borges, Umarizal, para finalmente chegarmos por volta das 12h:00 ao inicio da linda subida da serra da  “Princesa Serrana”, como é mais conhecida a cidade de Martins. Chegando a sede do município, o grupo seguiu direto para o Restaurante da Pousada Martinense, onde o delicioso almoço já nos aguardava. Instantes depois do início, a nossa companheira campinense Zeneide Leal, chegava advinda de Campina Grande para se juntar ao restante dos geotrilheiros. Finalizado o almoço, seguimos para a Pousada Martinense (Anexo de dormitórios), onde fomos recepcionados pela simpatica proprietária Dona Socorro, que com o carinho e dedicação de sempre, acomodou muito bem o grupo nos quartos da pousada. Neste momento, o grupo numa rápida cerimônia, repassou para as mãos de Dona Socorro, o Prêmio de Melhor Restaurante do ano de 2010 concedido em votação pelo grupo, devido a visita realizada em janeiro deste ano. 

Grupo reunido ao lado de Dona Socorro
Momentos depois, o grupo se reuniu na pousada com o guia Darildo Santos, que veio dá os primeiros encaminhamentos sobre a trilha que viria a ser realizada na manhã seguinte. Numa conversa bem descontraída, o guia levantou os pontos mais importantes do Desafio do Carteiro. Uma trilha que viria a exigir um bom esforço físico entre os participantes. Ao término da reunião, o grupo concedeu a Darildo, um certificado de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao grupo, desde a  primeira visita em 2010, quando após o grupo ter contratado antecipadamente os serviços de um outro guia local no município, foi extorquido por mais dinheiro no momento da chegada a Martins. O que obrigou a direção do Geotrilhas/RN a cancelar o serviço contratado, ficando o grupo ao “Deus dará” até encontrarmos o competente, e acima de tudo, o profissional Darildo, que logo se prontificou em fazer o guiamento pelo preço justo. 

O competente guia Darildo
O reconhecimento também veio pela dedicação que o Darildo teve em fazer com que fosse possível a realização do Desafio do Carteiro, pois a trilha de que parte de Martins até a comunidade da Forquilha, estava totalmente fechada devido falta de circulação de pessoas no local. Valeu ressaltar que a direção do Grupo Geotrilhas/RN entrou em contato com a Secretaria Municipal de Obras de Martins para que fosse aberto uma pequena “fenda” na trilha que possibilitasse a passagem do grupo, porém foi alegado falta de verba para a execução do serviço. Sabendo do ocorrido, o guia Darildo mobilizou alguns trabalhadores rurais, que moram nas proximidades da trilha para fazerem o serviço, o qual foi pago pelo Grupo Geotrilhas/RN, para só assim se possível a realização do evento. 

Neste momento, vale tercemos alguns comentários de forma construtiva a gestora  do municípios e seus auxiliares. Como uma cidade que é considerada um dos maiores pólos de atração turística do Rio Grande do Norte, não dispõe de R$ 120,00 (cento e vinte reais) para pagar uma “empeleitada” que trouxe um retorno muito maior em termos econômicos para o município. Já que o grupo formado por catorze pessoas  consumiu produtos em bares, supermercados, posto de combustível, além de serviços como hospedagem, alimentação, translado, lazer e até mesmo os serviços de doceria contratado no município para a comemoração dos três anos de aniversário do projeto Geotrilhas/RN, que foi realizado no Mirante do Canto na noite de sábado. Realmente, esse não foi o presente que estávamos esperando. Porém, agradecemos a persistência do guia Darildo e da compreensão do gerente da fazenda Seu Assis, que gentilmente autorizou o serviço de roçargem do mato. 

Grupo no Mirante da Carranca
Voltando ao foco de nossa visita, o grupo fez um rápido passeio ao centro da cidade, de onde partiu para o Mirante da Carranca, em que foi possível contemplarmos o entardecer da serra com um gostoso bate papo na companhia dos amigos. Regressamos para a pousada, onde o grupo se preparou para o aniversário do grupo, que viria a ser realizado no outro famoso mirante de Martins. 

Chegando ao Mirante do Canto, o grupo se reuniu em volta de uma mesa de frente para as luzes das cidades vizinha de Martins, que brilhavam abaixo da serra. Durante o jantar, o grupo deliberou alguns assuntos pertinentes a avaliação ao ano passado, e as perspectivas para o exercício 2012, tendo como foco a Expedição Geotrilhas/RN na Estrada Real, que será realizada no mês de novembro em Minas Gerais. 

Após as deliberações, houve a contemplação dos vencedores do Prêmio Momento Adocica, realizado pelo projeto no ano passado, que fez uma homenagem ao grande cantor Beto Barbosa com performance dos geotrilheiros durante as trilhas do ano passado, em total irreverência. Foram premiados com o certificado os geotrilheiros Davi Lima, Jefferson Arruda, Pedro Júnior e Thiago Jonatas. Os vencedores ainda receberam um CD do Beto Barbosa, que foram gentilmente enviados pelo próprio cantor ao projeto. 

Ainda houve a entrega dos primeiros títulos de associados aos geotrilheiros, depois da regulamentação do Estatuto do grupo ocorrida no início deste ano. Para finalizar os estejos de aniversário, foi cantado os parabéns ao grupo e num clima de confraternização todos abençoaram a continuação do grupo que se transformou na família Geotrilhas/RN, unidos pelo prazer do Ecoturismo e regidos pelo espírito da solidariedade, promovendo a economia solidaria e o assistencialismo social nos municípios visitados. O primeiro dia foi encerrado na Pousada Martinense por volta das 23h:00, quando o grupo se recolheu.

Grupo seguindo para o local de início da trilha
O segundo dia começou bem cedo para os geotrilheiros, em que já por volta das 06h:30 o delicioso café da manhã da Pousada Martinense já estava a mesa nos aguardando. Com um bife bem variado, o grupo se alimentou para suportar os 14Km de caminhada entre as serras de Martins e Portalegre. 

As 07h:30, Seu Dinarte chegou no pau-de-arara para levar o grupo até o ponto de início da trilha. Após alongarmos, iniciamos a caminhada, passando pela residência dos trabalhados rurais que executaram o serviço de abertura da trilha. O grupo agradeceu pelo empenho dos mesmos, que se não fossem eles, a atividade estaria comprometida. Partimos passando por uma área de roçado envolvida por muito verde, onde se destacava o plantio de milho, feijão, mandioca e batata para subsistência, além de cajueiros. 

Trilha fechada
Depois de meia hora, finalmente chegamos a área de mata, onde ocorreu o serviço de roçargem. Adentramos ao mato, por meio de urtigas e malícias, por um terreno bastante irregular serra abaixo, sujeito a torções caso o trilheiro não tenha cuidado onde pisa. Descemos tendo o canto dos pássaros sendo a nossa trilha sonora, e a fantástica visão da serra de Portalegre a nossa frente. Pelo percurso, é possível notarmos que existe vários riachos secos, que na época da chuva devem enriquecer mais ainda a beleza do lugar. 

Chegada na Forquilha
Passadas duas horas de descida da serra, chegamos ao vale onde contado por um rio, que ainda pegava as primeiras águas da chuvas. O local conhecido como Forquilha, delimita a metade do velho percurso feito pelos carteiros que levavam as correspondências entre os dois município. Chegamos a uma pequena casa, onde aproveitamos a sobra de uma cajarana para descansar. Fomos recebidos pelos moradores, que nos forneceu água para  continuarmos. 

Enquanto abastecíamos os cantis e hidrabacks com a saborosa água de pote, os moradores contavam e mostravam as fotos em seus celulares das caças existentes na região, como veados, tamanduás, preás, tatu e as perigosas cobras cascavéis. Esta última, o morador nos mostrou uma foto de uma cascavel com vinte guizo na calda, o que corresponde a vinte troca de peles na serpete no decorrer de sua vida. 

Vista da serra de Martins
Seguimos adiante, já iniciando a subida da serra de Portalegre, tivemos um problema de torção de tornozelos por parte de uma companheira, que logo foi atendida pelo geotrilheiro socorrista Daniel Câmara. Restabelecidos do contratempo, seguimos mais adiante tendo atrás de nós a beleza da serra de Martins, quando agora temos um principio de mal está no grupo, após uma companheira reclama de palpitações excessivas no coração. 

Rapidamente a equipe de saúde se posiciona, para tomar os devidos cuidados, monitorando todos os passos naquele momento em diante, até a chegada em Portalegre. Neste momento, o grupo foi dividido em dois, em que parte seguiu com Darildo e uma pequena parcela ficou na remoção da paciente. 

Chegada em Portalegre
Com intervalos reduzidos de paradas, após duas horas da chegada do primeiro grupo ao local de embarque, chegamos acompanhando a companheira. Segundo avaliação da equipe de saúde do projeto, as causas da alteração estão ligadas a falta de exercício da geotrilheira, que não se preparou corretamente para a desgastante trilha. Ao final, entre mortos e feridos, todos se salvaram. 

Ação social em Portalegre
Já no transporte de Seu Dinarte, seguimos para a praça central de Portalegre, onde o guia que prestou serviço ao grupo em 2010, o Neto, nos aguardava para fazermos a doação de várias gulosemas que serão destinadas ao trabalho de evangelização da Assembléia de Deus de Portalegre as crianças de uma comunidade quilombola no município. Nos despedirmos do Neto e seguimos para a cachoeira do Pinga, onde o grupo se refrescou nas águas geladas antes de partir para Martins. 


Cachoeira do Pinga
Chegamos na cidade por volta das 15h:00, onde realizamos o almoço no Restaurante da Pousada Martinense, e repassamos os prêmios de Melhor Museu de 2010 e Melhor Centro Histórico do mesmo ano, para as mãos de Darildo, que se comprometeu em repassar ao Museu Histórico de Martins, que na oportunidade se encontrava fechado e a prefeitura da cidade na segunda-feira respectivamente. 

Em seguida, subirmos para os quartos e nos organizarmos para a viagem de volta. As 17h:00, após de nos despedimos de todos os nossos colaboradores, partimos de volta para Natal, onde chegamos às 23h:00.  

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alto
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Regular
Apoio Logístico - Bom
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar na mochila apenas o necessário.

Onder Comer
Restaurante da Pousada Martinense
Fone: (84) 3391-2424

Onde Ficar
Pousada Martinense
Fone: (84) 3391-2424

Contatos para realização de trilha
Darildo Santos
Fone: (84) 8838 – 6371 ou 9968 - 0254

Realização



GUARABIRA, PIRPIRITUBA, BORBOREMA, BANANEIRAS, SOLÂNEA E ARARA/PB
Caminhos do Padre Ibiapina - Trecho I - 24 a 26 de fevereiro de 2012.

Grupo reunido no alto do Memorial Frei Damião em Guarabira/PB
 Nos últimos dias 25 e 26 de fevereiro, o Grupo Geotrilhas/RN embarcou para o Brejo Paraibano com destino a Mesorregião do Agreste Paraibano, mais precisamente ao município de Guarabira. Ponto de partida da peregrinação geotrilheira pelos quase 59 Km da trilha denominada “Via Cruzeiro de Roma”, parte que integra o projeto intitulado “Os Caminhos do Ibiapina”, que foi desenvolvido pela Diocese de Guarabira, pelo Governo do Estado, pela Sebrae e pela ONG (OSCIP), sendo composto por quatro trilhas que refazem os caminhos percorridos pelo Padre Ibiapina durante a suas peregrinações por terras paraibanas, entre os anos de 1856 e 1883, enquanto foi bispo da Diocese de Olinda e Recife, a qual a Paraíba estava subordinada.

José Antônio Maria Ibipapina é natural de Sobral/CE, foi Ex-Juiz de Direito e Chefe de Polícia em Quixeramobim/CE, foi eleito Magistrado na Câmara dos Deputados entre 1834 a 1837, tendo o seu trabalho centralizado em favor dos pobres e oprimidos. Após sua passagem na política, decidiu advogar nas causas das pessoas desamparadas no Nordeste, onde teve sua ligação com a Paraíba, após atuar na defesa de um acusado de crime na cidade de Areia. Decepcionado com a vida pública, iniciou suas missões evangelizadoras  propagando a fé católica no Nordeste e deixou inúmeras obras ligadas ao assistencialismo e a educação, como as casas de caridade, hospitais, açudes, cemitérios e capelas. 
 
Café da manhã reforçado
Com uma equipe composta de quatro “geotrilheiros”, chegamos em Guarabira na noite de sexta-feira (24/02), sendo três componentes vindos de Natal/RN, mais um advindo de Campina Grande/PB. Por volta das 20h:30 demos entrada no primeiro ponto de apoio da aventura. Com uma recepção bastante agradável, o Sr. Lucena, proprietário do hotel de mesmo nome, nos conduziu aos aposentos e logo em seguida serviu em seu restaurante um saboroso jantar, antes que o grupo se recolhe-se para descanso. 

Ao raiar dos primeiros raios do sol da manhã de sábado, o grupo já estava de pé para iniciar o percurso, mas antes disso, um reforçado café da manhã foi oferecido pelo Sr. Lucena, para que os integrantes do grupo chegassem em condições até o município de Borborema, onde seria oferecido o almoço do dia.

Marcos da Flor de Cedro
Partimos do centro de Guarabira por meio de moto-taxi com destino por uma via pavimentada até o alto da serra da Jurema, tendo ao lado da “rodagem”, uma via sacra que já fazia parte do Memorial Frei Damião, ponto de partida para a trilha. O memorial é composto por um museu, uma capela, praça de celebração, casa de ex-votos e uma estátua com 34 metros de altura alusiva ao frade capuchinho Frei Damião de Bozzano. Um famoso missionário que teve sua atuação religiosa no Nordeste do Brasil. Do alto do memorial era possível termos uma visão completa da cidade de Guarabira e mais de algumas outras num raio aproximado de 50 Km.

Ao chegarmos no local, já estava a nossa espera o nosso guia Estóbias, vindo da cidade de Bananeiras para acompanhar o grupo com destino a Arara. Último ponto da peregrinação. Após o brienfig, alongamento, e algumas fotos, realizamos uma oração aos pés da estátua do Frei Damião, para abençoar o grupo nesta que viria a ser, devido a constante variação de altimetria, e conseqüentemente a rarefação do oxigênio, a trilha que exigiria a maior resistência física e psicológica nos três anos de existência do Geotrilhas/RN. Mas guiados pela fé, teríamos certeza que chegaríamos ao Santuário de Santa Fé em Arara.

Travesia de riacho
Em resumo, partimos dos 97 metros de altura da sede do município de Guarabira, subindo mais 300 metros até o memorial Frei Damião, para só assim iniciarmos a descida do vale, rumo aos primeiros 3,2 Km pela trilha sinalizada pelo marco da Flor de Cedro, que indica a rota a ser seguida pelos aventureiros. 

Percorrendo um trajeto com a presença de vários montes ao redor e uma cordilheira ao fundo, tendo essa caracterização devido à transição da planície litorânea e as elevações decorrentes do Planalto da Borborema, passamos por uma bela região com a presença de inúmeras fruteiras que beiravam a estrada. 

Com uma temperatura média na casa dos 24°C, contribuída ainda pela presença de várias arvores durante o trajeto, o grupo recebia algumas o município de Guarabira, como o significado de seu nome, atribuído a origem tupi, significando “morada das garças”, e a justificativa de ser considerada a “Rainha do Brejo”, devido a possuir uma das maiores populações do estado, levando a ser uma cidade-polo. Além de sua história, como sua fundação em 1694, nas terras do Engenho Morgado, de propriedade de Duarte Gomes da Silveira. Ex-capitão mor da região, que foi disputada  por holandeses e franceses. O primeiro nome do município, ainda como vila, foi Vila da Independência. A padroeira do município veio de Portugal pelas mãos de José Rodrigues Gonçalves da Costa, que também construiu a capela, sendo um refugiado de terras lusitanas devido a um grande terremoto em 1755. O município é emancipado em 1887, passando a ser um dos maiores do estado. 

Seguindo a trilha, já enfrentando algumas elevações, que faziam com que houvesse paradas corriqueiras para descanso, encontramos algumas plantações de urucum e principalmente áreas destinadas à pecuária e a agricultura familiar, até chegarmos a um rio no qual havia uma grande preocupação com o seu nível em decorrências das fortes chuvas do último final de semana, porém não houve a confirmação de tal fato, tendo o rio ficando em um nível considerado seguro para ser ultrapassado.

Grupo na feira de Pirpirituba
Por volta de 10h:00 chegamos em Pirpirituba, último município da Microrregião de Guarabira, em que já tínhamos uma altimetria de 99 metros e mais 8,9 Km caminhados. Na ocasião estava sendo realizada a feira-livre na cidade. 

A palavra Pirpirituba é uma corruptela do tupi piri-piri-tyba que significa “juncal, junco abundante. Sob os olhares dos populares, que não estavam acostumados com a movimentação de Ecoturistas na cidade, o grupo fez uma rápida parada em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, para compra de água no comércio local. Após abastecidos de água, seguimos com destino a mais 13,3 Km até a cachoeira do Roncador. 

Dois fatos curiosos nos chamaram a atenção em Pirpirituba, sendo a decoração das janelas das casas com bibelôs, e a mais curiosa, que foi o acompanhamento da movimentação do grupo de perto pela Polícia Militar do município. Este último, sendo atribuído com certeza pela insegurança que rodeiam os municípios do interior do Nordeste, que já foram alvos de invasões de bandos armados, que aterrorizam as cidades. Mas o agravante mesmo para essa desconfiança, é sem dúvida a falta de políticas de incentivo ao Ecoturismo por parte dos governantes locais, por não buscar soluções de atração deste segmento de turista, que deste modo, aparecem em situações esporádicas. Deixando a população as vezes temerosas com tal movimentação estranha em seu meio.

Grupo a caminho de Borborema
Voltando ao nosso foco, percorremos um vasto estradão, passando por uma antiga usina de álcool, que se encontra desativada, e propriedades rurais, com destaque para uma pequena capela no alto de um monte, que seria a Capela de Nossa Senhora de Fátima. Estávamos perto do município de Borborema, o que foi confirmado após a passagem pelo portal que nos indicava a proximidade da cachoeira do Roncador. Antes de cruzarmos o portal, nos chamava a atenção da arquitetura de uma linda Casagrande de uma antiga fazenda, na qual habitavam pessoas. 

Finalmente chegamos à região administrativa de Borborema.Neste momento, entramos oficialmente na Microrregião do Brejo Paraibano, que viríamos ainda a passar por mais quatro municípios. Seu nome remete-se a localização no início do Planalto da Borborema, tendo sua história iniciada em 1912 com a compra das terras pelo advogado José Amâncio Ramalho, advindo de Araruna/PB, para construir um açude e posteriormente uma das primeiras hidrelétricas do Nordeste, que viria a fornecer energia elétrica para os municípios circunvizinhos. Uma outra característica de Borborema foi o planejamento da cidade com ruas largas,  canteiros arborizados e quarteirões dimensionados, onde encontra-se atualmente algumas casas de estilo barroco. Tudo planejado por um engenheiro contratado pelo próprio José Ramalho, que contribuiu para o ordenamento urbano de Borborema. Devido a isso, e com ajuda da implementação de uma polpadeira de arroz, uma fecularia e principalmente com a chegada da estada de ferro em 1913, conseguiu atrair inúmeras pessoas para residirem na então Vila de Camucá, para ser então emancipado do município de Bananeiras em 1959 com o atual nome.

Placa indicado Borborema
A zona Rural do município, a qual nos encontrávamos na oportunidade, possui propriedades com construções datadas do início do Século XX, com antigos métodos agrícola, como grandes fornos comunitários para “infurnar” bananas. As hortas também embelezam a paisagem, tendo uma boa presença ainda da vegetação de Florestas Subnaducifólica e Caducifólica, típicas da região ao fundo. Passamos por uma pequena, mas bela propriedade onde havia uma placa de venda de din-din. Uma ótima pedida pelo calor que fazia naquele momento. Além dos cobiçados din-din, a proprietária do sítio comercializa doces e licores caseiros. Uma tentação se não fosse o horário corrido, no qual já estávamos uma hora em atraso. Seguimos em frente, até encontramos um marco caído no chão devido ao vandalismo. Ele apontava para o Roncador, cujo o som já dava para ser escutado. 

Almoço no restaurante Roncador
Por volta das 13h:00, chegamos ao segundo ponto de apoio, o restaurante do Roncador, onde parte do grupo se refrescou na ducha do restaurante, até o momento em que o almoço seria servido. Aos cuidados de Dona Lourdes e Seu José, foi oferecido ao grupo um almoço a base da famosa galinha de capoeira paraibana, a qual foi desgastada aos poucos pelos “geotrilheiros”.

Após a conclusão do almoço, e outro alongamento, seguimos adiante com destino a cachoeira propriamente dita, considerada a maior da Paraíba, onde tiramos mais algumas fotos e subimos a serra ao seu lado. Numa subida íngreme, atingimos uma pequena barragem no alto, para só então chegarmos a uma área de cultivo de banana, que dava para observar dos 368 metros de altimetria, a imensidão do vale atravessado por nós, tendo ao horizonte, o longínquo Memorial do Frei Damião de um lado, e o não tão perto Santuário do Cruzeiro de Roma (local do pernoite). Tínhamos mais 16,9 Km para chegar ao Sítio Angelim, onde até chegar lá, os sinais de desgaste já eram bastante presentes no grupo. 

Cachoeira do Roncador
Em mais 1,5 Km, já beirando a PB-105, chegamos a Vila Moram, onde já se perfaziam 22,2 Km no total. Após uma rápida parada na entrada da vila, tivemos as duas primeiras baixas do dia, onde por motivos de dores, duas companheiros tiveram que ser levadas de automóvel para o Cruzeiro de Roma. Ainda restavam cerca de 5 Km para finalizarmos o primeiro dia, o que coube a dois “getrilheiros” mais o guia, que iniciaram a subida da ladeira que dava acesso a vila, onde após uma hora de caminhada chegaram a lagoa Matias, em que chamava a atenção as belas casas das propriedades rurais, e o grande número de tanques de criação de tilápias, além de uma grande barragem e o belo pasto onde os bezerros brincavam ao cair do crepúsculo. A nossa frente estava o Santuário do Cruzeiro de Roma, com uma ladeira bastante íngreme, já nos 552 metros de altura do município de Bananeiras/PB. A subida ficou bastante ofegante, com muitas paradas, pois o corpo já não obedecer os comandos e o ar ficava mais rarefeito devido ao nosso cansaço. 

Chegada dos goetrilheiros
Após trinta minutos, finalmente o guia Estóbias e os dois remanescentes “geotrilheiros” cruzam o portal do santuário que contem a inscrição “CRISTO ONTEM HOJE E SEMPRE”, empunhando a bandeira do estado do Rio Grande do Norte, e completando a primeira parte da peregrinação.

O Santuário do Cruzeiro de Roma possui algumas curiosidade bastante interessante. Uma é remetida a sua construção na qual não havia sido concedida pelo clero paraibano, sendo necessário que seu idealizador fosse até o Vaticano para pedir autorização ao papa para erguer o santuário. Neste sentido, a sua posição de construção esta voltada para Roma na Itália. Outra curiosidade, foi a de ser um local autorizado pelo padre Cícero para que os devotos que não pudessem irem ao Ceará, realizarem o pagamento de seus votos no local. No alto do Santuário do Cruzeiro de Roma, é possível visualizar várias cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte, e inclusive o Memorial do Frei Damião.

Igreja do santuário
Fomos recebidos pelos funcionários do santuário, os quais nos encaminharam para os aposentos do romeiros e nos serviram o jantar. Logo em seguida, fomos visitados pelo sacerdote do local, o padre Paulino Nunes, que falou de seu trabalho de evangelização na comunidade, e das dificuldades encontradas na administração do santuário. O padre também levou o grupo para conhecer o interior da igreja, e deu uma biblioteca o qual mantém na casa pastoral. Por volta das 21h:00, o grupo se recolheu para descanso, pois as expectativas para o próximo dia seria de um trecho mais árduo devido a inexistência de sobras pelo percurso.

Grupo partindo para o 2º dia de trilha
Pontualmente as 06h:00, a alvorada foi iniciada para o grupo, com a preparação do material, para o café da manhã, antes da segunda parte da peregrinação. Por volta das 07h:00, nos despedimos daqueles que nos acolheram e seguimos para os 37,3 Km até a sede do município de Bananeiras.

Gado no pasto
Regressamos pelo mesmo caminho da lagoa Matias, em que pela manhã a beleza novamente se fazia presente nos campos e “terreiros” em frente às casas. Seguimos pela estrada que vai para Goiamanduba, passando por áreas de cultivo de frutas e cana-de-açúcar, banhadas por riachos e cercadas por montes com a presença de mata nativa, até atingirmos o Engenho de Goiamanduba, onde é produzida a Cachaça Rainha. Uma das mais tradicionais bebidas do gênero da Paraíba. Realizamos uma pequena parada para descanso e aproveitamos para fazer uma visita informal no local, que devido a moenda esta montada, subtende-se que estávamos no período de moagem e fabricação do aguardente. 

Engenho Goiamanduba
Retomando a rota, seguimos ainda pelo caminho de Goiamanduba, passando pelos sítios, que nos chamava a atenção da devoção da população, com as os sinos das capelinhas chamando os devotos para a missa, e os cânticos de louvor nos alpendres da casas mais distantes. Sob o sol forte da manhã de domingo, após três horas de caminhada, chegamos na sede de um dos município com maior conteúdo e importância histórica para a Paraíba. 

A origem de Bananeiras acontece já com a doação das sesmarias a Domingos Vieira e Zacarias de Melo no século XVII, onde em 1833 foi criada a vila, para logo em seguida, em 1835, a freguesia de Nossa Senhora do Livramento, para logo após passada a distrito com o nome de Bananeiras no mesmo ano. Ainda em 1833, o padre Ibiapina foi o incentivador da construção da primeira igreja dedicada à santa em 1861, após a antiga capela de taipa de se deteriorado pelo tempo.

Chegada do grupo em Bananeiras
Sua evolução econômica partiu da cana-de-açúcar para o café, onde em 1852, chegou a ser o segundo maior produtor do Nordeste, trazendo inúmeras riquezas para a cidade, sendo refletido no requinte da arquitetura de seus casarões. Um outro marco historia de grande importância para Bananeiras foi a construção em 1922 da ferrovia, após transpor as barreiras geográficas da serra da Viração. Porém,nesta mesma época o município é atingido por uma praga dos cafezais, o que acarreta a falência da cultura na região, deixando apenas como opção a produção de cana-de-açúcar, arroz, fumo e sisal.

Ao chegarmos em Bananeiras, tivemos a grata satisfação de nos encontrar com o guia Adriano Bezerra, que fez a condução do grupo em uma outra oportunidade, mas que infelizmente não pode nos acompanhar nesta atividade, sendo substituído a altura por Estóbias que vão deixou a qualidade dos guias bananeirenses cair. Um outro fato lamentável pelo grupo, foi a desistência novamente das duas companheiras, que já se encontravam no limite de suas forças. Ainda restavam cerca de 21 Km até o objetivo final em Santa Fé, que ficou a cargo guia e dos dois “geotrilheiros” restantes.

Corredores da UFPB
Seguirmos pelas belas ruas de Bananeiras, seguindo a indicação dos marcos da Flor de Cedro, o que nos levou até a Campus de Bananeiras da Universidade Federal da Paraíba. Adentramos a instituição, observando como foi conservada a sua arquitetura da época do Colégio Agrícola de Bananeiras. Passamos pelos setores de aula, até chegarmos de frente para a subida de um monte, que delimitava o profundo vale onde a universidade estava inserida, comprovado por uma subida bastante íngreme, ainda não encontrada durante todo o nosso percurso. No alto da “chã”, era possível observar o crescimento de um bom número de condomínios de serranos em Bananeiras, atraídos pelo clima bastante agradável. 

Praça Central de Solânea
Caminhando mais 03 Km, nos deparamos com uma pista de pouso, tendo a sua frente o município de Solânea. Seguimos em frente para termos acesso a cidade, porém ao chegarmos no final da pista, havia um muro em nossa frente, para a surpresa de Estóbias, que justificou que até pouco tempo, não havia a construção no local. Com isso, fizemos um pequeno desvio com cerca de 300 metros para finalmente chegarmos na área urbana de Solânea.

A cidade está a uma altura de 626 metros acima do nível do mar, possui um característica bastante interessante, sendo uma das poucas cidades do interior que apresenta o fenômeno de cornubação urbana, sendo vizinha de Bananeiras. Porém, Solânea já não pertence a mesmo microrregião de Bananeiras, abrindo a Microrregião do Curimataú Oriental. 

Sua história tem início por volta de 1750 a família Soares Cardoso Moreno, vindo do Ceará, aproveita o revelo plano do local para fixar moradia e implementar fazenda de gado e engenho. Em 1926 o município até então Distrito, ganhou o nome de Moreno em virtude de seu fundador, passando a vila em 1938 e em 1953 passa a município com o atual nome.

Almoço em Solânea
Por volta das 13h:00, efetuamos a parada para almoço no restaurante Bom Sabor, onde de lá seguimos mais 1,1Km até a Chã de Santa Tereza, onde foi possível observamos a cidade de Arara, porém estávamos indo numa rota contorna uma grande região para chegarmos até lá. Justamente a mesma rota feita pelo padre Ibiapina.

Caminhando por estradas carroçais, seguíamos os últimos Marcos da Flor de Cedro, passando por pequenas propriedades, e a iminência de uma forte chuva que circundava aos arredores de nossa rota.  Pelo percurso foi possível vermos algumas construções antigas que lembram prédios comercias, atribuídos a época dos tropeiros. Ao chegarmos no sítio Olho D’água Seco, as expectativas da chuva se foram concretizadas, refrescando os “geotrilheiros” já exaustos naquela altura, porém fazendo um lindo contraste com o revelo de serras e um engenho ao fundo do vale. 

Antigo ponto de encontro dos tropeiros
Já no Sítio Figueira ( Km 47,5 de nossa jornada) a chuva já dava um trégua, e encontramos o entroncamento do trecho “Via Cruzeiro de Roma”, com a “Via Cruzeiro do Espinho”, vindo de Serraria/PB. Neste momento, pedimos água a uma popular, que admirou o esforço dos “geotrilheiros” na caminhada, atribuindo o feito a fé. 

Seguindo em frente, encontramos as tradicionais e quase extintas “budegas”, onde são comercializados produtos para os moradores da Zona Rural, e a presença de árvores do tipo baraúna. Mais a frente, encontramos um linda fazenda no caminho, que conservava traços tradicionais da arquitetura local. Era a Fazenda Almeida, distante ainda 7,3 Km de Arara. 

Durante este trecho, queixas de incômodos nos pés por parte dos remanescentes da peregrinação, denunciavam a presença de bolhas dentro dos seus calçados, a expressão e a diminuição do ritmo das passadas eram a evidência de que a fadiga física castigava os participantes. As forças eram buscadas nas paisagens e pela fé espiritual de ambos, quando avistamos ao fundo o Santuário de Santa Fé. 

Fazenda durante o percurso
Depois de mais duas horas, finalmente atingirmos o município de Arara, com um registro de 467 metros. Restando agora apenas mais 1 Km até o santuário. 

O povoamento de Arara teve início no século XIX por meio dos tropeiros que faziam o transporte de gêneros alimentícios do Curimataú, Seridó e Brejo Paraibano, que aproveitavam as sombras das árvores e do Engenho Porções, sendo local de comércio entre os tropeiros. A origem de seu nome vem da grande presença no passado de araras na região.

O padre Ibiapina possuiu grande influencia para o povoamento de Araras, em virtude da construção da Casa de Caridade de Santa Fé em 1866, para abrigar as meninas abandonadas na região, num terreno doado pelo Major Antônio José da Cunha, responsável pela construção a primeira casa de Araras. Padre Ibiapina também foi o responsável pela construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade.

Santuário de Santa Fé
O município foi distrito em 1938, pertencente a Serraria, para logo em 1961 ser emancipado.
Restando apenas 1 Km para chegar ao Santuário de Santa Fé, os passos já não tinham a mesma firmeza de um dia atrás, mas com toda fadiga, conseguimos entrar no local, onde encontramos uma igreja, um cemitério, uma antiga casa de farinha, algumas  locais de comercialização de objeto, museu, uma grande área de celebração e a casa onde o padre viveu e veio a falecer. 

Por voltas das 17h:30, finalmente conseguirmos cruzar o portal do santuário, mais um vez empunhando as cores da bandeira do Rio Grande do Norte, finalizando os 58,1 Km do percurso.

Chegada no Satuário de Santa Fé
Sob a copa do cedro do santuário, foi possível analisarmos o momento de vitória, sendo atribuído graças à força de vontade, as vibrações positivas daqueles que ficaram em Bananeiras, acima de tudo, a crença em cada um dos Deuses, os quais cada “geotrilheiro” levam consigo, independentemente de religião. Isso nos fez pensar como isso é tão importante, levando em consideração a determinação do padre Ibiapina, em transpor todas essas dificuldades para fazer tais obras humanitárias, o qual seu credo religioso e principalmente o seu coração missionário determinaram.

Após essa reflexão, retornamos para Bananeiras por meio de um taxi, para deixar e nos despedir do competente guia Estóbias, que cumpriu sua missão com extremo louvor, não incentivando todos a completarem o percurso. E também, pegar a outra metade do grupo para nos dirigirmos a Guarabira, de onde pegamos os carros e seguirmos para Campina Grande e Natal respectivamente ainda na noite do domingo, onde chegamos com a benção de todos em nossos lares.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alto
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Regular
Apoio Logístico - Bom
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar na mochila apenas o necessário.

Onder Comer

Guarabira
Restaurante Lucena
Fone: (83) 3271-1214
Borborema
Restaurante do Roncador
Fone: (83) 8745-7044
Solânea
Restaurante Bom Sabor
Fone: (83) 3363-2392

Onde Ficar
Hotel Lucena
Fone: (83) 3271-1214

Contatos para realização de trilha

Estóbias
Fone: (83) 9133-8653

Apoio

CAICO/RN
Geotrilhas/RN Camping 2012 - 23 de janeiro de 2012.

Grupo Geotrilhas/RN se preparando para a escalada da Serra de São Bernardo
Solidariedade, amizade e aventura, assim foram os três pilares de sustentação da atividade que abriu o calendário 2012 do grupo Geotrilhas/RN, com a realização do Geotrilhas/RN Camping 2012, sediado no alto da serra de São Bernardo. No dia 23 de janeiro, os seis geotrilheiros de Natal seguiram para Caicó, para se encontrarem com mais dois companheiros de vinham da região do Seridó e da cidade de Campina Grande/PB respectivamente. 

A primeira parada em territorio caicoense foi na loja “A Pescaça”, onde nos encontramos com o nosso amigo Nito Sabino, gerente da casa comercial e um dos organizadores do evento, que contaria com a participação do seu grupo de aventuras na cidade, denominado de Carcará Aventura. Um grupo formado por ex-membros do Movimento Escoteiro de Caicó, militares do 1º Batalhão de Engenharia e Construção (1º BEC) e admiradores do Ecoturismo. Após uma rápida conversa com o Nito, e uma conferida nos produtos ótimos produtos de camping e esportes de aventura da “A Pescaça”, seguimos para a sede da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Caicó, onde fomos conhecer o trabalho realizado pela instituição que atende inúmeras crianças não só de Caicó, como também da região do Seridó. 

Entrega de brinquedos educativos
Chegando lá fomos recebidos pela presidente Gildete Medeiros, e de sua funcionária Paula, que logo trataram de apresentar as instalações do local e falar sobre o trabalho desenvolvido. Na APAE Caicó é realizado um trabalho de terapia ocupacional e do auxilio a educação dos jovens que freqüentam a casa, bem como promove o envolvimento dos pais e filhos com oficinas e cursos ligados ao artesanato, como pintura de telas e panos de prato. Segundo a presidente Gildete Medeiros, a instituição é mantida com uma pequena verba proveniente do Governo do Estado, e da disponibilidade de profissionais sedidos pela Prefeitura de Caicó, mas boa parte da verba para manter o local vem ainda de doações da sociedade, que por meio delas a instituição conseguiu ampliar suas instalações com obras de construção de salas e de piscina destinada ao lazer das crianças. O grupo Geotrilhas/RN contribuiu com a APAE Caicó, com a doação de brinquedos educativos que serão utilizados no auxilio da educação das crianças atendidas no local. Antes de finalizarmos o nosso relato sobre a visita a APAE Caicó, é válido deixar o número de contato para aquelas pessoas que desejam ajudar a instituição. O número do telefone é o 84 3421 – 2109, que esta disponível para receber qualquer que seja a sua doação.

Terminada a visita a APAE seguimos para o Restaurante Ponto Certo, onde realizamos o almoço com a típica carne de sol de Caicó, antes de seguirmos para a Fazenda São Bernardo. Local de partida para o início da aventura em terras seriodenses. Por volta das 14h:00, o pau-de-arara que conduzia o grupo Carcará Aventura chegou até a fazenda para nos transportar para um local mais próximo da serra. Após 30 minutos por estradas carroçais repleta de pequenas propriedades abandonadas em virtude da seca, chegamos ao ponto de início da trilha. 

Grupos Geotrilhas/RN e Carcará Aventura unidos na conquista da Serra de São Bernardo
Com a reunião dos dois grupos que totalizavam 20 pessoas, seguimos por dentro da caatinga em busca da melhor face da serra para a escalada, porém, devido a trilha não ter sido utilizada a um bom tempo, o grupo fez um grande desvio que resultou num atraso de mais de uma hora do programado, até acertar o local correto para a escalada. Durante a subida da serra, o crepúsculo abrilhantava a beleza do seridó, que era possível observarmos do alto da serra. Após uma hora de caminhada em meio a serra, já na completa escuridão, chegamos a uma velha casa abandonada no alto da serra, que seria o local de acampamento do grupo. 

Descanço na subida
Na propriedade existe um inusitado açude sob a serra, onde o grupo tomou banho após fixar o acampamento. Sob o brilhar de uma fogueira, os participantes da aventura saborearam um típico jantar de acampamento regado a capuchino e chocolate quente até as 23h:00, quando o grupo se recolheu as suas barracas, para descanso. Na seguinte, antes do café da manhã, parte do grupo seguiu para o mirante no alto da serra, onde foi possível a contemplação de toda a região de Caicó. Após o término do café, o grupo desmontou o acampamento e seguiu serra a baixo, passando por alguns sítios e fazendas onde éramos bem recebidos pela população local, que admirava o feito do grupo em acampar naquela região num tempo tão seco como é no mês de janeiro em Caicó. 

Casa no alto da serra
Por volta das 10h:30 da manhã, chegamos ao local onde o pau-de-arara estava para conduzir o grupo de volta para a cidade, mas antes disso, houve uma avaliação da atividade, onde os organizadores e membros dos dois grupo puderam expor suas reflexões, onde no final, em clima de confraternização, foram sorteados brindes no oferecimento da “A Pescaça”. O pau-de-arara nos conduziu de volta a Fazenda São Bernardo, onde nos despedirmos do grupo Carcará Aventura e dos anfitriões da fazenda, que nos receberam muito bem. 

Membros do grupo no setor de fermentação da Samanaú
Seguimos ainda pela manhã até a Fazenda Samanaú, onde fomos conhecer o processo de fabricação de um dos orgulhos do Rio Grande do Norte: A cachaça Samanaú que já disponta como um produto de exportação para países da Europa. Chegando lá, fomos recepcionados pelo funcionário conhecido como “Neguinho”, que abriu as portas do engenho, mostrando a moagem da cana-de-açúcar incentivada e produzida na própria região. No momento de nossa visita, o engenho não estava moendo cana. No entanto, estava havendo um experimento do SEBRAE com melão para a produção de cachaça, que segundo Neguinho, não teria sido bem vista pela a desproporcionalidade de quilos moídos para litros de cachaça. Seguimos para o local de fermentação do caldo, onde nos chamou a atenção pela higiene apresentada no local. Logo em seguida chegamos ao local da destilação, onde por meio dos alambiques, a cachaça é separada. Neste momento, Neguinho nos explicou como o processo é feito, em que é eliminado a cabeça e o rabo da cachaça, ficando apenas o coração que é a parte boa para consumo. Pulamos a parte do envelhecimento em barris, devido à chave não se encontrar de posse do funcionário, mas seguimos para o setor de envasamento, onde foram demonstrados os processos de lavagem das garrafas, envasamento, rotulagem e controle de qualidade. Tudo demonstrado passo a passo com o maquinário funcionado. 

