A IndyCar (anteriormente Indy Racing League ou IRL), é o organismo que sanciona as principais competições automobilísticas de monoposto nos Estados Unidos. A partir de 11 de Janeiro de 2011 foi rebatizada como IndyCar.
A liga possui tres competições, a principal conhecida por IndyCar Series (usada em muitos lugares como sinônimo a Indy Racing League), conhecida no Brasil por Fórmula Indy, cuja sua prova principal é as 500 Milhas de Indianápolis, a Firestone Indy Lights, que é a categoria de acesso para IndyCar Series, e a USF2000, categoria de acceso.
A IRL é propriedade da Hulman and Co., que também é proprietária do complexo Indianapolis Motor Speedway e da Clabber Girl.
O termo "Indy" sempre foi utilizado desde o início do século 20 como referência às corridas de monopostos dos Estados Unidos, pelo fato delas estarem diretamente ligadas as 500 Milhas de Indianápolis. Em 1992 a administração do Indianapolis Motor Speedway registra oficialmente o nome IndyCar e sanciona para a CART se usufruir da marca.
Rompimento com a CART
A Indy Racing League surgiu em 1996 após Tony George, o dono do Indianapolis Motor Speedway, romper com a CART que comandava as corridas de monosposto desde 1979 alegando o motivo de preservar as corridas em circuitos ovais com carros de monoposto.
O foco central da IRL era uma categoria com baixo custo de produção em relação a CART (que começava a rivalizar com a Fórmula 1), e de manter as tradições americanas de corridas em ovais cujo evento principal é as 500 Milhas de Indianápolis, porém a partir do ano de 2005 foram introduzidas 3 provas em circuitos mistos e o número vem aumentando ao longo do tempo.
O Início da rivalidade
Acidente de Emerson Fittipaldi na U.S. 500 de 1996
Acidente de Scott Braiton nos Treinos para as 500 Milhas de Indianapolis de 1996
Corridas Iniciais da IRL
Quase todas as provas da IRL são realizadas em circuitos americanos com exceção de uma realizada no Japão no cicuito de Twin Ring Motegi. Em 2008 foi realizada uma etapa extracampeonato na Austrália, em Surfers Paradise.
Em 2001, os Brasileiros passaram a ter uma participação mais incisiva na IRL com Felipe Giaffone e Airton Daré. No ano seguinte a Penske migrou da CART trazendo com ela seus pilotos Hélio Castroneves e Gil de Ferran e conquistando 2 vice campeonatos, em 2003 entrou na categoria Tony Kanaan que no ano seguinte veio a conquistar o título da categoria.
Felipe Giaffone e sua chegada na IRL.
Vitória de Gil de Ferran nas 500 Milhas de Indianápolis de 2003
Em 2008 7 pilotos brasileiros competiram na IRL: Tony Kanaan (Andretti Green), Helio Castroneves (Penske), Vitor Meira (Panther), Bruno Junqueira (Dale Coyne), Enrique Bernoldi (Conquest), Mario Moraes (Dale Coyne) e Jaime Camara (Conquest)
Vitória de Hélio Castro-Neves nas 500 Milhas de Indianápolis de 2009
A temporada 2008 marca a unificação da categoria com a Champ Car, sucessora da CART, falida após a temporada de 2003.
Reunificação da IRL com a Champ Car
Em 2008, ocorreu a reunificação da Champ Car com a IRL. Com isso, a temporada de 2008 marca a unificação das duas categorias surgidas da cisão de 1996. A corrida mais popular da Champ Car, em Edmonton, foi remanejada para o calendário da IRL, enquanto Surfer's Paradise, na Austrália, foi uma prova extra-campeonato (fora do campeonato). Assim, a categoria ficou com 19 datas.
Um dos motivos principais para a fusão foi o fato de a Champ Car passar por várias dificuldades financeiras, o que obrigou a categoria a pedir falência à justiça americana após o anúncio da unificação. Isto ocasionou uma certa urgência nas negociações entre esta categoria e a IRL, para que as equipes pudessem, o mais rápido possível, ingressar em outra competição e não serem prejudicadas com seus patrocinadores.
