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quarta-feira, 26 de junho de 2013

ÔNIBUS MENOS POLUENTE É TESTADO


Desde 14 de julho, os 14.600 passageiros que utilizam todos os dias a linha CDU-Caxangá-Boa Viagem terão a oportunidade de embarcar num ônibus híbrido, que utiliza duas fontes de energia, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa. Por seis dias, com exceção do domingo, quando estará à disposição da Copa das Confederações, o veículo ecológico se somará à frota de 136 ônibus da Cidade do Recife Transporte (CTR). 

A linha, de número 040, foi escolhida por ter um percurso longo, explica o gerente de operações da empresa, João Ramos, ligando a Zona Sul à Oeste do Recife. O coletivo, apresentado ontem à imprensa, tem capacidade para 37 passageiros sentados e 40 em pé. Possui na traseira um motor que é acionado por gerador movido a biodiesel, diesel ou biodiesel de cana. 

Esse conjunto é chamado de motogerador. Na parte de cima, 42 baterias se constituem na segunda fonte de energia. 

Depois dos testes no Recife, o HíbridoBR retornará para São Paulo, onde circula desde setembro. Foi cedido pelo Grupo MobiBrasil Transportes, com sede em Pernambuco e que opera em São Paulo por meio da Metro e em Pernambuco pela CTR e a Metropolitana. 

O veículo é um dos 38 híbridos que circulam na cidade, mas o único que atende à norma Proconve P7, que estabelece redução em 80% da emissão de fuligem e 60% da emissão de óxido de nitrogênio, poluentes que causam problemas respiratórios e até câncer. 

Um HíbridoBR custa cerca de 40% mais caro que um ônibus do mesmo padrão movido apenas a diesel, que tem preço médio de R$ 740 mil. 

É fabricado pela alemã Mercedez-Benz, a brasileira Eletra – especializada em veículos de transporte urbano com tração elétrica – e a pernambucana Moura, responsável pelas baterias. 

“Em relação ao consumo de combustível, a redução é de 20% em relação aos ônibus convencionais do mesmo tipo”, diz o gerente sênior de Marketing da Mercedes-Benz, Curt Axthelm. 

O gerente de Engenharia e Desenvolvimento da Moura, Raimundo Bacelar, explica que cada bateria tem capacidade para gerar 63 ampères-hora (A.h.). 

“A mais comum nos automóveis tem 60 A.h.”, compara. Embora use chumbo como as outras, além de ácido de carbono, segundo ele é 100% reciclável. “É só o consumidor entregar, ao comprar uma nova, a bateria usada no mesmo local.”

Fonte: Jc3

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