Grupo em frenta a Fazenda Samanaú
Ao final da visita, o grupo de oito geotrilheiros foram presenteados cada com uma garrafa da Cachaça Samanaú Prata, que todos fizeram questão de pousarem em frente a sede da fazenda portando seus presentes. Despedirmos-nos de Neguinho e seguimos  com destino a Caicó pela rodovia de acesso a Jardim do Seridó, de onde se dividiu, parte para Caicó e Campina Grande e os demais para Natal, levando consigos ótimas recordações e impressões positivas do povo acolhedor do Seridó.

O Geotrilhas/RN Camping 2012 teve o apoio do Grupo Escoteiros do Mar Artífices Náuticos, Carcará Aventura, Lhammas Explorer Ecoturismo, APAE – Caicó, Secretária Municipal de Meio Ambiente de Caicó, A Pescaça, Cachaça Samanaú e TV Caicó Comunitária. 

Raio-X

Nível de Dificuldade – Elevado
Localização da Trilha – Regular
Disponibilidade de Socorro Médico – Péssima
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros.

Onder comer

Restaurante Ponto Certo
Fone: (84) 3417 - 4084

Contatos para realização de trilha
Nito Sabino
Fone: (84) 
CAICÓ/RN
Geotrilhas/RN Camping 2012

Apoio no Geotrilhas/RN Camping 2012
           

DONA INÊS/PB
Trilha Solidária Especial de Natal - (03/12/2011).


No início do mês de dezembro (03 e 04/12), mais uma vez o Grupo Geotrilhas/RN desembarcou em Dona Inês/PB, com a grata satisfação de reencontramos os nossos amigos donainesenses, que tanto nos cativaram durante a visita do mês de junho. Com um grupo formado por doze geotrilheiros, voltamos ao Assentamento Tanques com o objetivo de fazer novas trilhas, e comemorar um Natal diferente, em que a solidariedade seria o combustível para alimentar nossa festa. Mas antes disso, ao chegarmos na Pousada Tanques, encontramos novamente com os nossos amigos Cristiano (guia) e Nilton Gomes (Presidente da Associação de Moradores). 

Após nos cumprimentarmos e depois do check-in da hospedagem, seguimos para a primeira atividade do dia, que seria uma trilha pela recém aberta Trilha do Vaqueiro. Durante o percurso por uma paisagem totalmente diferente da nossa primeira visita, enfrentamos o período de seca na região, que era representado pela vegetação seca e pela falta de água nos riachos que cortam a trilha. Porém, a bela vista do revelo das serra não foi alterada, e com um percurso inédito para os nossos olhos, vislumbramos novas paisagens que com certeza, no período chuvoso é uma oportunidade que tem de se novamente vivenciada. Outra coisa que chama bastante a atenção durante o trajeto,é a riqueza histórica  do lugar, por onde os antigos tropeiros usavam como rota para chegar as demais cidades do Curimatau e Brejo Paraibano. 



Por voltas das 14h:30, regressamos novamente ao assentamento, para o almoço no Bar do Peixe, onde encontramos o Seu Geraldo e família, que mais uma vez, nos brindou com uma deliciosa refeição típica da roça. 

Em seguida o grupo regressou para a pousada para higienização e um leve descanso para a noite  que prometia no assentamento. Já eram 19h:00, quando mais uma seguimos para o Bar do Peixe, agora para o jantar as margens do açude, tendo as luzes das cidades serranas da Paraíba ao fundo, dando um charme ao jantar da roça, com todas as suas iguarias produzidas ali mesmo no assentamento. 

Ao regressarmos para a pousada após o jantar, já havia uma movimentação de pessoas ao redor do prédio, em que para a nossa surpresa, já estava a postos o sistema de só da Prefeitura de Dona Inês, que tudo indicava que seria utilizado no evento. Sendo assim, o grupo começou a organizar local, decorando com os presentes que havíamos trazidos para promover o primeiro amigo secreto dos assentados do Tanques. 

Durante a arrumação do local, tivemos a presença do nosso amigo Mariano Ferreira (Secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente), que mais uma vez veio recepcionar o grupo na cidade. Enquanto o Trio Paraibano passava o som para o show de forró pé-de-serra, tudo já estava pronto para o início do evento, tendo os arredores da Pousada Tanques repleto de moradores do assentamento. 


Dando início a brincadeira, um a um os assentados tiravam um nome do saquinho e falavam sobre a pessoa que havia sorteado, ao final ambos se cumprimentavam e a pessoa sorteada escolhia o seu  presente, assim sucessivamente. Durante a confraternização, alguns comentários eram feitos pelos moradores aos membros do nosso grupo, em que muitos falavam da ocasionam em que algumas pessoas que forma sorteadas, já faziam algum tempo que não se falavam, e o momento foi uma oportunidade de reconciliação. Outros casos foram de marido e mulher se sortearem, e sem vergonha de demonstrarem o seu amor um o pelo outro, se abraçavam e se beijavam na troca de presentes. Outros moradores nos agradecia constantemente pela oportunidade de terem tido o seu primeiro Natal. Esses fatos de certa maneira, emocionava os nossos geotrilheiros que também tiveram um Natal diferente. Um Natal mais solidário e de amor ao próximo. 

Terminada a troca dos presentes, o Trio Paraibano animou a noite com muito forró, xaxado e baião. Durante o intervalo, o Grupo Geotrilhas/RN iniciou a cerimônia de entrega dos prêmios Momento Adocica, Prêmio de Fotografias Jorge Tadeu e os Melhores de 2011, que pela escolha dos geotrilheiros, deram os prêmios de Melhor área de Conservação Ambiental, Melhor Restaurante, Melhor Projeto Socio-Ambiental, Melhor Motorista, Melhor Manifestação Cultural ,  Melhor Preservação Histórica, dos Costumes e Tradições Culturais e ao Melhor Guia, a candidatos de Dona Inês, sendo respectivamente os ganhadores deste prêmios a Mata do Seró, Bar do Peixe, Oficinas de Artesanato da Comunidade Quilombola da Cruz da Menina, Abiner Torres, Trio Paraibano e Cristiano Lourenço. Sem dúvida foi uma surpresa bastante comemorada por todos, pois o município de Dona Inês conseguiu bater candidatos fortes como produtos turísticos, como por exemplo, de Caruaru, Gravatá em Pernambuco, e  Tibau do Sul e Currais Novos no Rio Grande do Norte. 

Após a entrega dos certificados, o restante da festa foi  a cargo da animação do Trio Paraibano, que animou a turma até às 01h:00, quando foi encerrado o primeiro dia de atividades do grupo. Ainda a respeito do primeiro dia, gostaria de registrar os parabéns ao Polícia Militar de Dona Inês, pelo apoio ao evento, dando total segurança aos participantes no geral da festa.

O segundo dia começou bem cedo, com o famoso café-da-manhã regional preparado pela família de Nilton Gomes. Com o reforço de uma galinha caipira logo pela manhã, embarcamo no Expresso Frei Damião, do premiado Abiner, e seguimos para a Mata do Seró, passando pela pedreira de Dona Inês. 



Com uma trilha bastante leve, chegamos a clareira, onde Jurandy do Forró já estava se preparando para a apresentação do dia. Passamos algum tempo por lá, antes de regressarmos para o assentamento, onde o almoço foi servido no Bar do Peixe com todos os cuidados de Seu Geraldo e família. 



Seguimos para pousada onde o grupo repousou um pouco antes de assistir a apresentação dos violeiros repentistas Gilvam e Joca Homem, no Bar do Açude, onde os artistas cantaram vários versos retratando o cotidiano das pessoas do campo, e alguns improvisos em homenagem ao grupo. 

Terminada a apresentação, seguimos para a pousada, para preparar as malas e pegar a estrada de volta para casa. Mais um vez, na despedida do pessoal do Tanques, ficou o clima da amizade, em que os sentimentos de saudades já batiam em nossos corações. Com um abraço carinhoso no pessoal da pousada, fortalecemos os nossos laços de amizade e regressamos para Natal com a certeza que em breve retornaremos a Dona Inês.      

Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom

Disponibilidade de Socorro Médico – Bom

Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Bar do Peixe
Fone: (83) 8122-4022 ou (83) 8132-6025 -  Geraldo
Onder ficar
Pousada Tanques
Fone: (83) 8104-4914 - Nilton Gomes

Contatos para realização de trilha

Fone: (83) 8132-8082 - Cristiano Lourenço



TRÍPLICE FRONTEIRA - FOZ DO IGUAÇU E MARECHAL CÂNDIDO RONDON - BRA, CIUDAD DEL ESTE - PAR E PURTO IGUAZÚ - ARG - (05/11/2011).
Expedição - 1º Dia

Chegada do grupo ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/PR
O projeto Geotrilhas/RN desembarcou neste sábado (05/11), na cidade de Foz do Iguaçu/PR, para o início da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira, que contemplará visitações as cidades paranaenses de Foz do Iguaçu e Marechal Cândido Rondon, além de visitas a Argentina e Paraguai.

O desembarque do grupo na cidade foi feito de forma alternada, na medida em que os voos vinham chegando provenientes do Rio Grande do Norte e Paraíba, trazendo consigo a delegação composto de dez "geotrilheiros", que na segunda-feira receberá o último integrante para completar em definitivo o grupo para os nove dias de atividades.

Neste primeiro dia foram tomadas todas as providências logísticas para o desenrolar da expedição, como a acomodação do grupo na Pousada El Shaddai e a apresentação do guia Edio Schoroeder, que fará a condução do grupo amanhã com visitações ao 34º Batalhão de Infantaria Motorizada, Antigo Hotel Cassino, Colégio Agrícola, Colégio Bartolomeu Mitre, Cooperativa de Artesanato da Região Oeste e Sudoeste do Paraná (COART), Gresfi, Mesquita Árabe, Marco das Três Fronteiras, Parque das Aves, Praça Getúlio Varga e ao Zoológico Bosque Guarani.

Fiquem ligado para acompanharem todos os passos da nossa expedição ao final do dia.

 

Expedição - 2º Dia
Grupo em horário de almoço no Recanto do Gaúcho.

Neste domingo (06/11), teve início oficialmente a Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira, em que onze "geotrilheiros" estarão por nove dias aproveitando as belezas naturais e riquezas culturais do Paraná, e dos países vizinhos Argentina e Paraguai.
As atividades de hoje começaram pontuamente às 08h:00 com um city tour pela cidade de Foz do Iguaçu aos seguintes pontos:
Avenida Brasil - A primeira e principal avenida de Foz do Iguaçu. É um shopping a céu aberto. Inicialmente se chamava Rua Botafogo, após os anos 50 passou a receber o nome de Avenida Brasil. Nessa avenida se instalaram os principais edifícios da cidade, como o primeiro hotel o "Brasil" (atual banco HSBC) e o primeiro cinema, Cine Star (1956). Em 1946 circulavam apenas 2 carros na Av. Brasil o da família Schinke, um carro Crysler 38 e o da Mate Laranjeiras, um carro inglês. Atualmente a Avenida tornou-se um emaranhado de veículo e pedestres e a intenção hoje é fazer com que ela torne-se um shopping horizontal, onde os cidadãos e turistas possam usufruir de um local agradável, com opções de compra, segurança e conforto.
34º Batalhão de Infantaria Motorizada - O Exército foi presença constante durante toda a fase de ocupação da cidade, primeiramente durante a Colônia Militar, que permaneceu na cidade de 1889 a 1913. A primeira Companhia Independente da Fronteira foi criada em 13 de maio de 1932. Deu lugar ao primeiro Batalhão de Fronteira em 1943 e este por sua vez ao 34º Batalhão de Infantaria Motorizado no ano de 1980. A sede do Batalhão ocupa uma área de 8 hectares no centro da cidade, sendo cerca de dois terços dessa área correspondente a uma reserva ecológica de preservação ambiental.
Praça Getúlio Vargas - Inaugurada em 1973 durante a gestão do prefeito Tércio Alves Albuquerque, a praça ganhou um busto de Getúlio Vargas feito pelo artista Iguaçuense Giovanni Vissotto. Foi talhada em uma pedra retirada do Rio Paraná, mas atingir toda essa perfeição trouxe uma grande dor de cabeça “No final ele quebrou o queixo, fui fazer um detalhe dele, no lábio e ele quebrou. Aí nós tivemos que tirar outra pedra e recomeçar tudo de novo e graças à Deus que aí não quebrou mais.” conta o artista.
Antigo Hotel Cassino - O Hotel Cassino foi projetado em dezembro de 1936, pelo engenheiro Raul Mesquita. Sua construção foi executada de 1938 a 1939 pela Companhia Construtora Nacional S/A, do Rio de Janeiro. No início o local era gerenciado por um casal de argentinos. Até 1946, o hotel funcionou como cassino, mas com a proibição do jogo no Brasil, em 1946, no governo Dutra, suas instalações passaram a ser utilizadas apenas para atender à demanda hoteleira.Com sua área construída de 1.075 m2, o antigo Hotel Cassino por muitos anos serviu ao turismo de Foz do Iguaçu, tendo hospedado personalidades ilustres como Moisés Lupion, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Atualmente, o prédio é sede da Paraná Turismo (regional).
Colégio Bartolomeu Mitre - O Grupo Escolar Bartolomeu Mitre foi criado em 1927 pelo Governador Caetano Munhoz da Rocha, com a denominação de Grupo Escolar Caetano Munhoz da Rocha. Em 1930 recebeu o nome de Grupo Escolar Bartolomeu Mitre em homenagem ao bravo general argentino que em 1865, durante a “Tríplice Aliança” impediu que as tropas paraguaias cruzassem seu território para invadir o Brasil. Foi o colégio pioneiro no ensino, e na ocasião de sua criação, de 1927 a 1952, o grupo funcionou no prédio situado na Praça Getúlio Vargas. Depois desta data passou a funcionar onde encontra-se até hoje na Avenida Jorge Schimmelpfeng. Em dezembro de 2001, o colégio passou por uma revitalização e recebeu um novo espaço, a Praça das Nações, que se tornou um ponto de encontro da comunidade local.
Mesquita Árabe - A mesquita de Foz é um lugar de culto para os seguidores do Islam, serve de referência entre os muçulmanos para encontros e orações. A comunidade Islâmica de Foz do Iguaçu empenhou-se na construção da Mesquita, cuja pedra fundamental foi lançada em 1981, sendo inaugurada em 20 de março de 1983. A área construída é de 1248m² e possui uma sala oval de 580m² para orações. Tem sua arquitetura inspirada no segundo maior centro sagrado do Islamismo, a mesquita Al Akssa, em Jerusalém. A Mesquita é perceptível de longe com suas torres (minaretes) de 31 metros de altura e com sua arquitetura que chama atenção. Hoje decorativos, os minaretes tinham papel de abrigar um sinal luminoso e ser um lugar alto onde ressoavam cinco vezes ao dia os chamados para oração.
Gresfi - Em 1933 objetivando a construção de um Campo de Aviação em Foz do Iguaçu, iniciaram-se as negociações para aquisição de um terreno, onde seria construído o primeiro aeroporto da cidade com o intuito de estabelecer uma linha do Correio Aéreo Militar que cobriria a região Foz do Iguaçu até a cidade de Guaíra. O local escolhido foi onde encontra-se atualmente o Clube Gresfi, na época distante do centro da cidade. Em 1º de abril de 1935 foi realizado o pouso inaugural, com um aparelho de treinamento, mas somente em 1938 a Companhia PAN AM inaugurou uma linha internacional que fazia o trajeto Rio/Assunción/ Buenos Aires uma vez por semana. Foi através desses vôos que o município começou a receber visitantes ilustres como Walt Disney, Henry Fonda e Grace Moore.
COART - Inaugurada em 31 de março de 1978, a Cooperativa de Artesanato da Região Oeste e Sudoeste do Paraná (COART) tem como seu principal objetivo organizar, estruturar e divulgar a atividade artesanal preservando a arte e a cultura da região. A cerâmica é o principal produto comercializado e possui um dos melhores níveis do Brasil em beleza e qualidade. Com mais de 80 associados é possível encontrar grande variedade de técnicas em artesanato e outras peças como vime, porcelana, vidro e material reciclável. Atualmente, a Coart integra, juntamente com o Sebrae e o Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros, o Projeto Ñandeva, que tem como objetivo desenvolver o artesanato típico local não só de Foz do Iguaçu, como das cidades de São Miguel do Iguaçu, Marechal Candido Rondon e Guaíra.
Colégio Agrícola - A década de 50 foi de uma riqueza extraordinária para o ensino público de Foz, pela antiga extensão territorial do município e pela sua vocação iminente agrícola, pelo decreto nº 9533 de 12 de julho de 1953, foi criada a Escola de Trabalhadores Rurais Dr. Ernesto Luiz de Oliveira, inaugurada por volta de 1956, cujo primeiro diretor foi o engenheiro agrônomo Rubens de Jesus. A partir de 1962 passou a se chamar Ginásio Agrícola Estadual Manoel Moreira Pena, que marcou a sociedade de Foz do Iguaçu pelo seu trabalho e desprendimento na direção desde e nos serviços sociais prestados a esta cidade. Atualmente o Colégio Agrícola Estadual Manoel Moreira Pena, de ensino médio e profissional. Situado na Av.General Meira possui área de 69,7 Ha e área construída de 14.500.000 sendo um dos maiores da cidade.

O city tour durou toda a manhã, e foi incrementado na parte da tarde com a visitação ao Marco das Três Fronteiras e o Zoológico Bosque Guarani, além de um voo panoramico de helicóptero pelas cataratas do iguaçu.

Amanhã estão previstas visitas técnicas a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacinal, Furnas Central Hidrelétrica e ao Refúgio Biológico de Itaipu.


Expedição - 3º Dia
Grupo reunido em frente a barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A programação de terça-feira (07/11) do grupo Geotrilhas/RN em Foz do Iguaçu foi concentrada na Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu, considerada a maior produtora deste tipo de energia no mundo. O grupo visitou as instalações externas e internas da empresa , inclusive com  a oportunidade de chegar ao lado de uma das dez turbinas em operação da usina, que fornecesse energia elétrica para o Brasil e Paraguai. A visita durou a manhã inteira onde fomos muito bem recepcionados pelo guia Paulo, que fez todas as honras da casa para o nosso grupo, dando toda a assistência necessária  para o nosso grupo, com bastantes informações pertinentes da história da usina, bem como da produção elétrica.
O período da tarde, o grupo seguiu para a Furnas Centrais Elétricas, para conhecermos a outra parte do sistema energético desta região. A responsabilidade de produção da energia elétrica em Foz do Iguaçu é de responsabilidade de Itaipu, já a distribuição é feita por Furnas. Sendo assim, o grupo foi recepcionado pelo Técnico de Eletrotécnica Carlos Garbet, que foi o responsável por passar todas as informações sobre a criação da empresa e sua capacidade de transmissão de energia para o Brasil. O Sr. Carlos também conduziu o grupo por todas as instalações da unidade de Foz, que com uma forma de comunicação bastante eficaz convertendo a linguagem técnica utilizando exemplos práticos do cotidiano, conseguiu despertar o interesse principalmente das mulheres do grupo, que puderam conhecer melhor as formas de com se utilizar corretamente a carga elétrica dos equipamentos elétricos de suas residência.
Ao final da tarde, ainda foi possível retornar a Itaipu para uma visita ao Refúgio Ecológico mantido pela usina. Uma área totalmente reflorestada pela empresa, onde possui centro de educação ambiental, horto e um centro de recuperação de animais silvestres, o grupo foi conduzido por uma trilha interpretativa pelo guia João, onde foi possível conhecermos a área recuperada, além de adquirir mais conhecimentos sobre os animais presentes na floresta graças ao contato direto com capivaras, antas, quatis, e até mesmo onças pintadas presentes nos recintos que compõe a trilha.
O terceiro dia em Foz do Iguaçu foi importante para conhecermos a importância econômica que Itaipu possui para o Brasil e Paraguai, mas também, o seu compromisso de preservação do meio-ambiente. Contribuindo assim, para o desenvolvimento sustentável da região.


Expedição - 4º Dia
Grupo reunido em frente a Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon

O quarto dia da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira (08/11) foi marcado por uma visita inusitada ao município de Marechal Cândido Rondon, para conhecermos um pouco mais sobre a história e a cultura do povo da Oeste do Paraná. Numa região repleta de pequenas cidades com estilo europeu, em especial o germânico, pudemos conferir a riqueza da região advinda da cultivo da soja e milho, como também dos benefícios do lago de Itaipu por meio dos royalties e do turismo colonial, com a difusão da cultura alemã, e a fé aos seus santos padroeiros, como Nossa Senhora Aparecida em Itaipulândia.
O guiamento do grupo em Marechal Cândido Rondon ficou a cargo do guia William Giacobo, que nos conduziu por um city tour na cidade, onde foi possível conferirmos a arquitetura germânica mais detalhadamente nas fachadas dos prédios locais, como o parque de exposições local, em que é realizada a tradicional Octube Fest do Paraná, e a Festa do Boi no Rolete. Ainda foi possível visitarmos o centro da cidade e o centro de artesanato, bem como a famosas Casa Gaina, com sua arquitetura misteriosa, e a mini cervejaria Hass Bean, onde foi possível acompanharmos a forma de produção de um dos chops de maior qualidade da região.
Em seguida o grupo partiu em direção a zona rural do município, num sítio chamado de Cachoeira da Onça, onde foi possível saborearmos a culinária colonial com almoço, jantar e café da manhã e fazer uma pequena trilha ecológica, e visitar a própria cachoeira da Onça com suas corredeiras de águas geladas. Ainda no sítio Cachoeira da Onça, o grupo aproveitou a oportunidade de experimentar a vivência rural do estado do Paraná, em meio as lavouras e animais do local, bem como de se hospedarem para o pernoite nas tradicionais casas rústicas de madeira do interior do Paraná, com um atrativo ainda mais especial, pelo simples fato de que o rio que forma a cachoeira da Onça passava aos fundos de nossa cabana, dando uma sensação de agradabilidade proporcionada pelo barulho de suas águas.

Expedição - 5º Dia
Grupo reunido ao lado do salto "Garganta do Diabo". 
O quinto dia da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira aconteceu neste dia 09 de novembro, contemplou a visita mais esperada deste ano, que foi  a visita ao Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu, situado no lado brasileiro. Os onze geotrilheiros tiveram a oportunidade de conhecerem uma das maiores atrações naturais do mundo, que atraem milhares de turistas de todo o mundo do ano.

A visita teve inicio com a visita ao centro de recepção de turistas onde pudemos encontrar várias informações não só do parque, mas dos demais parques do Brasil. Em seguida nos dirigimos para ao interior do parque, onde conhecemos o luxuoso Hotel Iguaçu, em meio a mata atlântica, com seus aposentos destinados a alta sociedade nacional e principalmente internacional. Mais adiante já era possível ouvirmos o barulho emanado das primeiras quedas d’águas, que nos foram reveladas ao descermos pelas escadarias de acesso. Neste primeiro momento, foi mágica sensação em estarmos de frente de uma das mais belas paisagens do mundo. Seguimos a trilha até chegarmos a maior concentração de queda d ‘água das cataratas, conhecido como o poço de diabo.

Em uma enorme passarela, varias pessoas seguiam em direção as quedas como uma enorme posição, na qual sentimos uma sensação de grande paz interior quando nos aproximamos do ensurdecedor volume de água que concentra 50% de todo o volume presente na área. Foi sem dúvidas uma das maiores experiências já proporcionadas aos integrantes do projeto.

No período da tarde, os integrantes do grupo fizeram dois circuitos de esportes radicais no Campo de Desafios do Canyon Iguaçu, sendo o arvorismo com escalada, rapel ao lado das cataratas, e da emocionante descida de 6 Km raffintg pelo rio Iguaçu no Macuco Ecoaventura para finalizarmos as atividades deste quinto dia em Foz do Iguaçu/PR.


Expedição - 6º Dia
Geotrilhas/RN durante a aventura na selva - Macuco Safari.
O sexto dia da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira (10/11), contemplou mais uma vez uma visita ao lado brasileiro do Parque Nacional do Iguaçu. Desta vez o grupo realizou a trilha do Poço Preto, com 10 Km dentro do mata, envolvendo as modalidades de mountain bike e trekking até a casa mata do Macuco Safari. Foram momentos de pura harmonia em contato com a natureza, onde foi possível observarmos alguns animais como cotia, lagartos e aves típicas da Mata Atlântica. 

O passeio ainda contou com um reconhecimento das águas acima das cataratas com num primeiro momento com a lancha do Macuco Safari, em que foi possível observarmos peculiaridades dos lados argentinos e brasileiro do parque, como os marcos divisórios e uma vasta população de jacarés nas águas do rio Iguaçu, além de conhecer a falha no meio do leito do rio que dá o nome da trilha. A parte aquática do nosso passeio ainda contemplou seis quilômetros de caiaques margeando o parque, onde foi possível aproximarmos mais dos animais que procuram o rio para se reproduzirem ou alimentasse, encerrando assim, a programação do lado brasileiro do Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu.

Ao anoitecer, o grupo fez sua primeira visita a Argentina para conhecer o Duty Free Shop em Puerto Iguazu, província de Missiones. Lá o grupo efetuou algumas compras antes de seguir para o Cassino Iguazu, também em Puerto Iguazu, onde o grupo conheceu como funciona a prática do jogo legal na Argentina, antes de regressarmos em definitivo para a pousada.    


Expedição - 7º Dia


O Paraguai foi o destino do sétimo dia da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira. Logo na manhã do dia 11 de novembro, os participantes da expedição foram conduzidos para Ciudad del Este para conferir como é o comércio deste principal ponto de escoamento de mercadorias para o Brasil. A primeira dificuldade foi atravessar a Ponte da Amizade devido ao grande fluxo de veículos que por ali passava. Eram centenas de carros vindos de várias cidades do Paraná, além de ônibus de turismo trazendo consigo tanto turistas como sacoleiros. Ao finalmente atravessarmos a ponte, foi possível avistar o imenso e movimentado comércio paraguaio. 

Desembarcamos no Shopping Del Este para um primeiro contato com os lojistas. A prática comercial dentro do shopping nos pareceu bastante interessante, na medida em que os lojistas trabalham com um cambio paralelo ao praticado nas casas do ramo. Ao procuramos pesquisar sobre os preços dentro do shopping, foi possível notarmos que os atendentes de lojas faziam o possível para fecharmos negócio, tendo uma redução considerável de preços em torno de 40% do primeiro valor estabelecido. Diante deste comportamento, percebemos que eles tinham grande interesse de não se ausentarmos do shopping, para pesquisar no comércio externo ao estabelecimento. Isso nos chamou a atenção, tanto que dividimos o grupo e fomos conferir o restante do comercio paraguaio. 

Ao sairmos do shopping, logo éramos abordados por vários vendedores que nos ofereciam todas as formas de produtos. O que mais me chamou a atenção deste assédio em cima dos brasileiros, foi a insistência de uma parte destes vendedores, que chegavam perguntando o que procuravam, e no final das contas, ofereciam para vendar comprimidos para disfunção erétil, drogas e até armas dos mais variados calibres. Mostrando a força do contrabando de fronteira. Procuramos despistá-los e embreamos dentro das imensas galerias comerciais de Ciudad del Este, praticam o comércio trabalhando com três moedas distintas: O Guarani (local), o Dólar e o Real. Este último muito aceito nas casas comerciais  onde vendem  vários produtos, como brinquedos, roupas, eletrônicos, ferramentas etc, que em quase toda a sua totalidade, são provenientes de pura pirataria. Segundo o nosso guia, o índice de pessoas lesadas com produtos de baixa qualidade no Paraguai, atinge quase que 90%. Comprar nas galerias paraguaias depende muito de sorte, afirmou o nosso guia Edio Schroeder. 

Mas Ciudad del Este não só possui estas caracteristicas do comércio. Andar pelo centro comercial é uma verdadeira aventura, a começar pelos insistentes vendedores que fazem com que você tenha que realmente correr deles. O trânsito paraguaio é uma verdadeira loucura, até mesmo se assemelhando com o indiano de acordo com os vídeos da internet. O nacionalismo é bastante presente o lugar, onde podemos encontrar várias pessoas com a camisa da seleção paraguaia, além do grande consumo de Tererê pelas ruas. Uma bebida típica do local que se assemelha com o chimarrão gaúcho, porém é acrescido de inúmeras ervas medicinais, e é tomado gelado.  Após conhecermos o comércio paraguaio, regressamos de volta para Foz do Iguaçu ao final da tarde, finalizando o penúltimo dia da nossa expedição na tríplice fronteira.    

Expedição - 8º Dia




Grupo ao lado de um dos vários saltos do lado do parque Nacional do Iguazú
O oitavo e último dia da Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira, aconteceu no sábado dia 12/11 em território argentino. Na oportunidade o grupo se dirigiu até a província de Missiones para visitar o Parque Nacional do Iguazú, na cidade de Puerto Iguazú. Ao atravessarmos a ponte Tancredo Neves, parecíamos que estávamos num país europeu, graças ao tempo nublado e a forma de como as construções do lado argentino foram erguidas. São edificações que remetem a colonização alemã. Seguindo em frente, chegamos ao Parque Nacional do Iguazú, onde nos chamou a atenção o fato da organização e estrutura do local. Logo de cara, pudemos conferir a história do parque em um centro de recepção turísticas com todas as informações referentes não só ao parque, como das diversas fases de ocupação da província. Mas adiante, caminhamos por uma trilha que dava acesso a uma estação ferroviária de onde um trem movido a GNV, nos conduziu até a área de acesso ao salto “Garganta do Diabo”. Até chegar ao referido ponto, caminhamos por uma imensa ponte de metal erguida da estação até a queda d’água. 

Foram aproximadamente 15 minutos de caminhada contemplando a beleza ao redor até chegar ao salto. Neste momento, presenciamos sem dúvida alguma uma das mais belas imagens que a natureza pode proporcionar. Uma imensa concentração de água que caia cascata abaixo, que levantava um spray d’água semelhante a uma fumaça, de onde várias pássaros saiam do nada rumo aos seus ninho encravados na rocha. Após várias fotos seguimos de volta ao trem, que nos levaria até ao ponto dos circuitos altos e baixos do parque, de onde era possível conferir os outros diversos saltos do lado argentino do parque. Em meio a quatis, largatos tucanos e vários outros pássaros, passamos os saltos um a um até chegar de frente da ilha de San Martin (cenário do filme a Missão de 1986 estrelado por Jeremy Irons e Robert De Niro, que retratou a ocupação jesuíta na América do Sul), onde seria o ponto de embarque do famoso passeio de barco pelas cataratas. 

Diferentemente do passeio ofertado no lado brasileiro, o serviço do lado argentino contempla  além da cascata frontal do lado brasileiro, e exclusivo passeio ao até o salto ao lado da ilha de San Martim. Com o batismo das águas da cataratas, descemos o rio Iguaçu até embarcamos em um antigo caminhão do Exército argentino, que nos levou pela mata até chegarmos ao centro de turistas,onde conferimos o artesanato local dos índios de Missiones e partirmos de volta para Foz do Iguaçu. E para finalizar a Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira, a noite foi organizado um jantar de confraternização em um restaurante italiano em Foz do Iguaçu, com direito a rodízio de massas e da realização de um amigo secreto em que os geotrilheiros puderam expressar seus sentimentos quanto aos demais participantes. 

Com isso, a Expedição Geotrilhas/RN na Tríplice Fronteira foi finalizada com sucesso, deixando um índice de satisfação bastante elevado entre seus participantes, que engrandecem mais ainda o projeto Geotrilhas/RN e estimula para uma organização ainda melhor não só para a expedição 2012, mas sim para todo o calendário do ano que vem. A todos os participantes da expedição 2011, sejam eles nossos geotrilheiros, guias e prestadores de serviço, os nossos agradecimentos por não só ter nos proporcionados momentos maravilhosos, como também, em primeiro lugar, em confiar no nosso projeto para a realização deste sonho.  

GOIANINHA/RN
Trilha Eco-Cultural do Vale do Catu - (29/10/2011).



GEOTRILHAS/RN NO CATU


Depois três anos da aula de campo de Geografia Agrária que inspirou a criação do Grupo Geotrilhas/RN, voltamos a uma das últimas remanecencias dos índios Potiguaras no Rio Grande do Norte, a Comunidade do Catu que ocorreu no dia 29 de outubro, não só para fazer a trilha do Vale do Catu, mas também para darmos a nossa parcela de solidariedade as crianças da comunidade com uma doação e brinquedos. 

Deste modo, dois grupos partiram simultaneamente de Natal/RN e Campina Grande/PB com destino a comunidade. Ao todo o grupo foi composto por vinte e dois geotrilheiros, mais a equipe de reportagem da TV Universitária da UFRN. Chegamos na comunidade por volta das 08h:30, quando o nosso anfitrião Luiz Catu já estava a postos para nos recepcionar. Após uma breve explanação sobre a comunidade feita pelo guia Luiz, realizamos um alongamento e seguimos com destino a trilha, situada na APA Piquiri-Una. 

Durante a trilha dentro da mata, foi possível encontramos um ambiente com varias variáveis de terreno, em que a lavoura de cana-de-açúcar se contrastava com a Mata Atlântica, tabuleiros e trechos de brejo. Dentro da mata, havia muitos pontos de água, onde segundo Luis são pontos estratégicos para os caçadores. Ainda segundo Luis, a mata é repleta de lendas atribuídas aos índios, como a da “Cumadre Fulozinha”, que possui um local próprio para as oferendas dos caçadores, quando estes vêm até a mata para caçar. 

O grupo totalizou um percurso com 21 Km no total, em total contato com a natureza e a cultura indígena. Já era por voltas das 15h:00, quando nos dirigimos até o Restaurante São José para o almoço, antes de realizarmos a doação dos brinquedos a comunidade. Em seguida, partimos com destino até o Engenho Mucambo para conhecermos o processo de fabricação das cachaças Mucambo e Maria Boa. 

No engenho situado na estrada que liga Goianinha a Santo Antônio, podemos encontrar, além do alambique responsável pela fabricação das cachaças, uma trilha ecológica e um espaço de entretenimento que esta sendo construído pelo seu proprietário. Durante a nossa visita, ainda foi possível degustarmos os produtos fabricados pelo engenho, acompanhado de uma mesa repleta de frutas. 

Terminada a visita ao engenho, seguimos já à noite com destino a Fazenda Bom Jardim, onde formos recebidos pela proprietária Dona Helena e sua filha Maria de Fátima. A fazenda é um local bastante bonito, caracterizado pelo seu imenso jardim e pela conservação das da história e das tradições do tempo áureo dos engenhos do Rio Grande do Norte, representados pela preservação de toda a Casa Grande da fazenda, incluindo todos os seus objetos, e a mesa farta com comidas típicas da roça. Ainda durante a nossa visita a Fazenda Bom Jardim, comemoramos o aniversário da nossa querida geotrilheira Dona Fátima, que pelo segundo ano seguido comemorou mais um ano de vida em plena trilha com o Geotrilhas/RN. 

Ao final das comemorações, nos despedimos de nossos anfitriões, e seguimos com destino a Natal encerrando o calendário de trilhas 2011 no estado do Rio Grande do Norte. 

VÍDEO DA TRILHA

Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – bOM
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Fazrnda Bom Jardim
Fone: (84) 3243-2214 ou (84) 9985-7590

Contatos para realização de trilha
Luiz Catu
Fone: (84) 9141-9967


MONTE DAS GAMELEIRAS/RN
Trilha Ecológica das Gameleiras - (25/09/2011).



No dia 25 de setembro, partimos com destino mais uma vez a Região Agreste do nosso estado, com uma delegação composta por vinte e sete geotrilheiros que iriam conhecer as belezas do município de Monte das Gameleiras. Numa manhã de domingo bastante ensolarada, chegamos na praça central da pequena cidade por volta das 08h:30, quando o fomos recepcionados pelo guia Geraldo Soares, que tratou logo de passar as primeiras orientações para o início das atividades.

Após termos abastecidos os nossos reservatórios de água, partimos com destino a Pedra da Caridade, localizada próximo da cidade. Subimos a serra por uma estrada construída para a encenação da via crucis, onde tinham todas as estações que finalizavam no alto da serra, em que havia um capelinha destinada aos elegrinos que pagavam suas promessas. No alto da Pedra da Caridade, era possível avistarmos toda a cidade de Monte das Gameleiras, e o restante das formações rochosas aos redores do local.

Regressamos para a cidade, onde fomos caminhando para o seu outro extremo até uma região formada por diversos lajeiros, em que foi possível tirarmos ótimas fotos de paisagens do lado da Paraíba. Retornamos para a praça central, de onde caminhamos mais três quilômetros até a Pedra da Mesa, que recebe este nome devido a inúmeras rochas que estão dispostas em sob a serra que lembra muito uma mesa. De lá foi possível visualizarmos a outra metade da cidade, antes de seguirmos para o Restaurante Galinha da Serra.

Ao chegarmos no restaurante, que tem um linda paisagem de frente para a Pousada Pedra Grande ( uma pousada que lembra os moinhos holandeses) e outra para o Agreste do Rio Grande do Norte, onde com o auxilio de um binóculo era possível até enxergamos os prédios de Natal, a mais de 100 Km de distância. Durante o almoço foi servido o prato típico da região, uma deliciosa galinha caipira de forma tradicional e também a cabidela, atendendo todos os gostos dos geotrilheiros.

Terminado o almoço, seguimos com destino a zona rural para conhecer o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, onde foi possível conferirmos várias pinturas rupestres atribuídas aos índios que habitavam a região em tempos remotos.

Seguimos adiante até a Pedra da Macambira para conhecermos um outro olhar de Monte das Gameleiras, com uma paisagem bastante convidativa do alto da serra para a vida cotidiana dos habitantes da zona rural.

Com a visita a Pedra da Macambira, finalizamos o nosso dia em Monte das Gameleiras, de onde retornamos para Natal aproveitando ainda o pôr do sol que se escondia por trás das serras do Agreste. 

CONFIRA O VÍDEO DA TRILHA

Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom

Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim

Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Restaurante Galinha da Serra
Fone: (84) 8707-1469 ou (84) 9194-2525

Contatos para realização de trilha
Geraldo Soares
Fone: (84) 8856-4434


RIO TINTO/PB
Trilha Eco-Cultural de Rio Tinto - ( 27/08/2011).





A viagem ao município de Rio Tinto ocorreu nos dias 27 e 28 de  agosto e contou com uma participação de seis geotrilheiros que seguiram rumo a dois dias de atividades que envolviam história, cultura e tradições indígenas além de Educação Ambiental.  Ao chegarmos por volta das 07h:30 em território riotintense, já foi possível perceber como a cidade se diferenciava das outras do estado da Paraíba. Logo na entrada, a arquitetura nos chamava a atenção devido aos traços do estilo europeu nas primeiras edificações construídas na época do apogeu da Companhia de Tecidos Rio Tinto. 

Seguimos com destino a Pousada Casa Grande, onde nos hospedamos e tomamos um café da manhã. No momento da chegada na pousada, já se encontrava no local o secretário municipal de turismo, Sr. Pedro Neto, que fez questão de recepcionar o grupo, demonstrando que o município de Rio Tinto tem uma grande preocupação dos os turisticas que recebe. O que deu bastante confiança ao grupo em termos de que o município de muito a oferecer as pessoas que o procuram. Em seguinda, chegou a pousada o nosso guia. O ambientalista Marcos, que deixou São Paulo para morara em Rio Tinto após ter conhecido o local por quem sem apaixonou, e agora faz um importante trabalho de ecoturismo na região.


