Na década de 50, o vestuário do piloto buscava elegância e conforto. Juan Manuel Fangio, por exemplo, corria de camisa pólo e calça social, uma balaclava e um "capacete" de couro. Nos anos 70 a indumentária completa do piloto era de algodão inflamável, até o acidente de Niki Lauda em 76 que provocou o início das mudanças nesta área.
Em 1979 os macacões já tinham 5 camadas de material à prova de fogo, à partir do conceito utilizado pela NASA nos equipamentos para astronautas. Lembrando sempre que segurança nunca vem sozinha, ela é consequência de um conjunto de equipamentos e procedimentos. Tomando como exemplo um carro de corrida: banco, base de banco, cinto, gaiola, indumentária pessoal do piloto, proteção cervical, extintores, equipe de resgate em pista, fiscais de pista, e até mesmo a atitude ou "tocada" do piloto, entre outros.
Atualmente o forro interno do macacão, das sapatilhas, do capacete, luvas, balaclava e underwear é feito de fibra sintética especial auto-extinguível ou antichama, o Nomex (marca registrada DuPont) que além de levíssima é tão resistente ao calor e fogo que permite a um piloto sobreviver durante 35 segundos a temperaturas de até 850ºC (lembram das fotos do Sr. Simpson em chamas, testando pessoalmente suas criações ?).No contexto integral da segurança, o capacete sempre foi uma peça fundamental de proteção. Por estar sobre a cabeça sempre teve destaque e, digamos, uma consideração especial não somente por quem usa, mas também por quem vê (aspecto visual).
Historicamente foi criado para cobertura defensiva da cabeça, como equipamento militar sendo assim uma forma universal de armadura.
Sua função básica era proteção da cabeça, rosto, olhos e por vezes pescoço dos golpes cortantes de espadas, lanças, flechas e outras armas. Os chineses fabricaram-nos em osso; os assírios e persas em couro e ferro; já os gregos fabricaram capacetes em bronze cobrindo integralmente a cabeça, com uma só abertura estreita na frente para ver e respirar. Os romanos desenvolveram várias formas, incluindo o legionário redondo e o gladiador especial com borda ampla e viseira furada, fornecendo proteção adicional.
Nos esportes a motor, esta proteção sempre foi extremamente importante tanto para o kart quanto para motocicletas e na F1, onde temos os maiores avanços tecnológicos nos materiais, nos formatos, nos conceitos.
Cada capacete é um item exclusivo, concebido individualmente para cada piloto. Um dos fabricantes na Alemanha, começa pelo 'scan' da cabeça criando um modelo tridimensional. No próximo passo já produzindo o casco, o tal modelo é envolvido por 120 camadas de fibra especial de elevado desempenho, consistindo em cerca de 12000 micro-linhas, cada uma delas 15 vezes mais finas que um cabelo humano. Para se ter uma idéia se todas as fibras fossem uma única linha, são cerca de 16.000km (de microfios) envolvendo a cabeça de um piloto profissional.
Atualmente o forro interno do macacão, das sapatilhas, do capacete, luvas, balaclava e underwear é feito de fibra sintética especial auto-extinguível ou antichama, o Nomex (marca registrada DuPont) que além de levíssima é tão resistente ao calor e fogo que permite a um piloto sobreviver durante 35 segundos a temperaturas de até 850ºC (lembram das fotos do Sr. Simpson em chamas, testando pessoalmente suas criações ?).No contexto integral da segurança, o capacete sempre foi uma peça fundamental de proteção. Por estar sobre a cabeça sempre teve destaque e, digamos, uma consideração especial não somente por quem usa, mas também por quem vê (aspecto visual).
Historicamente foi criado para cobertura defensiva da cabeça, como equipamento militar sendo assim uma forma universal de armadura.
Sua função básica era proteção da cabeça, rosto, olhos e por vezes pescoço dos golpes cortantes de espadas, lanças, flechas e outras armas. Os chineses fabricaram-nos em osso; os assírios e persas em couro e ferro; já os gregos fabricaram capacetes em bronze cobrindo integralmente a cabeça, com uma só abertura estreita na frente para ver e respirar. Os romanos desenvolveram várias formas, incluindo o legionário redondo e o gladiador especial com borda ampla e viseira furada, fornecendo proteção adicional.
Nos esportes a motor, esta proteção sempre foi extremamente importante tanto para o kart quanto para motocicletas e na F1, onde temos os maiores avanços tecnológicos nos materiais, nos formatos, nos conceitos.
Cada capacete é um item exclusivo, concebido individualmente para cada piloto. Um dos fabricantes na Alemanha, começa pelo 'scan' da cabeça criando um modelo tridimensional. No próximo passo já produzindo o casco, o tal modelo é envolvido por 120 camadas de fibra especial de elevado desempenho, consistindo em cerca de 12000 micro-linhas, cada uma delas 15 vezes mais finas que um cabelo humano. Para se ter uma idéia se todas as fibras fossem uma única linha, são cerca de 16.000km (de microfios) envolvendo a cabeça de um piloto profissional.
Neste exemplo, a composição exata ou processo produtivo das 17 camadas de elementos que compõem o capacete, são informações sigilosamente mantidas pelos fabricantes. São revelados apenas 5 dos seus principais compostos: a fibra de carbono trazendo rigidez e leveza, o Nomex à prova de fogo, o aramida ou "kevlar" com sua elevadíssima resistência à ruptura/tração, o polietileno utilizado em blindagens ou vestuário à prova de bala, e o policarbonato da viseira. Esta com espessura de 3mm e altamente resistente, assegura a visão do piloto ajustando-se à luminosidade externa, em mais de oito cores incluindo as espelhadas. Nos testes destrutivos, são disparados projéteis contra a viseira a mais de 500km/h e o resultado do impacto é analisado criteriosamente.
