O estudo descobriu que carbono
encontrado em 10 meteoritos, que abrangem mais de quatro bilhões de anos da
história marciana, se originou no planeta e não foi o resultado de contaminação
na Terra.
Detalhes do estudo foram publicados
na revista Science.
Mas a pesquisa também mostra que o
carbono de Marte não veio de formas de vida.
Uma equipe de cientistas baseada na
Carnegie Institution for Science, com sede em Washington, encontrou
"carbono reduzido" nos meteoritos e diz que o elemento foi criado por
atividade vulcânica no Planeta Vermelho.
O carbono reduzido é o carbono que está
ligado quimicamente ao hidrogênio ou entre si.
Eles argumentam que isso é uma
evidência "de que Marte realizou química orgânica durante a maior parte de
sua história."
Líder do estudo, o Dr. Andrew
Steele disse à BBC: "Nos últimos 40 anos, procuramos uma piscina do
chamado 'carbono reduzido' em Marte, tentando descobrir onde e se está lá,
perguntando se, de fato, existia".
"Sem o carbono, os elementos
de construção da vida não podem existir (...) Então, é o carbono reduzido que,
com hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, compõe as moléculas orgânicas da
vida."
Ele diz que a nova análise
respondeu à primeira pergunta.
"Esta pesquisa mostra que,
sim, o carbono reduzido existe em Marte. E agora estamos nos movendo para o
próximo conjunto de perguntas.
"O que aconteceu com ele (o
carbono reduzido), qual foi seu destino, será que deu o próximo passo de criar
vida em Marte?"
O cientista espera que a próxima
missão a pousar no Planeta Vermelho - a Mars Science Laboratory, também
conhecida como missão "curiosidade" - lance mais luz sobre a grande
pergunta.
"A questão se estamos sós tem
sido um grande condutor da ciência, mas ela se relaciona com a nossa própria
origem. Se não há vida em Marte, qual a razão? Isso nos permite traçar uma
hipótese mais clara sobre por que há vida aqui."
Então, será que Steele acha que
houve, ou há, vida em Marte?
Ele ri: "Tragam-me algumas
pedras de lá e eu vou te responder."
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