Feita as devidas apresentações, o grupo partiu com destino a aldeia Camurupim, situada no município vizinho de Marcação, de onde seguimos em uma tramataia (uma espécie de barco) para o Projeto Peixe Boi, mas antes de chegarmos ao local, o grupo contemplou a linda paisagem praiana composta por mangues, arrecifes e as casas de veraneio isoladas na areia da praia. Após cerca de trinta minutos de navegação, chegamos finalmente a base do projeto, onde fomos recepcionados pelos voluntários que fazem o trabalho de monitoração dos animais na área de Rio Tinto e demais municípios ao seu redor. 

De lá fomos levados por canoas a beira-mar até o local onde são tratados os peixes bois que sofreram alguma agressão do homem, antes de serem devolvidos ao seu habitat natural. Na oportunidade, estavam no local três animais que passavam por tratamento veterinário, que ai perceberem a presença do grupo, se exibiam no tanque de tratamento. Em seguida regressamos a base para uma rápida visita ao museu marinho mantido pelo projeto, em que foi possível conferirmos alguns esqueletos de peixe-boi, golfinhos e tartarugas marinhas, além de um número considerado de material literário disponível para consulta. Ainda deu tempo do grupo assistir ao vídeo institucional sobre o trabalho realizado pelo Projeto Peixe Boi no Nordeste.


De volta à aldeia, o grupo foi servido com um almoço a base de frutos do mar com peixes, camarão, caranguejo, aratú, marisco e mexilhão, que são pescado na própria região num ambiente que lembrava uma típica oca indígena com piso de conchas marinhas. 

Após o término do almoço seguimos de volta para a Rio Tinto, onde realizamos um city tour para conhecer a cidade erguida com a influência da família Lundgren. O primeiro ponto visitado foi a Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, que chamava a atenção pelo seu tamanho e beleza da construção de tijolos aparentes, lembrando um típico templo religioso do Oeste Europeu. Ao redor da igreja, estava a praça João Pessoa dividida em duas partes tendo na rua central a estátua do fundador Frederico João Lundgren.   

Nas duas praças encontramos enormes árvores que possuíam habitantes bastante incomuns. Tratava-se de uma família de bichos-preguiça que insistiram em fica na cidade mesmo após o intenso desmatamento para a construção da cidade. Ainda em volta da praça estava situado os vários chalés destinados aos trabalhadores vindos da Alemanha para trabalharem na fábrica. Mais adiante chegamos à antiga Companhia de Tecidos Rio Tinto, hoje um Campus da Universidade Federal da Paraíba, onde encontramos um velho maquinário e uma “Maria Fumaça”. Esta última, segundo o nosso guia, fazia uma linha exclusiva para a família Lugndre do seu palacete até as instalações da fábrica. No caminho para a pousada, ainda passamos pelo antigo Cine Teatro Orion, a sede atual do Banco do Brasil e a Cadeia Pública, que seguem os mesmos padrões arquitetônicos das demais construções ligadas a companhia. 

Por volta das 19h:00, já na pousada, foi servido o jantar que finalizou o primeiro dia de atividades no município.


O segundo dia em Rio Tinto começou após o café da manhã com uma trilha ecológica com inicio no Centro Histórico, passando pela aldeia urbana de Monte-Mor, até chegar no manancial conhecido como rio de Gelo, que faz jus realmente ao nome devido a baixa temperatura de suas águas. Neste momento, o grupo tirou o restante da manhã para se deleitar de um gostoso banho em suas águas.



Após o regresso para a pousada o grupo almoçou e logo em seguida partimos pra uma nova trilha até a aldeia Jaraguá, passando por uma área de mata, tendo ao fundo a cidade de Rio Tinto. O trajeto possuiu alguns riachos e passa por uma área de pequenas propriedades, antes de chegarmos em definitivo na aldeia. No local, fomos recebidos pelo pajé Sandro, que contou um pouco da história do lugar e mostrou o seu artesanato que retrata a tradição dos índios Potiguaras. Sandro ainda realiza um trabalha bastante interessante na comunidade, em que dar aulas de artesanato para as crianças do local, para que a tradição seja garantida por muito mais tempo. 

Da aldeia, partimos alguns metros a frete onde um enorme muro chamava a nossa atenção. Era o Palacete da família Lundgren, onde tivemos a oportunidade de entra na propriedade para conhecê-lo. O velho casarão em processo de degradação apresenta em todos os seus ambiente o requinte dos casarões das tradicionais famílias européias, com imensas salas, quartos  e até mesmo um pequeno teatro no interior da casa, onde artistas faziam apresentações exclusivas para os Lundrengs. Uma outra curiosidade do palacete era uma piscina com aquecimento em seu interior, onde abaixo era uma espécie de forno em que os empregados colocavam lenha para alimentar o fogo e aquecer a água. Um fato interessante era a presença de um quartel militar nas proximidades do palacete, o que gerou uma suspeita de se tratar de Segurança Nacional devido à influência alemã. 

Depois da visita ao palacete, seguimos até a gruta de Nossa Senhora de Lourdes que representava a religiosidade do lugar, em seguida partimos até a aldeia de São Domingos para um pequeno passeio de barco pelo porto, onde os nativos saem com suas embarcações para provirem seu sustento da pesca. 

Com o término do passeio, seguimos de volta para a pousada, em que nos despedimos do Marcos e regressamos para Natal, levando consigo muitas histórias sobre as tradições indígenas, e principalmente dos mistérios atribuídos a presença alemã no município. Rio Tinto em sem dúvida, um excelente lugar para quem procura opções de ecoturismo, ou apenas, tem curiosidade em saber das peculiaridades desta misteriosa cidade.        

CONFIRA O VÍDEO DA TRILHA 

Raio-X

Nível de Dificuldade – Ótima
Localização da Trilha – Ótima
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Restaurante Casa Grande
Fone: (83) 3291-1138 -  Gilmarcos
Onder ficar
Pousada Casa Grande
Fone: (83) 3291-1138 -  Gilmarcos

Contatos para realização de trilha
Marcos Sukitur
Fone: (83) 8891-7686

CURRAIS NOVOS/RN
Trilha Eco-Cultural e Solidária de Currais Novos - ( 30/06/2011).


A visita do Grupo Geotrilhas/RN a Currais Novos ocorreu na última semana do mês de julho, nos dias 30 e 31 respectivamente. A missão Currais Novos tinha como objetivo não só a visitação aos principais pontos de Ecoturismo do município, mas também, a nossa obrigatoriedade com o próximo. 

Desta forma, ao chegarmos pela BR – 226 no sentido Natal/Seridó, ao contrario dos turistas tradicionais, entramos a esqueda na famosa panela gigante de barro. Seguimos 06 Km por estrada de barro para conhecermos os verdadeiros responsáveis pela tradição das peças de cerâmicas da região. A Comunidade Quilombola dos Negros do Riacho foi escolhida pelo grupo, para realizarmos uma ação social com a distribuição de leite em pó. 

Ao chegarmos de surpresa na comunidade, os moradores olhavam para o comboio formado por seis veículos com muita desconfiança e de certa forma esperançoso por algo que havia chegado a comunidade. Ao desembarcarmos, fomos logo em busca do líder comunitário conhecido com “João Negão”, que na ocasião estava trabalhando numa outra atividade bastante típica do lugar- a fabricação de carvão vegetal. Aos nos recebeu, o Seu João contou ao grupo um pouco da história da origem da comunidade, e também dos problemas sociais existentes ali. 

Na medida em que íamos conversando, o grupo percebia que a comunidade ainda carece de muita coisa, principalmente de uma orientação básica de controle da natalidade, pois encontramos famílias com mais de dez filhos. As condições sanitárias são outro problema que encontramos no local, pela falta de banheiros nas antigas casas de taípa, como também nas casas recentemente construídas com alvenaria. Já no final de nossa visita, muitas pessoas já se aglomeravam em frente a casa de Seu João, quando começamos a fazer a distribuição do leite. 

Devido ao quadro social por qual a comunidade passa, devido a falta de emprego, e até mesmo pela cultura da mendicância, presenciamos uma das cenas mais fortes já vistas pelo nosso grupo. A disputa de uma lata de leite pelas famílias, que quase se disputavam, nos retomando as tristes imagens na memória das batalhas por comida no mundo. Muitos de nossos geotrilheiros, ao verem tal situação até chegaram a se emocionar com o episódio, mas infelizmente não podíamos fazer muita coisa com o pouco que nos trocemos. Ao nos despedirmos da comunidade, partimos com destino a sede do município, onde faríamos uma outra ação social ainda pela manhã. 

Por volta das 11h:30, o grupo chegou a Casa do Pobre. Uma instituição filantrópica que cuida de crianças e moradores de rua da cidade. Ao chegarmos no local, infelizmente não encontramos a Irmã Ananília, presidente-fundadora, que havia saído para recolher alguns donativos. Mesmo assim, o grupo conheceu as instalações e um pouco do trabalho que foi relato pelos funcionários que estavam em seu expediente. Efetuamos a entrega de 26 unidade de leite em pó, que servirá para suprir as necessidades das crianças por pelo menos uma semana, de acordo com a funcionário que nós recebeu. 

Já era por volta de meio-dia e meio, quando chegamos ao Restaurante Quintal da Vila, onde fomos recepcionados pelo proprietário Walter Dantas, que ofereceu um buffet composto por pratos requintados, com destaque para a carne de sol na nata, do restaurante que vem ganhando a admiração dos moradores locais. 

Após o término do almoço, seguimos para o Hotel Pousada Marize Dantas que seria o local de nossa hospedagem na cidade. Terminando o grupo de se acomodar no recinto, partimos por voltas das 14h:30 com destino a Mina Brejuí, mas precisamente para a igreja, onde o grupo de pastoril infantil formado por filhos dos trabalhados da mina, estavam a nossa espera para realizarem sua apresentação. A criançada encantou ao nosso grupo, que no final redeu muitas foros com o elenco do pastoril. Em seguida o guia oficial da mina nos conduziu para o interior da capela, onde iniciou a contar sobre a história do lugar. A capela da Mina Brejuí é uma das mais belas da região devido ao seu requinte nos detalhes com peças banhadas a ouro e pelo mármore importando da Europa na época áurea do scheelita. O lugar é o preferido para os casamentos dos moradores de Currais Novos, que movimentam a capela mais do que a igreja matriz, quando se trata de casamentos. 

Depois da visita a capela, seguimos para a área de mineração,passando antes pela comunidade de Brejuí, que foi construída aos arredores da mina. Uma verdadeira cidade numa escala menor. Após os integrantes do grupo se equiparem com capacetes, fomos conduzidos por um trator até a entrada da mina, onde entramos pelo túnel cerca de 800 metros adentro da mina por túneis e salões, onde o guia foi nos explicando um pouco de como é realizada a extração do minério.  

Em seguida o grupo foi levado a uma grande duna formada pelo rejeito da produção da scheelita, que se confundia com uma extensão da serra. Voltamos para a área da comunidade, onde visitamos o Memorial Tomaz Salustino. Um lugar onde conta a história da mina e do seu antigo proprietário que leva o nome do museu. Toda a história da Mina Brejuí se confundi com a própria história de Currais Novos, devido a grande dependência econômica do município, que cresceu determinada pela atividade mineradora. 

Após a visita ao memorial, no lado de fora havia uma outra novidade para o grupo. Uma palestra sobre agricultura orgânica, com degustação de produtos. Neste momento, os integrantes do Geotrilhas/RN souberam como a agricultura orgânica vem desempenhando um papel importante para os moradores da comunidade. 

Ao regressarmos para a cidade, o grupo ainda visitou o centro de artesanato de Currais Novos, em que foi possível adquiri produtos típicos do lugar, como artesanato em madeira e em minérios, além dos famosos licores de Currais Novos. Regressamos a pousada, por volta das 19h:00, seguimos novamente para o Restaurante Quintal da Vila para o jantar, antes de darmos por encerradas as atividades do primeiro dia no município.


O segundo dia começou bem cedo para o grupo, que após o café-da-manhã servido na pousada, os integrantes foram apresentados aos guias Edio e Galeguinho, que foram os responsáveis por conduzirem o grupo até uma das maravilhas do Rio Grande do Norte – O cânion do Apertados. 

Com uma caminhada pelas estradas carroçais da zona rural, e também passando por áreas de subida de serras, o grupo chegou após horas de caminhadas sob o sol forte do Seridó até a Fazenda Aba da Serra, onde esta inserida beleza. Depois do pagamento de um valor referente ao pedágio, que por sinal vem rendendo inúmeros protestos dos próprios moradores de Currais Novos devido ao seu alto valor sem nenhuma estrutura , o grupo chegou ao entroncamento dos rios Picuí e Currais Novos. 

Devido ao período do ano, infelizmente não haviam os famosos poços para banho, porém, a beleza da flora da caatinga encantava os participantes pela conjuntura presente com a fauna, principalmente de vários pássaros que escoltavam o grupo.


Após a contemplação dos lugar, o grupo retornou para a cidade, onde partiu para o almoço no Restaurante Quintal da Vila, que serviu um almoço digno de despedida, para o grupo ficar na vontade de visitar novamente a cidade. 

Seguimos para a pousada, e por volta das 16h:30 partirmos de volta com destino a Natal levando consigo não só o sentimento de alegria de mais uma trilha realizada com sucesso, mas também renovados com o espírito da solidariedade em prol dos nossos irmãos mais necessitados. 

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Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio

Localização da Trilha – Regular

Disponibilidade de Socorro Médico –Regular

Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Restaurante Quintal da Vila
Fone: (84) 9621-7551 - Walter Dantas

Onder ficar
Hotel Pousada Marize Dantas
Fone: (84) 3412-2444 

Contatos para realização de trilha
Edio
Fone: (84) 9962-5027


DONA INÊS/PB
Trilha Rural de Dona Inês - (18/06/2011).
Grupo Geotrilhas/RN na chegada ao Assentamento Tanques
A visita ao município de Dona Inês ocorreu nos dias 18 e 19 de junho, em pleno período junino, em que tivemos a nossa primeira experiência com turismo rural. Na oportunidade, quinze geotrilheiros participaram desta atividade inédita não só para nós, como também para os assentados do Assentamento Tanques, que recebiam naquela ocasião seus primeiros turistas na alternativa de complementação de suas rendas por meio do turismo.


Ao chegarmos acompanhados pelo nosso guia Cristiano Lourenço ao assentamento fomos recebidos pelo presidente da associação dos moradores, o Sr. Nilton Gomes, que nos conduziu até o interior da antiga casa grande da fazenda que foi desapropriada e transformada em pousada rural. O local é bastante simples, mas muito aconchegante devido ao próprio carinho das pessoas que ali trabalham. Após devidamente hospedados, caminhamos pelo assentamento para conhecermos suas instalações de criação de tilápia e cultivo de hortas. Já era por volta do meio-dia quando nos dirigimos para o Bar do Peixe, a beira do açude Tanques, onde foi servido um delicioso almoço com produtos produzidos ali mesmo no assentamento. 

Logo após o termino do almoço, seguimos para a pousada onde um micro-ônibus nos aguardava para conduzirmos até o ponto de início da trilha da Pedra do Letreiro. Ao chegarmos a uma região repleta de pequenas propriedades de agricultura familiar, seguimos por uma trilha cheia de porteiras até atingirmos o leito do rio Curimataú, onde escalando rio acima, finalmente chegamos a rocha que registrava os antepassados indígenas da região. 

Depois de algumas fotos, descemos o rio onde haviam pequenas cachoeiras. Passamos ainda por um trecho pantanoso até finalmente encontrarmos a cachoeira do Letreiro, onde o grupo pode tomar um gostoso banho gelado antes de seguirmos de volta para o assentamento. Passamos ainda por uma pequena casa-de-farinha aos moldes artesanais, em que o proprietário nos fez questão de informar quanto ao processo de produção da farinha de mandioca. Mais a frente chegamos a um lugar conhecido como “Marmitas de Dona Inês”. Uma formação de lajedos negros que nos lembrava um formato de panelas, devido ao constante processo das intempéries do tempo, que vão acumulando água no fundo das formações. Caminhamos mais 4 Km, curtido o frio das serras no final da tarde, tendo um lindo pôr do sol por trás das serras  até chegarmos ao nosso transporte, que nos levaria novamente ao assentamento por volta das 18h:00 para higienização pessoal e preparativos para o jantar.

Por volta das 19h:00 nos dirigirmos novamente ao Bar do Peixe para o jantar, que tinha na mesa uma típica janta a moda do interior, com cuscuz, macaxeira, batata, tilápia, galinha caipira e de quebra comidas de milho em alusão aos festejos juninos. Durante o jantar, o grupo foi recebido pelo Secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente, o Sr. Mariano Ferreira, que com versos improvisados deu as boas vindas ao grupo.

Ao retornarmos para a pousada, já estavam a nossa espera para animar o arraia do Geotrilhas/RN o Trio Paraibano, que após o aboio do vaqueiro Nilton Gomes animou a noite no assentamento com muito forró pé-de-serra fechando o primeiro dia de atividades do Geotrilhas/RN em Dona Inês/PB.

Na manhã seguinte, já nas primeiras horas o vaqueiro Nilton Gomes acordou o grupo com mais um aboio que anunciava o início do café-da-manhã. Com uma vasta variedade de comidas típicas da roça, o nosso café foi bastante reforçado para dar sustância ao grupo no restante do dia, que prometia ser bastante puxado. Enquanto esperávamos o transporte, ainda deu tempo de uma curta cavalgada aos redores da pousada. 

Quando o micro-ônibus chegou ao assentamento, tratamos logo de embarcar com destino ao centro de Dona Inês para adquirir suprimentos para a caminhada. 

Em seguida fomos até a comunidade quilombola da Cruz da menina, onde conhecemos o artesanato local em barro e fizemos uma pequena trilha até a capelinha em homenagem a menina que deu origem ao nome da comunidade. Segundo os relatos dos moradores, a origem se deu devido a uma menina filha de escravos, após uma longa caminhada parou numa fazenda e pediu água a suposta proprietária da fazenda, em que esta a negou e após mais algum tempo de caminhada a menina veio a tombar morta no local que hoje encontra-se a capelinha e um olheiro d’água que nunca seca.

Seguimos novamente para o transporte que nos conduziu, ao lado da cavalgada ecológica que estava sendo realizada naquela oportunidade, até o sítio pimenta, onde nos encontramos com o guia Antônio, que juntamente com o Cristiano, veio somar ao grupo para nos conduzir até a pesqueira - uma localidade repleta de vegetação nativa onde o rio Curimataú recorta o revelo. 

Ao chegarmos no local, nos refrescamos nas águas do rio em que devido ao volume d’água era possível até fazermos uma espécie de skibunda.

Regressamos ao alto da serra, passando por algumas propriedades rurais, onde o grupo surpreendentemente ao passar por um pequeno sítio, foi convidado pelos moradores para participarem do “chá de papeiro” em comemoração ao nascimento do novo membro da família que chegava na oportunidade. 

Depois de prestigiarmos a reunião, agradecemos a acolhida e seguimos até a capela de São João Batista, já no sítio Pimenta, onde encontramos os registros dos constantes conflitos agrários que antecederam a posse definitiva da terra pelos moradores. Os registro estão em tabuas fixadas na altar da capelinha. 

Logo em seguida, após conhecermos sobre a história da localidade, e de conferir a apresentação do Grupo de Pífanos Pimenta Malagueta formado por crianças de Dona Inês, seguimos por mais 10 Km por dentro de propriedades rurais até chegarmos a Mata do Seró, em que ao chegarmos a animação foi tamanha com mais um show de forró pé-de-serra com o Juradi do Forró, e um almoço programado para o grupo dentro da mata. 

Após o almoço, já por volta das 16h:00, retornamos para o assentamento, chegando na escuridão da noite, onde a família de Nilton Gomes nos aguardava com um café de despedida e mais aboios do grande vaqueiro.

Nos despedimos do Assentamento Tanques e do município de Dona Inês com uma impressão que não tínhamos encontrado em nenhum outro lugar por onde passamos nestes três anos de atividades do Geotrilhas/RN. O acolhimento sincero das pessoas do campo, que fazem de tudo para fazer com que suas visitas se sintam em casa. Numa forma de integração constante com suas famílias. 

Parabéns aos moradores de Dona Inês e em especial a turma do Assentamento Tanques e aos grandes amigos Nilton Gomes, Cristiano Lourenço e Mariano Ferreira pelo trabalho desenvolvido nesta perspectiva de turismo eco e socialmente responsável que envolve toda a comunidade e colabora para o desenvolvimento de uma economia solidária. 

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Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom

Disponibilidade de Socorro Médico – Bom

Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Bar do Peixe
Fone: (83) 8122-4022 ou (83) 8132-6025 -  Geraldo
Onder ficar
Pousada Tanques
Fone: (83) 8104-4914 - Nilton Gomes

Contatos para realização de trilha

Fone: (83) 8132-8082 - Cristiano Lourenço

TIBAU DO SUL/RN
Trilha Ecológica do Santuário de Pipa e Meeting da Lagoa dos Guaraíras - ( 29/05/2011).



O último domingo do mês de maio, foi a data escolhida para o grupo conhecer as belezas naturais do município de Tibau do Sul. Partimos do Campus Central do IFRN por volta das 07h:00, com um comboio composto por seis carros. Seguimos pela BR-101 até atingirmos o município de Goianinha, onde pegamos o outro trecho da rota para Tibau do Sul. 

Grupo com a guia Tatiane
Por volta das 09h:00 finalmente chegamos a nossa primeira parada no Santuário Ecológico de Pipa. Ao chegarmos fomos apresentados a nossa guia Tatiane, que também trabalha como bióloga na reserva. Após devidamente apresentada ao grupo, seguimos pelas trilhas interpretativas do santuário, onde possuem por características, nomes de animais que vivem no local. Observamos o cuidado que as trilhas possuía quanto a identificação, em que havia uma seqüência de placas numeradas, onde o visitante poderia se alto guiar pela trilha. Porém, a nossa trilha era diferenciada, pois contemplaria outras alternativas de vias. Na medida que seguíamos, a guia nos explicava todos os questionamentos levantados sobre a flora e fauna do lugar, além de falar sobre outras curiosidades do local, e principalmente, sobre os projetos desempenhados em Pipa para a preservação. 

Lago artíficial
Durante a caminhada, éramos presenteados com o canto dos pássaros, e as belas paisagens tendo ao fundo as falésias de Pipa. Seguimos pela trilha até chegar num lago artificial repleto de vitórias régias, onde havia peixes e jacarés, de onde partirmos em direção das falésias das praias logo abaixo do santuário. Do alto era perceptível toda a movimentação de banhistas pela orla, além de ser possível em um determinado ponto, de avistar algumas tartarugas marinhas, que utilizam as praias do santuário para desovarem. Finalizamos a visita ao santuário, na área destinada as pesquisas cientificas, onde pudemos observar os resultados de inúmeros estudos sobre os animais marinhos da região, principalmente as tartarugas, mas ainda contemplavam aves e mamíferos. 

Feijoada no Cantinho da Ostra
Após nos despedirmos de nossa guia, partirmos com destino a cidade de Tibau do Sul propriamente dita, para o almoço do grupo. Chegamos por volta do meio dia ao Restaurante Cantinho da Ostra, onde num ambiente aconchegante com a vista da lagoa dos Guaraíras, estava a nossa espera uma deliciosa feijoada. Fomos recebidos pelo nosso próximo guia, o Farmácia, que é responsável pelo Bicho do Mangue. Um agradável passeio de caiaques pela lagoa dos Guaraíras. Farmácia, que tem este nome devido ter sido um das primeiras pessoas em Tibau a ter conhecimentos de primeiros socorros, e que socorria a população no momento da enfermidade, nos deu as boas vindas, e logo adiantou algumas informações sobre o passeio, que seriam complementadas logo após o almoço. Falando nisso, o pessoal do Cantinho da Ostra caprichou na feijoada, com direito a samba como música ambiente, e um tonel de cachaça mentolada. B

Grupo reunido para o início do meting
Com as barrigas devidamentes cheias e forças recarregadas, seguimos para beira mar, onde o Farmácia e sua equipe de auxiliares já estavam com os caiaques prontos para o início do meeting. Depois das últimas recomendações, e as embarcações definidas, partimos com destino ao interior da lagoa dos Guaraíras por volta das 14h:00. Com remadas ainda tímidas nos primeiros momentos, os participantes que embelezaram as águas da lagoa com as cores dos caiaques, tinham a primeira oportunidade de praticarem um esporte náutico, acrescentado de uma verdadeira aula de educação ambiental pelos mangues. Passamos beirando as falésias, por entre inúmeras embarcações que estavam ancoradas próximas. Tivemos a oportunidade de passarmos exatamente por cima da antiga cidade de Tibau do Sul, que foi inundada com as águas d rompimento da lagoa. Seguimos adiante tendo ao nosso horizonte, a ilha dos Flamengos, palco de um massacre comandado pelos holandeses na época da colonização. Fizemos uma breve parada num área de mangue, para tomar um banho e ao mesmo tempo descansar para a segunda etapa do meeting, que seria por dentro do manguezal. Partimos após 15 minutos mangue a dentro, passando entre a vegetação do mangue, podendo observar várias espécies de caranguejos do local. 

Meeting pela lagoa dos Guaraíras
Ao atingirmos quatro quilômetros de remadas, regressamos de volta para a praia de Tibau, sendo agora ajudados pela força da maré, e tendo o cair da tarde ao nosso lado. Chegamos em terra por volta das 17h:00, onde o professor Eduardo fez a sua contribuição do projeto “Trilhando o Verde”, plantando uma muda de Pau-Brasil próxima as barracas da praia. Nós despedimos do Farmácia e sua equipe, contemplando o pôr do sol, que se escondia por trás das dunas das praia de Malemba. Seguimos de volta para Natal por volta das 18h:00 levando consigo muitas lembranças da nossa visita ao município de Tibau do Sul. Um verdadeiro paraíso ecológico.    

VÍDEO DA TRILHA 

Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização do Parque – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque;
- Evitar brincadeiras desnecessárias no decorrer da atividade.

Onde comer
Restaurante Cantinho da Ostra
Fone: (84) 3246-4099

Contatos para realização de trilha
Farmácia
Fone: (84) 9928-1087




ACARI/RN
Trilha Ecológica do Gargalheiras - (30/04/2011).


Partimos de Natal por volta das 06h:00 da manhã do dia 30 de abril, seguindo pela BR-226 com destino ao Seridó. A nossa comitiva estava formada por 80% de novos trilheiros, que não se importaram de fazerem suas estréias logo no acampamento anual do GEOTRILHAS/RN. Chegamos na cidade mais limpa do Brasil por volta das 10h:00, onde seguimos direto para a comunidade Gargalheiras, que seria o local de partida para a longa caminhada com destino a serra do Pai Pedro, onde seria o local do acampamento. 

Feira de artesanato
Ao chegarmos em Garagalheiras, fomos logo recepcionados pelo nosso guia, Ivan Simplicio, que logo nos convidou para conhecermos o povoado, que naquela data, estava em festejo com a realização do XIV Festival do Pescado, onde os membros da comunidade aproveitam para negociar, trocar experiências e aperfeiçoar as técnicas utilizadas na produção de pescado, realizar eventos esportivos e de turismo e mostras  de artesanato. Após a foto oficial da chegada, fomos até o centro comunitário, onde estava tendo uma exposição de artesanato, e de fotografias. Estas tiradas pelo nosso guia, que demonstrou ter um talento fantástico, quando a captura de momentos na comunidade em si. Conhecemos alguns peixes do açude, que estavam em exposição num imenso aquário, e de trabalhos artesanais das mulheres da comunidade. 

Por dentro da parede do açude
Seguimos adiante com destino ao açude Gargalheiras, passando pelo pátio de eventos do festival. Caminhamos pela estrada que beirava o açude, e logo vimos a beleza do imenso reservatório, mas que ainda não tínhamos a idéia de suas dimensões totais. Chegamos na parede do açude, em que observamos que havia ainda cerca de dois metros para o reservatório sangrar. Tiramos algumas fotos da grande parede de granito e concreto, antes de sermos convidados a entrar por dentro dela. Foi um convite bastante inusitado, haja vista ser de responsabilidade do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). Aceitamos o convite, e descemos pelas escadarias da parede. Haviam muitas largatixas que mais pareciam jacarés, de tão grande que era o tamanho dos bichos. Nos chamou a atenção, foi a formação de Estalactites dentro da parede. Fator atribuído ao uso do granito na construção. Atravessamos de uma ponta a outra da parede, imaginando o quantitativo de água que estava no outro lado. Retornamos, mais antes decidimos subir por uma pequena escadaria de ferro, que dar na torre no meio da parede do açude, onde estão localizadas as válvulas das comportas. É sem dúvida, uma visão privilegiada do açude, do ponto que só é possível ver através de fotografias. Saímos de dentro do paredão, e fomos explorar o outro lado do açude, aproveitando que ainda não estava sangrando, de onde tivemos a idéia do tamanho da grande parede, encravada no meio de duas serras. 

Início do trekking com destino ao Pai Pedro
Após conhecermos a parte física do Gargalheiras, era chegada a hora do almoço. Subimos uma grande escada que dava para a bela Pousada Gargalheira. Um ambiente bastante aconchegante, de frente para o Gargalheiras. Na hora da refeição, o grupo decidiu experimentar as especialidades do lugar, como o camarão de água doce, e a tilápia, ambos pescados no açude. Após a refeição, voltamos para a comunidade de Gargalheiras, passando novamente pela área do festival, quando fomos abordados pelo Secretário de Turismo de Acari, Sérgio Enilton da Silva, que nos deu as boas vindas ao município, além de nos presentear com um boné do evento. De lá fomos até a casa do Ivan, de onde pegaríamos as mochilas e partiríamos com destino ao Pai Pedro. Dividimos os pesos dos mantimentos por igual, os quais seriam utilizados para a nossa alimentação, carregamos o máximo de água possível, e partimos às 14h:00 para o nosso destino. 

Seguimos por uma estrada carroçal, por meio da verde vegetação da caatinga na oportunidade, graças as chuvas que caíram na região. A medida que caminhávamos, a estrada ia ficando mais estreita, até chegarmos numa propriedade quase que abandonada, que era ponto obrigatório de passagem, para aqueles que queriam ver as figuras rupestres. Chegamos a um leito de um riacho, onde deixamos as mochilas, e subimos num lajedo para ver de longe as figuras rupestres, devido o riacho não proporcionar a nossa travessia. Os participantes puderam ver nitidamente as figuras que representavam o modo de vida dos índios Cariris, muito antes da colonização do local pelo homem branco. 

Grupo reunido com o casal anfitrião Dona Maria e Seu Felipe
Regressamos pelo mesmo caminho, cerca de 30 minutos de caminhada, até pegarmos a estrada entre as serra para o nosso destino. Passamos por paisagens inusitadas, onde a cor cinza da caatinga deu lugar ao verde, e ao floral de muitas plantas da região. Os pequenos barreiros estavam cheios, e brotava água por algumas rochas pelo caminho.  Era o que aliviava as dores do peso em nossas costas devido a carga levada. Os calouros sofreram bastante, por se tratar de uma longa caminhada, e com peso extra, além de não terem tido o cuidado de economizar água durante o trajeto. Por inúmeras vezes o grupo parou para descarnar, o que atrasou um pouco a nossa chegada ao pé da serra. Chegando ao pé da serra, faltavam cerca de 45 minutos para chegarmos ao topo, mas tínhamos que encarar uma subida não muito fácil, mas que era preciso para atingirmos o nosso objetivo. 

Acesso ao mirante
Como devagar se chega ao longe, por volta das 17h:30, conseguimos chegar ao topo da serra, mas faltava ainda uma pequena caminhada até o local da base. Encontramos dois trilheiros pelo caminho, que nos relataram a beleza que havia logo a frente. Foi uma injeção de animo ao grupo, que prosseguiu serra a dentro, quando nos deparamos com uma formação rochosa parecida com a Pedra da Boca em Araruna/PB, com uma casinha embaixo. Era justamente o local de nossa dormida, onde lá encontramos o Seu Felipe e Dona Maria. Dois moradores da região que ficaram bastante famosos nacionalmente depois da veiculação de uma reportagem no programa Mais Você, da Rede Globo que é apresentado por Ana Maria Braga. Fomos bem recebidos no local, onde logo tratamos de tirar uma foto de registro, e montar acampamento, pois havia um indicativo de chuva. Uma parte do grupo armava o acampamento, enquanto outra auxiliava Dona Maria na preparação do jantar. Neste meio termos, muita aproveitaram para tomar uma banho relaxador num pequeno poço natural da propriedade, para renovar as energias. Ao cair da noite, e depois de um gostoso jantar, nada melhor do que uma boa prosa entre os amigos, e as histórias e canções tocadas por Seu Felipe em sua gaita. Por volta das 22h:00, o grupo se recolheu em definitivo para suas barracas, e foi dado por encerrado o primeiro dia de atividades.


Vista do mirante
Pontualmente às 04h:30, o galo cantou, e deu início ao segundo dia de atividades. O grupo ainda preguiçosamente de levantava, depois de uma merecida noite de sono para recuperar as forças que foram gastas na subida da serra. Fomos para um dos poços para o banho matinal, e em seguida, já que era próximo, fomos conhecer o olho d’água, de onde é retirada a água para consumo na propriedade. O local da fonte é belíssimo, de onde brota das rochas, uma água cristalina e gelada, que eu particularmente nunca tinha provado igual. Era uma água digna de ser engarrafada e comercializada com qualquer tipo de água mineral. Seguindo um pouco a frente, achamos uma pequena cachoeira onde novamente tomamos banho, antes de seguimos para o café da manhã. Ao chegarmos na casa do sítio, a mesa já estava posta, com um gostoso café da manhã, e uma prosa para animar. Em seguida desarmamos o acampamento para adiantar, e seguimos com destino ao topo da serra, para ver o Gargalheiras do alto. subimos cerca de 30 minutos, até chegarmos ao mirante, que dava para vermos o grande lago que se formou com o represamento do rio Acauã, digno de várias fotografias. Logo depois, parte do grupo decidiu ir mais a frente para ver a pedra do Cruzeiro. Fomos acompanhado do guia, onde era necessário abrir picada pelo caminho. Passamos por locais que denunciava ser locas de animais, pelas ossadas de pequenos bichos no local. Seguimos mato a dentro, e rocha acima, quando percebemos que estávamos em cima da rocha que lembrava a Pedra da Boca, tendo aos nossos pés a casa de Dona Maria e Seu Felipe. Seguimos adiante, quando nos deparamos com a rocha que leva o nome de Cruzeiro, por se esta caprichosamente desenhado pelas águas da chuvas, um imenso crucifixo na sua superfície. Mas a surpresa não parava por ai. Fomos mais adiante, passando por um local cheio de fezes de bode selvagem, até chegamos num mirante que dava para ver Acari ao fundo, o lago da represa, a comunidade de Gargalheiras, e a parede do açude. Uma paisagem belíssima, que redeu várias fotos, e um momento de descanso aproveitando a brisa fria que soprava em nós. Após alguns minutos de contemplação, retornamos junto aos restante do grupo, para descemos de volta a base, onde o almoço estava sendo servido quando chegamos. 

Descida da serra
Depois de termos nos alimentado com o saboroso almoço de Dona Maria, e termos tirando uma sesta, nos preparamos para partimos. Nos despedimos do casal anfitrião, e subimos o mesmo trajeto da manhã, para depois descermos serra abaixo, com destino ao ponto de onde Seu Paulo, pai de Ivan, iria nos resgatar de barco, e levar de volta para a comunidade de Gargalheiras. A descida foi bastante cuidadosa, devido a uma pequena chuva que passou pelo local quando estávamos saindo. Depois de uma hora de descida, chegamos a uma pousada totalmente ecológica, onde até mesmo a energia vem de placas solares. De lá pegamos a lancha, e realizamos um pequeno passeio pelo açude, onde conhecemos a pedra do Navio, a pedra da Santa e chegamos ao lado da parede do açude, antes de desembarcamos e seguimos a pé para Gargalheiras. Passamos pelo meio do show que estava sendo apresentado no festival, até chegarmos em definitivo na comunidade, onde compramos lingüiça e almodengas de peixe e camarão. Após nos organizarmos, nos despedimos de Ivan, e regressamos a Natal por volta das 18h:30, sob chuva.


Regresso de barco para a comunidade
Acari nos deixará boas recordações, pela simplicidade de seu povo, que se senti bem, quando recebe os seus visitantes bem, para que eles possam um dia voltar e visitarem uma das belezas do Rio Grande do Norte.                   



VÍDEO DA TRILHA



Raio-X

Nível de Dificuldade – Alto
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Regular
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque;
- Evitar brincadeiras desnecessárias no decorrer da escalada

Onde comer
Pousada  e Restaurante Gargalheiras
Fone: (84) 9937-6292 & (84) 9172-1441 

Onde ficar
Pousada  e Restaurante Gargalheiras
Fone: (84) 9937-6292 & (84) 9172-1441 

Contatos para realização de trilha
Ivan Simplício
Fone: (84) 9932-9412
e-mail:
ivan_legiaourbana@hotmail.com


AREIA E BANANEIRAS/PB
Circuito do Brejo Paraibano  - (25/03/2011).
1º Dia



GEOTRILHAS/RN na Mata da Goiamanduba
Depois de uma eleição feita no Projeto GEOTRILHAS/RN, para saber os melhores do ano de 2009, onde na categoria Melhor Trilha de 2009, o Circuito do Brejo Paraibano foi o ganhador, percebemos que as maravilhosas lembranças das visitas feitas em Bananeiras e Areia marcaram bastante os participantes do projeto (Clique aqui e confira como foi o Circuito do Brejo Paraibano 2009). Pensando nisso, embarcamos depois de um ano meio, para novamente aproveitar os que estas fantásticas cidades têm de melhor. 

A nossa primeira parada foi novamente em Bananeiras/PB, onde chegamos na manhã do dia 25 de março, por volta das 09h:00 vindos de Natal/RN. Como da primeira vez, fomos direto para o marco zero da cidade. Localizado na igreja matriz, onde encontraríamos novamente com o nosso guia que fez a condução do grupo em 2009, o Joilson Custódio, mas que para a nossa surpresa, não pode comparecer devido esta na data conduzindo um curso de guias de turismo. Uma das medidas de qualificação do município oferecido aos jovens de Bananeiras. Em seu lugar, com a missão de conduzir o nosso grupo nos dois dias de permanência, foi escalado o companheiro de Movimento Escoteiro, Adriano Bezerra, que faz parte do Grupo Escoteiro e Grupo Ambientalista Anjos Noturnos. 

Início da Trilha
Após nos apresentarmos, seguimos para a Pousada da Estação, onde nos hospedamos. O local foi a antiga estação ferroviária da cidade, que passou por uma restauração, que conservou todos os seus traços. O complexo possui ainda um restaurante para atender os hospedes e visitantes. Depois do almoço, também realizado na pousada, partimos com destino ao Cruzeiro de Roma, numa trilha com percurso de 15 Km, que teve início pelas ruas antigas de Bananeiras, onde conhecemos alguns casarões e sobrados. Seguimos ao lado da igreja matriz, por ruas com imensas ladeiras, até se distanciarmos da zona urbana. 

À medida que caminhávamos começamos a perceber que a especulação imobiliária atingiu a pacata Bananeiras. Passamos ao lado de um imenso condomínio dotado de lojas comerciais e até campo de golf, que contrastava nos imensos e profundos vales. A nossa caminhada foi bastante agradável, pois o dia estava nublado. Chegamos a ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico de Goiamunduba), uma grande área de Mata Atlântica encravada no Agreste. Entramos no interior da mata, onde podemos observar várias árvores, onde os pássaros e cigarras davam o tom no final da tarde. Dentro da reserva, o clima era mais ameno devido ao micro-clima formado. Descemos por uma parte da reserva, onde existem alguns colonos que praticam agricultura de subsistência. Numa relação harmoniosa com o meio ambiente. 

