4º Dia
O quarto dia da Expedição Geotrilhas/RN
na Estrada Real iniciou com um café colonial na Pousada Tropeiro Real, para
logo em seguida fazermos uma visita ao Museu do Tropeiro, ainda em Ipoema. O
museu é sediado numa casa construída no século XVIII e que pertenceu ao
tropeiro conhecido como ‘sô’ Neco, o Museu contém hoje mais de 700 peças que
fazem alusão à cultura tropeira, além de documentos desses comerciantes (título
de eleitor, certidão de casamento e livros de compra e venda), que viajavam
pelas estradas do interior brasileiro. Dessas, cerca de 500 pertenceram ao
colecionador José Dutra – fazendeiro da cidade de Rio Vermelho. Essas peças
puderam ser conferidas pelo grupo, na medida em que as guias do museu
explicavam a importância do museu para a preservação do tropeirismo na região.
Terminada a visita, partimos rumo aos 14 Km de caminhada com destino ao distrito
de Senhora do Carmo. O distrito é datado do início do século XVIII, em que a
mineração na região, (exploração de cristais na Serra dos Alves), o
povoado era o principal objetivo das bandeiras. A estrada até o distrito
apresentava bastante sinuosidade com subidas e descidas íngremes e pontes, mas
que enchia os nossos olhos com a paisagem rural de Minas em meio ao recortado
de serras. Eram cachorros latindo, agricultores passando e o cheiro do café e
do preparo do pão de queijo alegravam a nossa caminhada.
Chegamos ao Centro de
Tradições de Senhora do Carmo, onde fomos recepcionados por um antigo tropeiro
que fazia as honras da casa. No local, há uma exposição da história do
distrito, além de oferecer cursos de tecelagem para as mulheres da comunidade.
No centro ainda possui um local destinado para venda de artesanato e apoio ao
turista. Terminada a visita, embarcamos na van com destino a Itambé do Mato
Dentro. Neste momento, uma chuva bastante forte ameaçava cair na Estrada Real,
que também, neste trecho, está recebendo pavimentação asfáltica.
Em meio as
serras esta localizada a pequenina cidade de Itambé do Mato Dentro, fundada
pelo bandeirante Romão Gramacho, entre o final de 1600 e o início de 1700. O
seu nome deve-se ao termo ITA-AIMBÉ ou ITA-AEMBÉ, que significa pedra afiada ou
rochedo pontiagudo. Por volta das 16h:00, desembarcamos em Itambé do Mato
Dentro, onde fomos direto para o Hotel Estrela para almoçar. Enquanto o almoço
não ficava pronto, era hora de tirar a bagagem da van e tomar um banho para relaxar.
A essa altura, os calos de muitos geotrilheiros já reclamavam. Com o almoço na
mesa, realizamos a refeição, e logo em seguida, fomos conhecer a cidade, que
por sinal, era bastante pacata. Uma típica cidadezinha no interior de Minas
Gerais. Interagimos bastante com a população local, em que trocamos alguma
experiência do jeito mineiro de ser, com a nossa tradição interiorana do
Nordeste. Já a noite, o jantar foi servido, para logo sem seguida nos
recolhermos e darmos por encerrado o dia.
Raio-X
Nível de Dificuldade – Média
Localização da Trilha – Boa
Disponibilidade de Socorro Médico – Boa
Apoio Logístico – Ótimo
Recomendações necessárias para trilhar
- Usar roupas leves, confortáveis e
fechadas;
- Utilizar bastante protetor solar;
- Levar cantil com bastante água;
- Utilizar chapéu ou boné para se
proteger do sol;
- Não escrever, desenhar ou danificar as
árvores;
- Guadar seu lixo e obedecer às
instruções do condutor.
Onde Comer
Hotel Estrela
Fone: (31) 3836-5122
Onde Ficar
Hotel Estrela
Fone: (31) 3836-5122
Contatos para realização de trilha
Magrelas’s
Fone: (31) 8422-4425
Primotur
Fone: (31) 3213-9839
Trilhando Minas
Fone: (31) 9811-2855
Realização
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