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quinta-feira, 30 de maio de 2013

TRILHA ECOLÓGICA DA NASCENTE DO POTENGI - Cerro Corá/RN

CONHEÇA CERRO CORÁ/RN


Localizada a uma distância de 190 Km da capital Natal, o município de Cerro Corá esta situado em cima da microrregião da Serra de Santana, no Seridó Potiguar. 

Segundo o IDEMA, sua história tem início com a presença dos índios Canindés e Janduís, os primeiros habitantes da localidade, começaram uma sublevação no final do século XVII, e uma expedição dirigiu-se à região com o objetivo de reprimir o levante. 

Mas os grupos de povoamento só chegaram à localidade com a fixação de colonizadores, apenas no século seguinte, dedicados à agricultura e à pecuária. 

A primeira proprietária de terras na localidade foi Adriana de Holanda Vasconcelos, que no ano de 1764 recebeu duas Datas de Terras. Dona Adriana doou parte da serra que ficava em suas terras a Nossa Senhora Santana, surgindo o nome Serra de Santana. 

Nos idos de 1886, o Major Lula Gomes, paraibano de Picuí, proprietário da localidade chamada de Barro Vermelho, fundou o povoado de Caraúbas, nome dado em referência à existência de carnaubeiras nas redondezas. 

Com o incentivo inicial de Lula Gomes, o povoado se desenvolveu com o importante trabalho de Manoel Salustino Gomes de Macedo, João Soares de Maria, João Pinto, Tomaz de Araújo e Manoel Osório de Barros. Em homenagem ao último momento histórico da Guerra do Paraguai, o Presidente da Intendência de Currais Novos, João Alfredo Galvão, o Joca Pires, no ano de 1922, mudou o nome do povoado para Cerro Corá, passando a distrito do município de Currais Novos em 1938, pelo Decreto número 603. 

No dia 11 de dezembro de 1953, através da Lei número 1.031, desmembrado de Currais Novos, o distrito de Cerro Corá passou à categoria de município do Rio Grande do Norte. 

GEOTRILHAS/RN EM CERRO CORÁ


1º Dia

A Trilha do Potengi ocorreu no último dia de maio e contou com a participação de 16 geotrilheiros que tinham um único objetivo. Conhecer as belezas naturais de umas das regiões mais bonitas do Seridó. 

Logo na chegada a município, tivemos uma pequena dificuldade quanto a acomodação dos participantes, haja vista problemas de reservas em uma das mais conceituadas pousadas da região conhecida pelo seu requinte. Porém, não pensando no lucro, mas sim em atender bem os clientes com aquela simpatia típica do interior, a família que administra a POUSADA CENTRAL, surgiu para acudir os geotrilheiros que ficaram desalojados por causa de um evento na dita requintada. 

Enfim, devidamente alojados as duas metades do grupo, fomos apresentados ao nosso guia com nome de cantor. Ronivon não cantava bem, mas demostrou logo no primeiro momento demostrou grande interesse na condução do grupo com a alegria do espírito escoteiro. Partimos rumo a primeira trilha do final de semana rumo a nascente do Rio Potengi. 



Caminhando em meio as vazantes, aproveitamos o clima nublado e bem ameno e transpondo as inúmeras cercas que surgiu em nossa frente, subíamos rio acima. Mesmo com um clima ameno e a possibilidade de chuva que nos cercava, foi facilmente perceptível já havia algum tempo que não caia uma gota de água em Cerro Corá. Porém, bastou apenas uma leve chuva para que a vegetação da caatinga seridoense voltasse a esverdear. 

Em meio a muita lama e rochas no leito seco do rio, passamos por uma região completamente dividida por causa do programa de reforma agraria no município. Em muitos pontos, as cercas passavam de uma margem a outra do Potengi, que delimitavam os roçados de agricultura de subsistência características do interior do Rio Grande do Norte. 

Após corrermos de algumas vacas bravas que pastavam na várzea do Potengi, chegamos numa área repleta de jurema preta. Uma espécime típica da caatinga que possui como grande característica os diversos espinhos em seu caule e galhos. 

Passando pelo grande labirinto espinhento, encontramos um pequeno córrego com água
cristalina doce. Era um das inúmeras fontes de abastecimento do Rio Potengi, porém, Ronivon nos informou que esse córrego não viria do nascente principal do rio e que teríamos uma grande surpresa a frente. Subindo a serra propriamente dita, encontramos mais uma vertente que seria da verdadeira nascente do Potengi. A curiosidade a qual o guia nos informou foi concretizada, na medida em que a água de brotava da rocha era extremamente salgada. Tal fato se dá devido ao quantidade de concentração de minerais encontrados nas rochas da região.

Fotografias a parte na nascente, seguimos serra acima para encontrar o nosso resgate. Enquanto isso, por trás de nós a cidade de Cerro Corá surgiu revelando sua beleza, assim como, a do alto do platô quando finalmente chegamos. Deste ponto foi possível observar os pequenos sítios que compunha a paisagem, tendo a Serra de São João ao fundo embelezando a moldura. 