Por dentro da ARIR Goiamanduba
Ao chegarmos numa propriedade, escutamos de longe um barulho de uma queda d’água. Era uma pequena cachoeira que passava no local, que logo se situamos próximo a ela para lanchar e descansar um pouco. Notamos que pela marcas d’águas, a chuva da noite anterior foi bastante forte, devido a quantidade de galhos e pelo capim amassado que se encontrava no local. Seguimos adiante, subindo ao lado da cachoeira, por um ponto bastante acidentado. Com muito cuidado, partimos em busca de uma das nascentes que forma a cachoeira do Roncador, que iríamos visitar no dia seguinte. Caminhamos por uma pequena área de pasto, ao lado do gado, que nos observava com um olhar bastante curioso. Entramos em seguida pelo um pomar de mangueiras, que dava nos fundos de outras casas de colonos. Chegamos a um grande estradão, que nos levaria a uma pequena capela da comunidade. Chama-nos a atenção, o belo jardim repleto de flores, nos fundos da capela. Passamos pelo um portal que nos velaria a um outro trecho da reserva. A curiosidade no local se dava pelo sistema de abastecimento da comunidade. Uma pequena barragem no alto da reserva levava a água por meio da gravidade para os moradores. Os canos eram feitos de bambus, que vinham da própria mata, que possuía um imenso bambuzal. Adentramos mais uma vez na mata fechada, onde depois de quinze minutos de caminha, finalmente chegamos a nascente do Roncador. Um pequeno olheiro protegido pela mata ciliar, que em gota em gota, forma uma das maiores cachoeiras do Nordeste. Fizemos um copo com algumas folhas, usando as técnicas escoteiras, para saborear a água  cristalina. 

Rumo ao Cruzeiro de Roma
Retornamos novamente ao estradão, para seguir caminho para o Cruzeiro de Roma. A paisagem do final da tarde era bastante bela, com os vales e as casas isoladas nos altos da serra, faziam com que o grupo se empolgasse cada vez mais para chegar ao destino. Pelo caminho notamos alguns marcos, que o guia Adriano nos informou que eram do caminho das missões do Padre Ibiapina, para orientar os romeiros que faziam o mesmo percurso no chamado Caminhos do Fogo. Uma trilha de dois dias e meio que sai da cidade de Guarabira até Solânea. A dica foi bastante aceita pelo grupo, que de ante mão já pré-agendou para o ano que vem. Voltado à trilha atual, chegamos a uma área de canaviais, com uma vila aos arredores. De longe observamos uma fazenda com uma antiga construção. Estávamos chegando ao Engenho Goiamunduba, produtor da famosa Cachaça Rainha. 

Portal de entrada do Cruzeiro de Roma
No local, pudemos entrar para observarmos a parte da moeda, que estava desativada devido a entre safra da cana-de-açúcar. Adriano explicou que o engenho passa uma parte do ano moendo e outra parada. Observamos ainda o local de destilação e armazenamento da cachaça. Seguimos em frente, com a noite já caiando, atingimos o açude que abastece a cidade, e já dava para observarmos o alto do Cruzeiro de Roma. Passamos por uma comunidade que a atividade típica do local era a criação em cativeiro de tilápias, antes de chegar ao pé da serra, para encarar a subida. Por uma estrada pavimentada, seguimos subindo, com uma parte do grupo já bastante cansado, mas que não arredaram o pé. Após cerca de sete horas de caminhada, finalmente cruzamos o portal de entrada do Cruzeiro de Roma, bem no alto da serra. Segundo o guia Adriano, e de acordo com a cresça popular, ao passar pelo portal, o visitante pode fazer um pedido, o que ocorreu de forma individual. No alto do cruzeiro, a vista era deslumbrante das cidades circunvizinhas de bananeiras, ao ponto de poder observar até a cidade de Nova Cruz/RN. O memorial de Frei Damião, localizado em Guarabira, também era possível de ser visto do alto. Os raios que cortavam a serras, denunciavam que a chuva estava próxima. 

Após as orações individuais de agradecimento pelo momento, nosso grupo foi conduzido de volta a cidade, por uma equipe de mototaxista, comandado pelo Seu Dido, pai do Adriano, que proporcionou uma experiência ímpar para alguns membros do grupo, que nunca tinham utilizado deste meio de transporte tão comum nos pequenos municípios do Nordeste. Depois de cerca de 15 minutos de viagem, chegamos novamente a pousada, de onde nos despedimos da equipe de apoio e o guia, já combinando o horário da partida da trilha da manhã seguinte, o famoso Roncador. O grupo jantou no restaurante da Pousada Estação, e experimentou a famosa Cachaça Rainha, que sem dúvida realmente deve ser a rainha das cachaças pelo seu alto teor alcoólico. Encerramos as atividades do primeiro dia as 20h:30, e nos recolhemos para o pernoite, na expectativa do dia seguinte para enfrentar os 9 Km até o Roncador.

O segundo dia de atividades começou logo cedo em bananeiras. Logo nas primeiras horas da manhã, quando acordamos e abrimos as janelas dos quartos, a paisagem estava linda, onde uma imensa nevoa descia do alto da serra e cobria a cidade. Descemos para o café da manhã pontualmente às 06h:00, onde o serviço do restaurante da pousada nos serviu um café bastante reforçado, para agüentarmos mais um dia de caminhada. 

Chegada ao túnel Viração
Às 07h:30 da manhã, o guia Adriano, e a equipe de mototaxistas vieram nos buscar para levarmos até a cidade de Borborema, de onde partiríamos em busca do Roncador. Mas antes, fomos até o túnel da Viração, localizado próximo a pousada. Chegando lá, Adriano contou a história, e apontou algumas curiosidades do túnel que agora tem utilidade rodoviária. Segundo ele, o túnel já foi hotel e local da realização do famoso Forró do Túnel em Bananeiras. O túnel possui um olho d’água que vai dar numa caixa d’água, em que os moradores das proximidades utilizam para matar a sede com a água cristalina que brota das paredes do túnel. Seguimos pelo centro de Bananeiras, até a Casa do Turista de Bananeiras, onde conhecemos a marina, responsável pela casa, e conhecemos um pouco do artesanato do local, Depois dissos partimos até chegar a PB – 105, até o entroncamento com a PB – 103, de onde seguimos para Borborema, passando por belas paisagens repletas de vales e fazendas. 

Chegando a Borborema, combinamos o ponto e horário dos mototaxistas nos pegarem para voltarmos para Bananeiras. Após isso, partimos pelo centro de Borborema, onde ainda fizemos uma parada ao lado do mercado público para tomar um caldo-de-cana com pastel, e experimentar o suco de coco. Isso mesmo suco de coco, e não água de coco. O suco de coco é uma receita típica do lugar, onde é feito a partir da polpa, ou carne do coco passado no liquidificador, assemelhando-se ao leite, mas menos concentrado. 

Seguindo pela velha estrada-de-ferro
Depois de termos experimentado os quitutes paraibanos, seguimos pela zona rural do município, onde logo de cara vimos uma pequena hidrelétrica desativada, que segundo o guia, fornecia energia elétrica inclusive para Bananeiras, há tempos atrás. Prosseguimos adiante, pelas as estreitas picadas ao lado da serra, onde um dia passava os trilhos da estrada de ferro. No outro lado, os vales e algumas ruínas de velhos engenhos. O mato dificultava a nossa progressão, devido às chuvas que renovaram a vegetação. Mais a frente encontramos com um ciclista solitário, que vinha fazendo o caminho inverso ao nosso, que nos alertou da existência de marimbondos, numa área cercada por rochas. Com os cuidados redobrados, seguimos por uma imensa área que foi aterrada para a passagens dos trilhos. Segundo Adriano, a operação foi toda realizada no lombo de jumentos, devido à impossibilidade de acesso de caminhões na época. Depois desta informação, refletimos o por quê da demora da construção da estrada de ferro. 

Chegamos ao ponto crítico da trilha, justamente onde o ciclista nos alertou. Haviam várias casas de marimbondo, onde foi necessário o grupo passar bastante repelente, e se proteger com toalhas. Decidimos dividir o grupo em dois, para passar aos poucos. O primeiro grupo ainda receberam algumas picadas, por passarem muito devagar, e por terem batido em algumas casas. Já o segundo depois de muita espera, e agilidade na corrida, não sofreram nenhum ataque. Aos que foram atacados, foram dados os primeiros atendimentos com antialérgico, o que amenizou os possíveis sintomas adversos. 

Grupo passando pelo túnel Samambaia
Depois deste contratempo, chegamos ao túnel Samambaia, o maior túnel em curva do Brasil, por onde o trem passava. Seguimos por escuro e úmido túnel, onde haviam bastantes morcegos. Após a passagem pelo túnel, seguimos ainda por um trecho da antiga estrada de ferro, até atingir um estradão, de onde caminhamos mais meia hora, até ouvir o barulho da cachoeira do Roncador, que ainda estava longe. Entramos numa área de granjas, até chegar ao Restaurante do Roncador, onde encontramos com a Dona Lourdes e o Seu José, proprietários do local. Encomendamos a famosa galinha de capoeira, especialidade da casa, e formos em seguida para o roncador, por dentro dos bananais. A medida que se aproximávamos, o barulho ficava mais intenso. 

Cachoeira do Roncador
Ao avistarmos as primeiras águas, observamos que as chuvas das noites anteriores fizeram que o volume das águas aumentassem bastante, deixando a água um pouco barrenta. Fomos em direção a queda d’água, que se revelava por trás da vegetação, numa linda imagem feita pelo especatulo das águas. Diante dela, não perdemos tempo, e logo fomos mais uma vez experimentar as águas geladas do Roncador, numa merecida hidromassagem após dois dias de caminhada. A cachoeira do Roncador é sem dúvida um dos locais mais lindos visitados em dois anos de projeto GEOTRILHAS/RN, o que cativou a maioria do grupo, que resolveu mais uma vez, conferir a cachoeira. Após as energias serem recarregadas, voltamos para o restaurante, saborear a galinha de capoeira, que se assemelha a nossa galinha caipira. Num papo descontraído, o grupo experimentou uma outra cachaça da região, conhecida como Serra Limpa, que demonstrou ser mais suave que a da noite anterior. 

Escalada ao lado do Roncador
Depois da refeição feita, o grupo se despediu da Dona Lourdes e Seu José, doando um boné do Grupo Escoteiro do Mar Artífices Náuticos, para a coleção do restaurante. Seguimos ao lado da cachoeira do Roncador, subindo a serra, até chegar numa área de plantação de bananas, onde seguimos por uma estrada até chegar vinte minutos depois, ao campo de futebol da comunidade, onde esperamos experimentando uma outra iguaria da Paraíba, o vinho de caju, por nossos mototaxistas, que chegando ao local, nos conduziram de volta para a pousada em Bananeiras, de onde fizemos a entrega do certificado de Melhor Trilha de 2009 ao guia Adriano, que representava a Casa do Turista. 

Ao encontro dos mototaxistas
Nos despedimos dos nossos companheiros que nos acompanharam nestes dois dias em Bananeiras, e nos recolhemos para higienização pessoal e arrumação de malas, para seguirmos as 17h30 para o município de Areia, segunda parte do roteiro do Circuito do Brejo Paraibano, onde outra parte do grupo já estava a nossa espera vindos de Natal/RN. A medida que Bananeiras ia ficando no retrovisor do carro, o desejo de voltar já estava renovado para o próximo ano, pois a cidade fará parte do percurso da Trilha do Padre Biapina, que será organizada pelo GEOTRILHAS/RN. Sem dúvida, Bananeiras mais uma vez mostrará que é uma cidade que quem visita, fica com a vontade de voltar.

VÍDEO DA TRILHA 

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Levar lanche de fácil disgetão;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores,lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer
Pousada e Restaurante Estação Antiga
Fone: 83 3367-1339
Restaurante do Roncador
Fone: (83) 8745-7044 ou (83) 8745-7035

Onde ficar
Pousada e Restaurante Estação Antiga
Fone: 83 3367-1339

Contatos para realização de trilha
Adriano Bezerra
Fone: (83) 9904-2978 ou (83) 9661-9762

Circuito do Brejo Paraibano - 2º Dia

Grupo reunido na Praça Central

Chegamos em Areia por voltas das 18h:30, ainda no dia 26 de março, onde nos encontramos com a outra metade do grupo, que nos aguardava na praça central da cidade. Estando agora o grupo integrado, partimos com destino ao Colégio Santa Rita, pertencente a Ordem Franciscana, onde seria o local da nossa hospedagem. 

Ao chegarmos no colégio, fomos bem recebidos pelas irmãs franciscanas, que nos alojaram nos confortáveis quartos do complexo. O colégio foi construindo no ano de 1910, pelo Vigário Cônego de Odilon Benvindo de Alemida e Albuquerque, que foi, e ainda é a escola tradicionalista que educar a elite da cidade. Ainda na escola, pudemos ver o mirante para a entrada da cidade, os belos jardins, e o marco do ponto mais alto do município, que fica justamente dentro da escola. Após termos nos situado na hospedagem, formos tratar de jantar. Fomos até a Padaria e Lanchonete Capricho, onde o casal Lala e Pedro já conheciam em outra oportunidade, quando visitaram Areia. Conhecemos o Sr. Wilson, proprietário do estabelecimento, e de uma das casas mais lindas da cidade, onde preserva ainda a arquitetura clássica da época áurea do município. Na padaria do Sr. Wilson, situada no centro histórico da cidade, pudemos provar de vários tipos de pães e bolachas, que não tínhamos mais notícia, como o pão brote. Acompanhado de uma boa xícara de café, o Sr. Wilson prosava com o grupo, na medida em que nós jantávamos. Muitas histórias e curiosidades de Areia foram relevadas. Após o jantar, uma parte do grupo resolveu conhecer a noite de Areia, enquanto outra, que já estava bastante cansada por causa das trilhas de Bananeiras, resolveram dar um pequeno passeio no centro histórico. Conferimos algumas fachadas antigas, e depois fomos provar o delicioso pastel de carne de charque na Lanchonete Solanche. Depois de uma conversa bastante animada e amistosa com o proprietário, o qual no momento não recordo o nome, nos recolhemos no Colégio Santa Rita, por volta das 21h:00, para se preparar para as atividades de trilhas do dia seguinte.


Início da Trilha do Cumbe
No dia seguinte, acordamos cedo mais uma vez para observarmos a enserração cobrindo a cidade. E neste caso, em Areia o fenômeno foi mais perceptível. Descemos para o café da manhã, na padaria do Sr. Wilson, e já percebemos que a segunda parte do grupo não se encontrava. Com certeza a noite de Areia regada a produção de cachaça local, impediram a participação nas atividades matinas. Com isso, os heróis de Bananeiras, após o café da manhã, se encontraram com a nossa ilustre guia Luciana Balbino, que fez a condução do grupo no ano de 2009. Luciana potuamente chegou ao local combinado, e passou a programação do dia. A primeira parada seria uma trilha na Reserva da Mata de Pau Ferro. Mais uma vez, contratamos alguns mototaxistas para nos levar até a comunidade de Chã, onde é localizada a reserva, Chegando ao local, Luciana nos levou até a área de recepção dos turistas, onde contou sobre o trabalho realizado na reserva, onde existe uma associação de moradores que fabricam polpa de fruta e fazem artesanato com a folha da bananeira. O grupo adquiriu algumas peças, e seguiu para entrada da trilha do Cumbe. Desta vez, o destino final será a Barragem da Vaca Brava. Realizamos o mesmo percurso de 2009, passando entre várias árvores, que neste ano, tinham identificação quanto à espécime. Na trilha também bastante placas sobre a educação ambiental. Uma ótima iniciativa, que ajudará as pessoas a se conscientizarem da importância da preservação. Passamos por uma antiga ruína de engenho, onde Luciana contou a história, assim como, da estrada que passávamos, que serviu para a construção da barragem. 

Barragem Vaca Brava com capacidade mínima
Chegamos exatamente ao ponto final da trilha de 2009. Uma bica que vinha dentro da mata, mas não era o nosso destino. Seguimos mata a dentro, passando por alguns trecho de relevo acidentado, até chegar a um estradão cercado de cajueiros, que nos levaria até a barragem. Ao chegarmos na barragem, o cenário era bastante desolador. Ela estava praticamente seca, onde não tinha nem se quer 20% de sua capacidade máxima. Resultado da escassez de chuvas na região. Fato que esta prejudicando as cidades circunvizinhas, que voltaram a utilizar os carros-pipas. Fomos até a torre de marcação do nível da água da barragem para dar uma conferida, e notamos que há uma imensa área sem água, e sem dúvida alguma, estando cheia a barragem, é um espetáculo de se ver. Seguimos em frente, passando por uma área de colonos, e de antigos engenhos abandonados, repletos de mangueiras e oliveiras. Chegamos ao ponto de encontro, onde um pau de arara estava a nossa espera para nos levar até o Engenho Triunfo. 

Maria Júlia recebendo o grupo
Por volta das 10h:30, chegamos no Engenho Triunfo, local de fabricação da considerada melhor cachaça de Areia (Triunfo). Já se encontravam a nossa espera, a segunda métade do grupo, que não compareceu as atividades das primeiras horas da manhã. A proprietária do engenho, a Srª Maria Júlia, nos recepcionou mais uma vez. Diferentemente de 2009, desta vez o engenho estava a todo vapor. Pudemos observar o processo de fabricação na cachaça, desde a moenda a destilação. Maria Júlia nos contou sobre a fundação do engenho, que era um antigo sonho de seu marido. No final da visita, fomos convidados para um degustação dos produtos Triunfo. Visitamos a lojinha do engenho, onde os participantes adquiriram alguns produtos. Ainda no engenho, o grupo realizou a entrega do certificado aos proprietários, pela conquista do Prêmio GEOTRILHAS/RN Os Melhores de 2009, na categoria melhor tradição cultural. Mais uma vez o grupo se separou, onde os trilheiros de Bananeiras permaneceram em Areia para o restante da programação do dia, enquanto a outra parte seguiu de volta para Natal/RN. 

Grupo no Museu da Rapadura
Os remanescentes, seguiram para a o Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, localizado no município. Ao chegarmos na primeira escola agrícola do Nordeste, conhecemos as instalações físicas, onde o moderno e o tradicional vivem em harmonia. O campus é dotado de muito verde, que chamou a atenção dos participantes, que já na pequena trilha do orquidário, se encantaram com tamanha beleza. Ao final da trilha, fomos visitar dentro da própria UFPB, o Museu da Rapadura, sub-dividido no engenho, onde contém vários objetos da época áurea do ciclo da cana-de-açúcar, e a Casagrande, onde estão vários objetos dos senhores de engenhos que habitavam em Areia. O Museu da Rapadura agora conta com uma nova forma administrativa, onde jovens pertencentes a um projeto estão acompanhando os turistas. No final da  visita ao museus, houve mais uma entrega de certificado. Desta vez, foi na categoria Melhor Museu de 2009, que o museu faturou. 

Prosseguimos adiante por dentro do campus, até a chegarmos na Churrascaria Castelo, onde iríamos almoçar. Chegando lá, logo o alegre Seu Castelo nos recebeu, e tratou de nos acomodar. A Churrascaria Castelo, também  foi uma das vencedoras do prêmio Os Melhores de 2009. Ela foi a grande vencedora na categoria Melhor Restaurante. O Seu Castelo ficou bastante feliz a premiação, e logo foi comemorar junto com o grupo, em mais uma degustação de cachaça local. A medida que íamos almoçando, o Seu Castelo contava várias histórias engraçadas sobre como abriu o estabelecimento, e sobre a fama de mulherengo. Com certeza, as histórias nos renderam bastante risadas. 

Grupo reundido em frente a entrada da UFPB
Após o término do almoço, nos despedimos do Seu Castelo, e seguimos de volta para a cidade, onde fizemos uma pequena parada numa sorveteria para saborear o sorvete de rapadura. Logo em seguida visitamos o Casarão de José Rufino, que possui vários objetos das oligarquias areienses, e está temporariamente sediando o Museu Pedro Américo. Com algumas obras que foram transferidas do local antigo, devido a reformas no prédio. Em seguida partimos pelas ruas do centro até a igreja do Rosário dos Pretos, onde a guia Luciana nos contou a história da construção, e de alguns casos ocorridos na igreja, que era um local de esconderijos dos escravos em fuga. Depois fomos até o Teatro Minerva, que devido ao avanço da hora, já se encontrava fechado, mas ficando inseto de sua história se contada pela guia. 

Grupo no Museu de Pedro Américo
O último ponto foi o mirante da prefeitura, de onde deu para contemplarmos o por do sol por trás do vale. Ainda houve tempo de uma parada numa loja de artesanato para adquirimos algumas lembranças de Areia, antes de nos despedir de Luciana, que mais uma vez ficou feliz em poder conduzir o GEOTRILHAS/RN em mais esta atividade em Areia. 

Antes de regressarmos de volta ao Colégio Santa Rita, fizemos uma paradinha novamente na padaria do Sr. Wilson para um cafezinho, e levar alguns produtos, além de nos despedirmos do simpático comerciante. Retornamos ao colégio para higienização pessoal e arrumação das malas, e ao término, nos despedimos das irmã franciscanas que nos receberam muito bem, e partimos de volta para Natal/RN por volta das 18h:30, levando consigo muitas lembranças positivas da nossa magnífica estadia nestes três dias dentro do brejo paraibano, e com o desejo de um dia voltar novamente a este local encantador.            


VÍDEO DA TRILHA

Raio-X

Nível de Dificuldade – Leve
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer
Churrascaria Castello
Fone: (83) 8824-6859 & (83) 3362-2299 

Onde ficar
Colégio Santa Rita
Fone: (83) 3362-2206 & (83) 3362-2881 (Irmã Rosa Maria)

Contatos para realização de trilha
Luciana Balbino
Fone: 83 8826-8208
e-mail: lucbalbino@yahoo.com.br

MAMANGUAPE/PB
Trilha Ecológica a Reserva Biológica dos Macacos Guaribas - (27/02/2011).

A organização da visita ao município de Mamanguape, foi até agora a mais difícil de ser concretizada. Por muito pouco não seria possível esta atividade, devido a total falta de comprometimento, e interesse das autoridades do executivo local. A Prefeitura de Mamanguape não possui se quer um site atualizado do município, bem como, o acesso ao número do telefone da prefeitura, só é possível se for por meio do site da Federação dos Municípios da Paraíba. Não bastando isso, ao entrarmos em contato diretamente com uma pessoa, que se denominava secretaria de turismo local, a mesma não demonstrou nenhum interesse em ao menos indicar uma pessoa que trabalhasse com guia, para fazer a condução do grupo durante a visita. Tal fato prejudicou em parte a nossa visitação, pois além da trilha ecológica, tínhamos em mente a visitação aos prédios históricos da cidade, o qual levou-a a ser há tempos atrás, a segunda maior cidade em termos de importância da Paraíba. Isto realmente mostra como que pessoas não possuam nenhum interesse em trabalhar pelo bem da sua cidade, aja vista que a visita dos Ecoturistas na cidade, trariam inúmeros benefícios, pois estariam consumindo produtos e serviços de Mamanguape durante a estadia, bem como de uma divulgação positiva do município a outros Ecoturistas, que com certeza seriam atraídos pelos demais potenciais locais, não só ficando restrito a faixa litorânea, dando oportunidades para os munícipes aos redores dos demais atrativos turísticos. Foi realmente lamentável.

Por outro lado, a visita a Mamanguape foi salva graças ao interesse demonstrado pela administração da Reserva Biológica Guaribas, na pessoa da Srª Marina Pinheiro Klüppel, que gentilmente abriu as portas dos 4.028,55 hectares de matas pertencentes a reserva, para nos receber em mais uma atividade de Ecoturismo ligada a Educação Ambiental.

A Reserva Ambiental dos Guaribas esta que totalmente localizada dentro do município de Mamanguape, tendo apenas menos de 9% pertencentes ao município de Rio Tinto. Criada em 1990 por meio do Decreto Federal nº 98.884, a REBIO Guaribas tem como objetivo proteger um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da Paraíba, além de áreas de transição com o Cerrado, com a presença de elementos do Bioma Caatinga, em que, no geral, abrigar espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, sendo um dos últimos grupos de macacos guariba.

Toda a administração é realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia brasileira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, integrando o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que tem por objetivos fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação federais.

Após termos saído de Natal viajando cerca de uma hora pela BR-101, chegamos a REBIO Guaribas por volta das 08h:00 da manhã do dia 27 de fevereiro.

Ao chegarmos, fomos recepcionado pelo Sr. Severino, mais conhecido como Seu Bill. Funcionário da REBIO responsável por nossa condução pela mata. Seu Bill iniciou as atividades, levando o grupo a conhecer as instalações físicas da REBIO, que conta com escritórios, garagem, refeitório e alojamentos para os pesquisadores interessados em estudar o local. O funcionário ainda falou sobre a atuação da REBIO na preservação e fiscalização de toda a área.

Em seguida, o grupo seguiu juntamente com Seu Bill, e o Chicó, que também é funcionário local, para a primeira trilha do dia. Seguimos mata a dentro, onde observamos como os pesquisadores são bastante atuantes no local, devido a grande presença de armadilhas para coleta de espécimes, e várias demarcações nas arvores.

A medida que íamos passando da área de transição de tabuleiro, para a floresta de Mata Atlântica, Seu Bill falava de como se deu a criação da reserva. Segundo ele, boa parte daquela área teria sido desmatada para a comercialização de madeira, e posteriormente loteamento das terras. Numa tentativa de barrar a destruição do local, o Governo Federal criou a reserva, retirando todos os poceiros, reitegrando assim a as terras a União, bem como de recuperá-las. Mas para isso era necessário formar recursos humanos para ser os agentes de fiscalização. Sendo assim, o Governo Federal decide contratar boa parte os antigos moradores para serem os fiscais da área, o que deu certo. Seu Bill era um antigo morador do local, que presenciou todo esse processo. O seu pai foi um dos primeiros fiscais da REBIO, o que lhe orgulha por dar continuidade ao trabalho do seu genitor.

Seguindo a trilha, começamos a sentir o micro-clima presente no lugar, onde a medida que caminhávamos por meio das imensas árvores, a temperatura caia. O que mais nos chamava a atenção, é que por onde nós passávamos, um dia teria sido um canavial. A folhagem no chão parecia um imenso tapete, que nos levava a conhecer mais a dentro a floresta. Inúmeras bromélias embelezavam por onde passamos, e os pássaros nos davam as boas vindas. Após duas horas de caminhada, chegamos uma área de canavial fora da reserva, que contrastava com a imensa floresta ao lado. Caminhamos ao lado do Gasoduto Nordestão, até chegar a rodovia estadual que levava novamente a sede da reserva.

Ao chegarmos na base, o grupo almoçou e descasou até a hora marcada para a segunda trilha. Quando o relógio marcou 14h:00, decidimos reiniciar as atividades com a segunda trilha do dia, que contemplava o outro lado da reserva.

Seguimos novamente pelos tabuleiros repletos de mangabeiras, até atingirmos novamente a floresta. Desta vez, fomos em busca do macacos guaribas, que dão nome a reserva. Enquanto não encontrávamos o macacos, Seu Bill falava deu sua infância no local. Ele retratava como a vida era mais difícil, onde tinha que andar vários quilômetros para encontrar água. Ele nos levou até a velha cacimba, onde apanhava água com seu avô. No local hoje retomado pela floresta, existe apenas o velho buraco tomado pela vegetação. Seu Bill ainda falou de como era a sobrevivência. As famílias tinham uma roçado onde produziam produtos para serem vendidos na feira de João Pessoa. Outras famílias sobreviviam de coletas de frutos, como a mamgaba e o murici. Seu Bill ainda nos mostrou várias plantas e árvores utilizadas na medicina popular, falando sobre as indicações. O mateiro ainda falou de vários “causos” da roça envolvendo os habitantes do lugar. Ainda dentro da trilha, fomos observando pegadas de vários animais, inclusive de porte médio, como a cutia, e tocas de outros animais como o tatu.

Chegamos no local mais propicio de ver o raro macaco, mais depois de algum tempo não logramos êxito, por o animal ser bastante esperto. Voltamos para a sede, ainda se divertindo com os “causos” contados pelo Seu Bill, passando pela área de apreensão de madeira da REBIO.

Ao chegarmos na sede, os funcionários ainda mostraram algumas armadilhas utilizadas pelos caçadores , que foram apreendidas, gaiolas de pássaros trazidas pelo IBAMA, que utiliza a reserva para soltar os animais apreendidos.

Ao termino da visita, agradecemos pela oportunidade de termos conhecido o local e parabenizamos o trabalho da equipe da reserva. Nos despedimos do simpático Seu Bill, e regressamos ao entardecer novamente para Natal.

Raio-X


Nível de Dificuldade – Fácil

Localização da Trilha – Ótimo

Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;

- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.



Onder comer

Alojamentos da REBIO Guaribas (Levar Alimentação)


Onder ficar

Alojamentos da REBIO Guaribas


Contatos para marcação de visita

Marina Pinheiro Klüppel

Fone: (83) 3292 1186

E-mail: marina.kluppel@icmbio.gov.br

 VÍDEO DA TRILHA


CARUARU E GRAVATÁ/PE
Trilha Eco-Cultural do Vale do Ipojuca - (11/02/2011).

Grupo reunido na entrada do Alto do Moura
Com um grupo composto por doze pessoas, partimos na madrugada da sexta-feira, dia 11 de fevereiro, para o município de Caruaru, local do primeiro dia da tilha comemorativa aos dois anos do Projeto GEOTRILHAS/RN. Seguimos pela BR-101, fazendo uma pequena parada no município Mamanguape/PB, onde paramos para tomar café. Após a primeira refeição do dia, pegamos novamente a estrada, agora pela PB-041, até atingirmos a BR-230 até Campina Grande/PB, de onde seguimos pela BR-104 até Caruaru/PE.

Grupo no inteiro da casa do Mestre Vitalino
Chegamos ao nosso destino, aproximadamente as 11h:00, devido as obras de duplicação da BR-104, que deixou o transito lento. Ao entramos na cidade de Caruaru, o nosso grande amigo Erdevaldo já estava a nossa espera. Erdevaldo foi um dos pioneiros do GEOTRILHAS/RN, que esteve presente na nossa primeira trilha do projeto, há dois anos atrás. Companheiro do Curso de Geografia, e do Grupo Escoteiro do Mar Artífices Náuticos, Erdevaldo estava deixando o Rio Grande do Norte, por transferencia de emprego (o mesmo irá atuar no Rio de Janeiro), mas antes de sua partida, sugeriu a realização de uma trilha em Caruaru, sua terra natal, que imediatamente foi atendida, não sendo apenas uma trilha. Mas sim, a trilha comemorativa aos dois anos de projeto. Seguimos pelas ruas do centro de Caruaru, passando ao lado do largo 18 de maio, local da tradicional feira, até chegarmos no Hotel Aconchego, onde seria a nossa hospedagem na cidade.

Grupo subindo os degraus do morro do Bom Jesus
Após termos nos hospedado, partimos para o Alto do Moura, na companhia do tio do Erdevaldo, conhecido como “Ceguinho”. Percorridos 7 Km do centro de Caruaru, chegamos no bairro considerado pela Unesco o maior Centro de Artes Figurativas das Américas, onde logo tratamos de providênciar o almoço para recuperar as energias da viagem. Numa mesa organizada na Churrascaria Bode de Ouro, enquanto aguardavamos a refeição, Ceguinho animava o grupo com seus causos típicos da cultura nordestina. Chegada a hora da refeição, nos impresionou o quantitativo e sabor da comida servida no estabelecimento. Uma grande quantidade de comida com grande variedade, acompanhada de carne de sol, queijo de qualho, e é claro, o bode, servida em chapas na propria mesa. O bode chamou a atenção de todos, pois derretia na boca dos participantes devido a maciez da carne. Após o término do almoço, seguimos pelas ruas do Alto do Moura visitando os ateliês. Nossa primeira parada foi no ateliê do Mestre Elias(discipulo de Mestre Vitalino), que estava criando suas obras no momento. Chamava a atenção uma grande estatua de um cavalo na frente de sua loja, que atraiu a curisidade de vários participantes, que fizeram questão de tirar uma foto em cima do cavalo. Seguimos em frente até a Casa Museu Mestre Vitalino, situada na rua que tem o seu nome, e que foi residência do conhecido ceramista e de sua família, onde guarda no seu interior guardam-se as recordações e objetos pessoais do maestro. Mestre Vitalino possuia uma singular destreza, esculpia cenas do cotidiano sertanejo em que vivia. Seus trabalhos eram diferentes dos levados pelos outros artesãos que abordavam sempre os mesmos temas: animais, maracatus, bumbas, cinzeiros, potes, jarros, pratos, moringas, etc. Fomos recebidos no local pelo seu filho, Seu Severino Vitalino, que nos mostrou o interior da casa, que continha obras do grande mestre, que chamava a atenção pelos detalhes faceais, que dava uma conotação de realismo as peças. No fundo da casa havia o velho forno onde as peças eram queimadas, para logo em seguida serem comercializadas. Ao final da visita, reunimos em frente a estatua de mestre Vitalino, onde o grupo tirou uma foto com mestre Severino Vitalino. Seguimos pelas ruas do Alto do Moura, visitando outras lojas, e conferindo os trabalhos que ali estavam em andamento. Após um tempo para que o grupo pudesse realizar algumas compras, nos reunimos em frente ao portão de entrada do Alto do Moura, para uma foto, antes de seguirmos de volta para o centro de Caruaru.

Ao retornamos a cidade, fomos até a casa dos parentes do Erdevaldo, de onde sairiamos para uma visita a ponto mais alto da cidade, o morro do Bom Jesus, também conhecido como Morro do Socorro, situado a 630 metros de altura, onde Caruaru cresceu ao seu redor. Com o apoio dos amigos Rolin e Marcos, ambos Policiais Militares, seguimos pela ruas que levavam ao morro, que hoje encontra-se em situação social de risco. Ao subirmos os mais de 340 degraus da escadaria, observavamos decorada as estações da Via Sacra pelo caminho, que dava de frente para a Capela do Bom Jesus foi dada pelo Bispo de Pernambuco, D. Luiz Raimundo da Silva Brito, em 29 de agosto de 1902. Ao chegarmos ao topo, vislumbramos a maravilhosa panorâmica de toda a cidade, com os seus antigos prédios sendo engolidos pela expansão imobiliária que Caruaru em sofrendo, além da imponecia da feira, que do alto temos uma verdadeira noção de seu tamanho.

Terminada a visita ao morro do Bom Jesus, seguimos pelo centro da cidade até a praça Senador Teotônio Vilela, onde conhecemos a prefeitura local, e pelas ruas do comércio, que já fechava suas portas, até regressarmos para o hotel, de onde nos despedimos dos nossos amigos Rolin e Marcos.

Aniversário do GEOTRILHAS/RN
O grupo veio novamente a se reunir por volta das 20h:00 no Restaurante Been, local onde foi comemorado o aniversário de dois anos do GEOTRILHAS/RN. Numa roda de amigos com muita pizza, e música ao vivo, os integrantes da comitiva relembraram numa conversa bastante descontraida os dois anos do projeto, além de divulgar os vencedores do Prêmio GEOTRILHAS/RN Os Melhores de 2010 e o do Prêmio de Fotografias Jorge Tadeu. Após as formalidades iniciais, o Coordenador do Projeto GEOTRILHAS/RN, Lázaro Freire da Costa, relembrou a história do grupo, o importante papel do projeto para os pequenos municípios do Nordeste, em especial o Rio Grande do Norte, além da maior importancia existente no projeto: Cativar a amizade entre os participantes, pela luta de uma sociedade mais justa e pela conservação do Meio Ambiente. O coordenador ainda fez uma homenagem ao grande amigo e companheiro de GEOTRILHAS/RN Erdevaldo, recebendo o primeiro pedaço do bolo de aniversário. O nobre companheiro que está deixando o Rio Grande do Norte, e vai nos deixar muitas saudades por sua alegria que transmitia ao grupo. Após as festividades de aniversário, o grupo retornou ao hotel para encerrar o primeiro dia de atividades da Trilha Eco-Cultural do Vale do Ipojuca.

Entrada do Museu Luiz Gonzaga
A manhã do dia 12 de fevereiro começou com um reforçado café da manhã para o grupo, que ao terminá-lo seguiu para o Espaço Cultural Tancredo Neves, construindo em 1988 aproveitando a velha estrutura da Fábrica Caruá. O espaço é dividido em duas áreas, sendo a área interna abriga pavilhão de exposições e feiras, as sedes da Secretaria de Turismo e da Fundação de Cultura, além do Museu da Caruá e unidades culturais. Na área externa, onde antes funcionava o pátio da antiga fábrica, foi implantado o Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, principal polo de animação dos festejos juninos, com sua Vila do Forró – réplica de um típico vilarejo do interior – onde se concentra grande parte dos eventos da cidade. Logo na chegada, damos de cara com uma estatua de Luiz Gonzaga, de onde o grupo tirou várias fotos. O primeiro local a ser visitado no espaço foi o Museu Luiz Gonzaga, Instalado no Bloco B. Logo na entrada do museu, outras duas grandes estátuas, sendo agora Lampião e Maria Bonita que recepcionam os visitantes, mas que nos acompanha durante a visita é Francisco, funcionário do museu que reúne em três salas uma coleção de fotografias, documentos, troféus, roupas, discos e instrumentos musicais que pertenceram a Luiz Gonzaga, dentre os quais sanfonas, ternos e o pijama que ele vestia quando veio a falecer. As duas salas seguintes são dedicadas aos festejos juninos de Caruaru, com abordagem dos eventos, fogueiras, artistas regionais, gastronomia e a devoção aos santos padroeiros da época. Caminhado logo a frente, fomos até o anexa do Museu do Forró, onde conhecemos um espaço dedicado a cantora Elba Ramalho, que reuni fotografias, troféus, figurino e adereços de shows, discos de ouro, LP’S e outros objetos que contam a trajetória artística da cantora. Subindo para o 1º andar do prédio, chegamos ao Museu do Barro de Caruaru, conhecido como Espaço Zé Cabloco onde possui em seu acervo com cerca de 2.300 peças expostas em cinco ambientes: Sala Ceramistas do Alto do Moura, Sala Mestre Vitalino e Família, Coleção Abelardo Rodrigues, Sala de Exposições Temporárias e Atividades Educativas, Pinacoteca Pintora Luisa Cavalcanti Maciel. Terminada a visita ao Museu Luiz Gonzaga, nos despedimos de Francisco, e caminhamos cerca de 400 metros até o Museu da Fábrica Caroá, localizado no Bloco A. Lá fomos recebidos pela funcionária Maria que nos mostrou o acervo composto por maquinário, documentos, mobiliário, fotografias e amostras de produtos remanescentes da antiga Fábrica Caroá, marco importante na economia local, que ajudou a desenvolver o município.

Seguimos de volta para o centro da cidade, onde fomos visitar o Memorial da Feira de Caruaru, localizado no antigo Mercado de Farinha, no centro da cidade. Situado num edifício em estilo neoclássico construído na administração do prefeito Celso Galvão em 1923 para abrigar os comerciantes de farinha de mandioca e cereais. O museu promove numerosas exposições de fotografias, pinturas e objetos que contam a história de Caruaru em seus aspectos político, econômico, social e cultural, destacando as relacionadas com a Feira de Caruaru, declarada Patrimônio Cultural Brasileiro.

Almoço na feira
Ao término da nossa visita ao Memorial da Feira de Caruaru, partimos com destino a própria feira, situada no Parque 18 de maio, em seu dia de maior movimento. Logo na entrada, as bancas tomam o portífero de entrada da feira que é a mais importante, completa e multitudinária que realiza-se em Caruaru e uma das maiores atrações do nordeste do Brasil. De tudo pode ser encontrado, como artesanato popular: barro, cerâmica, cestas, couro, tecidos e calçados, roupas, artigos da cesta básica de alimentação, entre outros, típicos da região. Funcionando paralelamente a ela, encontra-se a Feira do Artesanato, ou Feira dos Artistas como também é conhecida. Foi justamente nesta feira, que o grupo adquiriu muitos produtos, como camisas, peças de couro e principalmente artesanato em barro, devido a grande variedade e qualidade das peças.