Vitória de Cristiano da Mata e Título de Gil de Ferran
A IZOD IndyCar Series é a principal categoria da IndyCar. A categoria foi fundada por Tony George, proprietário do Indianapolis Motor Speedway, começando em 1996 após a separação da CART. Na época George alegava que estava criando a nova categoria, e levando a principal prova, as 500 Milhas de Indianápolis, para preservar a tradição norte-americana das prova em circutios ovais. Em 2008, a IRL e a Champ Car acabaram sendo reunificadas devido a sérios problemas financeiros da Champ Car. A Fórmula Indy - como é chamada no Brasil - é uma categoria que guarda grandes similaridades com a Fórmula 1, principalmente no que tange à silhueta dos carros.
Do início até meados da década de 1990, a categoria teve a presença de inúmeros ícones do automobilismo mundial, como Michael Andretti, Emerson Fittipaldi - vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1989, Nigel Mansell, Nelson Piquet, dentre outros. Um dado interessante daquela época: depois do acidente entre Alain Prost e Ayrton Senna no GP do Japão de Fórmula 1, em que o título ficou com o piloto francês, Ayrton Senna fez alguns testes na categoria americana por intermediação do compatriota Emerson Fittipaldi, mais precisamente na equipe Penske, cujo principal patrocinador - Marlboro - também constava na equipe McLaren F1. Algumas hipóteses que motivaram esses testes de Senna na Indy foram, além da problemática do ocorrido em 1989, um protesto contra a falta de segurança dos carros da Fórmula 1 na época.
Emerson Fittipaldi vencendo as 500 Milhas de Indianapolis de 1994
Nigel Mansell campeão da Indy 1993
Acidente de Nelson Piquet em nas 500 Milhas Indianapolis de 1992
Ayrton Senna em teste com a Penske
A IndyCar informou que deixará de utilizar os atuais chassis Dallara (que são utilizados desde a temporada 2003) e que a partir de 2012 serão utilizados motores turbo ao invés dos atuais motores aspirados. As construtoras Lola, Dallara, Swift, Delta Wing e BAT Engineering apresentaram seus modelos; é possível que a categoria deixe de ser monomarca e permita a competição entre várias construtoras.
A IndyCar anunciou a Dallara como a construtora do novo chassi em 14 de Julho de 2010 no Indianapolis Motor Speedway. A Dallara construirá a "base" do carro permitindo que as equipes ou outros fabricantes construam seus próprios kits aerodinâmicos. Uma destas construtoras será a Lotus Cars, tradicional fabricante inglesa que teve um histórico vitorioso na Fórmula 1 (entre 1958 à 1994) e patrocina a equipe KV Racing.
A Dallara informou também que terá uma nova sede no estado de Indiana e cuja fábrica gerará aproximadamente 80 empregos.
No dia 12 de Novembro de 2010, a Chevrolet anunciou que irá fornecer motores para a categoria. A Chevrolet forneceu motores para a IndyCar de 1979 à 1994 pela CART e de 2002 à 2005 pela IRL.
Em 18 de Novembro, a Lotus Cars anunciou que irá fornecer motores a partir de 2012 e o chefe do grupo Lotus Cars Dany Bahar, disse que a Lotus tem a intenção de construir seu próprio chassi a partir de 2012.
A partir desta temporada, a IndyCar terá 3 fornecedores de motores para a nova era de carros turbo. Desde a temporada 2006 a IRL utilizava apenas motores Honda. Chevrolet, Dallara e Lotus estão confirmados também como contrutores para os kits aerodinâmicos dos novos carros. Os novos motores serão turbo com capacidade de 2.2 litros, 6 cilindros produzindo entre 550 e 700 CV (cavalos-vapor) e serão alimentados pelo combustível flexível E85 (85 por cento de etanol).
Detalhes do atual carro da Fórmula Indy que será utilizado até o final da temporada de 2011.
Motor
Os F-Indy são equipados com o motor Honda de oito cilindros em "V", com quatro válvulas por cilindro, aspirado, de 3500 cm³ de cilindrada, que gera 650 hp a 10.300 rotações por minuto (rpm). Composto por bloco e cabeçotes de alumínio, o Honda Indy V8 pesa apenas 127 kg, ao mesmo tempo em que oferece grande durabilidade e dificilmente apresenta problemas entre as revisões. Acoplados ao motor ainda vão o sistema de escapamento e a tomada de ar (air box).
Em matéria de desempenho, o propulsor da empresa japonesa apresenta excelente torque nas faixas intermediárias de rotações, atendendo, assim, à variação de tipos de pista do calendário, com circuitos mistos e de rua, ovais curtos e longos (superspeedways).
