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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

TRILHA ECOLÓGICA DO PONTO MAIS ANTIGO DA AMÉRICA LATINA - Serra Caiada/RN


Localizada na Mesorregião Agreste Potiguar, mas especificamente na microrregião de mesmo nome o municipio de Serra Caiada esta a uma distancia de 76,6 Km de Natal. Sua população é de 7.005 habitantes (de acordo com o último censo realizado em 2000), distribuidos nos seus 167,35 km², equivalente a 0,36% da superfície estadual. Possui uma altitude de 129 metros em relação ao nível do mar, que faz com que a temperatura média gire em torno dos 25,6 °C.

Quantos as demais caracteristicas geograficas, o municpipio possui clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa adiantando-se para o outono, com uma precipitação pluviométrica em torno de 555,8 mm ao ano, tendo o período compreendido entre os meses de abril a junho, como os de maiores ocorrências de chuvas. Sua formação vegetal é constituída de Caatinga Hipoxerófila, caracterizada pela vegetação de clima semi-árido com seus arbustos e árvores com espinho, onde encontramos a catingueira, angico, juazeiro, braúna, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.

Seus solos são de predominância Regossol Eutrófico com Fragipan, tendo fertilidade natural média, textura arenosa, relevo suave ondulado a ondulado, medianamente profundo, bem drenado, utilizado no cultivo da mandioca e em menor escola com milho e feijão. O outro tipo de solo encontrado é o Planosol Solódico, com fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo suave ondulado, imperfeitamente drenado, raso. São utilizados na pecuária e em pequenas áreas com algodão, milho e feijão consorciados, além do sisal e palma forrageira em alguns locais.
O seu relevo esta situado na depressão sub-litorânea, apresentando terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude (entre 100 a 200 metros), ocorrendo entre os Tabuleiros Costeiros e o início do Planalto da Borborema.

Em Serra Caiada está localizada a rocha mais antiga da América Latina, com 3,4 bilhões de anos, faz parte da Era Arqueozóica do período Pré- Cambriano. Essa procha possui formação Cristalina com 285m de altura, 10 km de profundidade e 3000 km².

A rocha imponente, com suas manchas que lembram uma pintura de cal, surgi por trás das miúdas casas, possuindo atributos de fazer inveja, sendo disputada por diversos alpinistas do Brasil.

O município é caracterizado por rochas pertencente ao Embasamento Cristalino, onde predominam, migmatitos, anfibolitos, gnaisses, xistos, granitos, com Idade Pré-Cambriano. Além de predominar uma superfície plana elaborada por processos de pediplanação.
Suas principais ocorrências de minerais são a argila para cerâmica vermelha; o diatomito, utilizado nas indústrias química, de isolantes, bebidas, alimentícias, plástica, farmacêutica, e na de papel e borracha; o ferro; e outros recursos minerais associados como rochas ornamentais, brita e outras rochas utilizadas na construção civil, como também o cascalho. Aida destaca-se os seixos e calhaus de calcedónia, utilizados na fabricação de peças de artesanato, e a água mineral.

Os recursos hídricos de Serra Caiada são hidrogeologicamente compostos do Aqüífero Cristalino, englobando todas as rochas cristalinas, apresentando um alto teor salino, que restringe o uso tanto para atividades agrícolas, como também para consumo humano; E o Aqüífero Aluvião, constituído pelos sedimentos depositados nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte, com a qualidade da água boa, mas pouco explorada.

A hidrologia local esta inserida nas Bacias Hidrográficas do rio Potengi, e do rio Trairi. Ainda compõe a hidrologia do município o riacho dos Macacos, as lagoas do Cachimbó, da Carnaúba, do Feijão, Umarí, Tubibas, Junco, Limpa, das Pedras, do Zuza, da Serra, das Formigas, da Madeira. Além da Adutora Monsenhor Expedito, que abastece mais 23 municípios.
Sua economia esta baseada totalmente no setor agrícola, sendo a pecuária, e os cultivos do algodão (no município ainda existe a velha usina de beneficiamento do produto) , mandioca, feijão e milho, seus carros chefes.
A história do município começa quando em 1974 o padre José Vieira Afonso recebe a concessão das terras, localizada entre o rio Jundiaí, e um riacho encostados à serra. De início era chamada de Caiada de Cima, onde se distinguia da sua vizinha Caiada de Baixo, hoje sede municipal de Senador Elói de Souza, por sua posição geográfica em relação ao rio Jundiaí e à serra, o povoado foi crescendo com a criação de várias fazendas de gado e de muitas lavouras.
No ano de 1938 o povoado passa a ser distrito, subordinado ao município de Macaíba, e em 1953 é desmembrado definitivamente de Macaíba, passando a ser município com o nome atual. Porém, em 1963 o seu nome é alterado para Presidente Juscelino, numa homenagem ao Ex-Presidente da República Juscelino Kubitschek. Em 20 de novembro de 1991, através da Lei Municipal nº 87/91,  o município volta a  se denominado de Serra Caiada.

GEOTRILHAS/RN EM SERRA CAIADA


A realização da trilha ecológica do ponto mais antigo da América Latina foi cercada de muita expectativa para todos os participantes, em que estávamos recebendo a visita de dois intercambistas da AFS Intercultura Brasil, que fariam a trilha conosco, além de ser mais especial ainda devido a ser a primeira trilha inclusiva que o projeto GEOTRILHAS/RN faria em quase dois anos de existência, na medida que o intercambista argentino Octávio é deficiente visual.