Chegando a hora do almoço, o grupo resolveu experimentar a culinária da própria feira, em suas barracas de almoço. Fomos até a Barraca da Tia Guida, onde nos foi servido uma grande variedade de pratos, como carne de sol, galinha, bichada e sarapatel. Sem dúvida alguma, a alimentação não poderia ter sido melhor, pois também aprendemos como é o funcionamento daqueles estabelecimentos que fornecem a alimentação aos feirantes do local, num alto grau de dependência mútua uns com os outros.

Terminado o almoço, seguimos de volta para o hotel, de onde nos despedimos do nosso grande amigo Erdevaldo, desejando-lhe sucesso nos novos desafios nas terras cariocas, e demostrando a reciproca verdadeira de um reecontro com o grupo em um futuro não muito distante. Em seguida, o combóio partiu pela BR-232 (Rodovia Luiz Gonzaga), com destino ao próximo município a Gravatá, segundo município a ser visitado durante a Trilha Eo-Cultural do Vale do Ipojuca.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Churrascaria Bode de Ouro
Fone: (81) 3723-3956
Roberto e Val
Onder ficar
Hotel Aconchego
Fone: (81) 3721-9654

Contatos para realização de trilha
Patrick Serapião
Fone: (81) 9685-9697

GEOTRILHAS/RN EM GRAVATÁ


Grupo reunido no mirante da serra do Contente
 Chegamos em Gravatá por volta das 16h:00, após termos percorrido cerca de 55Km vindo de Caruaru. A entrarmos na cidade, percebemos que era uma cidade que conservou bastante sua antiga arquiterura, mas não deixando de lado a modernidade do progresso. Seguimos pelas belas ruas do centro, até chegar na Pousada Sannt’Ana, local de nossa hospedagem, onde Dona Idalina já nos aguardava.

Grupo reunido em frente a pousada com o guia
Após o grupo ser apresentado, fomos logo tratar de nos estabelecer na pousada, que por sinal é bastante acolhedora. Em pouco mais de 30 minutos, o guia Patrick já estava na pousada para nos conduzir ao Pólo Moveleiro da cidade, onde são comercializados os móveis rústicos em madeira maciça, tais como massaranduba, angelim e outros, além de artesanato. Ao chegarmos ao local, nos surpreendeu a quantidade de lojas que trabalhavam com o ramo de movéis, e artesanato. Numa rua com prédios que lembrava a arquitetura européia do Século XVII, o grupo visitou várias lojas, e adquiriu produtos típicos da região.

Terminada a rápida visita, em decorrencia do fechamento do comércio, o grupo seguiu novamente para o centro, onde jantamos no Restaurante Eudes da Cabidela. No local é servida comida tipicamente regional, a gosto do cliente, além de comercializar o saboroso vinho fabricado na região. Finalizado o jantar, já se passavam das 20h:00, quando ainda deu tempo para conhecer o largo da igreja, antes de regressarmos para a pousada em definitivo e encerrar o dia de atividades, pois teriamos um longo trecho de caminhada na manhã seguinte.

Grupo durante a trilha
O domingo já começou logo cedo para o grupo. Antes do café da manhã, o guia Patrick já estava na pousada juntamente com o Júnior – motorista do Toyotão – que iria nos conduzir pelas serras de Gravatá. Após o café da manhã reforçado, embarcamos no “tanque do Sertão”, como chamamos o jipe alongado, que é o principal meio de transporte da região. Saimos com destino a serra do Contente, distante cerca de 7 Km da cidade. Ao seguirmos pelo caminho, pudemos observar várias fazendas que cultivam flores e rosas, que movimentam a economia local, além dos haras de cavalo, com seus plantéis. Rapidamente chegamos na Reserva da Serra do Contente, onde formos recepcionados por seu proprietário, o Sr. Eronildes. A reserva faz parte da unidades de conservações gerenciadas pelo ICMBio — Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que ajuda ao Sr. Eronildes a conservar o local. Após termos recebidos as primeiras instruções do proprietário, seguimos trilha a dentro, onde fomos logo surpreendidos por um enxame de abelhas que passava pelo local, mas não trouxe nenhum perigo ao grupo. Seguindo em frente passamos por áreas que parecem que foram devidamente planatadas bromélias e orquidéas, pela tamanha disposição que estavam no terreno. A trilha era bastante interessante, na medida que em cada ponto de curiosidade, haviam placas de sinalização que falavam sobre o ponto. A forma das arvores eram bastante interessantes, por suas curvas, e até mesmo por espécies que pareciam está se multiplicando no seu próprio troco. Era encantador os sons que vinham da mata com suas cigarras e pássaros. Chegamos a um local de onde tinhamos uma linda vista para a serra, e a cidade ao fundo, onde o grupo tirou várias fotos. Seguimos em frente, só que agora descendo a parte mais baixa da reserva, onde encontramos rastros de animais de médio porte, como cutias e jaguatiricas, que acusavam sua presença recente pelos restos de uma ossada de cotia na trilha. Mais adiante, paramos numa gruta que nos chamou a atenção pelo fato de haverem vários buracos no solo. Segundo Sr. Eronildes, se trata de uma espécie de carrapato que fica enterrado na areia esperando suas prezas, que ao passar pelo buraco, o carrapato joga areia na vítima, até ela cair no centro do buraco. Comprovamos isto com uma experiência envolvendo uma formiga. Caminhado mais a frente chegamos na área de nascentes da recerva, de onde brotava água mineral e cristalina, que represava numa pequena barragem com uma bica, mas que infelizmente não estava apta para o banho devido ao baixo nível da água. Seguimos de volta para a sede da reserva, one foram oferecidas frutas para o grupo, por cortesia do Sr. Eronildes.

Nos despedirmos do nosso anfitrião, e seguimos de Toyotão para a cachoeira da Palmeira, passando por áreas de plantação de hortaliças e flores. Chegando ao local, fomos recebidos por Seu Cícero, proprietário do sítio onde se encontra a cachoeira. Seu Cícero, além de viver das culturas de feijão e pimenta, vive também dos turistas que visitam a cachoeira, combrando uma taxa simbolica de R$ 2,00 por visitantes, e oferecendo almoço aos interessados. Combinamos o horário em que o almoço seria servido, e fomos conhecer a cahoeira.

Cachoeira da Palmeira
A queda d’água é constituída por três cachoeiras, bicas e piscinas. Ideal para meditação e fotografias. A cachoeira, de água cristalina e doce, mas que no dia da nossa visita, o poço estava com água barreta devido a construção de uma ponte, tem cerca de 20m de altura, com 7m de largura no trecho superior e 12m no inferior. A parte intermediária e a bica, possuia água cristalina, onde o grupo se refrescou durante algum tempo, enquanto uma outra parte se aventurava cachoeira a cima, descobrindo os seus mistérios. No local haviam ainda os carneiros hidraúlicos da velha roda d’água, que era utilizada no Sítio Palmeira. Chegada a hora do almoço, fomos para o “terreiro” da casa de Seu Cícero conferir a culinária rural. Numa mesa improvisada, mas feita com muito amor, comemos um delicioso guisado de carne feita pela sua esposa, que logo foi conhecer o grupo. Numa roda conversa, falaram da experiência de viver no campo, e da alegria de estarem na sua terra. Finalizamos o almoço tendo Dindin como sobremesa, e melancia produzida na terra de Seu Cícero.

Após termos acertado as contas, parte do grupo adquiriu alguns quilos do feijão produzido por Seu Cícero, e em seguida o grupo se despediu do simpático casal. Seguimos de volta para a cidade de Gravatá, beirando as serras, que anunciavam chuvas. Passamos pelas torres do Parque Heólico de Gravatá, que se destacavam entre as serras. Também passamos pela capela da Fazenda Riacho do Mel, onde foi realizada a primeira missa de Frei Damião. No local, existe uma estátua de tamanho original do frei.

Chegamos na pousada por volta das 17h:00, quando nos despedirmos de Patrick e Júnior, e seguimos para os quartos para arrumarmos as coisas e partir de volta para Natal. Por volta das 18h:30, o grupo se reuniu em frente a pousada para nos despedirmos de Dona Idalina e família, antes de pegarmos a estrada. Seguimos pela BR-232 até Recife, de onde pegamos a BR-101 com destino a Natal levando consigo várias lembranças deste que foi o segundo aniversário do grupo GEOTRILHAS/RN, e a empolgação de realizar mais e mais atividades deste porte durante os anos que virão.

Raio-X


Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer

Restaurante Eudes da Cabidela
Fone: (81) 3533-4561

Onder ficar

Pousada Sannt'Ana
Fone: (81) 3533-1133

Contatos para realização de trilhas

Patrick Serapião
Fone: (81) 9685-9697

Eronildes
Fone: (81) 9901-8092 e (81) 8610-2236

CEARÁ-MIRIM/RN
Trilha do Roteiro dos Engenhos - (22/01/2011).


Grupo reunido em frente a Igreja Matriz
Na manhã chuvosa do sábado dia 22 de janeiro, partimos de gente ao IFRN com destino ao município de Ceará-Mirim com uma única certeza: Fazendo chuva ou sol teríamos a nossa trilha. Após seguirmos pela BR – 406, pouco mais de 40 minutos, chegamos ao município, onde já no Centro de Informações Turísticas localizado na entrada da cidade, o guia Franccesco juntamente com o seu auxiliar Lorran já nos aguardava.

Luizinho Corrêa recepcionando o grupo
Ao desembarcarmos, logo chegou ao local o nosso anfitrião Luiz Corrêa Júnior, mais conhecido como Luizinho, que nos deu as recepções calorosas num dia chuvoso. Após as primeiras orientações, seguimos com destino ao centro histórico da cidade, para conhecer o legado arquitetônico do século XIV,presentes pelos imponentes casarões e suas peculariedades. Nossa primeira parada foi o Mercado Público da cidade, onde conhecemos a história de origem do velho mercado, sua arquitetura que lembra as antigas colunas romanas, e o grande patrimônio cultural manifestado entre suas bancas. Durante a visita ao mercado, o grupo fez uma pequena pausa para degustar um pouco da culinária local, dentre as quais um café da manhã bastante reforçado com picado de porco, macaxeira, queijo, tapioca e suco de mangaba.

Passeio pelo Centro Histórico
Após o grupo ter tomado café, seguimos para pelo centro onde conhecemos o prédio da prefeitura (um grande casarão doado pela aristocracia açucareira ao poder público), as casas das famílias tradicionais do município, com destaque a casa onde nasceu o ex-presidente Café Filho, além da igreja matriz onde o guia Franccesco contou a sua história, e lendas que cercaram o templo por vários anos. O inteiro da igreja nos surpreende pelo tamanho e o grande número de altares presentes, mas que infelizmente vem perdendo a sua originalidade devido a reforças que foram, e ainda estão sendo feitas no local. Após a visita a igreja, passamos pelo Largo Frei Damião, onde se encontra uma estatua em homenagem ao frei Capuccino, e seguimos para o interior do cemitério municipal para conhecer o túmulo da perversa Dona Fêfa, uma antiga senhora de engenho conhecida pela inúmeras crueldade praticada nos escravos de seu engenho, que segundo o guia Francccesco, fez com que ela se transformasse em cobra.

Depois da visita ao cemitério, e de ter conferido mais uma lenda do município, embarcamos com destino ao Rancho Boca da Mata, de propriedade de Luizinho Corrêa, de onde partiríamos para a trilha ecológica, mas antes disso, pelo caminho até chegar ao racho, vislumbramos a linda paisagem do vale, conhecendo mais de sua história, Passamos pela antiga estação ferroviária, pela Usina Açucareira do Vale do Ceará Mirim, pela antiga Casa Grande do engenho Guaporé, que já foi a residência do governador da província do Rio Grande do Norte, Vicente Inácio Pereira onde hoje deveria ser o Museu Nilo Pereira, mas que está completamente entregue às traças e aos morcegos, o Museu Nilo Pereira pertence à Fundação José Augusto, que usa o lugar como depósito. Passamos ainda pelo túmulo de Emma. Uma construção onde foi sepultada uma inglesa chamada Emma. Conta a lenda do lugar, que o jovem Victor Barroca, filho do proprietário do engenho Verde Nasce, Marcelo Barroca, foi estudar na Inglaterra e casou-se com uma moça inglesa, vindo morar no engenho. Ao acompanhar o marido, Emma não resistiu ao clima e faleceu em 1881 (data da lápide). Naquele tempo, a Igreja Católica não permitiu o sepultamento num cemitério, uma vez que sua religião era Anglicana. Seu esposo mandou construir o túmulo no alto de uma colina – local onde o casal costumava passar as tardes – rendendo todas as homenagens possíveis. Até chegar ao racho, passamos ainda por inúmeros engenhos, intactos e em ruínas.

Visita ao Engenho Verde Vale
Chegando ao rancho, mais uma vez encontramos com Luizinho Corrêa, onde ele mostrou a reforma de seu rancho, uma pequena reserva ambiental, que em abril deste ano abrirá as portas para receber turistas que desejem contemplar o Roteiro dos Engenhos. Seguimos adiante pela estrada que liga Ceará-Mirim a praia de Muriú, passando de frente pelo Engenho Mucuripe, que já foi de propriedade do Ruy Pereira, mas que ainda hoje conserva suas iniciais em todo o seu complexo que engloba a Casa Grande, a vila dos funcionários, e o próprio engenho que ainda está em pleno vapor produzindo rapadura, mel açúcar mascavo, e agora cachaça. Ainda pelo percurso encontramos as velhas ruínas da casa onde nasceu Maria Madalena Antunes Pereira. Autora do livro "Oiteiro - Memórias de uma sinhá moça", uma grande obra da literatura brasileira. Como a grande maioria dos engenhos, o da família da escritora também estava em ruínas, restando algumas paredes, a chaminé, e o maquinário exposto ao relento.

Campanha Trilhando o Verde
Após percorrido cerca de seis quilômetros, chegamos ao Engenho Verde Vale, onde conhecemos por meio do sei gerente Sr. Francisco, que nos acompanhou no interior do engenho, todo o processo de fabricação da rapadura, desde a moenda, o ponto do mel, o modelagem e a embalagem. O grupo aproveitou a oportunidade para adquirir a preço de custo rapadura, mel de engenho e açúcar mascavo no próprio engenho. Finalizada as compras, saindo do protocolo, aproveitamos para fazer mais um plantio de uma muda da Campanha Trilhando o Verde, que foi feita com uma muda doada por Luizinho Corrêa, e plantada no pátio do próprio engenho por Rita de Cássia e o Sr. Francisco.

Terminada a ação ecológica, partimos para o início da trilha na localidade de Boga, de onde partimos pelo vale adentro contemplando a paisagem dos verdes canaviais, palmeiras imperiais e inúmeras fruteiras. Seguimos por um trecho onde no ano de 1998 houve um grande deslizamento de terra que provocou a morte de inúmeros moradores da região. Ainda dava para ver algumas casas que foram totalmente arrastadas pela terra que desabou. No horizonte, se via uma grande área de alagada parecendo um pântano, onde os guia afirmam que há presença de jacarés.

Barranco durante o percurso
Durante todo o nosso percurso, passamos por terrenos bastante escorregadios, onde era necessário se apoiarmos nas cercas das propriedades. Muitas eram as fruteiras pelo caminho, que abastecia os nossos suprimentos, além de várias outras ruínas de velhos engenhos. Seguimos em frente até sermos surpreedindos por uma chuva, que não desanimou o pessoal, que seguiu em frente. Encontramos pelo caminho uma caravana de jipeiros, que cordialmente cumprimentou-nos antes de seguirem seu destino.

Após uma hora e meia de caminhada chegamos a propriedade do Sr. Frank Marinho, que abriu as portas da Casa grande para conhecermos. Tamanha surpresa foi ao adentramos ao recinto, onde conferimos a maior parte de todo o mobiliário intacto, além de preservados pisos e demais detalhes da velha casa com mais de vinte cômodos, que segundo o proprietário é datada do século XIV.

O Sr. Frank ainda guardava uma surpresa para nós. Dotado de um conhecimento impar sobre a história e folclore do município, ele reuniu o grupo no alpendre da casa grande e contou por meio dos seus versos a história do município, além de vários outros causos típicos do lugar. Emocionado por expressar o amor pela sua cidade natal, o Sr. Frank Marinho foi homenageado pelo grupo GEOTRILHAS/RN com um certificado de reconhecimento, por seus serviços prestados a luta pela consolidação do Roteiro dos Engenhos. Nós despedimos do Sr. Frank e voltamos para a nossa rota.

Seguimos em direção ao Engenho Santa Theresa cujas únicas lembrança eram algumas paredes que ainda teimavam em ficar de pá, e uma enorme chaminé que resistiu ao tempo. Caminhamos mais alguns metros até chegar há uma nascente de água cristalina, chamada de “Banho das Escravas”, como o nome sugere, era o local onde as escravas se banhavam e lavavam as roupas dos seus senhores. Partimos após reabastecer nossos cantis por um caminho repleto de bambus, que formava um lindo túnel, passando por áreas de plantações de subsistência, até chegarmos num ponto de difícil acesso com ribanceiras bastante íngremes, tendo um barranco com areia movediça logo abaixo, caso alguém viesse a cair. Neste momento a atenção foi total no grupo para superamos mais esse obstáculo, que foi superado sem nenhuma alteração. O trecho final contemplou mais uma ruína de um engenho, que se dos demais por ser construído sob um rio, que era aproveitado como energia motriz para girar uma roda d’água para a moenda. No final da trilha, encontramos com Luizinho Corrêa, que já estava a nossa espera com água mineral e rapadura, e que dali nos levaria para o almoço na cidade.

Após o almoço realizado no Restaurante do Danilo Júnior, o grupo fez a entrega do certificado de agradecimento a Luizinho Corrêa, pelos esforços por ele feitos, para que a primeira trilha de 2010 do GEOTRILHAS/RN acontece em Ceará-Mirim, comprovando toda a luta do nobre amigo em lutar pela consolidação do município nos roteiros de ecoturismo e turismo pedagógico do Estado.

Nos despedimos dele, e dos nossos guias Franccesco e Lorran, e partirmos de volta para Natal, velando consigo muitas lembranças e conhecimentos sobre Ceará-Mirim, um importante ícone da história do Rio Grande do Norte.

Raio-X
Nível de Dificuldade – Médio
Localização da Trilha – Bom

Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo

Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;

- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Restaurante do Danilo Júnior

Onder ficar
Rancho Boca da Mata

Fone: 84 8879-9440 (Luiz Corrêa Júnior)

Contatos para realização de trilha
Franccesco Joseph
Fone: 84 9470-2620
E-mail: franccescojoseph@yahoo.com.br e franccescojoseph@r7.com

Lorran Shulz
Fone: 84 9130-8855
E-mail: lorranschulz@hotmail.com


ASSÚ/RN
Trilha Ecológica da Lagoa do Piató - (18/12/2010).

Daniela, Roberto, Lázaro, Jonatas e Miguel
O embarque para o município de Assú aconteceu na tarde do dia 18 de dezembro, onde os cinco geotrilheiros encarregados de realizar a última trilha do ano enfrentaram um grande temporal até chegar em Assú. Ao chegar à cidade dos velhos poetas, tratamos logo de entrar em contato com o nosso guia Joumar Jackson, que já nos aguardava próximo a pousada 22 de Dezembro. Local onde parte do grupo iria ficar hospedado. Após a primeira parte do grupo se estabelecer na pousada, seguimos com destino ao Centro de Comércio Justo. Local onde iríamos jantar, e que a outra parte do grupo ficaria acampada. Depois de servido o jantar, e uma hora de prosa, nos recolhermos para acordar bem cedo e enfrentar a trilha que prometeria bastantes emoções.

Há exatas 04h:30, foi dada a alvorada, quando seguimos para a pousada 22 de Dezembro, para pegar o restante da equipe, e seguirmos para a comunidade do Piató.

Caminhanda a beira da lagoa
Às 05h:00 da manhã, com o sol ainda saindo timidamente, partimos beirando a lagoa em busca dos famosos baobás de Assú. Pela lagoa, o nosso outro guia – Genival – ia nos dando apoio com uma canoa, levando água e comida. À medida que caminhávamos, o sol vinha aparecendo e revelando a beleza da imensa lagoa, aonde os pescadores já vinham recolhendo as suas canoas com o pescado do dia.

De fundo estavam várias aves típicas do lugar, e a floresta de carnaúba se perdendo a nossa vista. Às 06h:00 da manhã foi servido o café na beira da lagoa, que foi essencial para retornamos a caminhada. Seguindo em frente, passamos por várias propriedades onde foi necessário transpormos várias cercas, para chegarmos ao nosso objetivo. As margens da lagoa ainda encontramos vegetação de caatinga, bem como algumas formações de falésias, bem como um grande número de conchas, que em alguns trechos cobriam todo o chão. Era bastante interessante o formato da lagoa, que até parecia um mar. Encontramos algumas ilhas e deltas, em que os populares chamavam de “suvaco”.


Daniela vislumbra o Baobá
 Após cerca de três horas de caminhada, avistamos a primeira copa de um dos baobás, mas que ainda estava muito distante. Passamos ainda por uma área de plantações de subsistência até chegarmos na fazenda com a maior concentração de baobás do Brasil. Eram sete árvores bastante imponentes com cerca de 25 metros de altura. Nos impressionava a quantidade de frutos pelo chão, e a espessura da árvore, onde foi necessário sete pessoas para efetuar um abraço simbólico. Segundo alguns moradores do local, os baobás foram plantados de forma involuntária pelas fezes dos pássaros que cruzavam o Oceano Atlântico vindo da África, e tenham a área da lagoa do Piató para descansar, isso muito anos antes da chegada dos primeiros colonos na região.

Grupo voltando de canoa
Após termos nos refrescado nas águas da lagoa, aguardamos a chegada do Joumar Jackson com a outra canoa, para seguirmos de volta para a comunidade. O passeio de canoa foi bastante proveitoso, na medida em que conhecemos mais ainda a lagoa. Chegamos na comunidade após termos enfrentado uma forte chuva durante o percurso de volta, que deu mais emoção a jornada. Regressamos para o Centro de Comércio, onde um farto almoço a base de carneiro nos esperava. Após terminarmos a refeição, seguimos as margens da BR-304 onde efetuamos mais um plantio da campanha “Trilhando o Verde!”. Desta vez a oportunidade foi dada a profª. Daniela Cândido e ao amigo Miguel, que estava de férias no estado e decidiu nos acompanhar em mais esta aventura.

Depois de termos desarmado acampamento nos despedimos da turma amiga de Assú que nos acolheu, e seguirmos com destino a Natal com a sensação de mais um ano realizado com muitas trilhas e lembranças inesquecíveis, e com a perspectiva que 2011 será com a mesma intensidade de trilhas, e a certeza de fazer novos por amigos por onde passarmos.

Raio-X


Nível de Dificuldade – Médio

Localização da Trilha – Ótimo

Disponibilidade de Socorro Médico – Bom

Apoio Logístico - Ótimo


Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;


- Utilizar bastante protetor solar;


- Levar cantil com bastante água;


- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;


- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;


- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;


- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;


- Usar colete salva-vidas.


Onder comer

Restaurante do Centro de Comércio Justo


Fone: 84 3331-1792 (Joumar Jackson)


Onder ficar

Pousada 22 de Dezembro

Fone: 84 3331-1792 (Joumar Jackson)

Contatos para realização de trilha

Joumar Jackson
 
Fone: 84 3331-1792



EXPEDIÇÃO GEOTRILHAS/RN NA CHAPADA DIAMANTINA/BA
(23/10/2010).
Expedição - 1º Dia

Grupo reunido com o guia - Kikiu - no camping da cidade de Lençóis

Após a expectativa de uma ano de espera, finalmente na madrugada deste sábado , dia 23 de outubro, os quinze participantes do projeto GEOTRILHAS\RN embarcaram no vôo 1804 da Gol Linhas Áreas, com destino a primeira parada até chegar a Chapada Diamantina.

Chegamos em Salvador, após decorridos cerca de uma hora e meia de viagem. A bela paisagem que se projetava no horizonte soteropolitano, nos chamou bastante a atenção, pela beleza do Oceano Atlântico de fundo, com o sol que nascia naquele instante, e a lua cheia que se despedia naquele momento.

Ao aterissarmos em solo baiano, no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, logo estava a nossa espera o micrônibus da empresa Aratur Locadora, que realizou o nosso translado até a rodoviária de Salvador, de onde embarcamos no ônibus da empresa Real Expresso para ao município de Lençóis. Local da base de nossa expedição na Chapada Diamantina.

O trajeto pelas BRs 324 e 242, durou cerca de seis horas de viagem, numa estrada de intenso fluxo de caminhões. Ao avistarmos a imponente chapada a nossa frente, o grupo ficou bastante entusiasmado, pois o sonho estava cada vez mais perto. Desembarcamos em Lençóis exatamente às 13h:30, na rodoviária local. Já estava a nossa espera, o motorista da pousada Pouso da Trilha, o Pedro, que realizou o nosso translado até a pousada no centro da cidade.

Ao chegarmos na pousada, o recepcionista Roberto nos conduziu até aos nossos quartos, de onde, após sermos devidamente alojados, fomos em busca de um restaurante para almoçarmos. Após todos terem se alimentado, o nosso guia Kikiu, nos conduziu para um city tour pela cidade. Foram abordados vários assuntos pertinentes a história do município, dando uma maior ênfase, no período da exploração mineral, que foi a fase áurea do local. Ao caminharmos pelas centenárias ruas, as curiosidades eram relevadas pelo Kikiu. Curiosidades sobre as gravações da novela Pedra Sobre Pedra, também fizeram parte dos assuntos, em que debatemos sobre os atores durante o período de gravações na cidade, e ainda, os mistérios dos personagem durante a trama, principalmente pela astucia do fotografo Jorge Tadeu. Durante a divertida interação que o guia proporcionava ao grupo, ganhávamos cada vez mais a sua simpatia pelo seu divertido jeito de conduz o grupo.

Ao final do city tour, já na sede da Explore Brasil, acertamos os detalhes para o segundo da de atividades, onde efetivamente iremos começar a expedição do local. Após todos os detalhes acertados, parte do grupo seguiu para o centro da cidade para jantar, enquanto a outra parte seguiu para pousada para fazer seu próprio jantar, em que chamamos de programa “Cozinhando na Chapada”. Depois de todos devidamente alimentados, e reunidos na pousada, foi dado por encerrado o primeiro dia de atividades na Chapada Diamantina, ficando as melhores expectativas para o dia de amanhã.

Expedição - 2º Dia

Grupo reunido no mirante no alto da serra. Ao fundo a cidade de Lençóis



O segundo dia da nossa expedição ao Parque Nacional da Chapada Diamantina começou com um reforçado café da manhã na pousada Pouso da Trilha, com uma mesa composta por alguns pratos da culinária baiana, como a banana frita, e o cuscuz de tapioca. Após o café, seguimos direto para a Explore Brasil, onde reecontramos com o Kikiu, que nos apresentou os guias responsáveis pela nossa condução pelo parque, durante a nossa estadia no município.  
Com a condução do grupo ficando sob a responsabilidade dos guias Aécio e Ramiro, seguimos pelo centro da cidade com destino a área de mata por trás do Hotel Lençóis, de onde entramos mata a dentro em busca das belezas da Chapada Diamantina. O primeiro ponto visitado foi o leito do rio Serrano, em que tinha uma bela vista da cidade de Lençóis ao seu fundo. O rio possui várias corredeiras, inclusive algumas subterrâneas, de onde é captada boa parte da água utilizada na cidade. O mesmo rio ainda conserva a tradição das lavadeiras de roupa, que lavam suas roupas no local. Seguimos em frente até chegarmos no salão de areias coloridas, que possui vários tipos de areia de colorações diferentes. No local é possível conhecer alguns pontos de abrigos naturais, formados pela ação da erosão nas rochas.

Depois da seção de fotos, novamente entramos na trilha da mata, e após atravessar novamente o rio Serrano, seguimos para a primeira cachoeira do dia. Ao chegarmos na Cachoeirinha, o grupo se refrescou nas águas geladas e cristalinas que caiam de uma altura de 15 metros de altura. O momento de relaxamento foi garantido pela pequena piscina natural que se formava na sua base. Energias carregadas, formos em busca da segunda cachoeira do percurso. Seguindo uma trilha serra a cima, passando por um local de prática de rapel, íamos em busca da cachoeira da Primavera. No local, uma queda d’água com cerca de 25 metros altura, encravada numa região cercada por paredões, que desembocava num poço com dois metros de profundidade, formado pela queda d’água, num processo que durou milhares de ano. 

Após outro banho, seguimos novamente serra a cima, passando por um trecho de difícil acesso, por causa de sua ingrimidade, e pela vias de exploração de diamantes feitas pelos escravos durante o século XVIII. Mas todo o esforço foi compensado pela magnífica vista para o vale da folha larga, de onde se formava o rio Lençóis, pelo mirante da serra, que dava para a cidade de Lençóis. Retornamos para a cidade, passando mais uma vez pela Cachoeirinha, finalizado na praça central da cidade, de onde combinamos as ações para o período da tarde.

Depois de  termos almoçado no restaurante Comida Caseira, e retornamos para a pousada para relaxar um pouco, retornamos às atividades exatamente às 14h:30, em frente ao Banco do Brasil, de onde reecontramos os nossos para partimos com destino a serra das Paridas. Embarcamos em uma van, e um Fiat Doblô seguindo pela BR que dar destino a Salvador, até chegarmos ao distrito de Taiquinho de Lençóis, onde pegamos mais 20 Km de estrada de terra até chegarmos ao Sítio  das Manguabeiras, local onde esta a Serra das Paridas. 

Serra das Paridas
Chegando lá, nos deparamos com uma impressionante formação geológica, cercada de pinturas rupestres em suas bases. As imagens gravadas na rocha, eram da provenientes da sub-tradição Nordeste, com muitas figuras representando animais, e o dia a dia dos habitantes daquele local. Mas uma figuras nos chamou a atenção em especial. Na rocha havia uma representação de um possível Extra-terrestre, com um disco voado na altura de sua cabeça. Tal registro vem a reforçar os relatos de aparecimento de Ovnis na região da Chapada Diamantina, como relatam alguns moradores de Mucugê. Ainda no Sítio das Manguabeiras, encontramos uma casa de pedra, onde mora o responsável pela manutenção do local, conhecido pelos seus companheiros guias, por Zé Manteiga. Zé possui no quintal de sua casa um ateliê, onde faz várias peças idênticas as figuras rupestres do local. 

Após compramos algumas peças, retornamos para a cidade de Lençóis, onde finalizamos definimos as estratégias para a trilha da cachoeira da Fumaça, que será realizada amanhã, durante o nosso terceiro dia no parque. Finalizamos as atividades do dia, com um jantar na pousada Pouso da Trilha.


Expedição - 3º Dia

Grupo reunido no leito do riacho Larginho

A segunda-feira foi bastante movimentada para os membros do GEOTRILHAS\RN, durante o terceiro dia de atividades da Expedição Chapada Diamantina. Com todos bem alimentados com o café da manhã reforçado pelas cozinheiras Val e Lúcia, funcionárias da pousada Pouso da Trilha, seguimos para frente da Explore Brasil, onde os guias e os motoristas já nos aguardavam para seguirmos para o município de Palmeiras, local da próxima aventura.

Percorremos cerca de 30 Km, passando ao lado de outros monumentos naturais da chapada, como morro do Pai Inácio e morro do Camelo. Passamos pelo centro da cidade, e percorremos mais 20 Km por estrada de terra, até chegarmos a base de apoio do Parque Nacional da Chapada, em que o pessoal que trabalha no local, nos explicou da importância da base para a preservação do parque por suas atividades, como manejo, e principalmente pela brigada de incêndio combate os focos de incêndio que venham a aparecer no local. O que nos chamou a atenção, foi que todas as pessoas que trabalham nesta base, são todos voluntários, e que fazem isso por simplesmente por amor pela natureza.


Cachoeira da Fumaça
Após um breve alongamento puxado pelo guia Aércio, fomos encarar os 1.400 metros de altura da serra da Larguinha, a caminho da Cachoeira da Fumaça. Em uma subida com um elevado grau de dificuldade, seguimos por um visual único e belíssimo, tendo os vales do Capão e Ipatir, com suas surpreendentes formações rochosas. As flores e orquídeas, também embelezavam a nossa passagem. O solo úmido acusava que a se fazia pouco tempo que chuvas haviam caído no local, fato comprovado pela quantidade de água nos córregos que vão formar a famosa queda d’água. Atravessamos o riacho Larginho, o último obstáculo até chegar a ao nosso objetivo. Ao escalar a última rocha, encontramos uma paisagem exuberante, tendo a nossa esquerda, a Cachoeira da Fumaça, com seus 340 metros de altura, em que no momento caia de seu cume, uma fina camada de água, que não chegava até o poço que desembocava ao pé da serra, voltando a água por meio do vento, que nos refrescava no alto, ou seja, chovia de baixo para cima com direito a um belo arco-íris. 

Riachinho, ou Cachoeira do Quebra-cabeça
Depois de várias seções de fotos, retornamos para o leito do riacho Larguinho, onde almoçamos alguns lanches rápidos, e nos refrescamos na águas geladas do manancial. Em seguida, caminhamos 50 minutos de volta para a base, onde embarcamos nos carros e seguimos para o Riachinho. O local que também é conhecido como cachoeira do Quebra Cabeça, é uma formação de queda d’água, em que deságua num poço muito bom para o banho, tendo a cachoeira como plano de fundo. A cima do local há uma tradicional roda d’água, que embelezava ainda mais a paisagem. Ao terminarmos o banho rejuvelhecedor, seguimos de volta para Lençóis, já ao cair da noite, em que quando chegamos ao local, traçamos os planos para o roteiro de terça-feira, em que entre as atrações, visitaremos o Poço Azul.

Finalizamos as atividades do terceiro dia, com os jantares da equipe dividindo em um grupo no Centro Histórico, e a outra parte na pousada, recolhendo-se todos após a refeição, para recuperar as energias do desgastante dia de hoje, que foi bastante recompensador.


Expedição - 4º Dia

Grupo reunido em frente a uma das casas dos antigos garimpeiros
Gostariamos de abrir esta matéria nos desculpado com os nossos leitores, que estão acompanhando as notícias direto da Chapada Diamantina, que devido as fortes chuvas que cairam na cidade de Lençóis nesta última terça-feira, que ocasionaram um blackout no provedor local de internet. Fato que infelizmente ontem não postamos essa matéria. Mas que agora vocês poderam acompanhar ela na integra.
  
O quarto dia da expedição GEOTRILHAS\RN na Chapada Diamantina, começou com uma bela homenagem no café da manhã a nossa querida Dona Fátima Lima, que completou mais um ano de vida nesta terça-feira. Numa mesa onde com um cardápio bem reforçado, os integrantes do grupo cantaram parabéns para a nossa aniversariante. Homenagens feitas, seguimos para mais um dia repleto de atividades.

O ponto de partida foi de frente a Explore Brasil, em que os dos veículos iriam nos conduzir até o município Igatu, onde conhecemos o centro da cidade, e logo após a Toca do Morcego, por onde passa o rio Paraguaçu, que abastece a capital Salvador. Depois seguimos pela antiga estrada do garimpo, com cerca de 7 Km, até chegarmos a cidade dos garimpeiros, conhecida por Xiqui-Xiqui do Igatu. No local conhecemos a antiga cidade que era o local de residência dos garimpeiros, que nos impressionou pelas características das construções, todas em rochas maciças, e pela sua posição voltada para a frente de um vale, com o rio Paraguaçu, e a cordilheira de fundo . As ruínas da antiga cidade de Luis dos Santos, nome com era conhecida, denunciava a existência de um movimentado centro comercial, que segundo os guias, possuía mercearias, local de comercialização de escravos, e até filarmônica. Uma outra construção também nos chamou a atenção, que foi a Igreja do povoado construída no estilo bizantino, com os túmulos construídos no jardim do templo. Ainda na cidade dos garimpeiros, conhecemos o museu particular do artista plástico Mili Genestreti, que além de suas obras de arte, expõe vários objetos de uso diário dos garimpeiros daquela época, encontrados aos arredores da cidade.

Grupo reunido no banho do Poço Azul
Finalizamos a nossa visita ao local, e partimos com destino ao local do Poço Azul, distante cerca de 38 Km de Igatu. Ao chegarmos ao local, recebemos as instruções necessárias para adentrarmos ao poço. Após tomarmos uma ducha para retirarmos o excesso de suor e protetor solar, para diminuir o impacto sobre a água do poço. Caminhamos em seguida por uma pequena trilha, até encontramos a rocha do poço. Silenciosamente entramos no poço, por causa de um enxame de abelhas, que habita no lado de fora do poço. Descendo pelos degraus naturais na rocha, ficamos impressionados por tamanha beleza que estava a nossa frente. O Poço Azul possui águas cristalinas, e devido a composição natural das rochas em seu interior, somadas ao raios solares, dar uma pigmentação azulada em seu interior, mas que não impede o reflexo do fundo do poço, que esta a 21 metros de profundidade, revelando toda a sua geologia. Sem dúvida alguma, uma das mais belas paisagens já presenciadas em todo esse tempo de projeto, arrancando elogios de todos os participantes que estão nesta expedição. Mas o melhor ainda estava por vim nesta visita. Os participantes puderam entrar no poço, utilizando coletes salva-vidas e óculos de mergulho, para apreciar todo o fundo do poço, num gostoso banho com água a temperatura de 24⁰C, sendo uma experiência ímpar na vida de um verdadeiro trilheiro.

Depois de termos realizado o nosso sonho, voltamos a área do sítio onde almoçamos no restaurante local, antes de seguimos viagem de retorno para Lençóis, já às 17h:00.

O quarto dia de atividades foi fechado com a comemoração do aniversário da nossa querida Dona Fátima Lima, que aconteceu no bar A Fazendinha, reunindo a nossa equipe na confraternização a nossa companheira.

Expedição - 5º Dia


Grupo reunido na Cachoeira do Sossego
O quinto dia da Expedição GEOTRILHAS\RN começou pontualmente às 08h:30, em frente a Explore Brasil, onde iniciamos com um alongamento básico para enfrentarmos os 18Km de trilha, para chegarmos até a Cachoeira do Sossego. Partimos a pé pelo centro da cidade, até atingimos a entrada do parque. Seguimos por uma trilha cercada por árvores de pequeno porte, até encontramos uma casa de taipa, que serve como ponto de apoio para os trilheiros que vão até a cachoeira. Neste ponto, encontramos frutas, água de coco, refrigerantes e energéticos , necessários para atingimos o nosso objetivo. Lá também tivemos a oportunidade de vermos alguns diamantes e brilhantes de propriedade do dono da casa.

Depois de nos abastecermos, seguimos adiante até o leito do rio Ribeirão, onde beiramos suas margens passando por vários abrigos de garimpeiros. No local existem várias rochas, que dificultavam a nossa progressão, devido serem bastantes escorregadias. O visual da nossa rota era bastante inspirador a chegarmos no pé da cachoeira. As corredeiras desciam com uma força bem significativa dentro do impressionante canyo formado, parecendo um imenso quebra cabeça. As fontes de água mineral que brotavam da rocha, iam saciando a nossa sede, enquanto continuávamos em busca do nosso troféu.

Percorridos cerca de quatro horas de caminhada, o barulho da força da água denunciava a proximidade da cachoeira. Ao concluímos a última curva, a emoção já estava nas lagrimas de alguns de nossos companheiros, quando se depararam com a imensa dádiva de Deus representada pela aquela magnífica a nossa frente. A Cachoeira do Sossego exalava de seus 45 metros de altura, um grande volume d’água, que se acumulava no seu poço, e escorria pelo rio Ribeirão a fora. As geladas águas do local foram um convite para nos se refrescarmos após tanto tempo de caminhada. O grupo conseguiu atravessar o poço, e ficaram no interior da queda d’água, onde presenciamos em seu interior dois belos arco-íris, que nos encantávamos ainda mais. Depois de termos contemplados a Cachoeira do Sossego, e termos realizado o nosso almoço no próprio local, seguimos de volta pelo mesmo caminho de volta para a cidade.