Câmbio
O carro da Fórmula Indy usa a caixa de mudanças XTRAC #295, com seis marchas (mais à ré) e acionamento sequencial por meio de aletas instaladas atrás do volante de direção.
O piloto usa a borboleta da direita para subir as marchas, e a da esquerda para reduzi-las. Uma flange metálica conecta o câmbio ao motor. Componentes-chave do conjunto de caixa de câmbio são o reservatório de óleo, barras anti-rrolamento, conjunto de molas e amortecedores das suspensões traseiras e transmissão.
Chassi
O chassi de Fórmula Indy é construído em fibra de carbono e Kevlar - materiais mais leves e resistentes do que o aço, desenvolvido pela agência espacial norteamericana (Nasa) para ser utilizado nos ônibus espaciais -, e colméia de alumínio. Graças a isso, o carro da categoria tem peso mínimo de 726 kg, incluindo todos os fluidos do motor, mas sem piloto e combustível.
O monocoque, ou parte frontal do chassi, inclui o cockpit (compartimento do piloto), a célula de combustível e as suspensões dianteiras. O motor integra a parte posterior do chassi, na qual se junta à caixa de câmbio e, nela, as suspensões traseiras e o aerofólio traseiro. Em sua face inferior, o assoalho possui o efeito-solo, que direciona o fluxo de ar que passa por baixo do chassi, aumentando a eficiência aerodinâmica e a aderência do carro ao chão.
Também incluídas no chassi estão as laterais do carro, que cobrem os radiadores de água e de óleo, e a unidade de gerenciamento eletrônico do motor, entre outros acessórios. As laterais e seus componentes contribuem para o sistema de refrigeração do motor, na aerodinâmica e na proteção do piloto em caso de impacto lateral.
Célula de combustível
É composta de uma bolsa de borracha à prova de fogo e rupturas, encapsulada por uma caixa de Kevlar, para proteção extra contra impactos laterais. Tem capacidade para 83,2 litros (22 galões) de etanol.
Aerodinâmica
As asas dianteira e traseira trabalham em conjunto para criar a força aerodinâmica e equilíbrio entre a parte anterior e posterior do carro. Existem dois tipos de configurações de asa dianteira - oval (speedway) e oval curto ou circuito misto - e, durante a corrida, só pode ser ajustada durante os pit stops para melhorar a dirigibilidade do carro.
A asa traseira dispõe três diferentes configurações: superspeedway (para circuitos ovais de altíssima velocidade máxima, como Indianápolis), para ovais intermediárias, de volocidades mais baixas, e traçados mistos ou de rua.
Suspensões
As suspensões dianteiras e traseiras fazem a ligação entre o chassi e as rodas. Foram desenhadas para suportar as transferências de peso do carro durante as frenagens e acelerações, além das cargas verticais e laterais. Nas suspensões vão acoplados os conjuntos de freios dianteiros e traseiros, com discos de aço nas quatro rodas.
Pneus
Os modelos radiais de competição Firestone Firehawk são montados em rodas aro 15", com talas de 11", na dianteira, e 15", na traseira. O pneu dianteiro pesa 8,1 kg e sua pressão pode variar de 22 a 27 libras, de acordo com o ajuste do carro; o traseiro tem peso de 10,4 kg e pode ser inflado entre 20 e 25 libras.
Dependendo da velocidade, o peso de um carro de F-Indy em ritmo de corrida é quatro vezes maior ao de quando está parado, por isso, as paredes laterais dos pneus têm de ser fortes o suficiente para suportar tamanha carga, mas também com o mínimo de espessura possível para dissipar o calor com mais eficiência.
RAIO X DO CARRO
Motor: Honda Indy V8
Origem: EUA
Cilindros: oito em "V"
Cilindrada: 3500 cm³ a 10 300 rpm
Potência Máxima: 650 hp
Alimentação: aspirado, injeção eletrônica
Combustível: etanol
Peso: 127 kg
Chassi: Dallara
Origem: Itália
Tipo: monoposto
Materiais: fibra de carbono
Peso mínimo: 726 kg
Comp. mínimo: 487,68 cm
Larg. mínima: 198,12 cm (tolerância de 1,27 cm)
Câmbio: caixa XTRAC #295, de seis marchas, sequencial
Célula de combustível: à prova de ruptura com capacidade para 100L
Pneus: Firestone Firehawk
Origem: EUA
Medidas: 10.0/25.8R15 (diant.) e 14.5/28.0 R15 (tras.)
A Emoção da Formula Indy
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