Imagem: História de Tudo |
Os holandeses marcaram presença em várias partes do Brasil no século XVII, mas o local em que eles mais se mantiveram foi a Capitania de Pernambuco, da qual Alagoas fazia parte. Nesta época, eles fizeram imagens de mapeamento por onde passavam. O estudo dessas gravuras, que hoje permitem a compreensão de algumas cidades no ponto de vista urbanístico, é o foco do livro “O olhar holandês e o novo mundo”. A obra do grupo de pesquisa Estudos da Paisagem, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Alagoas, foi lançada nesta segunda-feira, 17 de maio, no pátio da unidade acadêmica.
O livro foi resultado de sete anos de estudos e viagens pela Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, incluindo Fernando de Noronha, Paraíba, Holanda e Portugal. Foi escrito por vários autores, inclusive holandeses, e organizado pela professora e arquiteta Maria Angélica da Silva, com a colaboração de outros professores e estudantes que compõem o grupo de pesquisa. As principais cidades alagoanas retratadas na obra são Porto Calvo, Penedo e Marechal Deodoro. O ‘novo mundo’ mencionado no título é a representação das cidades nos dias de hoje, que são comparadas às pinturas holandesas feitas na época.
Durante o lançamento, a professora Maria Angélica agradeceu a presença de todos, a colaboração do grupo e destacou a importância da obra para o Estado. “Nós sabíamos da importância que os holandeses tiveram na colonização do Brasil, mas ainda não havia estudos sobre isso no ponto de vista da imagem. Para nós, arquitetos, isso é muito importante, porque eles desenharam os arruamentos de modo muito fiel e fizeram pinturas de cidades do nordeste no século XVII. Esses desenhos nos ajudam hoje a estudar o passado de Alagoas principalmente quanto à arquitetura e o urbanismo”, ressaltou.
Algumas obras do artista plástico holandês Albert Eckhout tiveram destaque no evento de lançamento. A ‘Tupinambá com Criança’ e a ‘Mameluca’ foram reproduzidas em forma de display. Já as pinturas ‘Abacaxi, melancias e outras frutas’ e ‘Bananas e goiabas’ ganharam vida com frutas que foram degustadas depois. Eckhout costumava retratar as pessoas que aqui encontrava, mas tinha predileção pela flora e a fauna brasileiras. Ainda houve exposição de fotos dos lugares visitados e experiências vividas pelos componentes do grupo de pesquisa.
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