Grupo juntamente com o ator
principal do filme "Besouro".
Chegamos no centro de Lençóis já a noite, onde após outro alongamento para nos recuperarmos do desgaste, traçamos os objetivos para o próximo dia, seguindo logo depois para a pousada. A noite tivemos uma grande surpresa. No mercado dos escravos, parte do grupo teve uma ilustra surpresa. Tivemos a grata satisfação de conhecer o capoerista Ailton da Bélgica - ator principal do filme “Besouro”- que entrou na sua intimidade contando como foi a sua vida, e sua experiência como ator neste filme, que retratou o capoeira no Brasil.

Finalizamos definitivamente o quinto dia de atividades, com um jantar no centro de Lençóis, ficando todos na expectativa para amanhã.

Expedição - 6º Dia


Grupo reunido na entrada da Gruta da Lapa Doce
O sexto dia de atividades na Chapada Diamantina deu início às 09h:00, devido ao grupo e os guias terem dado um intervalo maior para recuperação física, por causa da trilha da Cachoeira do Sossego, que exigiu bastante dos nossos trilheiros.

O roteiro desta quinta-feira foi bastante light em comparação a ontem. Seguimos para o município de Iraquara, distante cerca de 40Km de Lençóis, fazendo uma breve parada em frente ao morro do Camelô, para tirarmos algumas fotos. Retomando o nosso caminho para Iraquara, pudemos conhecer a gruta da Lapa Doce, com cerca de 800 metros de extensão. A gruta esta localizada a cerca de 78 metros abaixo do nível do mar, onde em suas galerias existem várias formações de estalaquitidis e estaquinides, que despertam a imaginação dos visitantes. No interior da gruta, tivemos a oportunidade de passarmos por um momento de reflexão, em que os guias nos convidaram a apagarmos as lanternas, para ouvirmos as gotículas de água que caiam do teto na gruta, para formarem as esculturas naturais da gruta. Foi uma experiência bastante interessante, a medida que pudemos sentir como é realidade de uma pessoa com deficiência visual, e procuramos dar um novo significado da nossa existência nesta vida.

Depois de regressarmos ao ponto de apoio da gruta, seguimos para a localidade de Vila de Santa Rita, em que fomos conhecer a Gruta Azul, e a Pratinha. Mas antes disso, realizamos uma pequena parada no restaurante local, para almoçarmos. Logo após o almoço, ai sim seguimos para conhecer a Gruta Azul. No local, encontramos um poço bem semelhante ao Poço Azul da cidade de Andaraí, mas tendo uma diferença quanto ao acesso de banho, em que devido a grande concentração de rochas no seu interior, e argila, o local não é apropriado para o banho. Porém, é um excelente ponto em que podemos observar os peixes contidos em seu interior. Continuando a nossa passagem por Vila de Santa Rita, formos até a Pratinha. Local em que realizamos uma incursão em seu interior utilizando coletes salva-vidas, pés-de-pato, máscaras e lanternas. O passeio no interior da gruta, com extensão de 150 metros, nos revelou a geologia do local, com profundidades chegando até aos 17 metros, tendo o seu fundo formado por rochas, e uma concentração de milimétricas conchas. Haviam vários peixes como o bagre cego, com cerca de 20 cm de comprimento. Regressamos novamente para o ponto de partida, em que nos foi revelado uma grata surpresa. A Pratinha em sua saída para a lagoa, passou a ter sua água numa coloração azul, com vários peixinhos que circulavam entre nós, num imenso aquário natural. Houve ainda tempo para alguns saltos de tirolesa na lagoa.


Pratinha

Ao sairmos da Pratinha notamos que o tempo estava bastante nublado, com uma grande incidência de raios e trovões vindos do Oeste baiano. Com isso, procuramos chegar o mais rápido possível ao morro do Pai Inácio, para apreciar uma das mais belas paisagens da chapada. Subimos no morro por volta das 16h:45, já no limite de visibilidade, e com a preocupação de ficarmos o mais longe possível da chuva. O topo do Pai Inácio, há 1.600 metros do nível do mar, havia várias flores de coloração azulada, que Davao as boas vindas ao nosso grupo, além das mais belas paisagens, tendo o Vale do Cercado a direita, e o Vale do Capão a esquerda. Ouvimos as duas versões da história da origem do nome do local, contadas pelo guia Ramiro, e tiramos a foto oficial do dia, para em seguida partimos de volta para Lençóis, já embaixo de chuva.

Ao desembarcamos na cidade, planejamos o roteiro da sexta-feira, em seguida, realizamos um jantar promovido pelas garotas da nossa equipe, na pousada Pouso da Trilha. A finalização do dia, se deu por volta das 23h:30, quando as chuvas que caiam em Lençóis deram uma trégua, e fomos conferir o volume de água do rio Serrano, que roncava por trás da pousada. Nos impressionou a quantidade de água com imensa violência que corria pelo leito do rio, chamando a atenção de vários moradores e turistas do local. Diante do fato, teremos a certeza que amanhã as trilhas ficaram mais repletas de emoção, sendo necessário cuidado redobrado por parte de todos do grupo.

Expedição - 7º Dia

O grupo aproveitou a manhã de sábado para ir às compras no comércio local
O oitavo e último dia da Expedição GEOTRILHAS/RN na Chapada Diamantina foi livre para todos os integrantes da comitiva. Muitas aproveitaram a manhã para dormirem mais um tempinho, se recuperando da exaustão física, mas ao mesmo tempo prazerosa, da semana em que ficamos na Chapada Diamantina. Boa parte do grupo, também contribuiu para o aquecimento das vendas no comércio local, à medida que iam comprando suas lembrancinhas para levarem para o Rio Grande do Norte. O destaque que podemos apontar é a lojinha do simpático Seu Messias, que nos deu um atendimento bastante satisfatório, praticando um preço justo para todos.

Após o almoço, o grupo ficou dividido em três frentes: O primeiro grupo que ainda não tinha organizado suas bagagens ficaram aprontando-as na pousada, enquanto um outro grupo se deslocou até o rio Serrano para aproveitarem o último banho nas águas chapadeiras. O terceiro grupo, atendendo um honroso convite do proprietário da Explorer Brasil, o nosso querido Kikiu, foi conhecer as ações empregadas no município pelo Grupo Ambientalista de Lençóis (GAL).

Oficina de Biocostrução
Ao chegarmos ao local, fomos calorosamente recepcionados pelo coordenador do projeto Alexandre. Ele nos apresentou o restante de sua equipe, formada pela Carol, Marcos e Vini, que no momento da nossa visita estavam construindo uma casa de garrafas petis. Alexandre nos falou sobre as diversas ações da ONG em Lençóis, com a construção de casas com garrafas, hortas comunitárias, projetos de educação ambiental com as crianças da cidade, coleta seletiva, entre outras ações. Na oportunidade, fomos convidados a participara de uma oficina de construção de casas com garrafas petis, em que aprendemos a correta utilização do material, bem como de poder ajudar na construção, assentando com massa as garrafas, formando uma parede. Em seguida, foi realizada a cerimônia de entrega dos certificados os participantes, numa animada roda de ciranda, brindada com chá de hortelã e manjericão. O final da nossa visita ao GAL, foi fechado com mais uma ação da campanha “Trilhando o Verde”, em que foram plantadas sete mudas de mulungu (árvore típica da caatinga bahiana), no leito do rio São José, um local bastante agredido pela atividade garimpeira.
Entrega dos certificados
Campanha Trilhando o Verde
Regressamos a pousada, de onde o grupo foi se despedir do nosso grande amigo Kikiu, e ao mesmo tempo agradecer pela grande receptividade. Em seguida o grupo jantou no centro histórico, curtindo os últimos instantes na cidade, até por volta das 22h:30, quando retornamos para a pousada, para também nos despedir do grandes Tito e Roberto (Perna) antes de seguirmos para a rodoviária.

Embarcamos no ônibus da empresa Real Expresso das 23h:30, com destino a Salvador, viajando por toda a madrugada, levando no interior de cada um de nós grandes lembranças e recordações dos belíssimos lugares visitados, e dos grande amigos que nós deixamos por lá.

Valeu turma querida de Lençóis, e todos os municípios da Chapada Diamantina. Parabéns pelo grande trabalho realizado, e pela importante conservação deste patrimônio natural de todos.

Em breve retornaremos a nos ver!


Expedição - 8º Dia
 
O grupo aproveitou a manhã de sábado para ir às compras no comércio local
O oitavo e último dia da Expedição GEOTRILHAS/RN na Chapada Diamantina foi livre para todos os integrantes da comitiva. Muitas aproveitaram a manhã para dormirem mais um tempinho, se recuperando da exaustão física, mas ao mesmo tempo prazerosa, da semana em que ficamos na Chapada Diamantina. Boa parte do grupo, também contribuiu para o aquecimento das vendas no comércio local, à medida que iam comprando suas lembrancinhas para levarem para o Rio Grande do Norte. O destaque que podemos apontar é a lojinha do simpático Seu Messias, que nos deu um atendimento bastante satisfatório, praticando um preço justo para todos.

Após o almoço, o grupo ficou dividido em três frentes: O primeiro grupo que ainda não tinha organizado suas bagagens ficaram aprontando-as na pousada, enquanto um outro grupo se deslocou até o rio Serrano para aproveitarem o último banho nas águas chapadeiras. O terceiro grupo, atendendo um honroso convite do proprietário da Explorer Brasil, o nosso querido Kikiu, foi conhecer as ações empregadas no município pelo Grupo Ambientalista de Lençóis (GAL).

Oficina de Biocostrução
Ao chegarmos ao local, fomos calorosamente recepcionados pelo coordenador do projeto Alexandre. Ele nos apresentou o restante de sua equipe, formada pela Carol, Marcos e Vini, que no momento da nossa visita estavam construindo uma casa de garrafas petis. Alexandre nos falou sobre as diversas ações da ONG em Lençóis, com a construção de casas com garrafas, hortas comunitárias, projetos de educação ambiental com as crianças da cidade, coleta seletiva, entre outras ações. Na oportunidade, fomos convidados a participara de uma oficina de construção de casas com garrafas petis, em que aprendemos a correta utilização do material, bem como de poder ajudar na construção, assentando com massa as garrafas, formando uma parede. Em seguida, foi realizada a cerimônia de entrega dos certificados os participantes, numa animada roda de ciranda, brindada com chá de hortelã e manjericão. O final da nossa visita ao GAL, foi fechado com mais uma ação da campanha “Trilhando o Verde”, em que foram plantadas sete mudas de mulungu (árvore típica da caatinga bahiana), no leito do rio São José, um local bastante agredido pela atividade garimpeira.
Entrega dos certificados
Campanha Trilhando o Verde
Regressamos a pousada, de onde o grupo foi se despedir do nosso grande amigo Kikiu, e ao mesmo tempo agradecer pela grande receptividade. Em seguida o grupo jantou no centro histórico, curtindo os últimos instantes na cidade, até por volta das 22h:30, quando retornamos para a pousada, para também nos despedir do grandes Tito e Roberto (Perna) antes de seguirmos para a rodoviária.

Embarcamos no ônibus da empresa Real Expresso das 23h:30, com destino a Salvador, viajando por toda a madrugada, levando no interior de cada um de nós grandes lembranças e recordações dos belíssimos lugares visitados, e dos grande amigos que nós deixamos por lá.

Valeu turma querida de Lençóis, e todos os municípios da Chapada Diamantina. Parabéns pelo grande trabalho realizado, e pela importante conservação deste patrimônio natural de todos.

Em breve retornaremos a nos ver!


Expedição - Último dia




GEOTRILHAS/RN voltando para o Rio Grande do Norte
O desfecho da nossa viagem de volta, com o itinerário Lençóis/BA – Natal/RN, ocorreu com o desembarque em Salvador/BA por voltas das 06h:00 da manhã de domingo, após seis horas de viagem no ônibus da Real Expresso. Após termos tomado café, seguimos de taxis para o Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo Magalhães, de onde parte do grupo iria aguardar o primeiro vôo da Gol Linhas Aéreas com horário de partida às 10h:30 com destino a Recife/PE, de onde faríamos a conexão para Natal/RN.

Devido a falta de “teto” no aeroporto de Confins (Belo Horizonte/MG), o vôo das 12h:30, que levaria o restante do grupo para Recife foi cancelado, fazendo com que todos fosse remanejados para o primeiro vôo. Com o grupo todo reunido, voamos para Recife/PE, desembarcando no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre – por volta de 12h:20. O grupo aproveitou a oportunidade de almoçar, enquanto se aproximava a hora de embarque.

Às 14h:30, o grupo embarcou no vôo da Varig com destino a Natal/RN, chegando a capital potiguar às 15h:30, fechando a maior viagem já realizada pelo Projeto GEOTRILHAS/RN em quase dois anos de existência.

Gostaria de fechar este momento sublime por minha parte, por ser uns dos coordenadores deste projeto, por ter acreditado, assim como meus companheiros Eline dos Anjos, Ângelo Roncalle e Davi Lima, que estiveram juntamente comigo e os demais companheiros em 31 de janeiro de 2009 lá no Parque das Dunas, quando realizamos a primeira trilhas o GEOTRILHAS/RN. E também a nobre profª Nubelia Moreira, que nos ajudou na elaboração da ideal, bem como a nossa ex-coordenadora de curso, profª Maria Cristina, e a equipe do Departamento de Extensão do IFRN, o prof. Luis Antônio e Maria Soares, que sempre nos incentivaram a dar continuidade ao projeto. Quero neste momento fazer uma referencia a poesia do educador Telmo Deifeld defendendo que sonhar é preciso:

Sonhar é sair pela janela da liberdade,


é vaguear pelos caminhos


proibidos ou não.


É, sem ter um rumo qualquer,


ter um alvo a perseguir:


a felicidade.

Sonhar é não limitar-se a limites


sejam eles quais forem,


impostos ou não.


É fazer do impossível o possível


quando e como quiser o coração.

Sonhar é viver o passado no futuro


e o futuro no presente.


É ter o se quer


e afastar o que não se deseja


É despertar dentro de si


aquele ser criança.


É almejar a vida...

Pra sonhar não é preciso


ter passado, nem presente,


nem cultura, nem riquezas...


Pra sonhar não precisa fazer parte


de uma classe social


de uma faixa etária


ou de qualquer coisa que separe


um ser humano do seu semelhante


É preciso apenas ter esperança


pois sem esperança ninguém vive


e sonhar é viver...

Sonhar não é direcionar os pensamentos


ao que pode ser real


Mas sim tornar real,


mesmo que apenas na mente,


o possível e o impossível,


o real e o abstrato


o tudo e o nada


Num tempo e num lugar


a serem definidos


ao belprazer de quem sonha...

Sonhar é dar a própria vida


a um sentimento de bem-estar


e, sem restrições,


entregar ao coração as rédeas da razão


É viver com quem se ama


sentindo-se amado.


Sonhar é sair...


É vaguear...


É não ter rumo.


É ter um alvo.


É não limitar-se.


É fazer...


É sentir...


É amar...


É ser amado...


É ter esperança...


É viver!
Sonhar é preciso!

Telmo Deifeld

Obrigado aos 15 integrantes da comitiva geotrilheira que acreditaram na realização deste sonho. E que novos desafios apareçam, para levarmos cada vez mais longe o nome, e acima de tudo a alegria do Rio Grande do Norte, pelos mais diferentes lugares deste estado, região, país, e quem sabe do mundo.


Valeu GEOTRILHAS/RN.


Lázaro Freire da Costa
Um sonhador...






SERRA CAIADA/RN
Trilha do ponto mais antigo da Américas - (29/08/2010).


A realização da trilha ecológica do ponto mais antigo da América Latina foi cercada de muita expectativa para todos os participantes, em que estávamos recebendo a visita de dois intercambistas da AFS Intercultura Brasil, que fariam a trilha conosco, além de ser mais especial ainda devido a ser a primeira trilha inclusiva que o projeto GEOTRILHAS/RN faria em quase dois anos de existência, na medida que o intercambista argentino Octávio é deficiente visual.

Denn explicado como é um faxeiro ao Octávio
Partimos com destino à Serra Caiada na manhã do dia 29 de agosto, num comboio com cinco carros e uma moto pela BR – 304 até o entroncamento com a BR – 226, de onde seguimos para a região do Trairí. Chegamos ao município de Serra Caiada por volta das 07h:30, onde logo encontramos o guia Denn, que nos esperava no posto de combustível na entrada da cidade. Após devidamente apresentado ao grupo, seguimos com destino ao Monumento Natural de Serra Caiada, onde ao chegarmos aguardamos pela chegada de nossa companheira de trilhas, Zeneide, que vinha de Campina Grande/PB, para trilhar juntamente com nós. Zeneide conheceu o projeto por meio da internet, e decidiu participar pela primeira vez.

Após o grupo esta todo completo, o fotografo da cidade e blogueiro Willian Weberto, registrou a nossa chegada ao local. Partimos em direção a trilha, passando pelo local de escalada, que atrai vários seguidores do movimento pelo Nordeste. Seguimos adiante já tendo a serra ao nosso lado, chamando a atenção por algumas escavações interior. Em uma destas escavações na rocha, localizada no meio do monumento, observamos uma grande mancha negra, em que Denn nos falou do que se tratava. Era uma imensa colméia de abelhas africanas, que não nos oferecia perigo algum, pois estava em um local de difícil acesso, sendo possível apenas chegar lá por meio de rapel.

Escalada
Na medida em que seguíamos por meio da vegetação de caatinga, Denn ia fazendo as intervenções sobre a vegetação, pois o mesmo além de ser guia e escalador, também é biólogo, responsável por alguns trabalhos com os jovens da cidade. Subindo a serra, chegamos ao ponto do paredão avermelhado, onde foi necessário utilizar um pouco da técnica de escalada para transpor a último obstáculo até chegar ao cume. Sem maiores dificuldades, chegamos ao ponto mais alto da serra, de onde era possível observarmos a região do Trairí por completo, e aproveitar um vento frio que nos refrescava. 


Profª Narla na Campanha Trilhando o Verde
Depois das sessões de fotos, as orações feitas ao pé do cruzeiro, e termos feito um rápido lanche, descemos a serra com destino ao olho d’água, um poço de onde era feito o abastecimento da antiga Caiada de Cima. Passamos por uma região de pasto, onde transitamos pelo gado que se encontrava solto no local, além de passar por vários faxeiros, e cardeiros, de onde alguns componentes do grupo experimentaram o fruto do cardeiro. Até chegarmos ao olho d’água, fizemos uma volta quase que completa por volta da rocha. Chegando ao local, encontramos um ótimo local para descanso, em meio da vegetação verde, tendo de fundo o velho poço. 

Grupo devidamente descansado, retornamos ao local onde estavam os carros, para realizarmos a nossa tradicional ação ambiental: A Campanha Trilhando o Verde. Na oportunidade, foram plantas quatro mudas de nim, sendo os responsáveis pelo plantio os intercambistas Octávio e Alexis (Bélgica), Profª Narla e Zeneide. Depois da responsabilidade cumprida, seguimos para a cidade, e almoçamos antes de voltamos para Natal, satisfeitos por mais uma trilha realizada.

CONFIRA O VÍDEO DA TRILHA



Raio-X
Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Ótima
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Regular


Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;

- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Lanchoente & Restaurante Pé da Serra
Fone: 84 8838-2861 (Ronaldo)

Contatos para realização de trilha
Denn
Fone: 84 8816-4267

AREIA BRANCA/RN
Trilha da Costa Branca Potiguar - (17/08/2010).


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Atendendo a um honroso convite da CODERN (Companhia Docas do Rio Grande do Norte), o GEOTRILHAS/RN partiu na tarde do dia 17 de agosto rumo ao município de Areia Branca, localizado na Costa Branca do Rio Grande do Norte. Seguimos pela Br-406, cruzando a região do Mato Grande, até atingir os primeiros municípios da Costa Branca que beiravam a rodovia, tendo de fundo o belíssimo pôr do sol que nos era presenteado naquele momento. 

Falésias de Ponta do Mel
Ao atingimos a entrada de Macau, dobramos a esquerda na RN-118, passando pelo maior “elefante branco” do Rio Grande do Norte: Alcanorte, uma fábrica instalada em Macau há cerca de 30 anos para produzir barrilha, matéria-prima essencial para produtos como vidros e detergentes, mas até hoje inativa. Seguimos adiante até o município de Pendências, onde nos chamava a atenção um imenso deserto de sal que parecia não ter fim beirando a RN-118. Passamos rapidamente pela cidade, de onde seguimos para Alto do Rodrigues, de onde seguimos a noite para a rodovia do Baixo Assú. Uma estrada repleta de oleodutos em ambos os lados, por onde percorre boa parte do petróleo potiguar. Mas adiante, antes de chegar no entroncamento que dar acesso ao Baixo Assú, uma grande construção nos chamava a atenção, não só pelo tamanho, como também a iluminação que parecia uma pequena cidade. Tratava-se da Termoaçu considerada o maior projeto de co-geração de energia elétrica e vapor da América Latina gerando 340 MW utilizando gás natural como combustível. Seguimos pelo Baixo Assú, numa estrada feita pele Petrobrás, cheia de curvas, que cortava uma área de plantio de frutas, até chegarmos na RN-404, em direção a Carnaúbais. 

Ao passamos por pelo município rodando um longo trecho já poder observar, mesmo que a noite, as imensas dunas brancas próximo a Porto do Mangue. Entramos a esquerda, onde encontramos mais dunas, e praias a nossa esquerda, tendo o um farol a nossa frente que nos guiava. Já estávamos em Ponta do Mel, distrito de Areia Branca, de onde já podíamos avistar as luzes do nosso algo da manhã seguinte: O Porto Ilha.

Nascer do sol em alto mar
Seguimos adiante até chegar na BR-110, de onde fomos diretamente para a sede do município. Ao chegarmos na cidade de Areia Branca, seguimos para a praia de Upanema, local da nossa hospedagem. Demos entrada no Hotel Costa do Atlântico por volta das 20h:30, totalizando mais de cinco horas de viagem. Fizemos o registro da chegada, e após devidamente acomodados, fomos jantar no restaurante do hotel. Em seguida passamos um tempinho na praia, até a hora de dormir. Nos recolhemos para aproveitar as poucas horas de sono que nos restava. 

As 04h:00 da manhã a equipe já estava saindo do hotel com destino ao cais de Areia Branca, onde fomos direto para a sede da CODERN, de onde estávamos aguardando a embarcação que nos conduziria ao Porto Ilha. Por volta das 05h:00, partimos juntamente com a equipe de troca do turno, pelo rio Ivipamin, ficando para trás a bela Areia Branca da madrugada, com suas luzes. Sairmos do canal com uma certa dificuldade, pois a maré estava muito baixa e dificultava a navegação da nossa embarcação, que por três oportunidades, quase que encalhava. Ao atingirmos um calado em que a embarcação não teve dificuldades, seguimos para a linha do horizonte, em que a nossa esquerda estava a praia de Upanema, de onde avistávamos o hotel que estávamos hospedados. 

Os primeiros raios solares começaram a avermelhar o céu, quando timidamente o astro rei sai diante do horizonte. Era sem dúvidas uma das mais belas imagens que os componentes do GEOTRILHAS/RN já tinham visto durante todo esse tempo de projeto. O mar estava um pouco agitado, e o vento fazia que algumas marolas encontrassem de frente a embarcação. Mas tudo isso era uma diversão para todos. Cada vez mais o porto fica mais próximo, onde pudemos observar a movimentação das barcaças que chegavam para descarregar o sal. No nosso lado esquerdo, havia um navio que estava carregando sal marinho. 

Pátio de estocagem
Depois de cerca de 2h:30min de viagem, finalmente atracamos no Porto Ilha. Era bastante interessante a estrutura de alvenaria, aço e madeira que formava a base do porto. Subimos pelo elevador, até sermos abordados pela Polícia Portuária que vinha conferir os nossos dados. Fomos recebidos pelo engenheiro do turno, que nos encaminhou ao chefe dos eletricistas – George – que iria nos conduzir pelas instalações do Porto Ilha. Tratamos logo de colocar os capacetes de segurança, e fomos conhecer o porto. George nos levou a parte de descarga do sal das barcaças, onde uma já estava em processo de finalização de descarga. O chefe dos eletricistas nos mostrou a área de ampliação do porto, que atualmente comporta duas barcaças pequenas e que com a ampliação conseguirá receber duas barcaças grandes. Em seguida fomos para o pátio de estocagem, onde todo o sal é estocado, enviado por uma esteira aos navios que atracam. Esta área também será ampliada a sua capacidade, passando de 100 mil toneladas para 150 mil. Com isso, a produção salineiro potiguar e brasileira, poderá concorrer de forma igualitária com o sal chileno.

Porto Ilha
Em seguida fomos conhecer as instalações internas, em que foi nos mostrado todo aparato de geração de energia, que sustenta às 24 horas por dia de funcionamento do Porto Ilha. Foi durante esta oportunidade, que nos foi revelado o segredo a conservação do porto. Ora: se uma imensa estrutura de aço esta erguida em meio oceano, e além disso, é um local de armazenamento de sal, por que será que ela não enferrujar? O segredo esta numa compensação elétrica, onde os catodos são direcionados por um aterramento, a um único ponto. Associa-se a isto, vários anodos de sacrifício, localizados abaixo da linha d’água, fixados nas estacas de aço. Seguimos com a visita até a passarela de 500 metros de comprimento, por onde passa a esteira que leva o sal para os porões dos navios. Uma estrutura que dava para observarmos o mar por baixo dos nossos pés, e que tinha uma linda vista para Porto do Mangue, e a praia de Ponta do Mel ao fundo. O navio que estava atracado recebendo o sal, e tinha capacidade para 35 toneladas, e estava na finalização do embarque do sal. Regressamos de volta para área de operações, onde acompanhamos ainda o início da operação de descarga de outra barcaça que havia chegado há pouco tempo. Os guindastes que retiravam o sal nos proporcionou um verdadeiro banho de sal grosso, par nos livrar de todo o mau olhado.

Graça realizando o plantio da muda
Nos despedirmos do George, e após a foto de registro do grupo, embarcamos novamente ao continente, em mais 2h:30 de barco. Ao chegarmos próximo a costa, agora com dia claro, foi possível ver as belas praias de Areia Branca, onde o sertão se encontra com o mar. A imensidão do branco das salinas, também era bastante perfectível durante a nossa chegada, com várias montanhas de sal. Desembarcamos no cais da CODERN, e seguimos novamente para o hotel Costa do Atlântico, onde realizamos o plantio de mais uma muda de sábia, pela “Campanha Trilhando o Verde”. Desta vez a missão ficou a cargo de Graça Cordeiro, que fazia sua estréia nas viagens do projeto GEOTRILHAS/RN. Após o plantio, exatamente às 10h:45 retornamos a Natal, levando consigo várias lembranças desta oportunidade para pouco, e apreciando as belezas das paisagens de Pontal do Mel,  que a noite nos tinha tirado.


LAJES/RN
Trilha Ecológica da Serra do Feiticeiro - ( 31/07/2010)
Chegada na comunidade Boa Vista
Após onze meses de termos visitado Lajes (a primeira oportunidade escalamos o Pico do Cabugi . Acompanhe em http://www.youtube.com/watch?v=nhgORmZR5lM&feature=fvw), e depois de três oportunidades marcadas, mas que infelizmente não concretizamos a viagem por motivos inexplicáveis, finalmente chegamos ao município na manha fria do dia 31 de julho. Desta vez, apenas cinco geotrilheiros toparam o novo desafio: O de conquistar a serra do Feiticeiro. Mas para isso, necessitávamos de um condutor com uma larga experiência no terreno. Para essa missão, nada melhor do que os nossos companheiros da Associação Trilheiros da Caatinga, uma associação formada por estudantes do curso de Segurança do Trabalho, do Núcleo de Educação à Distancia do IFRN em Lajes. 

Ao chegarmos em frente a igreja matriz da cidade, lá estava  o nosso grande amigo Leandro Souza, um dos membros dos Trilheiros da Caatinga. Ao colocarmos o papo em dia, e depois de irmos rapidamente à feira da cidade que se realizava naquele dia, tratamos de pegar um novo transporte para nos conduzir até a comunidade da Boa Vista, local onde estar localizada a serra. Num micro-ônibus gentilmente cedido pela secretária de educação municipal, a Srª Francisca Irene Martins, passamos por um bom trecho de estrada carroçal, e por inúmeras porteiras até chegar na comunidade. 

Chegamos na em Boa Vista, fomos logo para a Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição, local onde montamos a base de apoio para os dois dias de expedição na serra. A escola encontra-se desativada, não sendo mais realizadas aulas no local, devido a prefeitura de Lajes fornecer transporte escola para às crianças da comunidade, que vão estudar na sede do município. Então, em vez de alunos e professores, encontramos o Seu Luiz e a Dona Maria, que tomam conta do prédio, e dão apoio as pessoas que vem visitar a serra do Feiticeiro. 

Rumo à serra
Após termos descarregado os suprimentos, e termos admirado a imponência da cordilheira que estava a nossa frente, e também de quebra o Pico do Cabugi por trás da escola,  fomos logo trocar de roupa, para encarar o primeiro dia de caminhada, aproveitando o clima agradável na oportunidade. Sairmos com destino ao pé da serra, onde fomos em busca dos vestígios da antiga mineradora de propriedade de Raul Capitão, um dos personagens da história do município, pelos casos de desaparecimento de pessoas atribuídas a ele, segundo alguns moradores da região. Mas antes de chegar até esse local, andamos por cerca de 3 Km, onde o Leandro foi nos mostrando as belezas e curiosidade da caatinga. Eram inúmeras espécies de plantas, que tinham particularidades impares, principalmente propriedades medicinais, além da grande variedade de pássaros que habitam próximo a serra, indo de rolinhas, casaca-de-couro, joão-de-barro, periquitos, e até papagaios. Diante deste cenário, várias criações de caprinos eram encontradas pelo caminho, demonstrando a importância de atividade econômica na região. 

Uma outra coisa que nos chamou a atenção, foi o fato de haver uma área onde ocorreu um grande desmatamento, para a fabricação de lenha. Infelizmente, esta prática, segundo o condutor, era bem comum naquela região. Seguimos adiante, passando por um velho açude que não agüentou a pressão da água e acabou estourando, até encontramos no meio da caatinga, um típico vaqueiro do sertão. Era o Sr. Nivaldo que estava aboiando o seu gado. Ele nos alertou da possibilidade de encontramos cobras no local, pois o vaqueiro relatou que por é bastante comum a incidência de jararacas, cascavéis e cobra-de-viado naquela região. Seguimos com o cuidado redobrado, até chegarmos na porteira que dá acesso a área de mineração. 

Galeria de mineração
Ao chegarmos lá, encontramos ainda algumas edificações abandonadas, como galpões repletos de picaretas e outras ferramentas utilizadas na exploração de minério, o local do gerador de energia, e o lavatório do minério. Ainda havia um poço onde era feita a sondagem do mineral, além uma vasta quantidade de escoria decorrente da extração. Mas o mais interessante era a galeria de exploração. Dentro do túnel era possível ver os trilhos utilizados pelos mineiros para escoar o minério, e uma incidência de água dentro do túnel, provavelmente contaminada por mercúrio utilizado na exploração do minério, há tempo atrás. Não fomos adiante túnel adentro, devido a possibilidade de encontramos cobras dentro do mesmo, pois logo na entrada, foi detectado um ninho do animal com alguns ovos. A galeria ainda é explorada de forma irregular por alguns garimpeiros das comunidades, burlando a fiscalização tributária. 

Mané mago
Retornamos ao local da base, mas antes uma velha casa pelo caminho nos chamou a atenção, pelas lendas contadas pelos moradores da região. Segundo eles, a casa é tida como mau assobrada, sendo evitada a passagem por ela em determinadas horas da noite. Uma outra lenda desta construção é que nos fundos da casa existe uma “butija”. Segundo a cresça popular nordestina, a butija é um recipiente onde em seu interior há uma grande importância de valor, seja ela dinheiro ou metais preciosos como o ouro, que é revelada a uma pessoa por meio de um sonho. Mas para pegar a butija, é necessário que a pessoa que teve a premonição, enfrente uma entidade paranormal: Uma alma por exemplo. Fomos até a casa, não pela butija, mas sim pela arquitetura do lugar, lembrando as antigas casas dos colonos que habitavam a região. Para a nossa surpresa, encontramos no local um imenso Mané Mago (um inseto semelhantes a um pedaço de madeira ou graveto sendo um ótimo disfarce contra predadores), com cerca de 30 cm. 

Seguimos adiante, passando por mais uma parede de um açude, até chegarmos na residência da família Bernardino, onde matamos nossa sede, e conversamos algumas prosas, com o Seu José e Dona Maria Helena, e brincamos com o simpático Joaquim, neto dos anfitriões. Nos despedimos e retornamos a base, onde a Dona Maria já havia preparado o nosso almoço. 

Após a refeição e um bom banho, parte do grupo foi montar o acampamento, e a outra ficou conversando sobre curiosidades da serra e dos moradores do local, apreciando os raios solares do final da tarde que incidiam sob a serra, dando uma coloração única devido aos minérios que compõe sua estrutura, e  o belíssimo por do sol que se escondia por trás do Pico do Cabugi. Ao anoitecer, e após o jantar, foi exibida uma seção de documentários na base, inclusive de produção própria dos moradores de Lajes. Aproveitando ainda o silêncio da noite, e o belo céu estrelado do lugar, não faltaram histórias místicas sobre a serra, envolvendo aparições de OVINs, e de personagens do folclore nordestino como a caipora, o batatão, a Mãe de Pantanha, entre outros. Por volta das 23h:00, foi finalizado o primeiro dia de atividades.

Campanha Trilhando o Verde
O segundo dia de atividades começou logo cedo, por volta das 05h:00. Após termos apreciado o nascer do sol por trás da serra do Feiticeiro, e o café da manhã, realizamos o primeiro plantio da Campanha “Trilhando o Verde”. Na oportunidade, mais uma muda de sabiá foi plantada, desta vez por Erdevaldo, e o Leandro na entrada da escola. 

Ao término do plantio, seguimos novamente com destino a serra. Agora para subir os 490 metros até a Pedra do Anjo. Passamos novamente pelo mesmo caminho do dia anterior, até chegar no pé da serra, onde tivemos a grata surpresa de termos encontrado o Frederico e o Eudes, que também fazem parte dos Trilheiros da Caatinga. 

Antes da subida, realizamos um briefing para sabermos as orientações necessárias para uma boa trilha sem acidentes, pois a estrada que dar acesso ao alto da serra é toda de piçarro solto, muito fácil de haver um acidente, sendo necessário cuidado redobrado. Uma outra dificuldade que nos foi alertada, era o caso de alguém passar mal por causa do ar rarefeito. Com os cuidados redobrados seguimos o mesmo caminho que os romeiro e pagadores de promessa fazem quando vão até a capelinha no alto da serra. Notamos pelo caminho que existem várias árvores que possuíam pedras em seus galhos. Segundo os condutores, aquilo era a representação da fé dos fies, que acreditam que colocando uma pedra no galho, daria forças para alcançarem o local da capelinha. 

Pico do Cabugi visto da Serra do Feiticeiro
Em paralelo a nossa subida, estava o Pico do Cabugi, numa visão bem particular, onde estávamos nivelados com o velho vulcão. Mas para a direita estava a cidade de Lajes, numa calmaria que só era quebrada pelo sons dos pássaros da serra. Finalmente chegamos até o cruzeiro da Divina Santa Cruz, onde estar a capelinha. No inteiro dela encontramos diversas formas de expressão de fé, como fotos, roupas e partes do corpo humano feita de madeira, representando graças alcançadas, atribuída ao menino santo. Os condutores contaram sobre a história do menino José Alexandrino, que deu origem ao local. Fomos mais acima até chegar na Pedra do Anjo, local exato onde o corpo do menino foi encontrado. Na rocha estar um pequeno cruzeiro, e uma marca de como fosse um liquido que havia escorrido por ela , sendo considerado pelos moradores, o local onde o sangue do menino estava espalhado. 

Pedra do Anjo
Após termos visto  a Pedra do Anjo, seguimos serra acima, pela antiga estrada da mineradora, reabrindo a trilha, até um pequeno mirante com uma fabulosa vista para o Pico do Cabugi, e do restante da cordilheira. Mas ainda queríamos mais: Seguimos adiante mato a dentro, onde nenhum outro turista havia chegado. Fomos até os imensos paredões da serra, onde os raios solares incidem e dão uma coloração bem diferente. Mais a frente estaria a primeira “casa de pedra”, mas devido a pouca água que estávamos levando, e  a hora avançada, não decidimos seguir em frente. Retornamos novamente pelo mesmo caminho do dia anterior, para nos despedirmos da família Bernardino, e em seguida voltarmos a base para o plantio de segunda muda. 

Desta vez coube ao filho do Erdevaldo, o Átila Oliveira  - que fazia sua estréia no GEOTRILHAS/RN – juntamente com Joseph Eudes de plantarem mais um sabiá.  Responsabilidade ambiental cumprida, fomos para o almoço da despedida, onde se reunirão o GEOTRILHAS/RN, Trilheiros da Caatinga, e a família dos nossos anfitriões da escola. 

Ao término nos despedimos dos moradores da Boa Vista, e embarcamos todo o material dentro do micro-ônibus para retornarmos a Lajes, de onde desta vez nos despedirmos de Leandro e voltamos para Natal. A serra do Feiticeiro, nos deixou uma lição de que é possível fazer um ecoturismo sem luxo e sofisticação, aproveitando a simplicidade, e o acolhimento das pessoas que moram na região, para proporcionar um ambiente familiar e agradável, sendo como se fosse uma visita aos nossos parentes que moram no sítio. É interessante que também haja uma exploração turística de forma sustentável na serra, para que seja conservado o máximo das características, que só aquele lugar pode oferecer.  Parabéns a todos que fazem o passeio à serra do Feiticeiro um ponto de parada obrigatória para aqueles que procuram ecologia, história e cultura nas atividades de trilhas ecológicas.
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Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização da Trilha – Alta
Disponibilidade de Socorro Médico – Média
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onde ficar
Base do Acampamento na Escola Nossa Senhora da Conceição

Onder comer
Base do Acampamento na Escola Nossa Senhora da Conceição

Contatos para realização de trilha
Associação Trilheiro da Caatinga
Fones: 84 9938-0853 (Leandro) ou  84 9600-1659 (Eudes)
E-mail: trilheirosda caatinga@hotmail.com


VÍDEO DA TRILHA



SERRA DE SÃO BENTO/RN
Trilha Ecológica de Serra da São Bento - ( 04/06/2010).



A viagem com destino a Serra de São Bento ocorreu no dia 04 de junho, numa antecipação da data da final da Copa do Mundo de Futebol. Partimos pela BR-226 até Tangará, de onde seguimos por uma estrada estadual passando pelos municípios de São José do Campestre e Passa e Fica, até chegarmos a estrada que dar acesso ao município de Serra de São Bento.

Numa estrada que estreita, e com muitas curvas e remendos no asfalto, subimos a serra, tendo uma vista privilegiada do Agreste Potiguar na subida, em especial, a Pedra da Boca do lado de quem sobe a serra. aO Chegarmos na praça central, por volta das 07h:30, encontramos com o nosso guia – Joãozinho Felisberto – para determinar as prioridades do dia. Após decidir o roteiro, seguimos com destino ao Alto da União, para o primeiro desafio.

Chegando ao local, organizamos os equipamento necessários para a subida, bem como, realizamos um alongamento prévio antes de encarar a subida. De início passamos por uma área de pasto até atingir o pé da serra, onde apresentou-se uma escalada um pouco inclinada num primeiro momento, sendo necessário o uso de um calçado com um mínimo de aderência, para garantir uma subida segura. O que nos impressionava durante o trajeto, era o tamanho dos cristais de granitos que formavam aquela serra, parecendo que a rocha foi formada pelo um imenso traço de concreto despejado naquele local. A grande presença de coroas de frades pelo caminho, contrastava com o fundo da cordilheira que forma o Planalto da Borborema, formando um bela paisagem. Mas ainda não tínhamos atingido nem se que a metade do Alto da União. Quando chegamos exatamente na metade, o forte e agradável vento que soprava em nossas direções, nos dava uma sensação de poder voar.

