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terça-feira, 24 de junho de 2014

O POTENCIAL DA ENERGIA SOLAR E AS NOVAS OPORTUNIDADES DO SETOR

Imagem: Wikipédia
Apesar de possuir matriz energética basicamente oriunda de hidrelétricas, o Brasil é o décimo país melhor colocado no ranking mundial de energia solar, atrás da China, Israel, Áustria, Índia, Turquia, Alemanha, Japão, Estados Unidos e Austrália. 

A extensão territorial privilegiada e o sol abundante fazem do território brasileiro uma promissora fonte para a geração de energia solar, inserindo o país num contexto de oportunidades para a oferta de alternativas mais sustentáveis, desenvolvimento econômico, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida da população. Ainda, o aumento da eficiência energética e a constante redução dos custos dessas tecnologias apontam para a forte tendência de crescimento do setor. 

Dentro deste panorama favorável e grande potencial do Brasil no segmento de energias renováveis, acontece a 3ª edição da EnerSolar + Brasil | Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, de 16 a 18 de julho de 2014, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. 

O evento, organizado pelo Grupo Cipa Fiera Milano e Artenergy Publishing irá reunir toda a cadeia da indústria produtiva dos segmentos de energia térmica solar e fotovoltaica, inversores e outras energias renováveis, atraindo investimentos e criando novas oportunidades de negócio em todo o mercado da América do Sul. 

Com cerca de 130 expositores nacionais e internacionais, de países como Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e China, a feira irá apresentar tecnologias, serviços e soluções para aplicações comerciais, sociais e residenciais. Paralelo à Enersolar acontece também uma ampla agenda de conferências, seminários e workshops, parte integrante da programação do 4º Ecoenergy | Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia, que terá este ano como tema central “As energias renováveis minimizando os riscos de uma crise energética”, com palestras de representantes do governo, especialistas da indústria e pesquisadores, que discutirão alternativas e caminhos para o uso das energias renováveis no Brasil. 

Dentre os temas que serão discutidos estão: políticas de desenvolvimento energético; oportunidades e desafios do setor fotovoltaico e do setor solar térmico no Brasil; incentivos e linhas de financiamento da Caixa Econômica Federal para as energias renováveis; programas de capacitação e certificação de profissionais do setor de energia solar fotovoltaico; “Atlas Brasileiro de Energia Solar”; panorama da energia solar fotovoltaica no Brasil; panorama geral das políticas de financiamento de sistemas de energia solar fotovoltaica. “O setor vem crescendo de forma exponencial, fazendo com que as perspectivas para 2014 sejam extremamente positivas. As várias possibilidades para o uso das energias renováveis apontam o caminho para o Brasil evoluir em relação às questões relacionadas à energia”, afirma Arthur Ribeiro, diretor da Enersolar. 

Já o diretor-geral do Grupo Cipa Fiera Milano no Brasil, Marco Antonio Mastrandonakis, afirma que o crescimento da feira reflete diretamente as novas demandas e o rumo do setor de energia no país. “O Brasil está inserido num contexto privilegiado e existem ainda grandes oportunidades. 

Nossa expectativa é que a Enersolar potencialize e desenvolva ainda mais o setor, trazendo o que existe de mais atual para toda a cadeia produtiva e gerando negócios ao longo do ano todo”. Energia solar no Brasil e no mundo Pesquisas apontam que o setor deverá crescer 20% em todo o mundo com expectativa de que mais de 46 gigawatts (GW) sejam adicionados à oferta atual. Em 2013, a China bateu o recorde mundial de instalação de projetos fotovoltaicos, que somaram 12 GW e para 2014 planeja instalar mais 14 GW. O Japão, agora o segundo país com maior instalação solar do mundo, pode chegar a 10,5 GW em 2014. Já os EUA devem instalar de 5 a 6 GW, o que o torna o terceiro na lista. 

Décimo colocado entre os maiores produtores mundiais de energia solar, o Brasil, possui condições bastante favoráveis para a utilização deste tipo de energia. Além da alta incidência do sol, detém as matérias primas utilizadas na fabricação de equipamentos como cobre, silício, alumínio, aço inoxidável, vidro e termoplásticos. Atualmente, existem no país vários projetos em curso para o aproveitamento da energia solar, sobretudo por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade, cuja aplicação busca atender às comunidades isoladas da rede de energia elétrica e o desenvolvimento regional. No entanto, este mercado ainda é incipiente, produzindo cerca de 2 megawatts (MW) anuais em projetos-pilotos. 

Em outubro deste ano será possível, pela primeira vez, vender energia solar em um leilão público, havendo um produto específico para esta fonte. Investidores do setor acreditam que o governo federal poderá contratar pelo menos 100 megawatts médios de energia solar no leilão de reserva, o equivalente a 500 e 600 megawatts (MW) de potência instalada em novas usinas solares no país.

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