Por Zilmar Costa
Sob uma densa névoa, na manhã mais friorenta até agora, o grupo deixa a fantástica cidade de Barcelos, saindo para o terceiro dia de caminhada às 9h20, da quarta-feira, 5 de junho.
Na primeira parada, após quase duas horas, na freguesia de Vila Boa, vários integrantes do grupo se submetem aos cuidados de "doutor" Pedro Damasceno, um expert em calos e adjacências. Um tratamento providencial para enfrentar o que veria pela frente.
O mais exigente dos trechos até o momento, repleto de subidas e descidas íngremes, trechos empedrados, mas com uma beleza rural esplendorosa.
Exausto, o grupo decide parar para almoçar em Balugaes, optando pelo menu do dia, um prato individual que serviria! bem duas pessoas em condições normais, ao custo de seis euros e meio.
Recarregadas as baterias, o grupo decide caminhar mais um pouco, mas quase todos estão no limite, buscando estímulos nas belas paisagens que surgem a cada instante.
Na freguesia de Lugar do Corgo, duas integrantes decidem completar a etapa de carro depois de tentar vagas na Casa da Fernanda, que se encontrava superlotada.
O restante do grupo ainda consegue seguir mais adiante, uns cooperando com os outros. Os mais resistentes carregam a mochila do outro, para permitir um alivio imediato e buscar os últimos esforços até encerrar a terceira etapa da peregrinação às 19h10, na freguesia de Vitorino dos Piaes, a poucos quilômetros da cidade de Ponte de Lima.
Depois de dez horas de caminhada, completando 80 KM de peregrinação, o grupo consegue o único taxi do lugar para levar em duas viagens os exaustos seis peregrinos até o local do pernoite, encerrando uma árdua e tensa jornada, com direito a choros, caibras, silêncios, e tudo mais do "demasiado humano".
Em Ponte de Lima, o pernoite é sob uma temperatura abaixo dos 14 graus, em queda, bem propicia para uma noite relaxante.
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