A nossa frente estava a Pedra do Eco, onde era possível ouvirmos as nossas vozes, que batiam no paredão de rocha, e voltava. Ao lado da Pedra do Eco, observamos o que seria o próximo alvo da viagem (a Loca das Almas), que nos aguardava após a descida do Alto. Seguimos em frente, onde presenciamos algumas pichações feitas pelos freqüentadores do lugar, em que o guia Joãozinho as classificou como “figuras burrestres”, que representam a falta de educação e conscientização de meia dúzia de idiotas que não sabem respeitar a natureza.

Ao andamos por mais alguns estantes, onde finalmente atingimos o cume do Alto da União, onde lá se encontra um cruzeiro que, segundo o guia, seria a representação da união dos moradores do município que os construiu. O local é freqüentados por fiéis que vão pagar promessas de graças alcançadas. Lá do alto é possível ver a cidade de Serra de São Bento, Araruna/PB, e outras cidades do Agreste Potiguar. É também o visitante observar de outro ângulo, o Parque Estadual da Pedra da Boca, em que as formações do mesmo são todas visíveis daquele Alto.

Após um explanação feito pelo guia sobre a história do município, e curiosidades, além de algumas sessões de fotos do grupo, seguimos para a Loca das Almas, passando antes ao lado da Pedra da Trouxa, que leva esse nome pelo seu formato ser semelhante a uma trouxa de roupas.

Ao chegarmos na propriedade do Seu Hélio Carolino – local onde esta a loca – o mesmo nos acompanhou até o interior da loca, onde foi possível passarmos por estreitos corredores repletos de morcegos , até atingir o salão principal. Ainda na loca, foi possível observamos uma forma de fragmentação da rocha, que segundo os geólogos que nos acompanhavam, estava havendo um processo semelhante, ao mesmo que teria sido sofrido a Pedra da Boca no processo que originou a abertura do orifício que caracteriza a rocha. Uma dúvida cercava o grupo: Por que o local era conhecido por Loca das Almas? Segundo Joãozinho, e confirmado por Seu Hélio Carolino, que também é professor de História da rede pública de ensino local, ela possui esse nome, ao fato de que antigamente no município havia um coronel que detinha o poder na cidade, em que quando sofria algum tipo de ponderação, ou represália daqueles que ousavam lhe enfrentar, mandava seus jagunços eliminarem seus opositores, e fazer a “desova” naquele local, onde até pouco tempo, era possível achar alguns restos mortais.

Ao final da visita na Loca das Almas, Seu Hélio Carolino nos convidou a fazer uma visita a propriedade de seu pai, o Sr. Geraldo Carolino, onde encontramos um tanque natural encravado na rocha em forma de cuia, com uma profundidade com cerca de 2 metros, onde armazena águas das chuvas. Ainda na propriedade passamos pelo Açude do Estado, que é o cartão de entrada da cidade, possuindo uma infra-estrutura bem acolhedora paras os turistas. Retornamos a casa sede da propriedade, onde o grupo tirou uma foto com o Seu Hélio e sua mãe, dona Cícera Carolino, que nos recebeu muito bem.

Seguimos para o centro da cidade, com destino ao Restaurante Camarões da Serra, onde o almoço com os cumprimentos do Chef Alexandre, nos aguardava. Após uma refeição a base de carne de sol, frango, e é lógico, camarão, seguimos para o mirante da cidade, para descansarmos um pouco, apreciando a bela paisagem do Agreste Potiguar.

Após refeitos, seguimos com destino a um sítio na zona rural do município, onde uma tirolesa contemplativa , com 300 metros de extensão, nos aguardava. Mas que infelizmente, a atividade teve que ser cancelada, pois a tirolesa havia quebrando na véspera de nossa chegada ao município. Com a adrenalina frustrada, seguimos para a cidade, onde realizamos mais um plantio de muda, parte da Campanha Trilhando o Verde, que o GEOTRILHAS/RN esta desenvolvendo nos municípios visitados. O local escolhido foi uma praça no bairro onde reside o Joãozinho, onde ele e o geotrilheiro Ângelo Roncalle – aniversariante da semana – plantaram aos pés de um estátua do Frei Damião, mais uma muda de sabiá. Doação do Grupo Escoteiro do Mar Artífices Náuticos de Natal. Com a nossa responsabilidade ambiental em dia, nos despedimos do Joãozinho, e da cidade de Serra de São Bento, que demonstrou ser uma cidade bastante acolhedora, e possuidora de uma imensa beleza serrana, que merece ser conhecida pelos potiguares, não só na época do Festival de Inverno, mas sim em todos os dias do ano.

GEOTRILHAS/RN ENCARA RAPEL NO PARQUE NACIONAL DA PEDRA DA BOCA
 

Durante a descida da Serra de São Bento, com a Pedra da Boca ao nossa lado, surgiu a idéia de aproveitar a proximidade, para visitar umas das maiores figuras que nós encontramos em um ano de projeto: O Seu Tico. “O Cara!” como é mais conhecido, foi eleito no ano de 2009 pelos membros do projeto, como o melhor guia do ano. Ao chegarmos em sua propriedade, que possui no quintal a imensa Pedra da Boca, Seu Tico como sempre nos recebeu de braços abertos, onde foi possível batermos um bom papo.

Só que dentro de nós havia um vazio que não foi preenchido em Serra de São Bento, que foi o momento radical. É daí que surge para salvar a pátria do GEOTRILHAS/RN, o Instrutor de Rapel Júlio Castelliano, que conduziu o grupo para fazer um rapel de 60 metros na Pedra da Caveira. Foi uma oportunidade muito interessante para aqueles que ainda não tinham tido a oportunidade de realizarem um rapel na vida. Após a termos nos equipados com todos os acessórios de segurança, e termos adquirido podas as instruções do Júlio, partimos para a descida da rocha.

No alto dela era possível visualizar todo o parque, lá dos seus 60 metros de altura. A primeira dupla a fazer a descida foi Ângelo e Lázaro, a segunda foi o casal Eline e Jonatas, a terceira Suerda e o estreante no GEOTRILHAS/RN, Prof. Eduardo. Daí em diante, aos que ainda tiveram coragem, foram feitas outras descida de costas e de frente (a mais emocionante).

Após a sessão de adrenalina, nos despedimos de Júlio, e do Seu Tico, e regressamos com destino à Natal com a sensação da realização de mais uma aventura cumprida.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Média
Disponibilidade de Socorro Médico – Média
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde ficar
Pousada São Bento
Fone: 84 3289 - 0161

Onder comer
Restaurante Camarão da Serra
Fone: 84 3289 - 0161

Contatos para realização de trilha
Joãozinho Felisberto
Fones: 84 3289 - 0128 OU 84 3289 -0061 (Prefeitura Municipal)
E-mail: joao_felisberto@yahoo.com.br

VÍDEO DA TRILHA


FLORÂNIA/RN
Trilha Eco-Cultural de Florânia - (29/05/2010).



A viagem com destino a Florânia teve início com a concentração do grupo nas primeiras horas da manhã, no município de Macaíba, em que definimos as coordenadas do nosso rumo. Ao chegarmos na cidade de Florânia, após passar pelos municípios que beiram a BR 226, tratamos logo de entrar em contato com o nosso guia – J. Júnior – que além de guia é ator e radialista, apresentador do Programa Manha 87, da Rádio IBIAPINA FM, que anima as manhãs dos floranenses. Ele estava acompanhado do estudante de turismo Felipe Costa, que nos acompanhou durante os dois dias de atividades. Após a foto oficial da chagada do grupo na cidade (tirada em frente aos Palácio das Flores) seguimos com destino ao local da nossa hospedagem situado no alto do Santuário de Nossa Senhora das Graças. Um local sagrado para a população local, encravado no alto de uma serra que, possui uma linda vista de toda a região de Florânia, inclusive, também da cordilheira que forma o Planalto da Borborema. O santuário possui em sua subida, uma estrada que leva as doze estações da via sacra, utilizada para a encenação da Paixão de Cristo durante a semana santa. Ainda possui duas capelas, sendo uma destinada a devoção da Santa Menina, e a outra pára a santa que dar nome ao santuário. Ambas de grande valor espiritual para toda a população do Seridó.

Ao ficarmos devidamente alojados, no confortável alojamento do santuário destinadosaos romeiros que peregrinam no local, voltamos para o largo da igreja matriz, de onde iniciamos as atividades no município. Neste momento, foi integrado ao nosso grupo o professor de história Josimar Tavares, que foi responsável por nos conduzir por um City Tour pelo centro histórico da cidade, mostrando os prédios e ruas históricas, aproveitando para ministrar uma grandiosa aula de História sobre a cidade. Em seguida o Prof. Josimar nos levou a um passeio cultural pela feira livre que acontecia naquele dia na cidade. O passeio teve início pelo interior do mercado público, onde nos chamou a atenção, a exposição de trabalhos escolares sobre prevenção as drogas, feitos por alunos da rede pública de educação nas paredes do prédio. Seguimos a diante pelo meio das barracas da feira, onde visitamos a banca de mangaio, das ervas e raízes medicinais, frutas e vestuário. Todas com sua significação cultural, e expressão dos costumes do povo da região.

Após a visita a feira, seguimos pelas ruas históricas do município até chegar na Casa de Cultura Popular, para nos aprofundar ainda mais sobre a história local. Numa ambiente onde encontramos vários objetos que pertenciam às tradicionais famílias locais, e do padre Estanislau Piechel, uns dos personagens mais importantes da cidade. Durante a visitação obtivermos várias informações sobre a fundação da cidade, e a grande influência dos europeus na história local, presentes na cultura da cidade, inclusive com uma comunidade onde vivem seus ascendentes, como portugueses e ciganos espanhóis. Ainda durante a visita a Casa de Cultura, o grupo GEOTRILHAS/RN disponibilizou por meio do Prof. Darlington Farias, uma doação de mais de 50 livros para o projeto de leitura nas comunidades rurais idealizado e coordenado pelo Prof. Josimar Tavares.

Ao termino da visita, fomos com destino a Churrascaria Esperança para realizarmos o almoço do primeiro dia. Durante uma refeição regada de uma gasta variedade de churrasco, o grupo definiu, junto com J. Júnior, a programação da parte da tarde. O roteiro escolhido foi uma visita a serra da Caridade, localizada na zona rural, entre os municípios de Florânia e Caicó.

Com o intuito de pouparmos nos carros, alugamos um “Pau-de-Arara” (transporte muito comum no interior do Nordeste, que realiza o transporte dos moradores da zona rural para a cidade em dias de feira e datas comemorativas) para conduzir o grupo pelas péssimas estradas que levam a este local. Durante o percurso passamos por uma região cercada de serras, sendo um verdadeiro laboratório ao ar livre para a prática de aulas de Geologia, devido a grande presença de minerais pelo terreno, que vai de quartzo, ouro e até urânio, entre outros. Ao chegarmos na serra da Caridade, o grupo foi conduzido pelo guia Evaldo, que se disponibilizou em nos acompanhar. Seguimos numa trilha fechada serra acima até encontrar as primeiras figuras rupestres esculpidas em baixo revelo nas rochas. As figuras continham expressões que não eram bem perceptíveis quanto ao seu significado, mas eram detentoras de uma beleza ímpar. No caminho para a caverna da serra, encontramos um objeto metálico estranho entre as rochas, que suspeitamos tratar-se de uma mina explosiva desativada, devido a estudos realizados anteriormente na área pela Mineração MHAG de Jucurutu, como havia declarado os guias que nos acompanhavam. Com o cuidado redobrado seguimos em frente até o interior da caverna. Lá podemos observar uma imensidão de salões, onde era necessário várias lanternas para clarear o nosso caminho. Segundo Evaldo, a caverna da serra possui uma extensão em que ele em oportunidades anterior, não conseguiu ainda chegar ao seu fim. Como a nossa visita ao local foi feita no final da tarde, já escurecendo, o grupo decidiu, por medida de segurança não continuar caverna a dentro.

Retornamos para a sede do município já a noite, onde desembarcamos no largo da igreja, e seguimos para a churrascaria para jantar. Após a refeição, uma parte do grupo foi participar do bingo beneficente em pró da reforma da igreja do santíssimo sacramento, que acontecia naquela oportunidade. Já a outra parte seguiu para o santuário, onde foram se preparar para a apresentação cultural que seria realizada pelo Teatro J. Júnior, formada por estudantes das escolas públicas de Florânia.

Com a chegada da parte da equipe que estava no bingo, e mais alguns convidados, o grupo de teatro iniciou nua apresentação, denominada de a”A Criação”. O brilhante espetáculo mostra numa visão crítica, o dia-dia do sertanejo, que mesmo com as dificuldades nunca perde sua fé e esperança. Foram cerca de 45 minutos de apresentação do talentoso grupo, que tem a direção do nosso guia J. Júnior. Após o encerramento da apresentação do grupo, e do registro fotográfico, nos despedimos dos atores que voltaram para a cidade. Seguindo a parte cultural do GEOTRILHAS/RN, os geotrilheiros Jéssica e Jair realizaram um lual com voz e violão, aproveitando a belíssima lua cheio que nos contemplava naquela data. Após cerca de uma hora de apresentação, foi encerrada a programação do primeiro dia de atividades em Florânia.

No dia seguinte, após o café da manhã, seguimos para o largo da igreja, onde foi integrado ao grupo o professor e companheiro de Geografia Júnior Galdino, que conhecemos na noite anterior durante a apresentação teatral. Ele se disponibilizou para nos acompanhar no segundo dia de atividades. Aproveitamos os momentos que antecederam o início das atividades de Domingo, para lançarmos a Campanha Trilhando o Verde, mais uma iniciativa de Educação Ambiental desenvolvida pelo GEOTRILHAS/RN, que visa plantar uma árvore, que será adotada pelo guia em cada município visitado. Na oportunidade, J. Júnior e Eline Soares plantaram a primeira muda da campanha. A espécie escolhida foi um Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) considerada espécie endêmica do bioma Caatinga, Savana Estépica, que devido sua madeira ser bastante empregada para estacas, portas, mourões, dormentes, carvão e lenha – esta última empregada com muita freqüência pela industria cerâmica do Seridó – encontra-se em avançado estágio de extinsão.

Após feito o plantio da muda ao lado da prefeitura, seguimos mais uma vez num “Pau-de-Arara”, passando pela Capela de José Leão, até o início da trilha do Caboclo.
Depois de realizado o Briefing por Júnior Galdino, seguimos pela vegetação de caatinga, passando por vários riachos, que devido ao período de estiagem que a região sofria até então, estavam todos secos. Pelo percurso notamos às várias camadas que o solo dispunha, sendo reveladas pela erosão das águas dos riachos. Uma grande presença de minerais de quartzo era possível de serem vistas pelo percurso até a cruz do caboclo. Segue a lenda que um índio após várias horas de caminhada pela caatinga, havia encontrado o riacho para se matar sua sede e se refrescar. Ao fazer isso, o caboclo sofreu um choque térmico e veio a falecer. No local onde tombou morto, a população encravou um cruz, onde alguns devotos, ao passar por ela, derramam um pouco d’água em sua homenagem. Seguimos a diante até encontrar a cachoeira dos Tanques, que infelizmente estava seca, pelos motivos antes descritos. Mas em compensação, nos foi relevado toda a formação rochosa que fica encoberta pelo manto de água. Foi possível escalarmos a formação, até chegar no alto, que nos revelou uma caverna no meio da queda d’água e um linda vista das serras e vales do alto da cachoeira. Retornamos fazendo um pente fino na trilha, recolhendo o lixo deixado por outros visitantes, até ao ponto onde ficou o “pau-de-arara”.

De lá seguimos até a comunidade do Cajueiro, localizado no alto da serra da Garganta, passando por um povoado constituído por vários descendentes de portugueses. Ao chegarmos a comunidade do Cajueiro, fomos fazer uma visita a uma árvore conhecida na região como “Pau Oco”. Um Tombaril, espécie de Baobá, com mais de 400 anos de idade. Lá podemos tirar várias fotos, e além de tentarmos fazer um abraço simbólico na árvore, mas infelizmente os maribondos não permitiram.
Fomos adiante até o Mirante de Piquita, onde, na minha opinião, encontramos a vista mais sensacional do Rio Grande do Norte. Uma paisagem que contempla quase todo o estado, sendo possível observarmos o Pico do Cabugi, serra Branca em São Rafael, serra de Santana, o lago da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, além das serras que formam boa parte das formações do Médio Oeste Potiguar. Foi sem dúvida o local ideal para batermos a foto de encerramento da viagem, sendo parte das comemorações do Dia do Geógrafo.

Retornamos a cidade para almoçar, e se despedir dos nossos guias, que abrilhantaram bastante a nossa visita. Também fomos até a casa paroquial agradecer a hospitalidade que o Padre Carlos nos deu durante a nossa visita, mas infelizmente não se encontrava no local, pois tinha saído a poucos instantes para celebrar uma missa em Tenente Laurentino. De toda forma, seguem nossos singelos agradecimentos ao Padre Carlos, ao guias J. Júnior, Felipe Costa, Evaldo, Prof. Josimar, Prof. Júnior Galdino e toda a população desta maravilhosa cidade, que sabe receber com muita hospitalidade e calor humano.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Média
Disponibilidade de Socorro Médico – Média
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde ficar
Pousada Florânia


Onder comer
Churrascaria Esperança
Fone: 84 343 - 52436

Contatos para realização de trilha
J.Júnior
Fone: 84 34335 - 2422 OU 9904 - 0581

VÍDEOS DA TRILHA





BAIA FORMOSA/RN 
Trilha Ecológica da Mata Estrela - (02/05/2010).




Iniciamos a nossa viagem para Baía Formosa partindo de Parnamirim por volta das 06h:00, seguindo pela BR-101. Ao passarmos pelo município de Goianinha, o grupo efetuou uma parada para compra de mantimentos, haja vista, no dia anterior o comércio estava fechado devido ao Dia do Trabalho. Logo após as compras no supermercado e na feira livre, retornamos o nosso itinerário até chegar no entroncamento da BR-101, com a RN-269, de onde seguimos para Baía Formosa.

Ao entramos na estrada, logo aparece em nossas vistas o imensidão dos canaviais daquela região, contrastando com as poucas fazendas existentes ali. Passamos pela entrada principal da Mata Estrela, mas ela não era o nosso destino. Seguimos até a sede do município, onde encontramos uma pacata cidade, que associa a atividade pesqueira, com a turística, retratada pelo movimento de ônibus repletos de turistas.

Após pedir algumas informações, chegamos finalmente a Pousada Farol Eco Adventure, onde o proprietário, Seu Elder, já nos aguardava, juntamente com o guia responsável pela condução do grupo, o Seu Geraldo. Fomos conhecer rapidamente o interior da pousada, que realmente tem a ver com a palavra "Eco" em seu nome. Com uma estrutura rústica de muito bom gosto, a Pousada Farol Eco Adventure possui uma magnífica vista para o mar, de onde dar para ver todo o movimento da praia de Baía Formosa.

Depois de todo o grupo ter tirado algumas fotos do local, finalmente seguimos com destino a Mata Estrela, numa trilha que inicia dentro da zona urbana, e vai até uma área onde anteriormente havia uma imenso canavial, restando hoje apenas uma grande área descampada. Avistamos em nossa frente a Mata Estrela, com sua imponência representada pelas espécies de árvores características da Mata Atlântica. Entramos mata a dentro, onde logo sentimos a dificuldade de andar por um pequeno trecho de dunas, que sacrificou o grupo no primeiro momento.

Na medida que caminhávamos, o terreno ficava cada vez mais plano, facilitando a nossa incursão, que ficava ainda mais agradável, devido a sombra das árvores. Era possível ouvimos o cantarolar das aves enquanto caminhávamos, em busca da lagoa de Araraquara (Coca-Cola), mas para chegar até ela, deveríamos passar bom outras pelo caminho. E assim foi, passando por várias lagoas de diferentes nomes e tamanhos. Cada uma delas com uma estória própria, narradas pelo Seu Geraldo, que animava a nossa caminhada. Havia pontos que era necessário atravessar as lagoas com água acima da cintura, reservada ao trilheiros mais aventureiros. Em um trecho de mata extremamente fechada, foi possível conhecer várias espécies árvore de grande porte, inclusive, ter a oportunidade de presenciar vários Paus Brasil, acreditando ser da época da colônia. Pelo porte era possível compreender a tamanha obsessão dos franceses em contrabandear o produto.

Após passar por esse trecho, finalmente chegamos a lagoa de Araraquara, onde conhecemos a famosa lagoa de águas escuras, que originou o seu apelido do famoso refrigerante. O grupo se deliciou com as águas mornas da lagoa, ideal para relaxar os músculos que já estavam fadigados devido a grande caminhada. Num momento de recreação, foi possível observar o quanto a lagoa atrai turísticas, que vinham de buggys, a pé e de biciletas.

Recarregadas as energias seguimos o caminho de volta para a cidade, aproveitando para fazer um coleta do lixo que encontrávamos pelo caminho. Parecia que não íamos chegar ao ponto de partida, pois o cansaço era visível no semblante de todos. foi necessário realizar uma outra parada, antes de chegar ao campo aberto. Lá, parecia que havia uma distância infinita da cidade, pois o calor do meio-dia castigava ainda mais o pessoal. Chegamos finalmente na área urbana, até chegar na pousada, de onde nos despedimos de Seu Geraldo, e fomos nos preparar para o almoço.

Após um relaxante banho na cascata da pousada, e devidamente compostos, nos despedimos de Seu Elder, e sua esposa, que nos acolheram muito bem. Seguimos até o Restaurante Maresol, onde o almoço nos aguardava. Num ambiente simples e mas acolhedor, realizamos nossa generosa refeição a um preço muito bom. O Restaurante Maresol oferece aos seus clientes um variado self service, com diferentes tipos, e em boa quantidade de carnes.

Ao término do almoço, fomos com destino a orla marítima, de onde partimos a beira mar até o Farol de Bacopari, de onde tiramos várias fotos da paisagem, que mas parecia uma pintura desenhada por Deus. Retornamos pelo mesmo itinerário, aproveitando para fazer uma limpeza na praia, de onde conseguimos recolher meio saco de lixo. Terminada o dever com o meio ambiente, seguimos com destino a Natal levando consigo várias lembranças de Baía Formosa, entendendo o verdadeiro significado de seu nome.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização da Trilha – Boa
Disponibilidade de Socorro Médico – Boa
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde ficar
Pousada Farol Eco Adventure
Fone: 084 3244-2028 ou 084 9104-7391

Onder comer
Restaurante Maresol
Fone: 084 9157-7588

Contatos para realização de trilha
Elder
Fone: 084 9104-7391

CONFIRA O VÍDEO DA TRILHA



BREJO DA MADRE DE DEUS/PE
Trilha Eco-Cultural de Brejo da Madre de Deus - ( 26/03/2010)




Numa viagem que durou cerca de oito horas, atravessando todo o Estado da Paraíba, e pelo pólo têxtil de Pernambuco, com direito a um congestionamento de dimensões gigantescas na BR-104, que liga as cidades de Caruaru/PE a Campina Grande/PB, o Grupo GEOTRILHAS/RN, chegou finalmente a cidade de Brejo da Madre de Deus.

Procurando garantir a nossa presença no espetáculo "Paixão de Cristo 2010", tratamos logo de seguir para o Distrito de Fazenda Nova, local da cidade teatro de Nova Jerusalém. Ao chegar no referido destino, o grupo tirou a foto de registro da chegada ao município, e adquiriu os ingressos para a apresentação horas mais tarde. Em seguida, partimos para a sede do município, onde tratamos logo de nos alojar na Pousada Sossego.

Após descarregar toda a bagagem, seguimos até o centro da cidade para almoçar no restaurante Pé da Serra, um self service em pleno centro histórico de Brejo da Madre de Deus. Aproveitando a oportunidade, entramos em contato com o nosso guia Heraldo (que além de guia é, também, escalador), para tratarmos de todos os detalhes das atividades que seriam realizadas no dia seguinte. Ao acertarmos, seguimos novamente para a pousada, onde o grupo iniciou os preparativos para o espetáculo "Paixão de Cristo 2010".

Partimos com destino a Nova Jerusalém por volta das 17h:00 da sexta-feira. Ao chegarmos no local do evento, o grupo foi saudado pela Rádio da Paixão, que cobria todo o evento, fato que deixou os integrantes do grupo bastantes surpresos. O espetáculo teve início por volta das 18h:15, onde acompanhamos as performances dos atores Eriberto Leão (Jesus), Mauro Mendonça (Herodes), Suzana Vieira (Maria) e Paulo César Grande (Pílatos), além de grande elenco de talentosíssimos atores da Sociedade Teatral de Fazenda Nova. Fazendo uma analise sobre a atuação de alguns atores, vale registrar que Eriberto Leão e Paulo César Grande foram merecedores de destaque positivo, como também, outros tantos da Sociedade Teatral - em especial o ator que interpretou Judas - que mesmo não tendo o "apradrinhamento" de uma grande emissora de TV, mostraram suas qualidades artísticas aos presentes no primeiro dia do espetáculo, chegando em momentos de atuação de serem muito superiores a alguns tido como "Globais". Pena que eles não tem seu talento reconhecido a altura pelos próprios nordestinos, que no final da apresentação, aplaudiram-los muito timidamente, ao contrario dos artistas nacionalmente conhecidos.

Após o final do espetáculo, o grupo se dirigiu até o pátio externo, para jantar na praça de alimentação, e comprar algumas lembranças na feira de artesanato, além de curtirem o show do forrozeiro Novinho da Paraíba. Em seguida, voltamos para a cidade de Brejo da Madre de Deus, afim de dar por encerradas as atividades do primeiro dia.

No sábado, após um café da manha bastante reforçado, aguardamos a chegada do guia Heraldo, com o transporte que nós levaria para as atividades daquele dia. Quando o "Toyotão" (veículo Toyota Bandeirantes com chassis alongado. Adaptação típica na região, que foi pioneira nesse tipo de serviço mecânico) chegou, conhecemos o seu simpático motorista e proprietário, o Seu Robertinho do Acordeon, que além de "toyoteiro", é também, cantor e compositor de forró.

Após todos devidamente embarcados, seguimos com destino a Mata do Bitury (Amazônia Pernambucana), que é conhecida com sendo a mata mais alta do Nordeste. Durante todo o translado do grupo, conhecemos o trabalho de Seu Robertinho, que nos animava com suas músicas que tocavam no CD Player do "Toyotão". No caminho, passamos pelo povoado de Cavalo Russo, em que o nosso guia fez alguns questionamentos aos moradores da comunidade sobre a origem do nome do local, mas ninguém soube responder. Chegamos finalmente a Mata do Bitury, em que realizamos a primeira trilha, passando por uma área de fechada, com muito verde e um micro-clima bastante agradável. No local existe várias árvores centenárias de grande porte, como o ingá mambé, e espécimes de orquídeas, além de alguns córregos perenes com água limpa e cristalina. Realizamos uma parada num local destinado aos aventureiros que gostam de acampar, próximo ao córrego. Logo após, seguimos em frente até o local de reencontro com Seu Robertinho.

De lá, ele nos levou até um local onde havia um antigo engenho com sua Casagrande, e uma velha casa de farinha, com os seus maquinários tradicionais ainda presentes. Depois de alguns registros fotográficos, fomos em busca da Cachoeira de São Francisco, passando por um caminho repleto de fruteiras, como pitombeiras, jaqueiras, bananeiras, goiabeiras e cajazeiras, onde o grupo fez a festa colhendo várias frutas. Seguimos a pé por alguns momentos até chegar a cachoeira, em que recarregamos nossas energias, e refletimos sobre a beleza do lugar. Em seguida, fomos com destino a Serra da Prata, em busca do mirante, que dava uma visão privilegiada de toda a região, e da Serra do Ponto, local mais alto de Pernambuco. O cenário estava espetacular, com as nuvens muito baixas, dando uma impressão que nós estávamos no topo do céu.

Após algumas fotos, regressamos a cidade, fazendo uma rápida visita a feira livre de Brejo da Madre de Deus, antes de irmos até a Pousada Sossego, onde um saboroso almoço nos aguardava, aos cuidados de Nilda e sua equipe de cozinheiras. Ao término da refeição, embarcamos novamente no "Toyotão" e seguimos para o sítio arqueológico da Furna do estrago, que ao chegar lá, o guia Heraldo nos explicou a importância que o local tinha para com os estudos da arqueologia do Nordeste e Brasil, em que vários esqueletos humanos foram retirados do sítio, e levados para estudos na Capital pernambucana e outros centros do Brasil, além de uma universidade norte-americana. Existem alguns exemplares no museu da cidade, mas infelizmente, no período da nossa visita, ele se encontrava em reformas. O local exato da escavação arqueológica nos foi apresentado. Trata-se de um abrigo, onde estima-se que haja mais fosseis, como também, objetos pré-históricos. As figuras rupestres também estavam presentes no local, que nos foi apresentadas, como também, algumas curiosidades da vida daqueles que habitavam o local anteriormente.

Retornamos a pousada no final da tarde, onde nos despedimos de Heraldo e, do bom de braço, Seu Robertinho, finalizando as atividades de trilha do segundo dia. A noite, após o jantar na pousada, decidimos deixá-la livre, em que parte do grupo seguiu novamente para Nova Jerusalém, com o propósito de adquirir mais algumas lembranças, e curtir o show do pátio externo naquela noite. A outra parte do grupo fez uma visita ao centro histórico da cidade, que é caracterizada pelos traços da arquitetura portuguesa. Prosando uma boa conversa na pracinha, os demais integrantes analisaram as atividades do grupo até aquele momento, retornando logo após para a pousada, e finalizando definitivamente as atividades do segundo dia.

No terceiro e último dia, após o café da manhã, e as bagagens devidamente postas nos carros, seguimos com destino ao Distrito de Fazenda Nova, para conhecer o Parque das Esculturas. Um local onde estão cerca de 36 esculturas em granito, chegando a medir mais de 5 metros, todas esculpidas pelos artistas de Fazenda Nova. As esculturas expressão o cotidiano do sertanejo, como o lavrador, a rendeira, a rezadeira, o cangaceiro, e expressões da cultura nordestina, como o bumba meu boi, os grupos de forró, e as carrancas do São Francisco.

Após termos visitado todo o parque, nos despedimos de Brejo da Madre de Deus, levando consigo de volta para o Rio Grande do Norte, muitas lembranças deste lugar. Um verdadeiro paraíso para esportes radicais, expressões culturais e artísticas, além de um excelente local para descansar, curtido as belezas das imponentes serra, e o clima agradabilíssimo.

Ainda sobrou tempo para um rápida parada no município de Toritama/PE, para realizarmos algumas compras, naquela que é conhecida regionalmente, assim como Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, como a terra da sulanca. Aproveitamos algumas promoções nas lojas de confecção, e logo após, seguindo de volta para Natal, tendo mais uma parada em Queimadas/PB para almoço no Restaurante Cozinha Regional Portuguesa.
Abastecidos os automóveis e os tripulantes, seguimos definitivamente a Capital potiguar, chegando por volta das 19h:00.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Boa
Disponibilidade de Socorro Médico – Boa
Apoio Logístico - Boa

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer e Ficar
Pousada Sossego
Fone: 081 9945-9339 ou 081 3747-1043

Contatos para realização de trilha
Heraldo - Guia
Fone: 081 9643-2972

Vídeos da Trilha

Parte 1



Parte 2



PORTALEGRE E MARTINS/RN
Circuito Serrano Potiguar - (15/01/2010).



Nossa chegada ao município de Portalegre ocorreu por volta das 10h:00 da manhã do dia 15 de janeiro, após sairmos de Natal por volta das 04h:30, cruzando a Região Central do estado e descendo pelo Alto Oeste Potiguar.

Ao chegarmos na cidade fomos logo fazer contato com o nosso guia – Neto – que já estava na praça central nos aguardando. Foi realizada uma breve preleção antes do início das atividades, onde foram discutidos os pontos a serem visitados pela cidade, e outras recomendações pertinentes ao bom andamento das atividades. Ao final da preleção, o grupo posou para a foto oficial da chegada, em frente a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Em seguida fomos até o Hotel Portalegre (uma pequena e simples pousada familiar), onde aos cuidados de Dona Elma, realizamos a nossas acomodações. Logo após, descemos a serra com destino a Cachoeira do Pinga, uma queda d’água com 30 metros de altura, onde se forma uma pequena piscina natural, e duas bicas artificiais, cerca das de muito verde. Tomamos um gostoso e gelado banho para espantar o sono da cansativa viagem, e darmos prosseguimento as atividades.

Depois do banho de cachoeira, subimos novamente a serra com destino a pousada, para trocarmos de roupa e seguir para o almoço, que foi realizado no Restaurante Pão Nosso, no centro da cidade. A equipe do restaurante comandada pela proprietária – Dona Maria Pereira, a Lília – tinha preparado uma bela mesa para nos recepcionar. A disposição dos pratos, copos, talheres e guardanapos nos chamou bastante a atenção pela excelente organização, a altura dos melhores restaurantes da capital. Somando-se a isso, os pratos servidos, que variaram entre um gostoso creme de galinha, e grelhados de filé de carne com queijo, devidamente servidos com um delicioso feijão tropeiro, arroz solto, macarrão parafuso e salada.

Ao final do almoço retornamos para a pousada, onde ficou acertado que retomaríamos as atividades a partir das 14h:00. Chegando ao horário combinado, seguimos até o Hotel Portal da Serra para conhecer suas instalações. O hotel foi construído inspirado na arquitetura européia, situado bem próximo ao desfiladeiro da serra, que proporciona uma bela vista das serras. O hotel possui piscina, salão de festas, de jogos, biblioteca, além de uma loja de artesanato, que foi bastante visitada pelos integrantes do grupo. Logo após, fomos até o mirante mais famosos da cidade – o Mirante da Boa Vista – onde podemos relaxar apreciando a bela paisagem, e registrar várias fotos.

Dando continuidade, fomos até o Terminal Turístico da Bica, em que conhecemos a nascente da Cachoeira do Pinga, e a tradicional Bica de Portalegre, onde até hoje vários moradores da cidade ainda tomam banho por lá. O local é bastante bonito, com muitas flores e rosas. Logo após, fomos até o centro histórico da cidade conhecer um pouco mais da história do loca. Forma visitadas a Câmara e Cadeia Pública da cidade, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, e a praça da cidade.

Seguimos de volta para a pousada para higiene pessoal, e em seguida, regressamos ao Restaurante Pão Nosso, para o jantar a base de pizzas, sanduíches e tapiocas. Retornamos ao Terminal Turístico da Bica, para um gostoso banho de bica, antes de nos recolhermos definitivamente a pousada, dando por encerradas as atividades do primeiro dia do circuito.

Ao amanhecer, logo após do café, o grupo se reuniu na praça central para darmos início as trilas da Pedra do Letreiro e das Torres. Seguimos a pé com destino a zona rural, onde quando chegamos, nos deparamos com um macaco prego que brincava em sua casa da árvore. Fizemos uma parada na casa de farinha, localizada na entrada da trilha para as primeiras recomendações sobre as trilhas.

Prosseguimos adiante, onde passamos por uma área repleta de cajueiros, jaqueiras e do rico bioma das serras. Infelizmente passamos por uma área devastada para o plantio da mandioca, que deve ser observada com cuidado pelo poder público, para não degradar ainda mais o local. Continuamos até chegarmos a bifurcação das trilhas, em que escolhemos primeiramente fazer a Trilha da Pedra do Letreiro, passando a beira do precipício, onde o vento das serras se encarregou de moldá-los, formando uma belíssima paisagem com as serras ao fundo.

Ao chegarmos no local, entramos em duplas ao interior da caverna, em que podemos observar vários desenhos esculpidos em baixo relevo. Enquanto isso, no lado de fora, o restante do grupo que aguardava entrar na caverna, tiravam lindas fotos da paisagem.

Seguimos em frente para a Trilha das Torres, voltando pelo caminho anterior. A trilha possui uma maior dificuldade devido ao irregularidade do terreno, mas que vale a pena, pois chegando no alto, podemos observar as cidades de Viçosa e Brejo do Cruz, numa paisagem indescritível. Fomos ainda até abaixo das rochas, que formar as duas torres, onde tiramos mais algumas fotos. Voltamos com destino a cidade, onde fomos direto para a pousada para higiene pessoal e arrumar a bagagem para seguirmos viagem para o município de Martins. Encerramos as atividades em Portalegre por volta das 11H:00, horário exato da descida da serra rumo a Martins.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Baixa
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Baixa
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer
Restaurante Pão Nosso
Fone: 84 3377-2113 8866-1153 ou 8866-1150

Onde ficar
Pousada Portalegre
Fone: 84

Contatos para realização de trilha
Francisco Neto - Guia
Fone: 084 9983-1219

Confira o vídeo da trilha




TRILHA DA CASA DE PEDRA (Martins/RN)



MARTINS/RN



O nosso grupo deu início a subida da serra de Martins por volta das 12H:30, vindo de Portalegre. Ao vencermos as curvas da serra, com os carros bastantes pesados, seguirmos direto para a Pousada Martinense, onde fomos logo tratar de almoçar. Aos cuidados da simpática proprietária da pousada – Dona Socorro – que preparou um divino almoço para o nosso grupo, arrancando elogios de todos, não deixando faltar nada.

Logo após, seguimos tratamos logo de nos alojar nas dependências da pousada. Com aposentos de primeira qualidade dotados de suítes com TV, além de frigobar em cada corredor, e uma varada voltada para o jardim, a Pousada Martinense deixou o grupo bastante satisfeito. Após devidamente acomodados, tratamos de entrar em contato com o guia contratado para fazer o guiamento do grupo durante as atividades na cidade.

Infelizmente o profissional contratado, se é que podemos chamar de profissional uma pessoa que não honra com seus compromissos firmados, se aproveitando da situação para extorquir mais dinheiro do grupo , numa atitude anti-profissional, e acima de tudo anti-ética, fato que prejudica a imagem turística do município. Por intermédio de Dona Socorro e Sousa do Mirante do Canto, fizemos contato com um guia chamado de Darildo, o qual foi acertado o guiamento do pessoal de uma forma justa, mostrando extremo profissionalismo, além de ter dado um show no guiamento da Trilha da Casa de Pedra, que será abordado mais adiante.

Após a contratação do novo guia, fomos até a casa de uma das novas amigas do GEOTRILHAS/RN, Tereza Rochelli, que a partir de então, fez o papel de guia durante o restante do dia. Ela foi encarregada de nos orientar durante toda a tarde. Visitamos os mirantes do Canto e da Carranca, no dois extremos da cidade. O primeiro possui bastante verde e vários objetos que decorram todo o jardim, e a vista do Médio Oeste Potiguar. Já o outro, possui uma vista das cidades do Alto Oeste , em especial do município de Lucrecia , logo abaixo do mirante. Ao termino da visita aos mirantes, escolhemos o Mirante do canto para ser o local da comemoração do aniversário de um ano da criação do grupo, ficando marcado paras as 20H:30.

No horário combinado, seguimos para o mirante, onde jantamos e comemoramos o aniversário do grupo. Após um breve discurso de um dos diretores do grupo – Lázaro Freire – que lembrou o inicio da criação do grupo, o objetivo do “Projeto Trilhas Para o Desenvolvimento”, além de lembrar os aniversariantes do mês de janeiro, a Profª. Nubelia Moreira, professora orientadora do projeto, e Juliano Faheina, integrante do grupo, os quais não poderão participar das atividades do Circuito Serrano Potiguar. E Rita de Cássia, que estava presente nas atividades. Ao término dos parabéns, o bolo foi cortado, e o três primeiros pedaços foram distribuídos aos pioneiros do grupo, que estavam presentes na primeira trilha realizada a um ano atrás, no Parque das Dunas em Natal/RN. Foram eles Eline Soares, Davi Lima, Kathiuscia Fernandes e Lázaro Freire. Fechando a noite, já na Pousada Martinense, uma boa conversa entre o grupo, regado a um pouco de vinho, ficando uma boa expectativa para as atividades do dia seguinte.