PROTEÇÃO CERVICAL
A partir de 2001 na F1 e em seguida na IRL/Indy, o capacete passou a ter um acessório obrigatório: o sistema HANS (Head And Neck Support) ou protetor de coluna cervical. Funcionando em conjunto com o capacete e o cinto de segurança, a proteção cervical HANS reduz drasticamente a força exercida na cabeça e pescoço durante um acidente.
Apesar de ter sido criado no início da década de 80, o 1º uso oficial do sistema HANS aconteceu apenas em 1989 por Paul Newman. Este item tornou-se obrigatório nas demais categorias após a repercussão do falecimento do multicampeão Dale Earnhardt (veja filme abaixo).
Notem que a pancada fatal no muro não parece extrema (calculada em 144 km/h) e mesmo assim quebrou o osso da base do crânio, o qual apóia sobre a primeira vértebra cervical "no topo da coluna". É para proteger este osso que foi criado o Hans e também o LEATTBRACE, versão para moto e kart disponível no mercado e obrigatório em diversos países, até mesmo para treinar em pista.
O principal beneficiado do desenvolvimento dos equipamentos é o piloto, já que a vida do ser humano vem em primeiro lugar.
Mesmo assim, é comum no meu papel de profissional da área, por ocasião do lançamento e/ou obrigatoriedade de novas homologações e equipamentos, receber comentários negativos. Culturalmente o brasileiro não investe em segurança, ou muitas vezes privilegia aparência no lugar de função. Assim, gradativamente estamos ajudando os pilotos a desenvolver a consciência da segurança.
Apesar de ter sido criado no início da década de 80, o 1º uso oficial do sistema HANS aconteceu apenas em 1989 por Paul Newman. Este item tornou-se obrigatório nas demais categorias após a repercussão do falecimento do multicampeão Dale Earnhardt (veja filme abaixo).
Notem que a pancada fatal no muro não parece extrema (calculada em 144 km/h) e mesmo assim quebrou o osso da base do crânio, o qual apóia sobre a primeira vértebra cervical "no topo da coluna". É para proteger este osso que foi criado o Hans e também o LEATTBRACE, versão para moto e kart disponível no mercado e obrigatório em diversos países, até mesmo para treinar em pista.
O principal beneficiado do desenvolvimento dos equipamentos é o piloto, já que a vida do ser humano vem em primeiro lugar.
Mesmo assim, é comum no meu papel de profissional da área, por ocasião do lançamento e/ou obrigatoriedade de novas homologações e equipamentos, receber comentários negativos. Culturalmente o brasileiro não investe em segurança, ou muitas vezes privilegia aparência no lugar de função. Assim, gradativamente estamos ajudando os pilotos a desenvolver a consciência da segurança.
NOVOS CONCEITOS
Existem inúmeros protótipos de capacetes em desenvolvimento, inclusive novos modelos e conceitos, impulsionados pelos acidentes de John Surtees Jr, Felipe Massa, dentre outros.
Além da segurança e da aerodinâmica, cada piloto possui em seu capacete uma identidade exclusiva. Através da pintura personalizada, artistas especializados criam visuais inéditos de acordo com cada personalidade dando vida a projetos únicos.
CAPACETES E CRITÉRIOS DE ESCOLHA NA COMPRA
Atualmente existem diversos tipos, modelos e marcas de capacetes no mercado. Ainda por cima temos as classes de homologação, datas (de fabricação e de validade), validade da homologação em si, uma infinidade de materiais que compoem a estrutura/construção do casco, ... No meio disto tudo, o piloto se pergunta: "Qual deles é o melhor para minha finalidade de uso?"
Já que o capacete é utilizado por alguns anos, e representa um dos maiores investimentos na indumentária pessoal, é necessário frisar que um capacete novo deverá "servir" ou "vestir" muito bem, de preferência apertado/justo já que irá lacear com o tempo de uso. Aí somente experimentando diversas marcas, modelos e tamanhos para ter certeza da melhor opção.
Temos os modelos fabricados na China a preços atraentes, outros tantos produzidos no Brasil e Argentina sem homologação nenhuma e mais outros ainda, por incrível que pareça, fabricados e comercializados sem qualquer critério ou preocupação com a segurança dos pilotos. E ainda capacetes de marcas excelentes, porém falsificados !
Ao comprar, verificar se a certificação do capacete é atual (selo de homologação fixado internamente ou externamente). No Kart é obrigatório o uso de capacetes com certificação "igual ou superior" a K2005, SA2005 ou CMR-CMS2007.
Temos os modelos fabricados na China a preços atraentes, outros tantos produzidos no Brasil e Argentina sem homologação nenhuma e mais outros ainda, por incrível que pareça, fabricados e comercializados sem qualquer critério ou preocupação com a segurança dos pilotos. E ainda capacetes de marcas excelentes, porém falsificados !
Ao comprar, verificar se a certificação do capacete é atual (selo de homologação fixado internamente ou externamente). No Kart é obrigatório o uso de capacetes com certificação "igual ou superior" a K2005, SA2005 ou CMR-CMS2007.
Qualquer homologação anterior a esta (ou mesmo para moto) NÃO serve para kart, por não atender às exigências mínimas de segurança (cargas de impacto utilizadas nos testes CIK/FIA) e consequentemente a capacidade de proteger o piloto em caso de necessidade (acidente). Lembre-se, a vida é preciosa demais para economizar na tua proteção.
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