Por Haroldo Mota
Sábado, 30 de abril, dia do TREM BIKE, a cidade do Natal amanheceu chovendo, mas graças a Deus a chuva logo parou com os primeiros raios do sol. Eram vários telefonemas: já estou acordado, estou esperando na via costeira... Mas, infelizmente fomos de carro, no qual havíamos combinado ir de bicicleta até a Ribeira para o embarque no trem, tivemos um pequeno atraso, de outras pessoas... Mas logo resolvido a situação e as bicicletas devidamente amarradas, seguimos no roteiro do mar maravilhoso da via costeira, numa plenitude e infinita calmaria que nos proporcionou a quietude da paz.
Esse foi o primeiro momento de como seria o restante do nosso cicloturismo a cidade de Ceará-Mirim. Na estação ferroviária da Ribeira, já haviam vários ciclistas, a alegria estampada e sorrisos eram a marca de todos. Muitas seções de fotografias, confraternizações e de ciclistas amigos que fazia algum tempo que não nos víamos. Também havia recebido no dia anterior a ligação de Polari de Mossoró, falando que não iria perder essa oportunidade, estava presente com um amigo o Alexandre.
Já era hora de partir, entramos na estação depois que os passageiros, moradores da cidade de Ceará-Mirim, saíram e estavam de bobeira com tantas bicicletas e ciclistas. Quarenta e quatro foi o número de ciclistas e suas bicicletas, entramos no vagão reservado para a Associação dos Ciclistas do RN, ACIRN. Na hora da partida, um pequeno problema no trem deixou todo mundo mais eufórico ainda, logo resolvido seguimos em direção do nosso roteiro.
Fazia um calor na partida, melhorou quando o trem se deslocava. Novamente a paisagem da água, o rio Potengi, a ponte velha de ferro, as margens do rio com seus manguezais foi inspirador. Durante a viagem a integração e conversa entre os ciclistas era uma coisa bonita de se ver. Em algumas paradas próximas da cidade, todos falam é aqui, calma ainda falta...
Haviamos conversado com o secretário de turismo do município, que se encontrava em São Paulo, como também o nosso diretor de comunicação da associação o Sr. Benilton, ficou encarregado da logística e do roteiro. Nossa recepção na cidade foi fantástica, na estação de trem contamos com a presença da Secretária Administrativa do município como também do Secretário de Esporte, ainda, tivemos uma ambulância e o pessoal da Guarda Municipal que nos acompanharam todo o percurso. Infinitos são os nossos agradecimentos.
Lorram Schulz, foi o nosso guia na cidade, e fomos direto ao mercado publico. Imagine, num dia de feira, um monte de bicicleta, todo mundo vestido com roupa de ciclista, a conversa e perguntas nos vários restaurantes, quem são vocês, para onde vão? Como é agradável a conversa nestes locais, as pessoas são de uma bondade ímpar.
Deixamos o mercado é fomos a conhecer a cidade e seus arredores. A cidade é muito agradável, da Igreja Matriz, a paróquia de Nossa Senhora da Conceição se avista um enorme vale, o vale da outrora e rica terra dos senhores de engenho. A igreja começou a ser construída em 1858, porém suas obras somente foram concluídas em 1990, por suas dimensões é considerada a maior igreja do RN.
Seguimos depois em direção, a uns antigos engenhos, onde passávamos o registro de fotografias era tudo na vida, o nosso diretor de turismo da associação o Sr. Camboim, não parava um só minuto, era máquina pra lá, fotografia para todos os lados. A nossa relações públicas Sra. Claudia, também foi perfeita como sempre distribuindo muita paz e Angelike, secretária da associação, fez bonito nos controles e nomes dos ciclistas presentes.
Para vocês terem uma ideia de como foi importante a atividade açucareira no município vejam a lista dos números de engenhos: Engenho Carnaubal, Engenho Verde Nasce, Engenho Cruzeiro, Usina Ilha Bela, Engenho São Francisco, Engenho Diamante, Engenho Capela, Nascença, Ruínas do Engenho Oiteiro, Mucuripe, Engenho São Leopoldo.
Já era hora de voltar, o trem iria partir para Natal, às 11:05h. Mas, como teve o atraso na partida, demorou um pouco mais. O que queremos comentar mais sobre esse cicloturismo é da sua importância de como o modal trem pode ser um instrumento agregador para o turismo e o esporte.
A cidade de Ceará-Mirim tem um extraordinário cenário arquitetônico do século passado, com as grandes casas dos barões do açúcar, suas capelas e engenhos, e muitos deles preservados.
Agradecemos aos ciclistas que foram a essa fantástica viagem e ao fotografo Assis Oliveira que marcou presença na saída. Como também não podemos esquecer a parceria com a Companhia Brasileira de Trens Urbano, a CBTU, nossa imensa gratidão e a municipalidade de Ceará-Mirim.
Quem quiser ler mais sobre esse projeto, e só acessar a nossa página no endereço www.acirn.blogspot.com
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