FIQUE POR DENTRO DE VERA CRUZ/RN
O
município de Vera Cruz/RN está distante a 37 Km da capital Natal, situado na
Microrregião do Agreste Potiguar.
Com 94 metros de altura em relação ao nível
do mar, o município possui um revelo composto de tabuleiros costeiros com baixa
altitude, composto por solos de baixa fertilidade (Podzólico Vermelho Amarelo
Abrúpto Plinthico e Latosolo Vermelho Amarelo Distrófico), com um clima muito
quente e semi-árido, com temperaturas médias anuais em torno dos 25,6º C. Sua
formação vegetal é composta por Floresta Subcaducifólia, com vegetação com
queda de folhas durante o período seco; Caatinga Hipoxerófila, com arbustos e
árvores com espinhos. Os recursos hídricos da região são formados pela
hidrogeologia dos Aquiferos Barreiras e Cristalino, o que garante uma ótima
área de irrigação para os produtores. Sua hidrologia é composta pelos afluentes
das bacias hidrográficas do rio Potengi e do rio Trairi, com destaque para os
rios Grande, Trairi e Taborda e os riachos Vera Cruz, Riachão, Taborda, Pituba,
Umburemas e Ponta da Várzea. O município conta ainda com as lagoas Grande, dos
Patos, Jacaré, Jenipapo, dos Porcos, Cruz e Euzébio.
A
história do município, de acordo com o IDEMA, é do início do século XIX, e a
localidade inicialmente chamada de Periperi, que ficava às margens do riacho
Vera Cruz, teve como primeiro proprietário o fazendeiro Antônio de Vasconcelos.
O seu sucessor, Alexandre Rodolfo de Vasconcelos construiu uma ampla casa e uma
capela, atraindo muitos trabalhadores do campo para morarem no local.
Em 1855 a
capela foi demolida e no local iniciou-se a construção da Igreja do Divino
Espírito Santo, pelo capitão Teodósio Xavier de Paiva e a participação do padre
Bernardino de Sena, que só após quarenta anos foi concluída pelo padre Antônio
Xavier de Paiva.
A povoação
se expandiu e destacou-se dentro dos limites do município de São José de Mipibu
pelas atividades agrícolas e pastoris. Em 1874 recebeu o nome definitivo de
Vera Cruz, nome do riacho que banha suas terras. Em 24 de novembro de 1953, o
povoado foi elevado à categoria de vila. Dez anos depois, no dia 26 de março de
1963, através da Lei nº 2.850, Vera Cruz foi desmembrada de São José de Mipibu,
tornando-se município do Rio Grande do Norte.
GEOTRILHAS/RN
EM VERA CRUZ
Geotrilheiros e o guia Edilson Borges acompanhado do seu irmão |
A visita
ao município de Vera Cruz ocorreu no dia vinte de maio, contando com a
participação de oito geotrilheiros, mais cinco integrantes da equipe de
jornalismo do programa Tela Rural, produzido pela TV UFRN, que acompanhou o
grupo para registrar a nossa atividade em Vera Cruz.
Equipe do Tela Rural em entrevista |
Ao
iniciarmos o percurso entre Natal e Vera Cruz, acompanhamos a mudança da
paisagem de forma transitiva do urbano para o rural, até que quando atingirmos
o distrito do Cobé, o rural já dominava a paisagem, com suas áreas de cultivo
irrigado e suas casas de farinha. A nossa primeira parada foi na residência dos
pais do nosso guia, o Sr. Edilson Borges, que nasceu e se criou no distrito,
onde além de guia nas horas vagas, também é professor de português na
comunidade. Em sua companhia, estava a secretária de educação e cultura do
município, a Srª Maria de Fátima Viegas Gomes, que também nos recepcionou e
acompanhou o grupo durante a visita.
Na
residência de família Borges, o grupo teve a oportunidade de conhecer uma
criação de abelhas uruçu, que na região é muito conhecida pelo mel de
propriedades medicinas. Na presença do pai e irmão do Sr. Edilson, os
geotrilheiros receberam algumas informações sobre a atividade da apicultura,
como também, tiveram a chance de colherem o mel, e posteriormente provar o
delicioso produto. Ainda na propriedade da família Borges, fomos até o local
destinado a criação de suínos, e um outro onde são criados algumas cutias em
cativeiro.
Geotrilheira na roça |
Seguimos
adiante até o local de cultivo irrigado, onde conhecemos as culturas de milho,
feijão e batata, além da tradicional cultura da mandioca. Neste momento, o Sr,
Edilson falou sobre como a agricultura irrigada vem se tornando um ótimo
negócio no município,na medida em que aproveita o grande potencial do lençol
freático disponível no subsolo do Cobé.