O dia 17 de janeiro começa muito bem, com um café da manhã bastante reforçado na Pousada Martinense, para os trilheiros agüentarem o tranco da Trilha da Casa de Pedra. A concentração para trilha foi feita em frente a igreja matriz de Martins, de onde seguirmos de carro até o início da trilha, próximo ao Mirante do Canto. Enfrentamos num primeiro momento um percurso de descida acentuada, pelo um caminho com bastante pedras soltas, nos obrigando a ter muito cuidado. Escorregões a parte, a descida até a Casa de Pedra foi bastante prazerosa, na medida que a paisagem em volta era belíssima, e o sol ainda não tinha saído. Ao chegarmos na Casa de Pedra, tratamos logo de conhecer o seu interior.

Nos surpreendeu a forma de como é bem o interior da rocha parece realmente com o interior de uma casa. As formações de calcário, também é bastante impressionante, pela forma que as duas extremidades principais da rocha querem se unirem. Percorremos o interior da casa, por corredores escuros repletos de morcegos, até chegarmos ao quintal da casa. Um local repleto de mármore, onde fizemos uma escala nas rochas mais altas, para tirar ótimas fotos. Fizemos uma breve parada para recarregar as energias e enfrentar a serra acima.

A volta ao topo foi bastante sofrida, devido ao terreno íngreme, e o sol que apareceu de vez, castigando o grupo. Algumas pessoas tiveram que ter uma atenção especial, devido ao forte desgaste, provocando um atraso no grupo, mas necessário para o sucesso do término da trilha. A base de banana, cocorote, rapadura batida e muita água, chegamos finalmente ao final da trilha, apreciando mais uma vez a bela paisagem, recompensando tanto esforço. Retornamos a pousada para higiene pessoal, e em seguida, fomos até o Hotel Serrano para o almoço, de onde partimos com destino de volta a Natal.

O Circuito Serrano Potiguar vai nos deixar saudades, por toda a beleza contidas entre as serras potiguares do Alto Oeste. É sem dúvida alguma, um convite para retornamos em um futuro próximo, para novas aventuras.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Altissima
Localização da Trilha – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer e Ficar
Pousada Martinense
Fone: 84 33912-424 ou 8846-1552

Contatos para realização de trilha
Darildo - Guia
Fone: 084 9968-0254 ou 8838-6371

Vídeo da Trilha



SÍTIO NOVO/RN
Trilha do Castelo Labirinto de Zé dos Montes - (28/11/2009)






A viagem com destino a Sitio Novo ocorreu no último dia 28 de novembro de 2009, e contou com a participação de doze associados, dentre os quais alunos e servidores do IFRN, e convidados, acompanhado por suas famílias. O ponto de partida ocorreu de fronte ao IFRN EM Natal/RN, onde foi esclarecidos as primeiras informações com respeito ao nosso destino. Em seguida, os três veículos partiram em direção a cidade de Tangará, local de nossa parada para reabastecer nossas forças.

A viajem se deu pela BR-304, até a rotatória onde pegamos nosso destino a cidade de Tangará/RN. Após isso, continuamos, e em direção a sudoeste ma BR-226 e pegamos a primeira à direita na RN-093, onde seguimos por 18 km até a cidade de Sitio Novo.

Chegando ao local, tratamos logo de fazer contato com o Guia, que para nossa supressa teve que se ausentar da cidade para resolver problemas de cunha pessoal. Nos restou decidir o que seria ser feito para que nossa trilha não desse errado. Decidimos então, procurar a trilha do Castelo do Sr. Zé do monte por nossa conta e risco. E após o almoço, seguir viajem para a cidade de Passa e fica, para realizamos uma trilha na Pedra da Boca. Pegamos informações com respeito a como chegar ao castelo e seguimos viajem em busca dele. Seguirmos por uma estradinha que deu em uma barragem onde foi preciso atravessá-la por cima.

Após essa primeira dificuldade, descobrimos uma maior ainda. Subir a serra, uma serra super íngreme, onde foi preciso subir na primeira macha do carro, a ponto do pneu do carro derrapar. Pois bem, após esse desafio, pedimos mais algumas informações a populares que encontrávamos no caminho. Chegamos ao Castelo, onde encontramos a porteira fechada. Ângelo, encarregado da trilha, precisou passar por entre a cerca para encontrar alguém que pudesse abrir a tal porteira. Ele seguiu até a uma casa construída em cima de uma alta rocha, onde descobrimos, ser a morado do Sr. Zé do Monte. Senhor, simpático e desconfiado. Ele nos deus a primeiras informações com respeito ao local. E logo depois, tiramos a primeira foto do grupo em frente ao castelo. Seguimos para desvendar os mistério do castelo. Iríamos assoalhar sozinho, pois o velho senhor Zé do monte não tinha mas condições de nos guiar por entre as paredes do velhos castelo, por ele construído.

Mas para nossa supressa, seu filho acabara de chegar da cidade e nos prontificou a ser nosso guia. Adentramos por entres uma escadarias onde nos levou até o salão principal. Logo em frente foi nos apresentado a velha capela, onde o castelo foi construído em volta. Em seguida, seguimos pelo corredor do lado esquerdo da capela onde foi nos mostrado várias salas e ante-salas do castelo. Pegamos mas algumas escadarias, que nos levava cada vez mais para os andares superiores. Subimos em direção a torre principal, onde foi nos mostrado toda a beleza da caatinga do local.
Após a visita ao castelo, descemos novamente a serra e seguimos em direção a cidade para almoçarmos. Logo após, viajamos para a cidade de Passa e Fica, divisa entre o RN e a PB. Local mais próximo a Boca da Pedra.

Chegando lá, não encontramos o Sr. Tico, guia local e já conhecido do geotrilhas. Pedimos para o seu filho ligar para ele, e ver se seria possível eles nos guiar. Na mesma hora ele ligou e deixou claro a vontade do Sr Tico de nos levar. No mesmo instante ele deu meia volta de onde ele estava e voltou para seu sitio.

Nesse meio tempo algumas pessoas resolveram realizar um rappel em um paredão de 60m. Rappel esse que ficou acertado para o final da trilha, quando estivéssemos descendo. Em pouco tempo estávamos seguindo na famosa trilha da Boca de Pedra. Como sempre seu Tico foi super simpático e agradável com todos nos. Dava informações sobre a fauna e flora local. E ajudava os que precisavam na dura subida da Pedra. Já próximo a Boca, foi preciso realizar por todos, um pequeno rappel. Pois esse, era a única maneira possível de adentrar na Boca. Chegando ao destino final, ficamos deslumbrado com tanta beleza. O local parecia mais um território de outro planeta. Imagens pode comprovar tal mágica era a Boca da Pedra.

Descendo, algumas pessoas tomaram destino em direção a casa principal de seu Tico, outros cinco, ficaram para descer de Rappel, foram eles, Ângelo, Luara, Barão Suzana, e Halysson. Todos que desceram adoraram tal aventura. E disseram que fora muito gratificante e mágico. Logo após isso, nos reunimos e nos despedimos do seu Tico. E nos prontificamos em voltar mais vezes para realizar as outras trilhas do local. Em Seguida seguimos uma tranqüila viajem de volta a Cidade de Natal.


Raio-X

Nível de Dificuldade – Baixa
Localização do castelo – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer
Bar e Restaurante da Adélia
Fone: 84 3252-0071

Contatos para realização de trilha
Secretário de Turismo de Sítio Novo/RN - Wagner Brasil
Fone: 084 3252-4061

Video da Trilha



SERRA NEGRA DO NORTE/RN
Trilha Eco-Cultural de Serra Negra do Norte - (31/10/2009).





Partimos com destino a Serra Negra do Norte no dia 31 de outubro, por volta das 05h:00, num comboio composto por seis automóveis com trinta e duas pessoas. A nossa aventura começou quando no retorno que dar acesso ao município de São Fernando e Serra Negra do Norte, um dos carros teve um pneu furado, mas foi logo solucionado o problema com a união de todos os participantes, que de alguma forma ajudaram, desde a sinalização da via, como também da troca do pneu, ficando a altura de uma equipe de ponta da F-1.
O horário de chegada ao destino foi por volta das 09h:30, na Casa de Cultura Oswaldo Lamartine no centro da cidade, onde fomos recepcionados pelo nosso guia, Wiston Teixeira, e nossa companheira de GEOTRILHAS residente na cidade, Rita de Cássia. Em seguida fomos conduzidos ao interior do auditório da Casa de Cultura, em que tivemos a grata satisfação da presença do prefeito da cidade Rogério Mariz, que fez questão de recepcionar pessoalmente o grupo. Na ocasião, o prefeito falou da satisfação da presença do grupo no município, além de falar de algumas obras e programas realizados no município com o intuito do bem estar da população serranegrense. Dando continuidade a programação, o guia Wiston Teixeira fez uma breve introdução da história do município, respondendo as perguntas que vinham dos participantes. Em seguida, houve a apresentação do Poeta Valdemar de Araújo, poeta local, que recitou o poema “Serra Negra do Norte – Emancipação política”, que retrata a história da formação do município e sua importância para com a Região do Seridó e Rio Grande do Norte. Logo após o Prof. Valdemar fez uma surpresa ao grupo, quando recitou um poema intitulado “Caçadores de Cultura”, feito especialmente para o GEOTRILHAS, o qual ficamos bastante felizes com a consideração. Em seguida, aconteceu a apresentação do grupo teatral Entre Choros e Risos, com a pela intitulada “África: sonhos e desejos”, vencedora de um evento ligado ao teatro no município de São Gonçalo do Amarante nos anos de 2007 e 2008.
A peça retratou os conflitos em decorrência da miséria existentes na África, que não ficaram muito distantes da realidade de alguns municípios do sertão nordestino a bem pouco tempo atrás. O grupo teatral foi bastante feliz com sua performance, demonstrando grande talento que arrancou muitos aplausos de todos que compunham a platéia do auditório da Casa de Cultura. Continuando com a nossa programação, visitamos na própria Casa de Cultura, uma área destinada ao artesanato local, representado pelas modalidades de artesanato de renda, feitas pelo Clube de Mães do município, peças em mosaico de cerâmica, peças talhadas em madeira, doces caseiros e quadros em pintura à óleo. Finalizando a visita a Casa de Cultura, conhecemos o acervo do museu composto por peças pessoais de grandes personalidades do município, como do ex-governador Juvenal Lamartine, e de seu filho, o sertanista Oswaldo Lamartine, que leva o nome da Casa de Cultura, além de vários outros filhos ilustres. No museu ainda encontramos vários animais empalhados, que representam a fauna local, que vai desde insetos, anfíbios, repteis, aves e mamíferos.
A jornada histórica é continuada com uma visita a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, onde fomos recebidos pelo companheiro geógrafo o Padre Everaldo, e os guias da igreja Lindomar Júnior e Prof. Moacyr dos Santos, outro geógrafo o nosso caminho, que ficou encarregado de conduzir o grupo a uma verdadeira viagem histórica pelo município, tendo o altar da igreja como palco da apresentação. Com sua capacidade de atrair a atenção de todos por sua simplicidade e sua forma divertida de se comunicar conosco, o Prof. Moacyr discorreu por toda a historia, tanto de Serra Negra do Norte, como também da Igreja de Nossa Senhora do Ó. A parte sacra foi complementada com a visita ao museu Monsenhor João Agripino Dantas, localizado na própria igreja, em que contém peças que testemunham os 228 anos da igreja. Após a realização da programação da manhã, fizemos deslocamento para o local da hospedagem, na Chácara Nova Vida, um hotel fazenda dotado de muito verde, animais e equipamentos de lazer. Um excelente lugar para descansar. Ao nos hospedarmos, e após o almoço, retornamos ao centro da cidade, mais precisamente na praça Senador Dinarte Mariz, onde conhecemos mais um pouco da história local, descobrindo o que os prédios históricos tinham a oferecer. dali partimos com destino a zona rural para conhecermos o processo de produção artesanal do queijo manteiga na fazenda Rolinha. Ao chegarmos lá, fomos recepcionados pelo proprietário da fazenda, o Senhor Bruno de Faria, que mostrou como é feito o queijo manteiga, desde a desnatação do leite, até o cozimento. Foram respondidas algumas perguntas do grupo, quanto ao queijo, e em seguida fomos convidados a participar de um café oferecido por Seu Bruno na sede da fazenda, numa belíssima mesa posta aos moldes dos tradicionais cafés do Seridó, onde provamos do queijo da Rolinha. Ainda conhecemos os currais e o açude da fazenda, apreciando a lua que dava seu ar da graça na ocasião. Regressamos ao hotel fazenda antes de seguir novamente com destino ao centro da cidade, onde estava-nos aguardando o jantar na lanchonete Múltipla Escolha, em que provamos das suas principais especialidades.
Ao término do jantar voltamos ao hotel fazenda onde uma parte resolveu descansar, enquanto outra seguiu com destino ao Ibiúna Clube para participar da Festa do Reencontro, animada pela Banda Los Manos. Na ocasião foram tocadas musicas de bolero e flash back dos anos 60, 70 e 80. Uma bela festa que reuniu várias pessoas da sociedade serranegrense.
Na manhã do dia primeiro de novembro, após o café da manhã, o grupo se encontrou com o Grupo Ecológico Amigos da Natureza, para realizarmos a Trilha Ecológica da Serra Negra, uma trilha composta por áreas de vegetação de caatinga, e trechos de subidas bastante íngremes. Devido ao sol escaldante do verão do Seridó, onde estava marcando na ocasião cerca de 37ºC, a água era o objeto de maior valor na trilha, sendo necessário fazer um racionamento. Foi uma trilha bastante desgastante, fato que ocasionou bastante paradas durante o percurso para reagrupar o grupo, além de reidratar e alimenta-se, a base de frutas e rapadura para recarregar as energias. Após uma hora e meia de caminhada, chegamos ao topo da serra, onde fomos presenteados com uma bela paisagem do Seridó com suas serras, tendo a cidade de Serra Negra do Norte, como plano de fundo.
Sem dúvida foi um ótimo local para se tirar fotografias inestimável beleza. O grupo se reunião com os nossos colaboradores, que nos acompanharam durante a trilha para a foto oficial com a bandeira do município presente na fotografia.
Regressamos ao hotel fazenda, onde logo após o almoço retornamos para Natal, com a satisfação de um maravilhoso final de semana repleto de história, cultura e aventura, além de novas amizades desse povo tão acolhedor e atencioso as pessoas que recebem, essas características típicas do povo de Serra Negra do Norte.
A todos eles o nosso grande obrigado!

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização do Parque – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Médio
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar kit de primeiros socorros;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar trilha com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer
Lanchonete Múltipla Escolha
Fone: 84 3426-2176

Onde ficar
Hotel Fazenda Chácara Nova Vida
Fone: 84 3426-2346


Contatos para realização de trilha
Wiston Teixeira
Fone: 084 3426-2120


Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com

Vídeo da Trilha
Parte 1



Parte 2



MATARACA/PB
Trilha dos Manguezais e da Lagoa Encantada - (27/09/2009).






Barra de Camaratuba - Mataraca/PB
A viagem com destino a Barra de Camaratuba ocorreu no último dia 27 de setembro de 2009, e contou com a participação de nove associados, dentre os quais alunos e servidores do IFRN, e policiais militares do Rio Grande do Norte, acompanhado por suas famílias. O ponto de partida ocorreu na Praça João Paulo II em Parnamirim/RN, onde foi registrada a primeira fotografia da expedição. Em seguida, os dois veículos partiram em direção ao Sul, com destino ao estado da Paraíba pela BR-101 até chegar ao entroncamento com a PB-065, que dar acesso ao município de Mataraca/PB, de onde pegamos mais um trecho de 4 km numa estrada de barro, passando por canaviais e pastos, além do extra-ordinário Parque Eólico do Vale dos Ventos, o qual se perde da vista a quantidade de torres, até chegar a praia de Barra de Camaratuba.

Chegando ao local, tratamos logo de fazer contato com o Sr. Francisco, gerente da pousada Porto das Ondas, para combinar todo o apoio logístico necessário a nossa estádia em Barra de Camaratuba. Logo após, também fizemos contato com o nosso guia local Antônio, também conhecido por “Toinho”, foi quando recebemos as primeiras orientações para o início da aventura. Saímos da pousada, passando pela igreja de São Pedro e pela ONG S.O.S. Caranguejo Uçá - responsável pelo Parque Estadual do Caranguejo Uçá, até chegarmos a um mercadinho para adquirir aprovisionamentos necessários para a trilha. Em seguida entramos no parque até a boca da barra do Rio Camaratuba, onde encontramos o capitão Sérgio, responsável pelo transporte do grupo até o interior do mangue.

O grupo foi dividido em duas frações com o intuito da navegação do barco se torna mais segura. Sendo assim, o primeiro grupo fez deslocamento ao mangue,num percurso bastante bonito, em que logo de cara vimos a tribo dos índios potiguaras, na outra margem do rio. Ainda foi possível contemplar as belas paisagens do bioma de mangue, com sua riqueza de espécies vegetais e animais, esta última, com inúmeras espécies marinhas, principalmente caranguejos. Chegamos ao ponto de desembarque após 20 minutos de navegação, ficando num local aguardando o restante do grupo para iniciarmos a Trilha dos Manguezais. Após uma breve caminhada por dentro do mangue, para sermos literalmente batizados com a lama típica do local, e com a chegada do segundo grupo, iniciamos a trilha, passando por lugares onde a água chegava ao nível do peito, alternando com trechos de bastante lama. Fomos nem ritmo em que todos pudessem ficar agrupados até chegarmos a área de transição, para a restinga, onde encontramos alguns riachos com águas cristalinas de propriedades minerais.

Realizamos uma pequena parada com o propósito de degustar um lanche a base de frutas, cocorotes e rapadura batida. Em seguida tomamos um rápido banho em um dos riachos para aliviar o quantidade de sal no corpo. Daí então, reiniciamos a caminhada, agora em busca da Lagoa Encantada, na reserva indígena dos Potiguaras, enfrentando trechos de terrenos bastante arenosos, cercados por árvores de médio porte e roças de subsistência dos índios. Uma coisa que nos chamou a atenção, foi o fato de existirem algumas carvoeiras ilegais dentro da reserva, que cortam as árvores do tabuleiro para fabricarem carvão. Seguimos em frente até chegar numa área de descida íngreme em trecho de dunas, que serviu de impulso para chegarmos até a lagoa Encantada. Ao encontramos a lagoa, tratamos logo de tomar um belo banho energético em suas águas mornais e cristalinas, de onde era possível observamos vários cardumes de peixes em nossa volta.

Retornamos pelo mesmo caminho até o encontramos a estrada que levava até a tribo dos índios Potiguaras, onde chagando lá conhecemos alguns moradores que permitiram a nossa entrada nas ocas, aproveitando para nos apresentar algumas belas peças de seu artesanato. Mas uma surpresa ainda nós aguardava no local. Enquanto tirávamos algumas fotos com os adereços do índios, á que surge na margem do Rio Camaratuba um peixe-boi-marinho. Foi um verdadeiro presente que a natureza nos deu. Foi realmente para coroar a nossa visita a Barra de Camaratuba.

Em seguida, pegamos novamente o barco até a outra margem do rio, de onde partimos de volta para a pousada Porto das Ondas, onde estava a nossa espera um divino almoço a base de peixe, onde o grupo conheceu os requintes da cozinha mataraquense. Ao termino do almoço o grupo se dividiu na pousada entre o salão de jogos, piscina, praia e os quartos, até o horário das 16h:30 quando partimos mais uma vez até a boca da barra para fazer o registro da foto de despedida, seguindo posteriormente a caminho de Natal, contemplando um dos mais belos pôr-do-sol já vistos nas nossas viagens.

Para finalizar, gostaríamos de deixar aqui registrados os nossos sinceros agradecimentos a todos os nossos colaboradores de Barra de Camaratuba, pelo excelente serviço prestado. E em especial, a Francisco, Nildo e todos os funcionários da pousada Porto das Ondas pela excelente recepcionalidade e atenção a todos nós do GEOTRILHAS.

A todos eles o nosso grande obrigado!
Raio-X


Nível de Dificuldade – Médio
Localização do Parque – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Usar calçados tipo tênis ou botas e sandálias para a parte do mangue;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar kit de primeiros socorros;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer
Pousada Porto das Ondas
Fone: 83 3297-7029

Onde ficar
Pousada Porto das Ondas
Fone: 83 3297-7029


Contatos para realização de trilha
Antônio
Fone: 083 9114-1207


Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com

Vídeo da Trilha


LAJES E ANGICOS/RN
Trilha Ecológica do  Pico do Cabugi - (29/08/2009).




A viagem para o Pico do Cabugi provocou uma acentuada evasão dos muitos participantes cativos do grupo, devido ao temor de acidentes, como os ocorridos recentemente no local. Desta vez o GEOTRILHAS chegou com apenas um números de sete participantes, onde muitos tiveram a oportiunidade de fazerem sua estreia no grupo.

De início , ao chegarmos em Lajes fizemos logo contato com o nosso guia local - Canindé Barros,que nos surpreendeu pela sua dedicação em divulgar o potencial turístico da cidade. Canindé é membro de um grupo ecológico local, e também, vereador pelo Partido dos Trabalhadores, que mesmo sendo possuindo esse cargo no poder legislativo, continua a exercer seu trabalho de guia no Pico do Cabugi, justificando pelo amor que possui pela natureza. Prosseguindo, fomos conhecer diversos pontos da cidade de lajes, que possuem potencial turístico para serem explorados, como a antiga estação ferroviária (abandonada), o prédio da prefeitura, o clube União Caixeiral, a Casa de Cultura (detentora de uma boa estrutura, principalmente no auditório), o centro comercial com seus prédios históricos, o mercado público, e a igreja matriz.Ao termino desse roteiro pela cidade, seguimos com destino ao Parque Estadual do Pico do Cabugi, onde de longe já notamos sua grande imponência. Por todo o percurso tivemos uma grande dificuldade por causa das irregularidades do terreno, ao ponto de pararmos por duas vezes para descansar.

Constatamos que infelizmente muitos visitantes ainda teimam em degradar o patrimônio natural com inscrições nas arvores, e nas rochas, além de não recolherem o lixo produzido em suas escaladas. O nosso grupo aproveitou a a oportunidade para fazer uma coleta do lixo durante o percurso de volta.

Mas voltando a escalada, ao chegarmos na base do pico, organizamos a subida de forma que todos fossem perfilados um ao lado do outro, com o propósito de evita possíveis acidentes. Chegando no trecho da trilha final, antes de atingirmos o cume do pico, redobramos o cuidado devido ao estreito espaço existente a parede do pico e o penhasco, além do cascalho solto e escorregadio, e mais, a probabilidade de ataque de abelhas. Contudo, tivemos o beneficio de aproveitar as correntes de ar que insidiam do lado oeste do pico, fato que aliviou o forte calor do meio-dia, hora que chegamos finalmente ao ponto mais alto do Pico do Cabugi, em que contemplamos a fantástica vista do alto de toda a região, e onde foi registrada a foto da conquista do grupo, tendo como testemunha o pavilhão nacional.

Iniciamos a descida sem nenhum problema até chegarmos a propriedade do senhor Raimundo Gurgel, onde nos reidratamos com bastante água, antes de seguir viagem e volta ao município de Lajes, onde foi realizado o almoço de confraternização, na churrascaria O Patuense, já por volta das 14h:00. Na oportunidade, degustamos o prato típico da região, o bode, acompanhado de vários outros tipos de carne.

Em seguida o GEOTRILHAS fez uma rápida reunião com alguns representantes dos cursos de Turismo e Segurança do Trabalho, do Núcleo de Ensino Avançado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, localizado no município. Forma debatidos assuntos ligados a divulgação do núcleo e principalmente, o grande potencial turistico da cidade de encontra-se adormecido.

O Objetivo da reunião foi encontrar medidas capazes de alavancar todo esse potencial para trazer desevolvimento econômico para cidade. Foram sugeridas algumas medidas de médio e longo prazo, além do comprometimento do vereador Canindé Barros de buscar alternativas que viabilizem esse tipo de desenvolvimento perante ao poder legislativo. Ficou também certo que o grupo GEOTRILHAS irá aprofundar melhor o estudo sobre a questão, em parceria com os representantes dos cursos, para podermos viabilizar tais ambições, e a expectativa de voltar ao município no mês de novembro, para realização da Trilha da Serra do Feiticeiro, com o intuito de fazer um olhar mais crítico e analítico do objeto a ser pesquisado.

Sairmos com destino a Natal realizados pela conquista do cume do Pico do Cabugi, levando consigo as mais belas imagens do topo e, também, a esperança de poder ajudar aos nossos companheiros de Lajes a buscarem o tão aguardado desenvolvimento turísticos da cidade, para que a economia local posa ser mais incrementada, possibilitando emprego e renda para seus moradores.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alto
Localização do Parque – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com bstante água;
- Levar kit de primeiros socorros;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do guia.

Onde comer
Churrascaria O Patuense
Fone: 84 9965-0220

Onde ficar
Pousada Cabugi
Fone: 84 3532-2126 / 3532-2544


Contatos para realização de trilha

Canindé Barros
Fone: O84 3532-2090 / 9911-0240
e-mail: caninderocha2009@gmail.com

Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com

Vídeo da Trilha



BANANEIRAS E AREIA/PB
Circuito do Brejo Paraibano - (01/08/2009).



O grupo GEOTRILHAS fez deslocamento ao estado da Paraíba nos dias 01 e 02 de agosto de 2009 com destino as duas cidades que compõem o circuito com um total de vinte e oito participantes das mais variadas classes e profissões. O primeiro destino da viagem foi à cidade de Bananeiras, onde nos surpreendeu a estrada que da acesso a cidade pela quantidade de curvas na subida da serra e a paisagem repleta pés de banana, associando logo ao porquê do nome da cidade. Chegando ao marco zero da cidade – A Igreja Nossa Senhora do Livramento – já tivemos logo de cara uma idéia da baixa temperatura da região, em que pela hora que chegamos (por voltas das 11h: 00), o clima estava bem agradável. Do alto do mirante da igreja tivemos uma bela vista de toda cidade, que por sinal se mostrou muito bonita em todos os aspectos. Lá foi o nosso primeiro contato com o nosso guia: Joilson Custódio e sua equipe, onde tivemos os primeiros encaminhamentos para realização da trilha.

Em seguida fomos com destino ao distrito de Angelim para dar início a Trilha do Roncador. Ao chegarmos, realizamos um breve alongamento para enfrentar os 15 Km de trilha por uma paisagem belíssima com muito verde e o clima do vale. Nossa primeira parada foi nas ruínas de um antigo engenho composto pela casa grande, à capela, em que por sinal destacava-se o seu altar com um alto grau de conservação, e as ruínas da casa de engenho, restando apenas algumas paredes e a chaminé. Continuamos a trilha passando por pomares dentro das propriedades rurais até chegarmos a uma casa de farinha em atividade no percurso. De lá fomos com destino até a Gruta dos Morcegos (um antigo túnel ferroviário desativado com uma extensão de aproximadamente 400 metros e repleta de morcegos). Em seguida partirmos até chegar ao ponto principal da trilha a - Cachoeira do Roncador – um cenário paradisíaco com uma queda d’água com 20 metros de água cristalina, em que foi inevitável não tomar um bom banho para recarregar as energias necessárias para encarar a subida íngreme de volta.

O trecho de volta é um pouco complicado devido ao terreno bastante acidentado, exigindo dos participantes um pouco de preparo físico para enfrentar a subida do vale, até chegar à parte plana onde daí por diante não há nenhuma dificuldade.

O que nos chamou a atenção na trilha foi, além das belas paisagens, a simpatia das pessoas que residem nas proximidades da Trilha do Roncador, que sempre nos cumprimentavam ao passar do grupo.

Finalizamos a visita a Bananeiras com um almoço na Pousada Estação Antiga, antes de seguir viagem com destino ao município de Areia. Saímos de Bananeiras com ótimas recordações e, sem dúvida alguma, com o melhor banho de cachoeira de nossas vidas, além do agradecimento pela atenção de todos os nossos colaboradores.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ruim
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Levar lanche de fácil disgetão;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores,lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer
Pousada e Restaurante Estação Antiga
Fone: 83 3367-1339

Onde ficar
Pousada e Restaurante Estação Antiga
Fone: 83 3367-1339

Contatos para realização de trilha
Joilson Custódio
Fone: O83 9141-0312
e-mail: jocavn_pb@hotmail.com

Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com

Vídeo da Trilha
Parte 1



Areia/PB



A nossa partida para Areia foi ainda na noite do dia 01 de agosto. Após enfrentamos um trecho de forte nevoeiro, que foi do retorno da cidade de Remigio até Areia, chegamos ao local da hospedagem, que foi na Casa de Hóspedes do campus da UFPB, aos cuidados de Sr. Everaldo de Oliveira. Após devidamente alojados fomos até o centro da cidade conhecer um pouco da noite da cidade.

Chegando lá, ficamos encantados pela beleza do centro histórico com seus casarões e fachadas num estado de conservação magnífico, parecendo que o tempo parou naquela cidade, características estas que estendesse ao comércio local, com uma decoração bem tradicional. Conhecemos o irreverente Bar do Chifre, a galeria de artes do SEBRAE, e uma boa cafeteria onde servem ótimas opções de drinks à base de café, opção ideal para enfrentar o frio de 15° C que marcava o termômetro da praça central.

Pela manhã, após o café servido pontualmente as 06h: 00, na casa de hóspedes, fizemos uma rápida visita as dependências do campus da UFPB até a chagada da nossa guia – Luciana Balbino, que nos conduziu até o Parque Estadual da Mata de Pau Ferro, para realizarmos a Trilha do Cumbe, uma trilha em que se caracteriza pela grande quantidade de espécimes de arvores, como o próprio pau ferro e a macaíba, além das plantas venenosas e ornamentais, mas que não oferecia risco algum ao grupo.

O ponto final da nossa trilha foi até a bica de onde regressamos a pé pela PB-079 até a Associação “Mão na Arte”, onde conhecemos alguns produtos artesanais fabricados pelas associadas, e também, foi o local onde a nossa guia apresentou um estudo realizado por ela que abordou o trabalho feito pelas associadas, que rendeu a Luciana apresentações em eventos sociais em outros estados do Brasil.

Saímos da comunidade indo direto para o sítio do Sr. Marinaldo. Localizado dentro do terreno da UFPB, em que tivemos a oportunidade de conhecer os bambus gigantes de Areia, em que nos surpreendeu pelo tamanho. De lá fomos até o Engenho Triunfo, onde é feita a cachaça de mesmo nome. Ao chegarmos fomos logo recepcionados pela simpática Maria Júlia (proprietária) que contou como foi o surgimento do engenho, e como é feita a cachaça, assim como o trabalho social desenvolvido com os seus empregados. Em seguida convidou o grupo para uma degustar as mais diversas variedades da cachaça produzida pela Triunfo, e outros drinks preparados a base da bebida. Após a o grupo ter se municiado com vários produtos comprados na lojinha da Triunfo, nos despedimos de nossos anfitriões e fomos com destino a Churrascaria Castello para almoçar.

Ao chegarmos ao local o ambiente já estava todo preparado para receber o grupo de 29 pessoas, aos cuidados do proprietário, seu Castello e equipe de funcionários, que nos serviram uma farta e magnífica refeição com uma excelente diversificação de pratos como carne de sol, bode, galinha caipira, peixe e costela, além dos vários tipos de acompanhamento.

Logo após fomos conhecer o acervo do Museu da Rapadura composto por vários artigos domésticos na casa grande, onde chama a atenção pelo bom estado de conservação dos objetos e pela disposição dos cômodos da casa, mantendo as mesmas características do passado. Também fomos à parte destinada a produção do engenho, onde encontramos os instrumentos usados para a moenda da cana-de-açúcar, que vai da época do descobrimento do Brasil, até a adoção das primeiras tecnologias após a Revolução Industrial para o setor canavieiro, englobando a produção de açúcar, cachaça e rapadura.

Após a visita ao Museu da Rapadura seguimos para a última parte da visita, onde fomos conhecer a parte cultural do centro histórico da cidade. Conhecemos a Casa de Pedro Américo, onde encontrasse objetos pessoais e registros sobre suas principais obras; O Casarão de José Rufino, local de exposição de vários objetos antigos pertencentes ao povo mais antigo de Areia, esculturas em madeira (carrancas) e a vista de vale nos fundos do casarão. Finalizamos com uma rápida passagem na Igreja Matriz e na Igreja dos Rosários dos Pretos até chegarmos ao pinto final do passeio, o Teatro Minerva, em que conhecemos a história do local considerado o teatro mais antigo da Paraíba.

Ainda fizemos uma rápida parada em frente à entrada do Campus da UFPB, onde foi registrada a foto de encerramento do circuito antes de regressarmos a Natal.
Areia é mais um município que ficará marcado em nossas memórias por suas belezas naturais, clima, arquitetura, cultura e história, deixando em todos nós um desejo de um dia pode voltar a essa fantástica cidade, que para o grupo, é o centro cultural e histórico do povo paraibano, e patrimônio de todos nós.

Raio-X


Nível de Dificuldade – Leve
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Bom

Recomendações necessárias para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer
Churrascaria Castello
Fone: 83 8824-6859 & 83 3362-2299

Onde ficar
Casa de Hóspedes da UFPB
Fone: 83 3362-2300 (Everaldo)

Contatos para realização de trilha
Luciana Balbino
Fone: 83 8826-8208
e-mail: lucbalbino@yahoo.com.br

Vídeo da Trilha
Parte 2



Parte 3



CARNAÚBA DOS DANTAS/RN
Trilhas Interpretativas Fundões e Xique-Xique I - (31/05/2009)


A viagem em busca das famosas trilhas interpretativas de Carnaúba dos Dantas ocorreu no dia 31 de maio de 2009 e contou com a participação de quatorze pessoas, dos quais tinham um único objetivo: Conhecer as famosas pinturas rupestres que deram ao município o status de região com maior importância da América do Sul, em se tratando de interesse histórico devido aos seus mais de 80 sítios arqueológicos. O ponto de partida foi na praça central da cidade onde encontramos o nosso guia local Damião Carlos, ou mais conhecido como Carlos Sertão, que graças ao seu excelente preparo técnico, nos proporcionou uma trilha fantástica desvendando todos os mistérios expressos nas rochas.

Depois do encontro com o guia, fizemos deslocamento para o início da Trilha dos Fundões, contemplando as belas paisagens que o inverno do Seridó trouxe para a região até chegarmos ao ponto final da trilha, onde todos nós ficamos surpreendidos de como pode haver no meio do sertão uma cachoeira de tamanha beleza como aquela. Foi à hora de nos deleitar com um maravilhoso banho para retomarmos o caminho de volta para a sede do município.

No percurso de volta, o grupo promoveu uma ação de coleta do lixo que estava pelo caminho, totalizando no final dois sacos de lixo cheios.
Chegando a Carnaúba dos Dantas, o grupo fez deslocamento até o Bar e Restaurante do Damião, situado aos pés do Monte do Galo, onde fomos calorosamente recepcionados por Seu Adriano (proprietário do estabelecimento) e família, para um delicioso almoço à moda do seridó, que até nos dias de hoje, muitos de nós ainda não esqueceram o sabor da deliciosa farofa da casa e das panquecas servidas.

Após o almoço fomos com destino ao sítio Xique-Xique I para o segundo tempo da viagem. Mas antes, uma breve parada no Castelo de Bivar, onde infelizmente no dia não tivemos acesso por não esta aberto a visitação. Contudo, ainda deu para tira algumas fotografias de longe.

Ao chegarmos ao sítio conhecemos o proprietário por nome de Seu Deca, e sua esposa. Duas ótimas pessoas que deram total atenção ao grupo, bem como ofereceram a oportunidade de tomarmos banho em sua residência. Seguimos em direção as figuras rupestres enfrentando a cheia do rio carnaúba e o mato alto devido às chuvas que caíram sobre o município no inverno. Mas tudo isso compensado pela bela paisagem, e com o sobrevôo de um casal de gaviões sobre nossas cabeças. Subimos a serra que ainda brotava água de suas rochas, até chegarmos ao local das pinturas, as quais superaram nossas expectativas devido a sua perfeição.

Retornam, os mais uma vez a sede do município, onde finalizamos a viagem após subir até o topo do Monte do Galo, apreciando seus ricos detalhes de cunho religioso, até o cruzeiro do monte, onde tivemos a privilegio de acompanhar o pôr do sol. Fechamos com a foto do grupo tendo o cruzeiro de fundo, seguimos viagem de volta para Natal com a certeza que o nosso Estado possui inúmeras riquezas naturais que poderiam ser melhores exploradas turisticamente, proporcionando aos moradores do sertão uma fonte alternativa de renda por meio do turismo ecológico e histórico-cultural.

Raio -X

Nível de Dificuldade – Média
Localização do Parque – Boa
Disponibilidade de Socorro Médico – Médio
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos;
- Não tirar fotos com flash nas figuras rupetres;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar na trilha com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer
Bar e Restaurante do Damião
Fone: 084 8855-6511 (Adriano)

Contatos para realização de trilha
Damião Carlos
Fone: 084 8709-3304
Site: www.aventureirosdacaatinga.zip.net
e-mail: carlosrn31@yahoo.com.br

Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com

Vídeo da Trilha



ARARUNA/PB
Parque Estadual da Pedra da Boca - (26/04/2009)
A nossa participação na Trilha da Pedra da Boca ocorreu no dia 26 de abril de 2009, e foi cercada de muitas emoções e contou com a participação de quatorze pessoas entre alunos e professores do Curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), amigos e convidados.

A nossa primeira emoção foi a de alegria ao conhecermos a pessoa fenomenal de Seu Tico, uma figura bastante carismática que foi o nosso guia durante todo o domingo, dando total assistência ao nosso grupo. A segunda foi a emoção de superar os nossos limites, quando cada obstáculo era vencido. A terceira foi a admiração pelas belas paisagens que compõe todo o conjunto parque e sua biodiversidade. E por fim, a total satisfação do passeio somada a uma farta e saborosa refeição no Restaurante do Seu Tico.

Saímos do parque com destino a Natal elevando consigo pelas recordações registradas em fotos, e a certeza de que ganhamos mais um amigo: Seu Tico “O Cara”.

Raio-X

Nível de Dificuldade – Alta
Localização do Parque – Bom
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Levar lanche que seja de fácil digestão para comer durante a trilha (frutas, barra de cereias, etc);
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Levar kit de primeiros socorros;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Onde comer

Restaurante do Seu Tico
Fone: 084 9967-5037

Contato para realização de trilha

Seu Tico
Fone: 084 9967-5037

Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com


Vídeo da Trilha


NATAL/RN
Parque Estadual das Dunas - (31/01/2009)
O GEOTRILHAS participou da trilha Ubaia Doce no dia 31 de janeiro de 2009, na qual marcou o início da prática desta modalidade pelo grupo. Participaram onze pessoas entre alunos do Curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, e convidados. Foi uma ótima oportunidade para colocar em prática conhecimentos ligados as áreas de Geologia e Ecologia por todos os participantes, que também tiveram uma grande contribuição do guia pela brilhante atuação e domínio dos conhecimentos sobre biologia e geografia.


Raio - X

Nível de Dificuldade – Média
Localização do Parque – Ótima
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótima
Apoio Logístico - Ótimo

Recomendações para trilhar

- Usar roupas leves e confortáveis;
- Usar calçados tipo tênis ou botas;
- Levar cantil com água;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não colher flores, frutas, sementes, ramos, mudas, lenha ou troncos;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;
- Não mascar folhas, frutos, sementes, raízes ou cogumelos desconhecidos.
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Não entrar no parque com armas, explosivos, faca, facão, machado, tinta, spray ou similares;
- Jogar seu lixo nas lixeiras, seguir os painéis informativos e obedecer às instruções dos funcionários do Parque.

Contatos para realização da trilha

Administração do Parque
Fone: (84)201-3985/4440
e-mail: parquedasdunas@digi.com.br

Ou

GEOTRILHAS
Geoturismo & Turismo Rural
e-mail: geotrilhasturismo@gmail.com


Vídeo da Trilha