Imagem: Painel Florestal |
A comissão mista que
analisa a Medida Provisória 571/12, que complementa o novo Código Florestal
(Lei 12.651/12), adiou novamente para esta quinta-feira (12) a votação do
relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Descontentes com o texto do
relator, ruralistas e ambientalistas anunciaram que vão prosseguir amanhã a
obstrução da votação, para que a análise da proposta seja feita apenas em
agosto, após o recesso parlamentar.
A intenção do
presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS), é votar o texto principal
amanhã e deixar os destaques para agosto. A MP perde a validade no dia 8 de
outubro.
O presidente da
Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que o
relator não acolheu nenhuma emenda em benefício do meio ambiente.
"Decidimos, o Partido Verde e o movimento ambientalista, fazer obstrução a
essa comissão para que a gente possa ter tempo de mobilizar mais uma vez a
sociedade e o Executivo possa barrar uma nova investida do retrocesso da
legislação ambiental", disse.
Do lado ruralista, o
deputado Homero Pereira (PSD-MT) acredita na possibilidade de acordo, mas disse
que o parecer de Luiz Henrique precisa ser analisado com calma, em conjunto com
as entidades do setor agropecuário. "Estamos produzindo uma lei que vai interferir
na vida de muita gente no Brasil, tanto na ótica da produção quanto na ótica da
preservação", ressaltou.
O relator, no
entanto, afirma que o parecer reflete o acordo possível. "As alterações
foram feitas na MP combinadas com o governo. Aquelas [mudanças] com as quais o
governo não concordou e que não tiveram consenso com parlamentares foram
excluídas", argumentou.
Luiz Henrique leu o
relatório hoje de manhã. Ele manteve no texto a exigência de recuperação de 20
metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais. Os
ruralistas querem a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou
apenas que ela não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade.
Já em relação à
Amazônia, onde as propriedades são obrigadas a manter 80% de reserva legal,
Luiz Henrique apresentou uma nova solução para não inviabilizar a produção
agropecuária.
Fonte: GRUPO CULTIVAR
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