Encontramos o animado motorista Gener que conduziu o “pau-de-arara” levando o grupo já no crepúsculo da tarde de volta para a pousada requintada, onde foi servido o almoço, que por sinal estava bastante delicioso e franco, o que compensaria a falha no momento das reservas do grupo. Mas nunca, o fato de tentar reconquistar o pessoal oferecendo os quartos que sobraram dos possíveis “convidados” do evento da noite. Era para sairmos na cara de pau da POUSADA CENTRAL que tanto nos recebeu bem por causa do requinte? Montante de capital financeiro não é sinônimo de ética. Lamentável! 

Repudiando tal fato, após o almoço-jantar, haja vista o avanço da hora, a outra parte do grupo seguiu para a cidade, onde após um rápido city tour pela praça, nos recolhemos na POUSADA CENTRAL finalizando o primeiro dia e atividade. 

2º Dia

Após um café da manhã bem diversificado e saboroso na POUSADA CENTRAL, seguimos para a pousada requintada onde houve um atraso de uma hora no café da manhã a ser servido aos hospedes devido ao evento da noite anterior. 

Passado mais um momento de aborrecimento, embarcamos no pau-de-arara que era conduzido pelo guia Ronivon. Seguimos desta vez para o Vale Vulcânico onde chegamos após 1h:30 de viagem em meio a inúmeros sítios da região. 

Desembarcando do veículo e seguimos uma trilha com destino ao fundo do vale seguindo por uma estreita trilha até um local que nos chamou bastante a atenção. 

Em um determinado momento da trilha encontramos um enorme paredão onde há milhões de anos atrás, ocorreu uma grande erupção que cristalizou as rochas basálticas. Sem dúvida, um das mais belas paisagens do Rio Grande do Norte que já havia presenciado. As rochas seguem pelo eito do rio, que no momento estava bastante seco, mas que também nos levava a uma formação rochosa bastante bonita que rendeu inúmeras fotografias por parte dos geotrilheiros. 

Subindo a serra no caminho inverso, com o objetivo de chegar a Serra Rajada no outro lado do município. Embarcarmos novamente no “pau-de-arara” com destino aos conventos de Cerro Corá. Após quase duas horas em estradas de terra, chegamos a uma região repleta de grandes rochas de variadas formas dispersas no meio, mas ainda não era o local do nosso desembarque. Passando por áreas de fruteiras, chegamos finalmente aos conventos. 

Não seria um convento destinada a reclusão de seminaristas, mas sim, devido as disposição
e do posicionamento das rochas que lembrar uma enorme edificação subdividida em vários cômodos. Em seu interior, encontramos um enorme salão, cujo era utilizado em forrós organizados pela comunidade.



Ao terminarmos a visita ao convento, Ronivon nos levou para o “grand finale” da nossa trilha. Em nossa frente havia um enorme rocha num formato de rampa de lançamento. Em seu alto foi revelado uma outra magnifica paisagem aos geotrilheiros. Um enorme vale recortado de serras e tendo em destaque o Pico do Cabugi ao fundo. Fascinante seria o termo a ser proferido por todos nós neste momento de encontro com a beleza potiguar. 


Satisfeito com o que foi observados, seguimos para a pousada requintada já no meio da tarde para o almoço. Tendo a certeza que encontraríamos uma boa comida, o que de fato ocorreu. 

Porém, o mesmo atendimento do dia anterior não se repetiu, pelo fato de ter esperado os geotrilheiros colocarem a comida no prato, para mandar pesar na balança do self service. Uma atitude totalmente deselegante, pois haja sido acertado no momento da hospedagem um valor fixo na refeição. 

Famintos e extremamente cansados, e acima de tudo irritados com tal atitude, o grupo ao terminar o almoço, trataram de desocupar o mais rápido possível os apartamento da pousada para seguir viagem. Mas havia uma outra surpresa: Uma cobrança da diária em dobro em um dos quartos ocupados. 

Após uma conversa demorada, foi chegado um entendimento e a certeza que jamais retornaríamos a esta pousada. Já a outra parte do grupo que ficou na POUSADA CENTRAL ao desocupar os quartos, agradeceu ao ótimo atendimento e o profissionalismo da casa, que mesmo não contando com a estrutura da “prima rica” passou um impressão de um acolhimento familiar. 

Em meio a alegrias e decepções, levamos as muitas alegrias proporcionadas pelo guia Ronivon e pela equipe da POUSADA CENTRAL. Além das belezas naturais de Cerro Corá. Mas um pouco amargurados pelos aborrecimentos ocasionados pela “prima rica”.

Raio-X 

Nível de Dificuldade –Médio

Localização da Trilha – Bom 

Disponibilidade de Socorro Médico – Regular 

Apoio Logístico - Bom 

Recomendações necessárias para trilhar 
- Usar roupas leves, confortáveis e fechadas; 
- Utilizar bastante protetor solar; 
- Levar cantil com bastante água; 
- Levar repelente contra insetos;
- Levar capa de chuva; - Utilizar chapéu ou boné para se proteger do sol; 
- Não escrever, desenhar ou danificar as árvores; 
- Evita incêndios, apagando cigarros e charutos antes de descartá-los; 
- Guadar seu lixo e obedecer às instruções do condutor;
- Levar kit de primeiros socorros. 

 Onde Ficar

Pousada Central

Fone: (84) ****-****  

Contatos para realização de trilha 

Ronivon

Fone: (84) 9622-7175

 

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