Casa de Farinha dos Anjos |
Após a
visita nas áreas de cultivo irrigado, seguimos em frente para conhecer uma casa
de farinha local. Na Casa de Farinha dos Anjos, fomos recebidos pelo
proprietário, Sr. Jânio dos Anjos, que abriu as portas de seu empreendimento
considerado modelo de empreendedorismo pelo SEBRAE RN, por atender todas as
normas do mercado consumidor, Conhecemos todo o processo de fabricação da
famosa farinha do Cobé, desde a raspagem da mandioca até o empacotamento. O Sr.
Jânio ainda falou sobre a história da casa de farinha, que passou de uma
pequena fabricação artesanal, para uma industria de pequeno porte, que abastece
o mercado natalense e outras praças comerciais do estado. Um outro fator de
destaque na Casa de Farinha dos Anjos é a reutilização da “manipueira” (liquido
da mandioca produzido durante o processo de produção), que antes era descartado
no meio ambiente, que agora é utilizado como fertilizante na própria roça de
mandioca.
Visita ao Gulandim |
Seguirmos
adiante com destino a uma pequena área de preservação ambiental, conhecida como
Gulandim. Neste local existe uma área de mata e vários olhos d’águas, que
formam um pequeno riacho assoreado devido, devido ao desmatamento desgovernado
da área. Para o Sr. Edilson, o Gulandim representa uma resistência das
lembranças dos antigos moradores do Cobé, onde em tempos passados, era o local
de lazer das crianças, como também, considerado o principal ponto que atraiu a
povoação no distrito, que infelizmente nos dias atuais esta sendo degradado
pela atividade da pecuária, e sua vegetação vem sendo esconderijo para usuários
de drogas.
Grupo reunido com o Pastoril de Vera Cruz |
É no
Gulandim que o grupo se despede do Sr, Edilson e seguimos como a Srª Fátima
rumo a sede do município de Vera Cruz, onde acompanhamos na sede do Pró-Jovem
local, uma apresentação do Pastoril de Vera Cruz, formado por crianças da rede
pública d ensino do município. Numa apresentação com cerca de quarenta minutos,
conferimos o talento dos jovens artistas, tendo a oportunidade de presenciarmos
esta apresentação artística, antes esquecida, que foi apenas deslumbrada por
nossos pais e avós. Sem dúvida, foi um momento de emoção ímpar, demonstrado nas
palavras do companheiro Robson do Carmo, que externou seus sentimentos aos
lembrar dos relatos de sua mãe sobre a cultura do pastoril.
Geotrilhas/RN em frente ao Projeto Mulheres de Fibra |
Após
várias fotos com o elenco do Pastoril de Vera Cruz, seguimos para o Projeto
Mulheres de Fibra para conferir o trabalho das cooperadas com a fibra da palha
do coqueiro. Lá encontramos as mulheres trabalhando o seu lindo artesanato, ao
mesmo tempo em que explicavam como é feito o processo de fabricação das peças.
Estavam em exposição várias peças, que foram adquiridas com muito gosto pelos
geotrilheiros.
Grupo reunido ao final da visita |
Para
finalizar a nossa visita a Vera Cruz, seguimos para a Fazenda Uruçu, onde na
Casa Grande, foi oferecido um delicioso almoço regional ao grupo, com direito a
um passeio pela propriedade, que conserva os traços originais da arquitetura do
início do século passado.
Na sombra
de uma mangueira, o grupo se despediu de todos os nossos anfitriões, e seguimos
novamente para Natal, com ótimas lembranças que nos fizeram regressar ao tempo
em que éramos crianças, e passávamos as férias nos sítios de nossos avós no
interior, na época que a roça se mostrava uma ótima opção de lazer, descanso e
cultura, que reencontramos neste momento em Vera Cruz.
Raio-X
Nível de Dificuldade – Baixo
Localização da Trilha – Ótimo
Disponibilidade de Socorro Médico – Ótimo
Apoio Logístico - Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Levar repelente contra insetos;
- Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores;
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los;
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor.
Onder comer
Fazenda Uruçu
Fone: (84)
9908-7041 ou (84) 8833-2510 – Dona Luzimar
Onder ficar
Fazenda Uruçu
Fone: (84)
9908-7041 ou (84) 8833-2510 – Dona Luzimar
Contatos para realização de trilha
Fone: (84) 8859- 3442 – Edilson Borges
Contatos para realização de trilha
Fone: (84) 8859- 3442 – Edilson Borges
Como faço pra participar do projeto?
ResponderExcluirjulliane_freire@yahoo.com.br
Bom dia Juliane!
ResponderExcluirConforme o estatuto do projeto, apenas são admitidos novos membros por meio de indicação dos mais antigo.
Sugiro que, caso você conheça algum geotrilheiro com mais tempo de projeto, para que ele faça sua indicação.
Boa sorte no processo.