Denn explicado como é um faxeiro ao Octávio
Partimos com destino à Serra Caiada na manhã do dia 29 de agosto, num comboio com cinco carros e uma moto pela BR – 304 até o entroncamento com a BR – 226, de onde seguimos para a região do Trairí. Chegamos ao município de Serra Caiada por volta das 07h:30, onde logo encontramos o guia Denn, que nos esperava no posto de combustível na entrada da cidade. Após devidamente apresentado ao grupo, seguimos com destino ao Monumento Natural de Serra Caiada, onde ao chegarmos aguardamos pela chegada de nossa companheira de trilhas, Zeneide, que vinha de Campina Grande/PB, para trilhar juntamente com nós. Zeneide conheceu o projeto por meio da internet, e decidiu participar pela primeira vez.

Após o grupo esta todo completo, o fotografo da cidade e blogueiro Willian Weberto, registrou a nossa chegada ao local. Partimos em direção a trilha, passando pelo local de escalada, que atrai vários seguidores do movimento pelo Nordeste. Seguimos adiante já tendo a serra ao nosso lado, chamando a atenção por algumas escavações interior. Em uma destas escavações na rocha, localizada no meio do monumento, observamos uma grande mancha negra, em que Denn nos falou do que se tratava. Era uma imensa colméia de abelhas africanas, que não nos oferecia perigo algum, pois estava em um local de difícil acesso, sendo possível apenas chegar lá por meio de rapel.

Escalada
Na medida em que seguíamos por meio da vegetação de caatinga, Denn ia fazendo as intervenções sobre a vegetação, pois o mesmo além de ser guia e escalador, também é biólogo, responsável por alguns trabalhos com os jovens da cidade. Subindo a serra, chegamos ao ponto do paredão avermelhado, onde foi necessário utilizar um pouco da técnica de escalada para transpor a último obstáculo até chegar ao cume. Sem maiores dificuldades, chegamos ao ponto mais alto da serra, de onde era possível observarmos a região do Trairí por completo, e aproveitar um vento frio que nos refrescava. 


Profª Narla na Campanha Trilhando o Verde
Depois das sessões de fotos, as orações feitas ao pé do cruzeiro, e termos feito um rápido lanche, descemos a serra com destino ao olho d’água, um poço de onde era feito o abastecimento da antiga Caiada de Cima. Passamos por uma região de pasto, onde transitamos pelo gado que se encontrava solto no local, além de passar por vários faxeiros, e cardeiros, de onde alguns componentes do grupo experimentaram o fruto do cardeiro. Até chegarmos ao olho d’água, fizemos uma volta quase que completa por volta da rocha. Chegando ao local, encontramos um ótimo local para descanso, em meio da vegetação verde, tendo de fundo o velho poço. 

Grupo devidamente descansado, retornamos ao local onde estavam os carros, para realizarmos a nossa tradicional ação ambiental: A Campanha Trilhando o Verde. Na oportunidade, foram plantas quatro mudas de nim, sendo os responsáveis pelo plantio os intercambistas Octávio e Alexis (Bélgica), Profª Narla e Zeneide. Depois da responsabilidade cumprida, seguimos para a cidade, e almoçamos antes de voltamos para Natal, satisfeitos por mais uma trilha realizada.

CONFIRA O VÍDEO DA TRILHA



Raio-X
Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Ótima
Disponibilidade de Socorro Médico – Bom
Apoio Logístico - Regular


Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;

- Utilizar bastante protetor solar;

- Levar cantil com bastante água;

- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores do Parque;

- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;

- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.

Onder comer
Lanchoente & Restaurante Pé da Serra
Fone: 84 8838-2861 (Ronaldo)

Contatos para realização de trilha
Denn
Fone: 84 8816-4267

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

GEOTRILHAS/RN REALIZA TRILHA ECOLÓGICA COM OS PARTICIPANTES DO PROJETO PPJA DA PETROBRAS

Desta vez a aula contou com a realização de uma trilha ecológica

O Projeto GEOTRILHAS/RN começou o mês de setembro com mais uma atividade ligada a Educação Ambiental, aplicada ao projeto PPJA da Petrobras. O PPJA foi pensado para atender a uma demanda cada vez mais crescente de inclusão de jovens, sobretudo de baixa renda, no mercado de trabalho e é respaldado pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que prevê um percentual de aprendizes nas médias e grandes empresas.

O GEOTRILHAS/RN representados por Kathiuscia Fernandes e Lázaro Freire, ministraram várias aulas sobre Cidadania e Educação Ambiental, aos cinqüentas jovens, divididos em duas turmas nos turnos matutino e vespertino. Pela segunda vez, o educandos visitaram o Parque Estadual Dunas de Natal “Jornalista Luiz Maria Alves”, onde foi possível conhecer parte dos seus 1.172 hectares de mata nativa, por meio da realização da trilha interpretativa da Ubaia Doce, com um extensão de 4.400 metros, que durou aproximadamente 2h:30 de caminhada, até o mirante da Via Costeira, em que foi possível ter uma visão privilegiada do Morro do Careca e do Mar.

Durante o trajeto, os participantes tiveram a oportunidade conhecer de perto toda a grandiosidade do ecossistema dunar, geologia, a fauna e a flora do Parque, além dos atributos importantes para a nossa qualidade de vida (água, ar, clima). Além de conhecerem o outro lado do parque, onde a população que reside em suas encostas poluindo a reserva de forma brutal, despejando lixo por todos os lados. Nesta contexto, foi interessante para promovermos uma reflexão sobre o assunto, tomando como base os conhecimentos aplicados em sala de aula.

O grupo foi acompanhado em todo o percurso por um guia especializado, e a escolta de dois policiais da Companhia Idependente de Policiamento Ambiental, garantindo assim a segurança dos participantes.